sábado, 31 de agosto de 2013

J'accuse...

Como sabem as pessoas  que acompanham o que se passa no mundo, é sempre arriscado, sobretudo quando temos as coisas que soem passar no mundo, acreditar seja em que informação for. Lembram-se do Iraque e as armas de destruição em massa, que nunca foram encontradas? Por isto, apesar de há vários dias termos a convicção de que este homem que detém o poder na Síria, por herança familiar, teve a desfaçatez de usar armas químicas contra seu próprio povo, nada dissemos. No entanto hoje tivemos acesso a informação privilegiada que não deixam dúvidas: assim como Sadan Hussein em 1980 usou armas quiímicas contra os Curdos, e em 1988 contra os Iranianos, neste segundo caso com ajuda americana, Bashar Al Assad usou armas químicas contra seus concidadãos. Civis inocentes, homens. mulheres e crianças, que têm por única culpa estarem no cenário de guerra civil em que se mantém o país desde a primavera árabe, desde março de 2011, e cujos mortos ultrapassaram já os cem mil, e os deslocados os dois e meio milhões.

POR ISTO O ACUSO DE CRIMES CONTRA A HUMANIDADE !

Bashar Al Assad, um aprendiz de ditador reles, que herdou de seu pai a suprema magistratura de seu país, que este havia obtido através de um golpe de Estado em 1971. Filhote da ditadura, Bashar tinha cinco anos quando do golpe do pai, Hafez. Este criou-o no poder e para o poder, provavelmente ensinando-lhe, durante as três décadas de seu governo, que todos os meios são válidos para manter o poder a  qualquer custo. Agora Bashar, encurralado por uma oposição generalizada na Síria, não hesita em valer-se de todos os meios a seu alcance para manter-se no poder que lhe foge das mãos.

O que não pode ser de maneira alguma tolerado é que este assassino use armas que são universalmente condenadas, que só tiveram uso por terroristas (acredita-se em gás Sarin e Napalm) contra civis inocentes, como condenável seria, e o é, desde a primeira guerra mundial, o uso destas armas mesmo contra forças militares opositoras. Mesmo Hitler, em todo seu furor assassino, não teve coragem de  usá-las.

POR ISTO O ACUSO DE CRIMES CONTAR A HUMANIDADE !

A segunda agravante no caso da Síria, do uso de armas químicas, é que além de ser contra civis desarmados e indefesos, É CONTRA SEU PRÓPRIO POVO ! O cidadão Bashar Hafez Al Assad desumanamente empregou armas químicas contra a sua própria população civil indefesa, matando milhares de pessoas e ferindo  e intoxicando  outras tantas. Para que haja respeito às instituições internacionais este cidadão deve ser preso e julgado por crimes contra a humanidade.

POR ISTO O ACUSO DE CRIMES CONTRA A HUMANIDADE !

Entretanto, diferentemente do que se passou no Iraque, onde a mentira imperou desde o início, e onde outros interesses de outras ordens estavam em jogo, na Síria deve-se ter por único objetivo, parar as ações criminosas praticadas contra cívis inocentes e levar a tribunal o supremo responsável : Bashar Al Assad.

Diferentemente do que se passou com Sadan Hussein, em que um tribunal especial o julgou por crimes de guerra, Al Assad deve ser julgado em Haia por crimes contra a humanidade. O poderio militar instalado aquando de sua deposição, seja Sírio ou estrangeiro, que o retire do poder, deve entender que qualquer ação local seria odiosa e condenável, como o foi no caso de Sadan:

POR  ISTO O ACUSO DE CRIMES CONTRA A HUMANIDADE !









quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A máfia de António Barreto.

Ele não disse o que disse, mas disse o que devia ter dito.

   António Barreto é um sociólogo e político português, que já foi titular em dois ministérios e várias vezes deputado, inclusive constituinte. Admirável por seus pensamentos e sua visão da sociedade portuguesa,é conotado com o estatuto 'senatorial' no quadro  da atualidade política de seu país.

