terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

INTOLERÂNCIA: Se por ventura a estupidez e o ridículo tornarem-se caminhos.





Já vimos esse filme, passou primeiro numa cervejaria em Munique. Depois matou mais de 100 milhões de almas. Quando levamos de ânimo leve as distorções, as idiossincrasias, a falta de respeito e decoro, e as manifestações de ódio e facciosismos de qualquer ordem, pagamos sempre o preço de nossa tolerância. Evidentemente estou apregoando a intolerância para com alguns que se excedem, a Justiça é isso, a ordem é isso, é ser intolerante com os criminosos, porque nossas virtudes democráticas, a postura de sermos indulgentes com gente que atravessa todas as fronteiras do aceitável, nos compromete. Bem como nossa condescendência superior para com os maiores transviados CHEGA para criar o caldo de cultura onde proliferam os mais perigosos elementos patogénicos que desenvolvem os mais diversos extravios que se manifestam e consolidam em crimes, destruições, anarquias, misérias e desgraças de toda ordem, mas que começam com uma estupidez tolerada, e um ridículo que pensamos não poderá se espalhar.

Portanto quando permitimos que estes se instalem, estamos consentindo que essa abertura torne-se caminho de ascensão ao poder desses flagelos humanos, que uma vez conquistado tornam-se necessárias décadas para os vermos apeadas dos postos que conquistam. No Brasil da última vez foram 21 anos, em Portugal 40. É muito tempo, muito atraso, e muito privilégio para gente que é danosa, e para ideologias que terminam em desgraça. 

Liberdade e liberalidade se chocam quase sempre, e os limites das liberdades convocam a liberalidades excessivas quando são ultrapassados, fornecendo espaço e exigindo uma generosidade que nem sempre se deve ter. E o aproveitamento da amplitude liberal quase sempre degenera a própria, convertendo-se em liberação libertina, depravando os valores da própria liberdade. Logo não é este o caminho.

Então que fazer? Restringir a liberdade? Não. Determinar o que é seu aproveitamento, e o que é sua desvirtuação, por isso se fazem Leis. Logo, partidos que evoquem maldições comprovadas, como o Nazismo, o Estalinismo, as autocracias, o absolutismo, se porventura as quiser convocar,  e que propagandeiem qualquer das experiências totalitárias, ou que sejam anti-democráticas, ainda que se digam, ou que conspiram contra a Liberdade de alguma maneira, em nome desta devem ser imediatamente impedidos de existir, e de fazerem proselitismo de qualquer ordem. E quem garante que esse banimento mister não é anti-democrático é a Justiça, que tem a imparcial e justa medida do que deve ou não consentir, e que será quem determinará a extinção do partido e sua impossibilidade de actuar. CHEGA de facilidades aos corruptores das liberdades democráticas, é mister legislação que não permita a ascensão de ditadores, de lideranças miseráveis, tanto como houve com as nazis, de grupos que pregavam valores que, ainda que seguidos por boas franjas da população, são rejeitados pela maioria desta. Lideranças que convocam sentimentos de ódio, rancor ou exclusão, com eco entre muita população, não podem ser tolerados, porque se queremos uma sociedade inclusiva e fraterna, não os podemos consentir. Essa ilusão de Democracia e liberdade absolutas, são um mal ante que um bem. 

Há que se ter em mente que o ridículo, como fungos que prosperam com aparência de inocentes, mas que são venenosos, como malfeitores que ao desmontarem os valores democráticos pelo só efeito de existirem, no achincalhe populista para servirem a seus interesses eleitorais, ou por outro lado com a estupidez de propostas preconceituosas que dão largo a comportamentos excludentes e restritivos das inerências humanas em qualquer nível humano, e que encontram adeptos porque o preconceito, o egoísmo, o ódio e os complexos, escondem-se debaixo do associativismo de iguais, rejeitando tudo que é diferente, tomando ambos caminhos para agruparem esses preconceituosos, juntando ignorantes e inocentes que NÃO DEVERÃO SER TOLERADOS, pois já conhecemos, demasiado bem ademais, no que resultam. A História se repete como tragédia ou farsa, e não queremos estas repetições do que já sabemos que vai dar em mal.

