quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Teresa Horta no The Guardian.







Guardião de valores, inequívoca escolha, visão de valor.


A boa tradução do poema de Maria Teresa Horta que aparece nas paginas do The Guardian essa semana, traz as lembranças de que a boa palavra perdura. Quanto tem feito esse jornal que agora pede  cinquenta libras para manter sua independência, todo devemos dá-las, inequívocas, impreteríveis, absolutas, num mundo onde os valores se conspurcam. Essa escolha é mais uma projeção de sua independência, porque não lhe trará nenhum retorno financeiro publicar Maria Teresa Horta em suas páginas, mas como tudo que o The Guardian faz, o faz pelo mérito de fazer. E poderá haver maior retorno?

 Num mundo vil, sim, e muitos! Mas para nós os poetas, os sonhadores, os fidedignos, os valores são outros, e gritos não, mas nosso crédito nunca será bancário, o pecuniário exercício dos interesses, nós viveremos de outras migas, que certamente alimentarão mais o espírito que o corpo, mas é fatal sermos como tal.

Fica nas páginas desse grande jornal a marca, o registro, inclusive o original na língua de Camões, sendo tudo o testemunho de um momento bom, consolo entre tanta miséria e desassossego que vivemos, a mim cabe dizer, como disse num poema ao estilo de Teresa, brincadeira entre nós dois, da grandeza dessa poeta, que aqui revelo o poema nesse tempo de alegria por ainda haver no mundo espaço para coisas honestas.

TERESA HORTA (*)

Busca
*
Em gangas diárias
Vai às lavras
*
A todos ofusca
*
Escolhe as palavras
À economia afeita
*
Só as necessárias
*
Em síntese perfeita.

(*) Se eu fosse Vinicius o  título do poema seria “Retrato, a sua maneira. 

O texto integral do The Guardian:

Poem
I let him come.
He sneaks on tiptoe
right up to my ear;
under its ribs my heart
quivers, quickens
as the excitement mounts:
first the forest appears,
then the woodland-sequel,
more mist than snow to the touch –
from the new poem’s
very first line the paper sucks up
every waif-word
and an ugliness steals in,
a cunning hungry thing
crouching there incognito,
pretending to be tame and yet so wolfish
that he’s the kernel of light
and then the noise of its cracking;
he’s lithe on the path,
doubling back on himself,
running with the pack, loping alone;
pussy-footing through the night
he trails moonlight behind him
like a mink coat.
I feel him when the hairs on my skin
lift, and in the delicious dizziness
of my private pulse –
in the midst of my writing, in my dream-life,
I slip all his clothes slowly off
and slide him down beside me.






The translation by Lesley Saunders of Poema, by the Portuguese writer and activist Maria Teresa Horta, recently took first prize in the Open category of the Stephen Spender prize for poetry in translation. (Horta’s Portuguese language original is reproduced at the foot of this column and all the prize’s winning entries can be seen here.)
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Readers of a certain age may remember Horta from an admired, and sometimes maligned, radical feminist text of the early 1970s, New Portuguese Letters(Novas Cartas Portuguesas). With Maria Velho da Costa and Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta formed the trio of writer friends who came to be dubbed “the Three Marias”. Their collaborative volume, known in English as The Three Marias: New Portuguese Letters, was a multi-genre response to a 17th-century collection of letters allegedly written by a young nun, Mariana Alcoforado, to her absconding “chevalier” lover. Horta had already received adverse criticism for her poetry, and the New Letters were no sooner published than banned by the Portuguese government. A prosecution ensued, and the women faced jail sentences until, with the 1974 “carnation revolution”, all charges were dropped. 




