sábado, 29 de abril de 2017

3 requisitos para bem reinar.





Vocês não se enganem, António Costa é grau 18! Seu professor Marcelo Rebelo de Sousa apostou até, e lhe deu o grau 18 porque ele merecia. Agora a História se repete, só que com Marcelo como Presidente da República e com António Costa como Primeiro Ministro, a capacidade desse homem em fazer política, em cumprir objetivos, de alcançar metas é imensa, que ninguém se engane! E sabe escolher o time, o grupo que vai conseguir realizar os desígnios a que se propõe. Vejam o Centeno! Costa não é especialmente carismático, mas é especialmente cidadão e absurdamente político, e de um político espera-se que o seja, e, destarte, cumpra ao que se propõe, quantas voltas vai dar para isso não importa, importa é chegar e realizar os propósitos.

Quanto ao mais, a longa estrada de quatro décadas de atuação política já lhe mostrou perspectivas as mais diferentes das paisagens que vão passando quando se caminha. Portanto tem vária posturas, muitas de silêncio, para ir cumprindo seus compromissos e propostas. Sabe que não pode fazer tudo, mas que deve sempre fazer seu melhor. Quanto ao principal ruído discordante, sua principal resposta é deixa-lo se afogar em sua própria espuma, pois que sabe que só espuma de raiva quem não tem razão. Ademais, como tudo cansa, Pedro Passos Coelho e sua mesma repetida cantilena vazia, já cansou. A política é uma arte subtil que requer atitudes também subtis como resposta, e uma malícia no lidar com as situações que se vão apresentando, e que são sempre as mesmas: desequilíbrios e insatisfações, que têm de ser atendidas, e uma preocupação constante em não deixar de escolher o melhor caminho, caso que requer muita vigilância e empenho. No mais sabemos que há muitos malucos e desvairados, carentes e destemperados. Que devemos invariavelmente buscar tranquilizar os apetites insaciáveis, controlar os desejos e paixões inflamados, acalmar os imoderados, descomedidos e imodestos, bem como os estróinas, dissipadores ou esbanjadores.

Como falamos de História, lembrei-me de um homem inaugural como António Costa, D. João I, o grande Rei que inaugurou a segunda dinastia, assim como Costa inaugurou uma nova relação política, um novo tempo onde a cabeça do governo sabe que é a besta de maior carga, que é ele que, como um camelo, aguenta todo o peso, e é o que lhe cumpre. Assim mandou bordar um trajo com um camelo, e as três metas que pretendia cumprir como tal, os perigos que teria que ultrapassar, D. João tinha a noção que se deve buscar desígnios e tê-los em vista:
                                                                                                  1. Temor de mal reger.
                                                                                                  2. Contentar corações desvairados.
                                                                                                  3. Justiça com amor e temperança.
Foi o que D. João mandou bordar em seu traje.

Vejam bem que o tempo passa, temos seis séculos volvidos, mas as metas centrais não mudam, assim como a essência da natureza humana não muda, logo o fato que Costa mandará bordar tem as mesmas metas que D. João I escolheu há 600 anos, porque a besta de maior carga terá sempre que ter em atenção os mesmos pontos, porque governar exige essa arte, e é essa 'A arte de bem governar'.
                                                                         

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