Sei o quanto é perigoso falar em intolerância de qualquer ordem, mas se entregarmos sua avaliação e julgamento à serenidade da Justiça, não estaremos correndo qualquer tipo de risco. Não há perigo em se excluir os malfeitores, sejam de que âmbito forem.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

EUTANÁSIA






NÃO EXISTE BOA MORTE! TODA MORTE É MÁ!


Eutanásia quer dizer boa morte, na antiga ideia grega de evitar o sofrimento e a dor. Há certamente mortes mais ou menos dolorosas, em melhores ou piores condições, e há mesmo os que morrem a dormir, e os que morrem subitamente, tão rapidamente, que nos deixam a impressão que não sentiram nada, não tiveram tempo para o sentir, poderemos então considerar as mortes, umas melhores que outras, mas nenhuma será boa num mundo voltado para a vida, para as energias, onde tudo mexe segundo tudo aquilo que é oposto à morte, logo essa é a negação de tudo que cultuamos e vivemos todos os dias, pondo o ponto final nesta longa sucessão de eventos a que chamamos vida, portanto nunca poderá ser boa.

Nunca esquecendo que a vida também poderá ter sido má, mas só no compito geral, nunca em si mesma. Uma vez que  todos e cada um, todos os dias terá tido momentos de alegria e prazer, desde quando sacia a fome, até quando dorme tranquilo e profundamente. Já a morte é má em si mesma. Não que sua sensação o deva ser, não sei, ainda a não experimentei, mas tudo que acaba deixa uma sensação de vazio, que é exasperante, portanto mau. E no caso da morte em particular maior por desconhecermos os detalhes, uma vez que ninguém voltou para os contar.

E, como sempre, a compreensão daquilo que é mau é difícil, e a aceitação do Mal, mais difícil ainda, o que nos leva a cultuar a vida e abominar a morte, temos uma relação difícil com a morte, essa feliz liquidação de contas que iremos inevitavelmente fazer. E desse sentimento de repulsa nasce o temor que as pessoas sentem à Morte. E esse temor tem servido para justificar muitas atitudes (seguros-de-vida, conhecem alguma expressão mais absurda? Contratação de serviços fúnebres segundo sua concepção de vanglória, etc...) algumas mesmos injustificáveis. Atitudes que vão desde a preocupação com o cadáver (mumificação, mausoléus, túmulos luxuosos, caixões de chumbo, etc...) até às, essas mais fidedignas, preocupações com a alma (extrema-unção, missas, reconciliações, pedidos de perdão, etc...), todas estas misérias do final, quando as atitudes que importam são as do dia-a-dia. 

Esse temor do final, do que possa ocorrer, tem aumentado muito com as possibilidades técnicas alcançadas, porque com mais tecnologia prolongando a vida, e justiça em cumprimento de contratos, podemos ter uma morte espetacular, com hora marcada e efeitos especiais fantásticos. Nenhum milionário ainda o fez, mas podia contratar uma grande sinfónica com mil Viáticos para o final, e o comparecimento de 500 estrelas de Hollywood para o velório, e 5.000 carpideiras para o enterro, era um must! (A must see!)

 Meus caros: A Morte deve ser acarinhada como uma boa visita inesperada, venha quando vier, deve ser bem vinda. Depois, acabou. Que me importa se um milhão de ratos roerem meus ossos, e vermes em profusão devorarem minha carne, eu já estarei morto, não vai me incomodar nada, e quanto mais depressa desaparecer, melhor. Essa tanatofobia generalizada é um contra-senso, uma vez que devemos aceitar com tranquilidade tudo que não consigamos evitar, e a morte é inevitável. Tudo o mais é palermice.

Outra realidade é a dimensão do sofrimento, esse que muita vez acompanha a morte, para enfrentá-lo a química moderna nos deu infinitas moléculas que o extirpam, e como é o fim, logo acabará. Contestarão uns quantos que pode prolongar-se, sim, mas com os medicamentos de hoje é muito suportável. Entretanto sempre haverá os presumidos que o quererão evitar, antes ou tarde, e considerarão uma indignidade passar por isso, presunção, apenas presunção.

MATOU-SE PARA NÃO MORRER.

