domingo, 29 de maio de 2016

Poema a Pedro Passo Coelho.



Não estragues o que é positivo.
                                                      à Pedro Passos Coelho em seu zênite.


Vá tentando, vá tentando
Vá tentando desengonçar
Geringonça quando engonça
É como onça, difícil de desentocar

Muda a cor, rejeita a trela
Tenta azul, e amarela
E a geringonça a se sustentar

Vá tentando, vá tentando
Dá-lhe jeito ver os gonzos
a se soltarem...

É difícil, é difícil
Ver a geringonça desengonçar.

Uma geringonça cheia de engonços
Jigajoga  muito particular
Caranguejola articulada
Engenhoca tão manhosa
Rês perdida, Vaca a voar
Tresmalhada e encontrada
Estupor difícil de desmontar

Vá tentando, vá tentando
Vá tentando  desengonçar
Geringonça quando engonça
É como onça, difícil de desentocar

Mostrengo que se arranja
Como irá desarranjar?
Mecanismo que funciona
Não se consegue parar...

Vá tentando, vá tentando
Vá tentando  desengonçar
Geringonça quando engonça
É como onça, difícil de desentocar

Queres desengonçar a geringonça
Fazê-la  parar de caminhar
Bamboleando, balançando
Lá vai ela a gingar
Segue firme, segue bela,
Vaca louca a voar...

Vá tentando, vá tentando
Vá tentando  derubar
Geringonça quando engonça
É como onça, difícil de desentocar

Queres dar-lhe o badagaio
Ver a máquina a falhar
Amarelo, verde-gaio
Muito tenta enganar
Geringonça, geringonça
Pôs a vaca a voar...

O Doutor:
Vá tentando, vá tentando
Vá tentando  desengonçar
Geringonça quando engonça
É como onça, difícil de desentocar

Maquinaria consertada
Vive sempre a maquinar
Não desmonta, é  concertada
Não a pões a claudicar

Vá tentando, vá tentando
Vá tentando  desengonçar
Geringonça quando engonça
É difícil desengonçar!

  

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