O blog O Olho do Ogre é composto de artigos de opinião sobre economia, política e cidadania, artigos de interesse sobre assuntos diversos com uma visão sociológica, e poesia, posto que a vida se não for cantada, não presta pra nada. O autor. Após algum tempo muitas dessas crônicas passaram a ser publicadas em jornais e revistas portugueses e brasileiros, esporadicamente.
sexta-feira, 1 de dezembro de 2023
Espalhe a informação.
"Start spreading the news"
"New York, New York"-Fred Ebb e John Kander.
A maneira de haver êxito num processo qualquer, como por exemplo no funcionamento e no desenvolvimento de qualquer sistema, que se possa reproduzir, ou seja se repetir como resultado de seu desenvolvimento, é haver registro da informação. A ciência nunca teria evoluído, como evoluiu, se suas diversas pesquisas, como fases de tentativas diversas, não tivessem sido registradas para podermos saber qual resultado dera cada uma das 'tentativas', das experiências, e que pudessemos então buscar difrentes caminhos, não repetindo aqueles que já sabemos no que vão dar. Sem memória as coisas não existem.
Esse também é um princípio natural - que ocorre na Natureza- do qual não nos demos conta até estudarmos seres de vida mais breve, com ciclos curtos, onde as informações fossem passadas tantas vezes de modo a que os diferentes caminhos fossem se tornando uma equação geral que revelasse a correspondência entre os diferentes processos em ação e em demamda, posto que tudo neste mundo está em permanente ação, mesmo as pedras do caminho. Nós não nos damos conta porque a maioria destas ações são invisíveis, assim como seus registros.
Imprescindíveís, todas as ações de memória que nos formam ao longo de nossas vidas, não são nada se comparadas com as ações de registro invisível que ocorrem, e não sabemos bem como e de que maneira física e metafísica ficam guardadas, e também não sabemos bem onde. Sabemos entretanto que um determinado polímero, o ácido desoxirribonucleico, possui informações com diferentes características, usadas no funcionamento, desenvolvimento, crescimento e transmissão dessas próprias características, mor das vezes as recombinando, gerando uma cadeia infindável de variantes não replicáveis. Nos seres que estas se replicam, nos vírus usando as células hospedeiras, e nas bactérias por cisiparidade, sempre ocorrem variabilidade, gerando mutantes que serão variantes do ser, mas não o mesmo ser, possuindo caractrísticas diferenciais exclusivas.
A geração expontânea e os enormes saltos quantitativos.
Esta teoria, a Abiogênese, hipótese que concebia a formação de seres vivos a partir da matéria orgânica, se originou na ideia de que pudesse surgir vida pela condição desta se criar tão somente. A razão desta ideia é igual àquela que acreditava no geocentrismo, posto que a observação pura e simples, demonstra isso. Com a tecnologia disponivel, ou com os nossos olhos podíanos ver surgir num pedaço de carne muitas larvas, como se se tivessem criado, gerado espontaneamente, da matéria ogânica, no caso carne, e que era assim que a vida se gerava, o que explicava os enormes saltos quantitativos de muitas espécies na Narureza.
Esse equívoco que perdurou por séculos, afirmava uma teoria que terá algum legado a nos conceder, tendo em vista que no metafísico essa ideia poderá colher, mesmo que só até dispormos de instrumentos que demonstrem o que realmente ocorre neste campo.
A ponte entre a imaginação e a realidade.
Esta cria-se na perspectiva de que se possa establecer em campos da memória, mas não só, posto que existirão outros campos que também são acionados no processo, outras áreas da percepção, como outras áreas de registro, ainda desconhecidas. Apesar da poderosa substancia da memória (em suas múltiplas manifestações: olfativa, gustativa, auditiva, visual e tática, as dos cinco sentidos, que funciona também combinada em grupos, ou até mesmo todas juntas) mas do processo também fica claro outras perspectivas. Sempre se admitiu poder existir um sexto sentido, uma capacidade de percepção transcendental, que ultrapasse a percepção material, a dos sentidos, essa que hoje pode-se entender como virtual, inconsciente, transcendental, ou trans-consciente, com funções cognitivas muitas vezes sobre coisas que não eram ainda conhecidas. Muitos cientistas afirmam que foi nesta situação que descobriram muitos dos avanços da ciência -intuitivamente, de modo paranormal. As nossas informações metacognitivas ainda não atingiram a metafísica, posto que restritas a métodos empírico-analíticos, mesmo em parapsicologia, mas provaram definitivamente que há informação espalhada em 'locais' que não conseguimos saber como foi lá ter.
A força vital.