Para aquele que sabe da aproximação do final, é sempre uma solução matar-se, sobretudo para evitar todos os inconvenientes associados a esse acontecimento. Covardia, pura covardia, que atinge cada vez maior intensidade, sendo homologada por lei em cada vez mais países, guiados pela ideia de serem complacentes, misericordiosos e dignos. Três adjetivações muito relativas, uma vez que a benevolência, a misericórdia e a dignidade, são sempre dependentes do sentimento de cada um, logo interpretação muito subjectiva e particular, que não deve ser tomada como regra, pois que atender ao desejo de suicídio de uns quantos, legitimá-lo, e fazer o Estado responsável por isso, é uma distorção do significado daqueles três adjetivos, e apenas uma homologação do temor.

NEM CONTRA NEM A FAVOR.

Pelo que afirmei no ponto anterior, meu benévolo leitor crerá que eu sou contra a morte assistida, não sou, como não sou a favor, pouco me importa. Sei que vou morrer, aceito isso com a naturalidade com que aceito um convite para jantar. Tudo o mais é circunstância. Toda aquela exasperação e pugna de 'dignidade' que exortou o galego Ramón, com quem me relacionei, é pura presunção. Apoliticamente, inconscientemente, espiritualmente, estou preparado para a jornada, venha quando vier, e o quanto mais tarde melhor, evidentemente. Se dolorosa, viva a química que me livrará das dores, se feia, no mundo não só podem haver coisas bonitas, e devemos conhecê-las todas. Se exasperador, muita das minhas inquietações da vida o foram, porque não pode também ser a da morte?

INCONFORMISMO.

Poderá interpretar o meu descuidado leitor como conformismo tudo que afirmei, longe disso, sou um inconformado, quero um mundo melhor, quero que todas as vidas sejam vividas melhor, mas estou-me nas tintas pra Morte.

 


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

O vírus que está no ar.








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"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades", é sabido. Há uma vontade anti-política, uma vontade que não quer as formas, nem as fórmulas, nem os tempos da Democracia. E é violenta, racista, preconceituosa, má, agressiva, truculenta, e é uma doença que se espalha. Para os que não sabem, a opção ao império da ordem, e à democracia, é a pior possível, e atende pelo nome de ditadura. E estas começam com a personalização do poder nacional, que deve ser ação de uma estrutura, nunca de uma só pessoa. Não suponham que haja outras soluções, não há, não há. Portanto há que escolher! Democracia ou ditadura, a escolha é sua. E os ventos da atual mudança levam essa infecção pelos ares que, livremente, sob a capa protetora da Democracia, podem ir a toda parte. Ou seja, está autorizado o contágio, está liberada a propagação. É o preço a pagar pela Democracia. E, como n'"A Igreja do diabo" do Machado de Assis, até que tenham cessado os sintomas da doença, esta se vai propagar até infectar a grande maioria das pessoas. Muito fortemente vimos essas cenas na Alemanha com Hitler, que foi eleito democraticamente. Na França com Napoleão, o I e o III, tendo ambos sido eleitos para uma coisa e terminando em outra, e em muitos, quase todos os países do Mundo, aconteceu o mesmo.

Este contágio é mesmo desejado por algumas faixas da população. E por mais doses massivas de Democracia, o único remédio possível, que por mais que se injecte, haverá sempre uma quantidade de doentes infectados, sem opção de cura, porque amam a doença, e cometerão crimes, descriminarão, agredirão, e farão o discurso da defesa desses pretensos valores, que querem seus, só seus, como se o dos outros não existissem. E estarão por toda parte, das portas dos bares, aos parlamentos e cadeiras ministeriais, passando pelas aglomerações, grupos religiosos e estádios de futebol.

Teremos sempre os Salvini, e os e as Le Pen, os Orbán, os Trumps, assim como tivemos Mussolini, Metaxás, Salazar, Franco, Horthy, Stalin, entre outros, sempre a mesma infecção, motivada pelos mesmos sentimentos de repulsa e insegurança, de desejo de uma mão forte, porque nas democracias temos de aguentar uns quantos idiotas que chegam ao poder, como viu-se recentemente no Reino Unido, numa sucessão que prossegue, posto que não há muitos Churchill disponíveis, infelizmente. Mas este é o preço a pagar pelo Bem maior que nos traz a Democracia, que se chama LIBERDADE.

Como a História se repete, e já se repetiu como tragédia, estamos agora no tempo da farsa, como queria Marx explicando o antigo provérbio. Porém nessa perigosa ciranda onde não há avanços, só recuos, estamos todos sujeitos aos ventos da História onde se sucedem mandriões e histriões, com ocasionais estadistas, numa rotatividade fruto da incúria e estupidez vigentes.

