quarta-feira, 29 de março de 2017

Signos alcançáveis.




Há tanta eletricidade por conta da designação do aeroporto da Madeira, estática a princípio, logo com alguns curtos-circuitos provocados pela escolha do nome do rapaz pobre madeirense que se fez o maior fenômeno futebolístico do século, atingindo o posto de melhor em seu métier.

Entre injustiças cometidas, inconsiderações, desconsiderações e desatinos, sobressai uma certa revolta elitista pela escolha. preferindo mortos a vivos, literatos, políticos, filósofos, cientistas ou destacados profissionais das profissões convencionais, a artistas e outros ídolos da população, crendo ser do populacho, de parolos, ou de saloios, tomando-os por néscios, numa contra-corrente de paroxismos exaltados e com o acendrado objetivo de separação de classes a que se permitem ao conformarem um pseudo-elitismo tolo, equívoco, vácuo, ridículo mesmo.

Escolheram esse nome e já está! Guardassem as suas opiniões para si. O que sei, é que se tivessem de pagar para usar a marca do nome do rapaz que se fez grande jogador de futebol, teriam que pagar-lhe vários milhões, os quais ele juntaria às centenas que possui, e seguiria dando de ombros ao vozerio incauto,  que bacoco e desatilado busca por picardia desmerecer uma escolha perfeitamente compreensível para quem ausculta a vontade popular.

Deixem-se de mesquinhez, que pequeno já é o país, gigante em sua História, da qual faz parte, e com merecido destaque, o rapaz escolhido para denominar o aeroporto de sua ilha. deixem-se de considerações nefandas, posto que a grande parte da população que respeita profundamente, sem discutir, que o estádio de futebol de Guimarães se chame D. Afonso Henriques, tem no seu entendimento esses valores, menos cultos é verdade, mas tão válidos como quaisquer outros no entendimento da cultura, como signos alcançáveis.

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