   Ao falar na Universidade de verão do PSD, este homem que tem caminhado da esquerda para a direita desde o início de sua vida pública, falou que havia como que um pacto entre a economia e a política, onde esta, assistida por aquela, lhe permitia a atuação e dava-lhe espaço para existir em parâmetros democráticos. Ao comparar com o  que em Itália, da máfia, uma coisa ruim, pudera advir coisas boas, revelou, talvez mais do que queria, mostrando, como profundo conhecedor da realidade portuguesa, como as coisas se processam, revelando-se preocupado que, com o rompimento deste pacto, até por impossibilidades materiais, a democracia sofresse instabilidade. 

   A verdade é que pela falta de recursos e pelo sobreendividamento do Estado, muita coisa tem vindo à tona de maneira inesperada e muito do pacto de silêncio e cumplicidade em mútua ajuda, desde há muito estabelecido por diferentes setores com a política, vem a se revelar, por muitas razões, rompido, tendo de encontrar outras maneiras, novas, de convivência. 

    Não esquecendo que a democracia sucedeu à uma longa ditadura que recuperara os valores de proximidade que sempre regeram as simbioses de poder em Portugal, António Barreto fugiu com a boca para a verdade na sua feliz lembrança, revelando assim que estes velhos valores se esvaneciam ante a nova dura realidade econômica. Esta mesma realidade econômica que tem dado cabo do Estado social, e que tem levado a caminhos inusitados para tentar arranjar soluções para uma realidade incômoda que enfrenta muitas barreiras, inclusive uma constituição que teimosamente atrapalha os planos do atual governo em obter as tais 'soluções' para a tal realidade. 

     Ora, António Barreto, desde sempre analista da realidade da democracia que ajudou a implantar,sabe muito bem tudo o que vai, ou melhor, sempre foi, como pano de fundo desta relação política que tem permitido consolidar a democracia em seu país. Esta herança subjacente, existe pelo mundo afora, com mais acentuada manifestação nos países latinos, não deixando de estar manifesta nos outros, assim como seu legado para países em formação possibilitou uma virulência ianudita nos meios e solicitações desta convivência, bem como desta cumplicidade e mútua ajuda, sendo portanto mais acentuada quando os países em questão são em formação e de orígem latina. Logo as republiquetas hispânicas das Américas e o Brasil não puderam evitar esta herança, assim como os d'África nos mesmos termos.

     Para contornar a situação de dar nomes aos bois, António Barreto lembrou que Portugal é o país do mundo com mais auto-estradas por habitante, ou por metro quadrado. E com isto fez-me lembrar a educativa anedota da conversa de dois ministros, um europeu e outro africano, quando da visita do segundo ao primeiro em seu país, sendo recepcionado em casa deste e tendo-lhe gabado a beleza da casa, foi prontamente informado que  a auto-estrada que existia nos arredores lhe havia  pago a casa, e a mostrava de uma de suas janelas de onde esta era visível. Mais tarde ao retribuir a visita, o ministro europeu foi então convidado à casa do ministro africano, casa que esmagadoramente ultrapassava a beleza,o tamanho e o luxo da casa do ministro europeu. E, então, a seu turno, o ministro africano, repetindo a ocorrência do que se passara em sua visita em casa de seu congênere europeu, também mostrou-lhe de uma de suas janelas a auto-estrada que lhe tinha financiado a mansão. Muito espantado o ministro europeu afirmava que não conseguia ver auto-estrada nenhuma. e o africano entre risos concordava, explicando que por isto sua casa era verdadeiramente maior, mais bonita e mais luxuosa que a casa do europeu.

    É: Fugiu-lhe a boca pra verdade!   

Martin, just martyr... we must remember...

Fifty years and one day ago he had a dream in America, but America is not a place to dreams, to no one dream, but the american one. And in this dream is just to have money and power and, than, You are WASP, even if You are catholic or Jew, even if You are Latin or Asiatic, an even if You are black. And, than, of course, you can sting almost everyone.