Hoje os farsantes, adequados ao entendimento do povo que iludem, vão, em distintas gradações, fazendo seu proselitismo alicerçado em mentiras, impossibilidades, delírios, falsidades,  e outros primores do elenco das promessas políticas, que servem bem aos seus interesses de poder que ambicionam, convocando os crédulos e ainda outros ingénuos, consolidando estas suas ambições e delírios, únicos verdadeiros motivos de sua farsa.

Temos assim uma segunda geração em França, a eterna cruz gamada na Alemanha, felizmente sem encontrar outro psicopata com as capacidades oratórias para iludir que criou o mais tenebroso momento da História da  Humanidade, que os vá liderar outra vez, mas lá estão, não aprenderam nada da desgraça que cometeram; também há vários pequenos duces em Itália, ditadores por toda parte, e por aí fora em todos os países, até no pequenino Portugal, onde o mais curioso farsante ascendeu a Assembleia da República, onde havia um Portas, que ainda há, mas um tanto recheado já, aposentado talvez, e que tinha em si mesmo um empecilho a seus delírios, por ser culto e informado, mantinha dentro de parâmetros da inteligência a sua peroração, porém agora emergiu um filho das causas populares, ignorante e estúpido, perigoso portanto, como ficou bem visível no futebol, sua mais perfeita manifestação de estupidez crua, onde, desde os desvios de dinheiro, passando pelo próprio furto do presidente do Benfica, até às insanidades recorrentes no Sporting por toda parte, com loucos mal formados a geri-lo, que se traduziram na desagregação, violência, e prejuízos vultuosíssimos para o clube, desgraças que até distrairão aos aficcionados dos clubes rivais, mas que são a perfeita miséria para os adeptos do Clube que foi entregue à sanha estúpida desses pretensos líderes de ocasião e seus prosélitos degenerados, criando um ambiente cada vez mais incontrolável e explosivo, de negação e violência, as duas supremas formas de manifestação da estupidez vigente, o vírus.

Com sempre um maior ignorante, pois que a gradação está a subir, assim como os postos que ocupam estes desorientadores, que vão manipulando a cegueira característica do populacho, bem como seus instintos irracionais, com isso o perigo avoluma-se, temos de momento este vírus no ar, que aos ventos, como mostram os inquéritos, se vai espalhando um pouco por toda parte, contaminando maior número de inocentes, úteis e inúteis, propagando sua infecção oportunista, fazendo crescer o contágio, doença que, como ensina Machado em seu conto, só sarará após sucessivas febres.

Como um país não se divide em adeptos, somos todos nacionais, e a desgraça de cada um, ou sua estupidez, afeta todos, tristemente sem exceções, sem misericórdia, vejam o atraso em que lançou Portugal o salazarismo, este defunto benquisto que arrebanha milhões de viúvas chorosas, carpideiras de sua própria incapacidade, apáticas, sem a força de vontade para aceitar as liberdades estimulantes do combate cívico, que nos dá a Democracia, como vemos no que se passa com os filhinhos da mamã, que não alçam voo para longe da casa materna na busca de horizontes alargados, posto que estão prisioneiros de um poder forte e superior que desejam que os orientem e mantenham, pelo qual estáticos sempre esperam. E nessa triste condição há milhões, que agregam-se eventualmente em grupos que se põem sob o suposto guarda-chuva protetor desses que propõem mão forte, um governo forte, e que vão disseminando o vírus, que é o mesmo que não atende por outro nome que o de Ditadura, e que a Democracia, para poder existir como é, tem de tolerar, pois é o anti-corpo com todos os agentes patogénicos inoculados, como sói ser, porém estes, antes ou tarde, extinguir-se-ão no caldo de cultura da Liberdade. Até lá, ou tristemente até que venha recidiva, pagaremos todos pela infecção imposta pelo vírus que está no ar.   




quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

A TAUROMAQUIA É TÃO CULTURAL QUANTO O CIRCUS ROMANO.