Alcoforado had recovered her psychological independence through writing. The 20th-century authors, with their collage of poems, fiction, letters and erotica, each work dated but unsigned, set out to assert their female authenticity through solidarity. Lesley Saunders traces the source of her interest in Portuguese poetry to her first acquaintance with the New Letters, noting that it renewed her sense of “what literature could accomplish, formally, as well as psychologically and politically”. Saunders was delighted to finally meet Horta in Lisbon in 2015.
Her translation of Horta’s new poem, Poema, combines narrative clarity and an erotically charged, fairytale atmosphere. Saunders writes that she tried to reproduce the “abbreviated, even dislocated, diction that disguises itself as something direct and uncomplicated”. By introducing punctuation into the English version, she underlines Horta’s control of phrasing and tempo, and adds to the musical interest of our melody-resistant language. 
The lineation has an excited tension in the first two stanzas. The wolf’s presence is registered at once, but he quickly becomes elusive. It’s in the third that the mystery fully registers: “first the forest appears, / then the woodland-sequel, / more mist than snow to the touch –”. The word “sequel” contributes to the idea of the poem as storytelling, while the soft, crisp, tactile evocation of mist-damp forest and woodland suggests body hair in different thicknesses and distribution. With the next stanza we go deeper into metaphor land. The new poem has arrived, stealthy and “incognito”, and instantly “the paper / sucks up every waif-word”. It’s an unfamiliar, maternal kind of animation: few poets see the language of their emergent poem as a vulnerable orphan. 
Saunders finds similarities between Horta’s Poema and Ted Hughes’s The Thought Fox: the difference is that “Hughes’s fox turns out to be the poet’s poem; Horta’s wolf emerges as the poem’s poet”. Whoever “he” is, I like the shifts in his character, and the general craftiness of his approach, “pretending to be tame, and yet so wolfish”. It’s recognised that the intimately known body – of man, woman or poem – may fall short of the ideal and even reveal a sudden “ugliness” – a quality that, in the original poem, is a moral grossness, depravity (torpeza). To receive the muse, the artist may have to overcome revulsion. But perhaps what is most special about this wolf-muse is that he resists banal transformation. Saunders uses a wonderful, almost punning, feline metaphor, “pussy-footing”, in the eighth stanza, and darkens the trailed cape of moonlight, which is compared to ermine in the original, mink in the translation. This being is sometimes magical but he is always an animal.




The narrative rises to a sensuous and role-reversing climax when the speaker undresses the newly passive creature: “I slip all his clothes slowly off / and slide him down beside me”. At first seductive, finally seduced, the poem-wolf lies down with the poet-lamb. Saunders’s translation reveals Horta’s mature voice to have an easy, fearless, unapologetic authority. Poema seems an important culmination and assertion of her status as an artist and radical thinker. 
Horta has continued to add to her output of poetry and novels and her work has gained some recognition. But the groundbreaking early achievement is often underestimated, or marginalised by what Saunders describes as “a general wish to forget all of that”. It’s to be hoped that this prize will help more of Horta’s poems and fiction, and those of the other Marias, to become visible to a new, international generation of readers. 
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Poema
Deixo que venha
se aproxime ao de leve
pé ante pé até ao meu ouvido
Enquanto no peito o coração
estremece
e se apressa no sangue enfebrecido
Primeiro a floresta e em seguida
o bosque
mais bruma do que neve no tecido
Do poema que cresce e o papel absorve
verso a verso primeiro
em cada desabrigo
Toca então a torpeza e agacha-se
sagaz
um lobo faminto e recolhido
Ele trepa de manso e logo tão voraz
que da luz é a noz
e depois o ruído
Toma ágil o caminho
e em seguida o atalho
corre em alcateia ou fugindo sozinho
Na calada da noite desloca-se e traz
consigo o luar
com vestido de arminho
Sinto-o quando chega no arrepio
da pele, na vertigem selada
do pulso recolhido
À medida que escrevo
e o entorno no sonho
o dispo sem pressa e o deito comigo
(Reproduced by permission of the poet)

sábado, 26 de novembro de 2016

Na morte de Fidel.

“Hasta la victoria, siempre”


Outra vez por Sierra Maestra
Fidel passeia sua indignação
O acompanham a sua destra
Eminentes próceres da revolução
Das revoluções que puderam ser enquanto foram
Algo de esperança, algo bom . . .
À esquerda vão crianças
Futuro que elas são
De Tché a Chaves recebem Fidel
Com a espectativa de um porvir
Quando outros esfregam as mãos:
“O bordel cubano irá reabrir”
Em meio ao desencontro de sentimentos
Segue  El comandante em seu tropel
Desafiando fantasmas asquerosos, nojentos
Revisitando agora seu papel
Sua morte não foi consolo
Seu clamor segue fiel
A ganância quer sempre mais solo
Mas hão de vir outros Fidel
Para que o corruptor mundo os desmembre
Destilando horror e mel

E diremos novamente: Até a vitória, sempre!


* Little Havana explodiu em alegria por sua morte, é uma grande homenagem que prestam ao símbolo que ele foi. 