Mr.Luther King Junior, this man, sun of Georgia, and how he had  born in Georgia, it's makes me remember the old sweet song, " just an old sweet song" of  Mr. Ray Charles,who may be keeping Georgia on my mind, " still in peaceful dreams I see" the road leading me back to You. You that old America who still exist, You full of presumption  and prejudice. Full... fool You are.

But these last fifty Years had changed America to understand to be opened to her own reality, and it is this what enable Mr. Obama to be in his office now. Of course it was a very big way to had been walked, but is not a fulfillment of Mr.King's dream. In this miss the heart of that dream Mr. King was talking about, at that day at the Lincoln Memorial: " the beautiful symphony of brotherhood". "The negro in Mississippi vote", and in all USA they have "for which to vote", but do not "overlook the urgency of the moment" of that day, how in our days. America has a negro  in the office of presidency, but it is not the end of the march.It is still walking for...

The old days of public humiliation of the negro could be outstripped,but the brotherhood is far. Mr. King's seed have grown  in a tree, but it is a small one.A negro at Washington in the highest office of the nation is, of course, a wonderful conquest, but the March on Washington,after fifty years, is still in the process.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Dubaiy, UAE

Primeiro, os dois 'is', ou melhor i e y, em Dubaiy, e como eles grafam seu pais, deve, portanto, ser respeitado.  A falta de acentuacao e cedilha, deve-se ao fato de estar escrevendo desde um computador arabe, que nao os possui. UAE e a sigla em ingles para Emirados Arabes Unidos, como sabem e a uniao de sete 'paises', emirados, que se juntaram para formar esta comunidade de nacoes.

Agora imaginem um Portugal sem vinho,azeite ou cortica, ou uma Suissa sem bancos ou relogios, e terao uma palida ideia do que e o Dubaiy. Porque alem de nao produzirem nada, nao terem  um produto nacional, nao terem uma caracteristica particular que os individualize, nao tem historia. Claro que a Suissa ou Portugal depois de lhe retirarem seus produtos mais conhecidos, ainda lhes sobra muita coisa, sobretudo seculos de historia que lhes da um potencial turistico fabuloso.Dubaiy ainda nao completou  seu segundo seculo, mesmo havendo controversias, nao completou, como nacao.

No entanto esta condicao ao inves de lhes retirar credito, ao contrario, acrescenta-lhes, porque com muita esperteza eles conseguiram fazer uma cidade muito desenvolvida arquitetonicamente no meio do nada, onde realmente so ha areia, calor e mar. Pensarao alguns' e petroleo', e verdade para a regiao, mas nao para o Dubaiy. Eles nao produzem mais que umas gotas de oleo, ainda que controlem imensas quantidades deste produto, fazem administracao. E foi esta administracao que ;lhes permitiu conquistar a riqueza necessaria a seu desenvolvimento. Muito espertos: Viva os Al Maktoum!

Entretanto em economia, sabemos, as coisas passam-se com uma velocidade, as vezes, estonteante. O Dubaiy hoje e 46 por cento contrucao civil, 6 por cento petroleo e o resto e comercio. Eu penso que uma economia desta nao se sustenta, sobretudo porque nao se pode continuar construindo para sempre. O que penso que deveriam fazer era primeiro de tudo  encontrarem uma industria com o produto que lhes sobra : AREIA ! Sim um vidro, uma placa como as ceramicas, com areia - como azulejo,ou ladrilhos. Segundo criarem cultura: Museus,orquestras, corpos de dancas etc... que atraiam turismo, com competicoes de todo o tipo para demarcarem uma posicao. Terceiro criarem comercio de interesse para atrairem gente,  o que ha e uma ilusao ou importado. E ainda procurarem pouco a pouco produzirem localmente tudo que importam, por exemplo: nao produzirao trigo, mas comprando sua farinha podem produzir todos os tipos de massas,por exemplo. Ha um longo caminho a percorrer.