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No circus, humanos, cristãos, eram atirados às feras, nos espetáculos tauromáquicos, os touros, feras, são atirados aos humanos. Qual maior bestialidade? Entretanto como não se pode retirar o cérebro reptiliano de uma pessoa, não se pode apagar sua bestialidade. E como essa é ancestral, e está enraizada, é tida como cultural. Qual cultura há na bestialidade? Qual valor cultural emana de se atacar um animal indefeso, com as pontas dos chifres cortadas, suas únicas defesas, e mesmo se estivesse armado com uma metralhadora, esse espetáculo de violência, de cultural não tem nada.

É evidente que o espetáculo proporcionado com os cristãos, os leões, e os tigres, tinham um grau de violência para nós, humanos, que o touro e o cristão, toureiro, a espetá-lo não terá, uma vez admitindo que o toureiro professe a fé cristã nesse caso, ainda que vá contra seus princípios. O que não impedirá a outros humanos sentirem a violência a mesma que uma vaca, ou uma bezerra sentiria se fosse assistir uma tourada. E o critério de horror a agressividade explícita, bem como o repúdio a selvageria de uma tourada, não será menor, porque perpetrado por outros seres humanos.

Dirão uns que eu estarei omitindo a arte presente no espetáculo, que eu não saberei apreciar o bandarilhar, de cadeira, ao relance. Não sei. Que desconheço a 'beleza' de uma pega. Desconheço. Que é prática em muitos países. Assim como a estupidez e a maldade, que ainda o é em mais países ainda. Se não vejo a beleza do bailado com o capote? Não, não vejo. E o delantal, a afarolada, um trincheirazo ou a manoletina, ou um 'tercio de varas' ou de 'muerte'? Não, tudo isso é horroroso para mim. Incomoda-me ver um animal, qualquer animal, ser espezinhado.

O requinte de malvadeza também esteve presente nos interrogatórios nazi, e na guarda dos campos de concentração, como nos que manejavam o circo romano, nem por isso eu os apreciaria, muitos oficiais da Gestapo, e das SS foram condecorados por inspirarem terror, os gladiadores eram apreciadíssimos, eu sei. Nem por isso eu os admiro, ou vejo beleza em seus atos deploráveis. Creio ser igualmente deplorável um ser humano perseguir, ofender, ferir, torturar a um animal indefeso, prisioneiro numa praça onde será perseguido até a morte. Para mim é igualmente bárbaro, e só tive uma reação nas poucas, felizmente pouquíssimas, vezes em que vi semelhante espetáculo, foi torcer pelo touro.

Não encontrei nada de cultural em semelhante encenação, salvo se considerarem todo esse ritual intratável, como uma linda manifestação da rudeza humana, que é uma realidade de nossa espécie, mas que entendo como uma ocorrência a ser prevenida e reprimida quando manifesta em sua violência, seja contra quem for, não importando o alvo objeto dessa violência.

Pois é isso, não há nada nas touradas além de violência, porém, como esta faz parte do lado animal do ser humano, está impregnada na sua matriz existencial, será, portanto, apreciada por uns quantos que, em sua irracionalidade, em sua animalidade, verão nesse representação bárbara, arte e beleza, o que manifestamente não acontece comigo.

sábado, 8 de fevereiro de 2020

Make America great again.







Once upon a time i had heard all over the world, i had read at many books, seen in the movies, saw at the press, and i saw at the behavior of the country citizens, i had saw at the hope of the migrants, a Nation of good expectations, a land of promises, a country of rightness and freedom, that it made remind me the Gettysburg Address, "...that this nation, under God, shall have a new birth of freedom, and that government of the people, by the people, for the people, shall not perish from the earth."

>>>>>>NOT BY THE INTEREST AND THE MISUNDERSTANDING OF A MAN.

It's good for the world that exist such place. Not a promised land, but a nation fighting every day for the best at the next day, with their problems, but in the way to fulfill their dreams. Where nobody is above the law, where rightness rules, where a misconduct are judged after be proved with irrefutable testimonies.

If you read The Bill of Rights, you'll see that the Fathers of the Nation had assigned increased responsibility to the Senate. But it had, all now collapsed, when the senators, but one, for party complicity, and to be afraid of the electoral consequences, have dismissed their responsibilities. A senator represents, above all, the welfare of the  Nation ["... may promote the lasting welfare of the country... secure the freedom and happiness"] How can a senator judge facts without witnesses? How can they despise the country's best interests out of electoral fear? How can they not see the harm that the current president does to the country?