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

A ignorância, o desrespeito, a intimidação, e as disfuncionalidades cognitivas temporárias.





A ignorância é um estado de falta de saber ou de ciência de quem a tem.

O desrespeito depende sempre de quanto o outro julga desagradável algo que se fez ou que se disse.

A intimidação é uma ocorrência que se dá quando alguém se revela incapaz de superar a ação adversa, decaindo frente ao receio que essa se lhe apresenta.

As disfuncionalidades cognitivas temporárias podem ser (e faço notar que disfuncionalidade não é disfunção): 1. na percepção, 2. na memória, 3. na linguagem, 4. nas funções executivas que se referem ao raciocínio, à lógica, às estratégias, às tomadas de decisão, e às resoluções de problemas, sendo, pois, todas relativas ao planejamento e as execuções de tarefas.

Tendo as acepções em vista, só há falta de respeito em sua ocorrência, quando há um julgamento de desagrado, o que não implica que por se ter desagradado alguém se o tenha desrespeitado, linha equívoca e de difícil traçado, posto que a ignorância pode entender como desrespeito algo que é meramente designativo, sem intenção de desagradar ou ofender, como se verá.

A afirmação de que alguém revela uma desfuncionalidade cognitiva temporária significa o mesmo que dizer que alguém foi desatento, ou se esqueceu de algo, ou teve perda de memória com isso, teve mal uso da linguagem, ou respeitante as funções executivas que terá perdido temporariamente, pensou mal, cometeu um erro de interpretação, ou lógico, teve uma má estratégia, tomou uma decisão errada, ou resolveu mal um problema. NADA DISSO É OFENSIVO, ainda que seja desagradável alguém ver-se apontado por isso.

O Secretário de Estado poltrão Mourinho Félix disse hoje no parlamento português que o empertigado e tolo Deputado Leitão de Barros revelava uma disfuncionalidade cognitiva temporária, levando ao ignorante presidente da Assembléia da República Ferro Rodrigues a exigir respeito por parte do Secretário de Estado que, intimidado pela manifestação massiva das bancadas à direita nesse parlamento, viu-se como timorato, covarde que é, levado a se retratar e pedir desculpas. Se fosse desassombrado e conhecedor da língua vernácula, tranquilamente teria repetido o que disse para escândalo geral, acredito, e para seu auto-respeito, que afirmo ser o maior valor ao qual se deve ater um ser humano.

Espetáculo lamentável o da impotência, o da ignorância, o do medo e o da poltronice, que leva alguém a recuar numa afirmação correta por reunir as condições prefiguradas.

Esse episódio lembra-me outro que se passou no parlamento brasileiro no bom tempo em que esse era composto de figuras cultas e de elevado valor, deu-se envolvendo ao deputado Carlos Lacerda, que era um homem de grande tino, cultura e velocidade de raciocínio, ou seja com grandes funcionalidades e funções cognitivas operacionais em permanência, e foi assim que se passou:

Um deputado muito irritado com as contraposições renitentes interposta pelo deputado Carlos Lacerda, aponta-lhe o dedo designando-o como um incômodo, afirmando: "Vossa excelência é o purgante nacional!" ao que obtém como resposta pronta: "E Vossa excelência o efeito!"


P.S. E agora a comunicação social, respeitante ao caso português, repete a ignorância geral.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Dar nome ao boi.






O PSD ficou sem opção. Como uma chama muito tênue não incendeia nada, eventualmente chamusca aqui, ali, e como contra fogos vivos, ativos, e com grande poder, alguns já antigos e estruturados, como o grande PS e o poderoso PCP, e outros chamas nascentes, que querem impor-se ao meio onde atuam, o agitado BE, e mais tênues os Verdes, pouco podem se deu que com todo esse fogo cruzado e com o seu antigo aliado só preocupado só com sua pele, restava ao PSD pugnar pelo que ficou evidente desde o começo da legislatura, aliás antes, quando aceitou tentar formar governo, governo que sabia que não formaria, mas para marcar uma  posição pensando no futuro, para poder vitimizar-se depois, e para dispor de argumentos que agora se esboroam na nova dinâmica político-partidária que se formou, e que se vai mostrando frutuosa, que era a única coisa que não servia para eles, onde só o falhanço dá opções, formou-se enorme nuvem de mentira que encobre interesses diversos. Vamos destrinçar isso. Vamos dar nome aos bois.