Dubaiy, por enquanto e uma ilusao economica, uma ilusao comercial, uma ilusao em turismo, nao prende ninguem por tres dias. Mas Dubaiy se ergueu do nada, no meio de coisa alguma pela sua propria  vontade.E sabemos : Onde ha uma vontade tudo e possivel!






terça-feira, 6 de agosto de 2013

Agora é....

Maria Luiz Albuquereque, Joaquim Pais Jorge, Carlos Lopes Pereira e Gonçalo  Ayala Barata.
São os quatro membros do setor das finanças governamental, por enquanto, apontados como implicados de uma forma ou outra com os SWAPs, linda quadrilha.

Eu esperei nunca escrever este artigo, por razões várias. Primeiro: Porque nunca pensei que o senhor secretário de Estado do tesouro pudesse ser tão ingênuo, para dizer o mínimo. Segundo: Porque jamais poderia esperar a sua súbita lembrança de tudo o que se havia esquecido horas antes, e com riqueza de detalhes. Terceiro: Porque nunca imaginei surgir um quarto implicado, este também abrigado numa  outra  importante empresa do Estado, as Águas de Portugal.Quarto: Porque não quereria acreditar que esta troca de lados pudesse ocorrer assim tão desabrida e desassombradamente.Quinto: Porque tendo confessado meu desinteresse em escrever sobre coisas corriqueiras e triviais, penitenciava-me por ter trivializado o 'O Olho do Ogre', e não queria, evidentemente, repetir a façanha. Sexto: Porque tudo isto era, como é, no dizer do senhor ministro da defesa, José Pedro Aguiar Branco, um tema esgotado.Sétimo: Porque tendo falado da amnésia política quando comecei, no primeiro artigo, a abordar esta temática, a súbita lembrança e absoluta lucidez do senhor secretário de Estado do tesouro, resolvia tudo, aliás o que já havia sido resolvido, por isso usei então a expressão pá de cal, pelo jornalista Crespo na sua questão conexa, quando disparou a pergunta lógica com que abria eu aquele primeiro artigo,e, à qual, não me furto  repetir : «" Se o IGP é um cliente, se o senhor é o responsável pela área de clientes. Como é que o senhor não é responsável?"» Oitavo: Porque sempre pensei que uma evidência era fácil de perceber, e que lutar contra ela era tolice.Nono: Porque nunca imaginei haver tantos tolos.

Entretanto no pleno interesse de esclarecer toda a verdade, sabendo agora que houve uma adulteração do relatório que a Visão publicou, que envolve o senhor secretário Pais Jorge, antes mais conhecido como Joaquim Jorge, dando praça ao que afirmei que repetiremos todos nós: Como é que o senhor não é responsável ? Provando em seu artigo  «As datas e as horas das três reuniões que Pais Jorge negou.»,revelando assim que as inconsistências problemáticas realmente existiam, e como logo à seguir soubemos que o govêrno as iria esclarecer, após averiguação, é muito importante este detalhe: após averiguação, e que o esclarecimento é que mesmo confirmando o encontro, o senhor secretário do tesouro nada sabia do teor das propostas que apresentou, pois estas eram elaboradas em Londres. Lógico! Porém mais lógica é a pergunta do jornalista Crespo que permanece incontornável :  " Como é que o senhor não é responsável?" Entre idas e vindas, ficam alguns pontos notórios. Primeiro: É desconhecer o Dr. Francisco Balsemão e o que é o seu Grupo que se chama Impresa, e o tipo de jornalismo que praticam, assim como na SIC. <<Se ele ia deixar publicar uma notícia dessas sem ter cem sobre cem a certeza do envolvimento do senhor secretário do tesouro, com ou sem página adulterada.>> Segundo: Porque nem a mais ingênua das criaturas acredita na pureza de propósitos e desinformação destes grupos de interesses que atuam alternando os lados de  sua atuação. Terceiro: Porque só mesmo quem desconhece o que é responsabilidade dirigente, é que comeria a história de se estar na direção de um grupo e não ter responsábilidade no que os seus subordinados fazem ou apresentam. Com tudo isto, foi-me impossível evitar o tema.