It's all lost when somebody can feel  herself free to do anything he want.

Hope not to be right in my evaluation, what has to be now "our most ardent wish..."

                                                              ---==ooO0Ooo==---

Isso foi no princípio de fevereiro 2020, dia 8 mais precisamente, entretanto veio a pandemia, e no 1º de junho o The Guardian publicava as críticas do Sr. Robert Reich, que aqui vão traduzidas à seguir, e que chegam ao ponto, três anos e meio depois, do que eu havia dito na minha primeira crónica sobre Trump, mês e meio após ter tomado posse. Demoraram a enxergar.
"E ele mente incessantemente.

Na realidade, Donald Trump não governa os Estados Unidos. Ele não gerencia nada. Ele não organiza ninguém. Ele não administra ou supervisiona. Ele não lê memorandos. Ele odeia reuniões. Não tem paciência para conferências. Sua Casa Branca é um caos perpétuo.

Seus conselheiros não são honestos. São lacaios, bajuladores e parentes.

Desde que entrou no Salão Oval em janeiro de 2017, Trump não mostrou um pingo de interesse em governar. Ele é obcecado por ele mesmo."

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

PORTUGAL NÃO NECESSITA DE CAUSAS.






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Nem de casos. Mas vamos esmiuçar isso!


Portugal precisa de visão de longo prazo. Precisa se tornar a 23ª economia do planeta  (é a 35ª) e com PDEs de longo prazo, e metas de curto, atingirá rapidamente essa  posição. (PDE = Plano de Desenvolvimento Económico)

O mar, seu destino maior, virá outra vez transformar Portugal e lançá-lo no futuro. Com enorme Zona Exclusiva, Portugal reúne todas as condições para ser um dos maiores exportadores mundiais de proteínas. O mundo tem fome, e sempre terá mais fome, o aumento populacional cresce, e as zonas de cultivo diminuem, só o mar poderá dar resposta às necessidades alimentares globais. 3/4 partes de mar a cobrir o planeta será sempre uma gigantesca fonte de alimentos.

Algas, Krill, camarões e muitos crustáceos, centenas de micro-organismos, gastrópodos, moluscos, além de muitas variedades de peixe, são as fontes mais óbvias. Com a produção intensiva destes seres vivos, virá a industrialização dos mesmos, os métodos de conservação, acondicionamento, transporte e distribuição desses. A indústria desenvolverá inúmeros outros produtos surgidos da lida com esses seres, da qual emergirão substâncias, materiais, produtos, todos novos, que serão destinados às industrias existentes, cosmética, farmacêutica, etc... como nascerá industrialização nova nessas áreas específicas, e em outras que serão entretanto descobertas, assim como poderão ser obtidas matérias necessárias, emanadas e tidas, como subprodutos dessas indústrias que se criarão.

Como ficou visto há todo um mundo novo por se criar, e Portugal deve ser pioneiro, repetindo sua história marítima, desde as pesca ancestrais e indústria pesqueira (garume) até a epopeia comercial  que "deu mundos ao mundo". Hoje há mais mundos que descobrir, e eles estão no fundo do mar.

Quando a política presentemente se move ao redor de causas, tanto as que são os motivos, como as dos fatos, esses que as transformam em casos, como também as das facções, que agora não tendo ideário nem ideologia, sobrevivem de causas sucessivas, que pescam á ocasião. Caros políticos a realidade indica inúmeras possibilidades, o futuro espera de Vós compromisso e boas intenções, e só se atinge o futuro com planeamento, e consecução de metas em objetivos sucessivos. Há tanto que se cuidar, tanto que se fazer, muito que se pensar e para dedicar Vossos esforços, não percam-se em questiúnculas estéreis, que se materializam apenas em casos sucessivos, fazendo destes causas porque lutar, porque essa atitude é falsear a verdade, trair o passado e defraudar o futuro. Voltem seus olhos para Vossas glórias passadas, busquem no exemplo de Vossos Heróis um caminho a seguir, abandonem a esterilidade deste deserto existencial em que lançaram a política, e alarguem Vossos horizontes lançando Vossas vistas para o futuro que clama por medidas hoje, urgentes, inadiáveis medidas, deixando de perder Vosso precioso tempo com causas improdutivas. Busquem o Horizonte, infinito à mirada, e onde melhor se o pode contemplar é no mar.