Tudo começa há um ano quando surgiu uma inédita coalizão das esquerdas com vistas ao PS formar governo. Não se coligavam, posto que os outros três partidos membros da coalizão não estabeleciam vínculos definitivos, nem assumiam funções governativas, mantendo-se  todos apenas dentro de acordos bilaterais, feitos individualmente pelo partido de governo, o PS, com cada um dos outros três da coalizão, estabelecendo princípios e metas para a ação governativa do PS, que assim assumiu funções. Imediatamente o partido que foi o mais votado individualmente (ganhou mas não levou) o PSD,  viu que sua única opção era apostar no fraco entendimento entre as partes que viabilizavam a governação, que, tendo posições muito vincadas e compromissos muito definidos com seus eleitorados, acreditavam, nunca iriam aceitar as restrições governativas de pertencer a UE,  esperando por uma rápida desorganização da aliança, pois sabia que esse acordo só existia para apeá-lo do poder, aliás o que traduzira a votação popular daquela eleição, mas que historicamente até aquela data nunca significou nada, porque  sempre o partido mais votado constituíra governo, ainda que minoritariamente, porque nunca as forças parlamentares se dispuseram a outra composição. Porém agora a situação era antagônica, podia-se dizer que fedia, tresandava com o odor da possibilidade de se estabelecer o governo PSD-CDS novamente, e houve inimaginada recomposição parlamentar.

Ora bem, com essa apreensão ditando as perspectivas, criaram a tal coalizão, e com isso estabeleceram novo arranjo de forças que evidenciava que se tivessem êxito, manteriam a direita por longo tempo afastada do poder, com o acréscimo de que essa só voltaria se conseguisse maioria absoluta, porque em caso de qualquer outra correlação de forças estava excluída, pois a partir de agora sempre à esquerda havia possibilidade de composição. Era uma perspectiva nova, com novo equilíbrio, o que certamente, a  se tornar natural e frequente, mudava o país de forma definitiva, mudava a política, mudava a assembléia da República para sempre. Consciente disso o PSD reage vitimizando-se e perorando a argumentação de esbulho e desrespeito às regras até então vigentes. Acertavam na segunda tese, pois havia desrespeito às regras que se praticavam até então, mas equivocavam-se na primeira tese, porque não retiravam a ninguém a posse do que não tinham, e o que tinham era uma tradição, uma hipótese, que acabou com a nova composição de forças, logo não havia esbulho. O PSD havia sido relegado para um papel secundário, onde se equiparava aos demais partidos, com o novo ingresso de todos no propalado arco da governação, foi o desgoverno para o PSD, de repente era igual ao CDS, sua antiga muleta como diziam as esquerdas antes, e o partido mais votado não aceitava ser muleta de ninguém! Por isso evocou o demônio, que não atendeu ao seu chamado, e de chifrudos misteres ao caso, surgiu o boi, que é um chifrudo inofensivo.

O tempo passou, o falhanço orçamental não veio, as soluções estabelecidas pelo PSD-CDS  como as únicas capazes de salvar o país, que haviam sido administradas como o mais amargo dos remédios por quatro anos e meio, verificaram-se desnecessárias, haviam outros caminhos, o que repunha a opção que desejava o sr. engenheiro Sócrates com o PEC 4, vendo todo o país sob uma luz meridiana e clara que havia sido enganado, que talvez a troika não tivesse sido necessária, que haviam mesmo outras opções. Consolidados os resultados do OE de 2016, e as perspectivas do 2017, com discussão, negociação, e aprovação sem tragédias entre os partidos da coalizão e mais, com o CDS assumindo uma ação construtiva no processo o PSD via-se totalmente isolado, e passaria a ter que participar com propostas, para isso fora eleito. E agora que caminho tomar?  O que ocorreu-lhes foi anunciar a aparição do diabo para qualquer instante antes da proposta de orçamento para 2017 ser anunciada, que seria a primeira vez na história que o diabo seria um salvador, pelo menos para o PSD seria, e esse erro de insistir na espera do falhanço de uma estratégia que ia funcionando, e, pelos vistos vai continuar a funcionar, foi, é, a expressão de seu descrédito, que se traduziu logo nas sondagens, onde o PS sozinho sobe dez pontos, e assume a liderança passando a mais votado, passando a ter o que tiveram PSD-CDS juntos.