Contudo abordo o tema com o asco de quem detesta trivialidades, e com a cabeça confusa de quem  está no interesse de esclarecer toda a verdade. Outrossim profusamente preocupado com o que tudo isto pode acarretar. Porque que cairá o secretário do tesouro,penso ser inevitável, só seria evitável se ele conseguisse provar que o Joaquim Jorge de então, não é  Pais Jorge de hoje. Quem arrastará com ele? É uma questão que se coloca tão mais oportunamente ( e inoportunamente, já veremos) quanto o tempo de sua saida se posterga. E, que com os outros nomes envolvidos, formando os quatro até agora conhecidos, possam haver, como deveria, mais exonerações. Ou que apareçam mais nomes, o que é mais inquietante, sobretudo porque nos últimos dias sempre surgiram novos nomes de envolvidos. Ademais quando sabemos que o govêrno até promove de secretário de Estado à ministro os envolvidos, tudo pode acontecer. Como sabemos também que a teimosia inconciliável do primeiro ministro é notória. Como sabemos do caráter da irrevogabilidade existente e transeunte no govêrno. Como sabemos ainda que esta situação toda se dá quando enquanto isto  se desenrolam mais cortes nas pensões, e outros cortes de milhares de milhões que vão afetar ainda mais a situação já muito débil de funcionários e pensionistas e vão criar mais rombos no Estado social. Quando sabemos também que as forças populares fartas de tudo isto confrontarão uma concertação necessária. Como sabemos, ainda mais, que muitos outros govêrnos caíram por muito menos que isto. E como, apesar de ser um govêrno indesejado, este govêrno deve permanecer em funções porque o momento de sua queda passou, e que só  voltará para o começo da primavera, por um lado, e que por outro lado não tem opção credível que se apresente, conforme evidenciam as sondagens. Todo este risco é causado por este agente, tóxico como as SWAPs que patrocinava : Pais Jorge, Joaquim Jorge ou Joaquim Pais Jorge, como queiram, é de grande nocividade para Portugal pela sua inoportunidade como espero ter esclarecido. Para o govêrno que, remodelado ou remendado, tinha o consenso de mostrar qualquer coisa do que vale e que, quando irá começar após às férias que transcorrem, corre o risco de ter caido antes que isto possa ocorrer. Se este senhor secretário do tesouro soubesse o mal, o equívoco, o dano, o desgaste, a ruptura que provoca com a sua permanência, baseado sabe-se lá em que interesse que o motiva, por um mínimo de compaixão, não há outro sentimento que lhe possa invocar, por este mínimo de compaixão desapareceria do cargo que ocupa sem mais delongas. Talvez não desacompanhado. ( Entretanto como a verdade é mui difícil de encontrar, e consequantemente esclarecer...) Vejam a situação à qual chegamos!

E, destarte, outra vez banal e comezinho, este escrevente aborda o tema que não queria, e ao qual nunca esperou retornar, impingido pelas circuntâncias e contornos criados por uma situação que nunca deveria existir, e que da falência da proeminência dos partidos e pela supremacia dos grupos de interesses que os querem substituir, permite-se atingir proporções melindrosas, que prenunciam ainda mais obscuras neblinas em momento já tão tortuoso. Nisto tudo resta aina por saber com que cara e com quais palavras irá o secretário de Estado adjunto Pedro Lomba, digo assim <com que cara>, devido ao fato deste secretário buscar uma boa ação, convindo com a verdade. Resta agora saber que posição tomará após ter-se descoberto a verdade e prestados "todos os esclarecimentos".  Por fim pensei afirmar que, mesmo que surgissem o quinto, o sexto, o sétimo ou o oitavo implicados, ou que outra nova e diversa situação surgisse, eu não mais voltaria ao tema banal. Entretanto, recomenda a prudência ,não o afirmar, sobretudo, ora que sabemos deve ou pode ser o irrevogável relativo. 


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Mais que três é quadrilha.