Hoje entendida como coisa mística, foi, desde o tempo de Berzelius, sempre entendida como uma manifestação especial dos organismos vivos, que reunia capacidades muito particulares, com suas características próprias, impossíveis de serem sintetizadas, o que logo caiu por terra. Entretanto se o que então foi entendido como tal for outra coisa? Por exemplo aquilo a que os gregos entendiam como a 'alma em movimento', aquele quantum de energia não classificada que impulsiona os seres vivos. Como operamos num âmbito temporal bastante restrito e a maturação na maioria dos mamíferos, inclusive os seres humanos, também é demorada, não somos capazes de avaliar as diversas manifestações do energo vital (*) em nossa espécie, porque não conseguimos obter a perspectiva de sua ação. Entretanto como a ciência foi capaz de comprovar que existem formas de informação que são transmissíveis, como, quando, por exemplo, se faz um transplante de orgãos, e certas características do doador surgem na vida (hábitos, habilidades, sentimentos, pensamentos) daquele que recebe o órgão, podemos intuir que exista algo em nós, para além do ADN, que é capaz de recolher informação.
(*) Energo vital - energia da vida, também entendido como essência da vida, chama da vida, vibração essencial, enfim força vital.
O princípio ativo.
Àquilo a que chamamos alma, corresponde ao princípio ativo de uma planta, fazendo uma comparação, uma vez que se isolarmos a essência do ser humano, teremos aquilo que será a alma. Mesmo que este conceito - alma - possa ser apenas isso, um conceito, ele expressa bem a ideia que aqui carecemos para individualizar as referências que qualificam o ser humano, seu eu mais profundo, posto que este existe seja lá o que for, ou como o chamemos. Assim, como o princípio ativo existe e pode ser identificado, assim como o eu-profundo existe, e tomamos noção dele ao lidarmos longamente com uma pessoa, assim como este permanece muito para além das inferências que se possa extrair de qualquer pessoa, ou das referências que estas representem, certamente haverá esse 'princípio ativo', 'soi-disant', que há muito chamamos de alma.
Do improvável ao impossível, e o desígnio inteligente.
Quando lidamos com uma propabilidade ínfima, tendendo a zero, que admitimos como zero, portanto improvável, do mesmo modo quando lidamos com a máxima improbabilidade tendendo ao infinito, o fato é que estas improbabilidades são arbitrárias, logo impossíveis, posto que não atinge nem o infinito nem o zero. Logo a vida, e sua existência, uma improbabilidade em princípio, não é uma impossibilidade posto que existe, e ademais existe, como verificamos cientificamente, com um desígnio inteligente. Logo o espalhar absoluto da informação cria essa inteligência designatória, no sentido daquilo que se combinou e obteve um resultado. Podemos mesmo dizer que há uma lógica inteligente em tudo que existe.
A formação da consciência é indissociavel da memória?
Sentimentos = Memória. Como fisicamente não sabemos o que seja o sentimento, sabemos o que percebemos pelos cincos sentidos, impressões, mas, como é evidente, existem muitas impressões que ultrapassam essa sensibilidade correlativa, transcendendo tudo o que podemos explicar no âmbito da física, e que consideramos para lá desta, metafísico portanto, e sabemos bem que a formação desta sensibilidade reúne, agrega, muitas outras sensibilidades que ultrapassam as dos cinco sentidos, quando temos referencias da memória, as que evocam um perfume, uma canção, por exemplo. Portanto como dsconhecemos essa componente metafísica que nos transporta a sentimentos múltiplos, não sabemos responder à pergunta que formula este subtítulo.
ENTENDIMENTO.
Entretanto sabemos que existe um registro, de alguma natureza a qual ainda desconhecemos, que guarda capacidades que possuímos, e que não são memória. Por exemplo, se temos manualidade, e sabemos, digamos, entalhar ou esculpir, estas capacidades habitam-nos de alguma maneira, como aquilo a que chamo entendimento (estams numa área inexplorada, desconhecida, temos de lhes atribuir nomes e significados) que registram guardam, como disse, essas capacidades. Há muitas provas que esses registros estão em nós, uma vez que quando umórgão é transplantado, costuma ocorrer que as habilidades do doador passem ao receptor juntamente com o órgão. stranho, mas há inúmeros casos registrados.
A informação se espalha.
No entanto sabemos, com certeza certa, que a informação existe para além da memória, como as muitas que se focam na percepção
das coisas que não memorizamos, coisas tais como uma determinada roupa que foi usada numa determinada reunião em que participamos, da qual somos incapazes de lembrar, mas que existe na percepção como uma nota distante, e que a percepção certamente existiu claramente durante a reunião. Porque será que perdemos a memória, ou nunca a tivemos? E de outras coisas não perdemos, guardamos memórias banais. Das coisas que não tivemos percepção, não formaram memória, 0K, e muitas das quais advém de correlação que estabelecemos, indícios, como os caracteriza o Direito quanto as provas, e que constituem neste caso provas de sua existência para lá da memória, para lá da consciência, por isso dizemos que fizemos isso ou aquilo inconscientemente. Entretanto se tivemos, não consciência, mas memória - memória inconsciente, vamos classificá-la assim, será esta formadora da consciência, ou não se relaciona com ela? Voltamos ao parágrafo anterior.
Espalhando.
Fato é que a retenhamos na memória, ou não, estará lá a informação, esta da qual não nos lembramos, mas que ao existir, e seus indícios são clamorosos, codifica uma outra forma de percepção que é não memorialística, e é extrassensorial(um sexto, um sétimo, um oitavo sentido), mas que ao existir abre portas a mundos desconhecidos.
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