Pois bem, se se mantiver a tendência, isso é igual a maioria absoluta em 2019, o que até seria bom para o PSD, porque seria um retorno à velha situação, com o PSD voltando a ser o que sempre foi, uma opção, a opção à direita, mas não de todo a que sempre foi, mas sempre melhor, porque como está não existe, e o seu número de deputados eleitos irá cair drasticamente. Mas nunca será opção o seu atual líder, o que é o outro grande problema.

Esse é o grande boi sem nome que permanece e que será indesejável seja de que modo for, por isso começa a haver algum movimento dentro do seu partido. Vejamos porque: 1º porque na condição de êxito de António Costa, não é do PS, porque o partido PS inclui outras opções, que talvez não sejam, não fossem, de êxito, o contraponto político só pode apresentar como defeitos, o custo desse êxito, que são os buracos no Estado Social, as falhas na saúde, nos pagamentos devidos, as cativações, a perda da proximidade do Estado ao cidadão, etc... mas nesse âmbito que cara terá Passos Coelho para dizer seja lá o que for? Ele e Maria Luís Albuquerque, os campeões de esmagarem por todos os meios o Estado Social e os salário e pensões.  E se tiverem essa cara de pau, quem ira acreditar nisso? 2º porque na condição, não será de falhanço total, porque a geringonça vem se verificando efetiva, mas de retrocesso nas políticas, digamos, Passos Coelho é sempre símbolo de políticas piores. 3º. No caso do PSD, como propõe o Presidente da República, posicionar-se para assumir um papel de coadjuvante, o que seria sempre um papel secundário, o que o atual líder nunca aceitaria, porque já tendo sido primeiro ministro, não está moldado para ser o segundo em nenhuma situação. 4º. Num processo normal eleitoral, onde cada partido irá defender sua dama, que é o que se antevê como o mais provável, já tendo mesmo Gerônimo de Sousa falado que esse acordo não é para durar, ou seja os diversos partidos da coalizão se apresentarão como quem tem o trabalho resolvido, missão cumprida, e, agora, nas eleições, se discutirão as propostas para o futuro. OK! E vão a votos cada um por si. Que novidade trará esse PSD de Passos que seja credível ao eleitorado, para além daquele que lhe é fiel? Como crescer? A única criatura que não tem rosto para falar de futuro é o líder da Paf. O outro, que também não teria era o Dr. Paulo Portas, mas esse inteligentemente viu logo o futuro, e arrepiou carreira.

O que resulta disso tudo é que o Sr. Pedro Passos Coelho está morto eleitoralmente, e só ele não vê. Esse o boi que deve ser nomeado como carne morta, que não serve para nada, nem para um talho, porque tóxica.

Quem viver verá.



terça-feira, 15 de novembro de 2016

COMO LER A ARTE - AVISO.





NA PRÓXIMA TERÇA-FEIRA 22/11/16 ÀS 14 HORAS ESTAREMOS SAINDO PARA UMA VISITA DE ESTUDOS AO MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA NO ÂMBITO DO CURSO COMO LER A ARTE.

A ORGANIZAÇÃO É DA CRUZ VERMELHA PORTUGUESA.

PARTIDA DA SEDE DA SUA DELEGAÇÃO DA COSTA DO ESTORIL NA PAREDE.
Rua Vasco da Gama, 243.  - tel. 21 457 09 24 E-Mail: dcostaestoril@cruzvermelha.org.pt

Custa E 8,00 TUDO INCLUÍDO: Quem desejar participar contacte a Cruz Vermelha e esteja lá no horário.

Quem preferir dirigir-se diretamente ao Museu, estaremos reunidos à porta por volta de um quarto para as três- 14:45 horas - para entrarmos. O bilhete de ingresso ao museu custa E 6,00.

A visita durará até as 18 hs, quando retornaremos no autocarro que nos levou desde o endereço acima, para o mesmo local de partida.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Leonard Cohen





‘Dançando até o fim do amor.’


                             A Leonard  Cohen no dia que soube de sua morte.
                                                      (11/11/16) (*)


O poeta-músico fez sua última vênia
Melancolicamente consciente
Com adeus esperado
E vazio desesperado
Que leva na alma que sai
Que deixa na alma que fica
Ouro de uma emoção tão rica

Cinzas na cena de luz que se vai. . .

(A morte terá sido a 7/11.)