Maria Luiz Albuquerque, Joaquim Pais Jorge e Carlos Lopes Pereira.
São os três  nomes dos membros do sector das finanças governamental, por enquanto, apontados como implicados de uma forma ou outra com os SWAPs, lindo trio.

Respeitando muito a forma de escrever e de se expressar de Daniel Oliveira e Miguel de Sousa Tavares, dois,entre outros, dos jornalistas que admiro pela contundência e frontalidade da fala e da escrita, nunca saberia ter a sua fina ironia em, aproveitando-me das notícias desastrosas que os diversos governos geram e valendo-me do caricato da situação, escrever  qualquer coisa assim do gênero: « Três destacados membros da equipa governamental juntam-se nas finanças, tendo os três um passado de envolvimento comum com os fraudulentos negócios dos SWAPs, com enorme prejuizo para o país. Servi-lhes-ia de alcunha os cognomes: Malu, Quim e CLP, sendo este último o mais recente implicado no negócio dos SWAPs revelado, pois era o fiscalizador máximo na EGREP quando esta contratou alguns ruinosos SWAPs e foi agora encarregado de função idêntica na REFER, sendo lá o atual presidente do Conselho Fiscal.» Certamente mencionariam seu salário, fariam outras tais jocosidades e invectivas, etc...etc... Mas como aqui não é o Arrastão, nem o Expresso, claro está que eu, até por me faltar engenho e arte, certamente mais arte que engenho, não teria capacidade para tal, até porque nunca é minha motivação coisas banais do dia a dia, procuro sempre uma temática mais universal, mais abrangente,e, como é lógico, que dê mais  que pensar.

Entretanto hoje, quando chegaram as notícias de que 5 dos 9 bancos com difícil renegociação dos contratos SWAPs, nomeadamente o Barclays, o Goldman Sachs,o Deutch Bank, o Morgan Stanley e a Sociéte Generale, ajudariam Portugal a negociar sua dívida em mercado, não pude deixar de pensar : «Que quintilha mais amiga!» E como o mesmo bloco notíciário  dava conta de um outro implicado com os SWAPs estar agora no governo novamente, numa sua importante empresa, resolvi enfrentar o tema, sem medo da banalidade que ele  contém e do comezinho da temática. Tudo só para dizer esta frase relativa à fraternidade das instituições bancárias. É mesmo lamentável a minha incúria.

Fica então banalizado este Olho do Ogre que tanto tem primado pela lucidez e pela altivez, por uma ambivalência insanável do escrevente. Outrossim neste tema revelou-se uma ignorância imperdoável a um escritor do calibre de Miguel de Sousa Tavares, quando afirmou, em pleno jornal das oito, ao referir-se às declarações do atual secretário de Estado do tesouro,  que o verbo evidenciar não existe. Não só existe como é transitivo. O que não existe é a figura com a qual se quiz desembaraçar o secretário de Estado, no que foi prontamente contestado pelo jornalista Crespo, conforme escrevi no meu artigo anterior, razão única pela qual cedi a ambivalencia conflituosa de redigir semelhante peça, para dar seguimento a outra. Mais: recomenda-se ao Jornalista, no Algarve, Miguel de Sousa Tavares, a levar um dicionário para as férias.











sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A AMNÉSIA POLÍTICA E A PRONTIDÃO DE UMA PERGUNTA. EIS AÍ OUTRO CRESPO !



" Se o IGCP é um cliente, se o senhor é o responsável pela área de clientes: Como é que o senhor não é responsável?" Esta foi a pronta pergunta do jornalista ao secretário de Estado do tesouro.


