O blog O Olho do Ogre é composto de artigos de opinião sobre economia, política e cidadania, artigos de interesse sobre assuntos diversos com uma visão sociológica, e poesia, posto que a vida se não for cantada, não presta pra nada. O autor. Após algum tempo muitas dessas crônicas passaram a ser publicadas em jornais e revistas portugueses e brasileiros, esporadicamente.
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
Os portugueses na frente.
domingo, 27 de setembro de 2015
Decisión indecisa.
Orai, perdoai e vigiai.
sábado, 26 de setembro de 2015
Ocaso d'alma.
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
EIL - O Homem é o lobo do Homem !
THROUGHOUT HISTORY, THEY'VE BEEN MADE TO ANSWER FOR THE SINS OF MEN
Uivou-se.
Não deseja paz,
A mediocridade que impera!
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
O Brasil em recessão vai entrar em 'default'.
Se isso não for feito já voltaremos aos tempos de antigamente, e a classe média irá minguar, a recessão econômica vai se apresentar com força, e haverá 'default' incumprimento de suas obrigações, não as externas que o FMI estará contente em voltar para impedir isso, mas as internas, porque há obrigações para com o povo brasileiro, que constrói esse grande país, que se devem manter, e elas são basicamente três: 1. A formação contínua de uma classe média. 2. A geração de emprego. 3. A manutenção eficaz do Estado Social ( saúde, educação e aposentadorias a bons níveis) O resto é acessório (luxos, boa figura, falsa grandeza) poderia ter escrito: estádios, parques, projeção internacional e coisas que tais...
Não têm os olhos fatigados? Não têm a alma cansada?
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
Tempos modernos. (Da série: No universo das palavras.)
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
O plancton e o plástico.
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Agora o terror!
P.S. A Hungria deve ser expulsa da UE. um país que age como a Hungria tem agido, pode ser Africano, do Médio Oriente, dos quintos dos infernos, mas não europeu!
terça-feira, 15 de setembro de 2015
"Mama Merkel help me."
Essa gente é uma vergonha.
As mortes continuam, o Mediterrâneo se transforma cada vez mais em vala comum, a decência escorre pelo ralo como se a Europa fosse já o que não é, se esquecesse do que sempre foi, berço do desenvolvimento humano, inclusive e sobretudo no âmbito do humanismo e da filosofia, essas coisas que fazem aos homens humanos, fazem-nos diferentes dos animais, estes mesmos que enjaulamos por não lhes reconhecer o Direito fundamental da liberdade, essa matéria tênue sem a qual um homem não é homem, esse bem que retiram as sociedades para punir àqueles que desobedeceram suas leis, esse bem cada vez mais escasso num mundo em guerras disseminadas por toda parte, essa essência preciosa que cabe evocar.
Enquanto isso os dirigentes, Ministros e Primeiro Ministros dos diversos países europeus sucedem as reuniões para não chegarem a conclusão alguma. ASSIM COMO OS REFUGIADOS ESTAMOS TODOS PRISIONEIROS DAS LIMITAÇÕES DESSA GENTE!
LIBERDADE:
Quem faz que o teu influxo em nós não caia?
Porque (triste de mim!) porque não raia
Já na esfera de Lísia a tua aurora?
Oculta o pátrio amor, torce a vontade,
E em fingir, por temor, empenha estudo.
Abre as asas sobre nós
E que a voz da igualdade
Seja sempre a nossa voz,
Liberdade!, Liberdade!
Abre as asas sobre nós
E que a voz da igualdade
Seja sempre a nossa voz!!!
entendem, dou-lhes uma terceira dose, a pessoana, para que saibam que não pode haver
nem preconceitos nem cálculos nessa hora, como Jesus, são refugiados!
Liberdade
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original. "
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca... "
P.S.
Como eu afirmava horas atrás não se pode esperar nem mais uma hora E MARCAM A NOVA REUNIÃO PRA DAQUI HÁ UMA SEMANA, é uma vergonha, ou melhor a falta dela, a Europa nunca poderia agir assim.
