A Assembléia da República portuguesa discute a criminalização das praxes, como discute medidas para regulá-las, entre um ponto e outro, estão todos os matízes das concordâncias e discordâncias partidárias, porém sabedores da opinião pública ser maioritariamente a favor das praxes (ver artigo anterior, o III) não têm coragem de tomar nenhuma atitude claramente contrária a elas, para não perderem votos, salvo o Bloco de esquerda, mas este já não tem votos mesmo e talvez seja por isto que não os tem, por assumir muitas posições corretas que desagradam a maioria, e sabemos que desta discussão resultará ficar tudo como está, mais que tudo por covardia dos diversos grupos parlamentares em tomar as medidas necessárias.
Curiosamente este debate ocorre no mesmo dia em que as praxes militares foram condenadas em tribunal por causarem lesão irreparável a um aluno. Será que não vêm que as praxes são uma prática bárbara, deseducadora, de caráter deformado e deformadora de caráteres. Uma estupidez rematada, jogos de meninos vazios, que por falta de ideais maiores, de interesses, sociais, ambientais, patrióticos, históricos, emocionais, literários políticos, ideológicos de amor próprio,de amor pelos outros e por Deus se dedicam a esta atitude vazia, disparatada, corrupta e corruptora que são as praxes acadêmicas.
Dá-me tanta pena de ver uma juventude bonita, saudável, bem educada, com bons lares, inteligente, dedicar-se à estupidez absoluta de uma prática primitiva, tribal no pior sentido, rústica, rude e descompassada com o tempo de maravilhas que vivemos, e que devia ter cada minuto voltado para fruí-lo na sua plenitude, que oferece, sexo sem pecado e sem consequências graças à química medicamentosa, o que não havia no meu tempo, oferece comunicação instantânea com o mundo todo e com todo mundo, também não era possível no meu tempo, viagens baratas e à todo momento para qualquer destino, e o planeta tem destinos maravilhosos, e baratos hoje, também não haviam em meu tempo de jovem, livros maravilhosos, museus idem, milhares de modalidades de lazer e esportes, formas fantásticas de se empregar o tempo.... Porque empregá-lo nesta coisa perversa e estúpida de subjulgar o próximo e de humilhar os outros?
As praxes não devem ser criminalizadas, porque crime não são, resultam delas, às vezes, muitos crimes de diversas naturezas, portanto pela só capacidade de gerar tais consequências deviam ser proibidas. Regulá-las não é ofício jurídico, nem tão pouco solução, pois quem as iria verificar, ver se os regulamentos estariam sendo cumpridos? As praxes devem ser simplesmente proibidas, não por si, pois que haverão modelos dentre elas passíveis de serem aceitos, mas pelas suas consequências e sobretudo pela sua prática humilhante.
Lamento, mais que tudo, é que haja muito pouca gente que queira ver esta verdade tão óbvia, sobretudo os que têm responsabilidade por terem sido eleitos para tal : TODA A PRAXE É ESTÚPIDA!