Via-se um homem amedrontado, gaguejante, intimidado, esquivo, louco para ver o fim da coletiva. A expresão bem portuguesa de indagar-se.' Como é que eu descalço esta bota?' era o que mais transparecia da coletiva dada na tarde desta sexta- feira dois de agosto de 2013, da qual o  senhor secretário certamente não se esquecerá facilmente. Quando abruptamente dando por terminada a entrevista deixa no ar a pergunta do jornalista que, por conexão lógica, é incontornável. Após ter o secretário Pais( é um de seus apelidos) ter declarado que não tinha nada com a oferta de SWAPS ao governo José Sócrates para mascarar a dívida pública enquanto gestor do banco onde trabalhava, tendo se declarado responsável pela área de clientes, sendo justamente sua função perceber as necessidades da potencial clientela e lhes oferecer os produtos que lhe pudessem satisfazer e tendo seu banco oferecido este produto SWAP ao então governo, através do IGCP. Não se lembra se paticipou na reunião que materializou a oferta. E, portanto, diz não ter responsabilidade sobre a matéria. Seria cômica se não fosse triste esta resposta, sobretudo porque a prontidão da contestação à mesma não se fez esperar. É a pergunta em epígrafe!

Como é que o senhor não é esponsável? Repetiremos todos nós.

Admirei a prontidão do jornalista. Quiz saber quem era. Não tendo encontrado nenhuma informação disponível. Até que, assistindo ao programa diário que o admirável jornalista  Mário Crespo apresenta na SIC notícias, fico informado de que o apelido do Jornalista, é Crespo.( Pelo tom de justificado orgulho de Mário Crespo poderá ser seu filho, não consegui apurar esta informação.) O Jornalista Mário Crespo, que muito admiro, e que, pelo seu caráter, já foi alvo de várias campanhas difamatórias, as quais, penso, em oposição à intenção dos que as promoveram, aumentaram-lhe o número de admiradores, tem o tom certo, o distanciamento correto, a posição oportuna, a picardia necessária, a cultura mister e a firmeza e sinceridade desejáveis para o bom jornalismo que faz, e,  se é pai deste rapaz Crespo, revela o bom ambiente de formação de caráter e firmeza de propósito que conseguiu extruturar em seu lar.

Agora a amnésia que vêm revelando os diversos políticos que ultimamente têm sido confrontados com perguntas incômodas, como as quais não se dispensou de fazer o jornalista Crespo na coletiva mencionada, tendo posto a pá de cal ao encurraladíssimo secretário de Estado que tinhamos à  frente das câmaras de televisão, é verdadeiramente surpreendente. Não posso dizer mais, porém não posso dizer menos. 

O mais grave de tudo isto é que a promíscua comunhão que revelam os dirigentes governamentais oriúndos de anteriores posições no mundo empresarial, bem como o mesmo que se passa no sentido inverso, sem um período de nojo, que quebraria a 'mutatis mutandis' sincronia de posições entre interesses muitas vezes contraditórios, vem se intensificando. Penso até que, mais que um período de nojo, deveria haver legislação impossibilitando o trânsito, ou mesmo inviabilizando definitivamente esta dupla existência.

Fica, para nós telespectadores, a alegria de haver Crespos, e, por apurar, seu parentesco.
   

interegno de existir II

                  Piscando.

       
                                                               Em homenagem a Rodrigo Leão  e cinema ensemble e Ana Vieira,
                                                                    e também a Bluteau e a 3ª Condessa da Erceira.



  ….Como vagalume  vou existindo


                         Num lume vago….
                         vago lume,
                         que acende e apaga
                         à propósito.
                 

  À propósito de que?

  À  propósito de existir despropositadamente.

 Que  estimulado continuará a pirilampiar  ocasionalmente,
 buscando um sentido  para o que não tem.




                       No entanto diz :  Vaga lume !
                       Alumiando-se pela eventual luz da minha existência
                       e  estimulando-me a vagar,
                       devagar….

Pervagar erratico  de um divagar  ocasional….


                       Seguindo o caminho que se impõe,
                       ou se propõe mais cortesmente,
                       põe e dispõe deste vaguer dizendo:
                       “ Vaga, vaga e supõe….
                      ( Supõe que este teu vagar é rumo.)
                      E contrapõe : "Lume!”
                      “Vai :  Lume !”
                      …… Sim! Sim!
                      ............... sim.....

                       
  Mas para iluminar o que ?