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
BOCAGE NUM QUARTO DE MILÊNIO DO SEU NASCIMENTO.
÷ 21 de Dezembro 1805- 2020
Setúbal resolveu fazer com atraso homenagens neste passado 15 / 9, 255 anos de seu nascimento. Toda homenagem é pouca para Manuel Maria Barbosa du Bocage. E devemos sempre lembra-lo.
Segue o poema:
Se houve boca de ultraje
E que ninguém pôde calar
Foi a boca do poeta Bocage
Cantador a despregar.
Canta o povo, canta o amor, canta o desejo
Canta, canta, canta os falsos para os acusar
Canta o arrojo, a volúpia, mesmo o cantar, e do ensejo
Seu canto chega mesmo a delirar.
Delírios da vida pungentes,
Delícias de os fazer,
São os poemas pulsantes
Do seu pronto dizer.
Por as saber descentradas
À todas as coisas reage,
As fazendo iluminadas
À luz única de Bocage.
Nascemos para amar; a Humanidade
Vai, tarde ou cedo, aos laços da ternura.
Tu és doce atractivo, ó Formosura,
Que encanta, que seduz, que persuade.
Enleia-se por gosto a liberdade;
E depois que a paixão na alma se apura,
Alguns então lhe chamam desventura,
Chamam-lhe alguns então felicidade.
Qual se abisma nas lôbregas tristezas,
Qual em suaves júbilos discorre,
Com esperanças mil na ideia acesas.
Amor ou desfalece, ou pára, ou corre:
E, segundo as diversas naturezas,
Um porfia, este esquece, aquele morre.
Morte, Juízo, Inferno e Paraíso
Em que estado, meu bem, por ti me vejo,
Em que estado infeliz, penoso e duro!
Delido o coração de um fogo impuro,
Meus pesados grilhões adoro e beijo.
Quando te logro mais, mais te desejo;
Quando te encontro mais, mais te procuro;
Quando mo juras mais, menos seguro
Julgo esse doce amor, que adorna o pejo.
Assim passo, assim vivo, assim meus fados
Me desarreigam d’alma a paz e o riso,
Sendo só meu sustento os meus cuidados;
E, de todo apagada a luz do siso,
Esquecem-me (ai de mim!) por teus agrados
Morte, Juízo, Inferno e Paraíso.
Soneto de Todas as Putas
Não lamentes, ó Nise, o teu estado;
Puta tem sido muita gente boa;
Putissimas fidalgas tem Lisboa,
Milhões de vezes putas teem reinado:
Dido fui puta, e puta d′um soldado:
Cleopatra por puta alcança a c′ròa;
Tu, Lucrecia, com toda a tua pròa,
O teu cono não passa por honrado:
Essa da Russia imperatriz famosa,
Que inda ha pouco morreu (diz a Gazeta)
Entre mil porras expirou vaidosa:
Todas no mundo dão a sua greta:
Não fiques pois, oh Nise, duvidosa
Que isto de virgo e honra é tudo peta.
O Leão e o Porco
O rei dos animais, o rugidor leão,
Com o porco engraçou, não sei por que razão.
Quis empregá-lo bem para tirar-lhe a sorna
(A quem torpe nasceu nenhum enfeite adorna):
Deu-lhe alta dignidade, e rendas competentes,
Poder de despachar os brutos pretendentes,
De reprimir os maus, fazer aos bons justiça,
E assim cuidou vencer-lhe a natural preguiça;
Mas em vão, porque o porco é bom só para assar,
E a sua ocupação dormir, comer, fossar.
Notando-lhe a ignorância, o desmazelo, a incúria,
Soltavam contra ele injúria sobre injúria
Os outros animais, dizendo-lhe com ira:
«Ora o que o berço dá, somente a cova o tira!»
E ele, apenas grunhindo a vilipêndios tais,
Ficava muito enxuto. Atenção nisto, ó pais!
Dos filhos para o génio olhai com madureza;
Não há poder algum que mude a natureza:
Um porco há-de ser porco, inda que o rei dos bichos
O faça cortesão pelos seus vãos caprichos.