quinta-feira, 14 de julho de 2016

Bush feriu o elefante, Trump o vai enterrar.







O partido republicano, contraponto do democrático no sistema partidário Norte Americano, que apesar de ter outros, vários partidos, só esses dois efetivamente disputam o poder e a ele chegam, vem decaindo no mais fundo do poço de sua história por sucessivas lideranças desorientadas, que  levaram o partido ao menosprezo lógico de quem entenda que um partido de poder tem que ter uma liderança que ao se eleger, ao chegar ao poder, realmente crie uma realidade salutar para o país, e que não leve aos leitores a verem suas esperanças defraudadas.

Os Bush, pai e filho, em suas três presidências, tinham uma agenda muito clara de interesses, os mais subalternos, que, tendo chegados à Casa Branca, pode-se dizer que despoletaram as mais obscuras forças da América, que soltas e apoiadas pelo mais alto cargo da nação estabeleceram seu projeto de poder e ação, que do pai Bush, com o interregno de dois governos Clinton, todos companheiros do kapa-kapa, numa sanha que levaria o Bush filho ao poder por dois mandatos, instalando-se a loucura no centro de poder do país.

Para os que não sabem, informo que o exercício do poder Bush filho era confessional, com ritos e aparatos de devoção, numa prática doentia que o manteve maniqueisticamente no supremo comando de forças perigosas que Obama enfrentou com uma lufada e ar fresco, mas cujo bafio pestilento ainda se esconde, e mantém,  e tem ambições mais determinadas, que com um psicopata declarado as representando, são o maior perigo na esfera mundial no presente momento.

O partido republicano que tem maioria no Senado,  54%, o grupo dos cem têm ainda dois independentes atribuindo quarenta e quatro cadeiras aos democratas. na Câmara a margem ainda é maior, têm mais dois por cento dos 435,  atingindo 245, restando 188 aos democratas, pois há também dois independentes, o que impediu aos democratas implantar seu modelo de Estado Social, frustrando muitas das iniciativas de Obama. Esse processo solapa o poder presidencial, abrindo perspectivas ao partido republicano na esfera dos interesses que nele se vêm representados,.mas que efetivamente se materializam com a conquista do cargo da presidência, e essa se vem afastando do partido republicano com a clareza de candidatos sem o perfil psicológico que sucessivamente tem apresentado o partido republicano, ferindo fortemente as sua pretensões presidenciais.

A esperança institucional partidária de que um homem do 'establishment' surgisse para repor a linha de candidaturas sensatas, que sempre foi o apanágio republicano, que mesmo se não elegesse o presidente oferecia alternativa quase sempre reputada e estimada, com a atuação comprovada, tendo ocupado os cargos de deputado, senador e governador, e atuando, como presidentes quando foram o caso, com atitudes salutares para a população, com um governo amplo e voltado para todos os americanos, situação que se rompeu nesse último quarto de século com os Bush, que governaram para interesses muito subalternos e nebulosos, que cada vez mais ganham expressão no cenário presidencial norte americano; e que agora se agrava com esta anomalia que se chama Trump, a candidatura excrescente de fora do sistema.

Tudo isso compromete muito o partido republicano, candidaturas como a de Bob Dole, (Kansas) e de John McCain (Arizona) foram fiascos marcantes e nada ajudara, outras figuras como Sarah Palin (Alaska) e o grupo do 'tea party' (talvez o verdadeiro GOP) que ainda guarda a bandeira da cobra com o aviso de que não a pisem, porque, claro, sofrerão as consequências os que o fizerem, e que  é muito ativo e nocivo, maioria entre os republicanos, e com  um terço do eleitorado americano, esse mesmo que, disforme, apoia Trump, que é o seu verdadeiro candidato, e que tem nomes como Rand Paul, Ted Cruz, Mitt Romney, Susana Martinez (Novo México) ou Brian Sandoval (Nevada).

Temos portanto com tudo isso um partido republicano ferido, não sei de de morte, e que nesta condição abriu as portas ao candidato esdrúxulo no tom 'teapartyano' Trump, que enterrará o partido, ganhe ou perca, se o enterrará vivo ou morto ainda temos que esperar para ver.




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