segunda-feira, 19 de agosto de 2024

O invisível poder do impossível.

Está sob consulta no Portal Participa, com a fantástica adesão de pouco mais de duas dezenas de cidadãos, a CONSULTA sobre o Armazém para resíduos de material nuclear ativo, de altíssima periculosidade, originados na Central Nuclear de Almaraz, do outro lado da fronteira, ao abrigo de uma convenção entre Portugal e Espanha, sob o título de NOVO ARMAZÉM TEMPORÁRIO, o que não revela o cerne da questão: Depositar em Portugal o lixo nuclear Espanhol, que na consulta designam por CI, RAA e RE. A cidadania, que não olha para estas coisas, e que se esquece muitas vezes de perguntar o óbvio: 'Armazém para armazenar o que?', deixa passar tantas vezes coisas absurdas sem/com o escrutínio popular mister, prescrito em Lei, pela simples razão de apenas duas dezenas de pessoas olharem para o assunto, que uma vez aprovado poluirá uma porção do território nacional português, que sabemos não ser assim tão grande, por milhares de anos, corroborados por uma consulta pública que o justifica (pré-requisito mister). É incrível, mas nem a imprensa, nem as entidades de caráter popular que olham, ou deviam olhar, para essas coisas, nem o Governo da República, que devería dar publicidade à consulta para que os cidadãos votassem, tomam atenção a uma matéria que irá comprometer o território nacional por milênios, que as gerações vindouras verão diminuído, e imprestável na área atingida pelo "NOVO ARMAZÉM TEMPORÁRIO", TEMPORÁRIO para o tempo de armazenamento, mas milenar para os efeitos da radiação que permanecerão. A CONSULTA ESTÁ ABERTA DESDE PRIMEIRO DE AGOSTO, MAS EU SÓ FUI DELA AVISADO PELO PORTAL A 18 OU 19, SENDO QUE A CONSULTA TERMINA A 12 DO MÊS QUE VEM, SETEMBRO DE 2024. Penso que o sistema de consulta assegura uma mui minoritária participação, e que deveria ser alterado. Como ninguém se interessa por isso, vai seguindo lampeiramente sua forma modelar de consultar/sem consultar, porque o número de indivíduos envolvidos na consulta é de tal sorte pequeno, que é como se não tivesse havido consulta alguma. INVISÍVEL PODER DO IMPOSSÍVEL. Eu, que não sou ninguém, nem português sou, tenho feito minha parte desde há muitos anos participando nas miuitas consultas do Portal, muitas delas inofensivas, ou que podem facilmente ver seu efeito retirado pelo desmonte das instalações, o que não me causou maiores preocupações, nem me instigou o dever de denunciar, MAS UM ARMAZÉM DE RESÍDUOS ATÔMICOS, QUE PERDURARÁ POR MUITAS GERAÇÕES FUTURAS, POR MILÊNIOS, me obriga a pegar da pena para denunciar uma dessas muitas coisas que são feitas na surdina, sem a devida publicidade para julgamento dos cidadãos.

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