terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

INTOLERÂNCIA: Se por ventura a estupidez e o ridículo tornarem-se caminhos.





Já vimos esse filme, passou primeiro numa cervejaria em Munique. Depois matou mais de 100 milhões de almas. Quando levamos de ânimo leve as distorções, as idiossincrasias, a falta de respeito e decoro, e as manifestações de ódio e facciosismos de qualquer ordem, pagamos sempre o preço de nossa tolerância. Evidentemente estou apregoando a intolerância para com alguns que se excedem, a Justiça é isso, a ordem é isso, é ser intolerante com os criminosos, porque nossas virtudes democráticas, a postura de sermos indulgentes com gente que atravessa todas as fronteiras do aceitável, nos compromete. Bem como nossa condescendência superior para com os maiores transviados CHEGA para criar o caldo de cultura onde proliferam os mais perigosos elementos patogénicos que desenvolvem os mais diversos extravios que se manifestam e consolidam em crimes, destruições, anarquias, misérias e desgraças de toda ordem, mas que começam com uma estupidez tolerada, e um ridículo que pensamos não poderá se espalhar.

Portanto quando permitimos que estes se instalem, estamos consentindo que essa abertura torne-se caminho de ascensão ao poder desses flagelos humanos, que uma vez conquistado tornam-se necessárias décadas para os vermos apeadas dos postos que conquistam. No Brasil da última vez foram 21 anos, em Portugal 40. É muito tempo, muito atraso, e muito privilégio para gente que é danosa, e para ideologias que terminam em desgraça. 

Liberdade e liberalidade se chocam quase sempre, e os limites das liberdades convocam a liberalidades excessivas quando são ultrapassados, fornecendo espaço e exigindo uma generosidade que nem sempre se deve ter. E o aproveitamento da amplitude liberal quase sempre degenera a própria, convertendo-se em liberação libertina, depravando os valores da própria liberdade. Logo não é este o caminho.

Então que fazer? Restringir a liberdade? Não. Determinar o que é seu aproveitamento, e o que é sua desvirtuação, por isso se fazem Leis. Logo, partidos que evoquem maldições comprovadas, como o Nazismo, o Estalinismo, as autocracias, o absolutismo, se porventura as quiser convocar,  e que propagandeiem qualquer das experiências totalitárias, ou que sejam anti-democráticas, ainda que se digam, ou que conspiram contra a Liberdade de alguma maneira, em nome desta devem ser imediatamente impedidos de existir, e de fazerem proselitismo de qualquer ordem. E quem garante que esse banimento mister não é anti-democrático é a Justiça, que tem a imparcial e justa medida do que deve ou não consentir, e que será quem determinará a extinção do partido e sua impossibilidade de actuar. CHEGA de facilidades aos corruptores das liberdades democráticas, é mister legislação que não permita a ascensão de ditadores, de lideranças miseráveis, tanto como houve com as nazis, de grupos que pregavam valores que, ainda que seguidos por boas franjas da população, são rejeitados pela maioria desta. Lideranças que convocam sentimentos de ódio, rancor ou exclusão, com eco entre muita população, não podem ser tolerados, porque se queremos uma sociedade inclusiva e fraterna, não os podemos consentir. Essa ilusão de Democracia e liberdade absolutas, são um mal ante que um bem. 

Há que se ter em mente que o ridículo, como fungos que prosperam com aparência de inocentes, mas que são venenosos, como malfeitores que ao desmontarem os valores democráticos pelo só efeito de existirem, no achincalhe populista para servirem a seus interesses eleitorais, ou por outro lado com a estupidez de propostas preconceituosas que dão largo a comportamentos excludentes e restritivos das inerências humanas em qualquer nível humano, e que encontram adeptos porque o preconceito, o egoísmo, o ódio e os complexos, escondem-se debaixo do associativismo de iguais, rejeitando tudo que é diferente, tomando ambos caminhos para agruparem esses preconceituosos, juntando ignorantes e inocentes que NÃO DEVERÃO SER TOLERADOS, pois já conhecemos, demasiado bem ademais, no que resultam. A História se repete como tragédia ou farsa, e não queremos estas repetições do que já sabemos que vai dar em mal.

Sei o quanto é perigoso falar em intolerância de qualquer ordem, mas se entregarmos sua avaliação e julgamento à serenidade da Justiça, não estaremos correndo qualquer tipo de risco. Não há perigo em se excluir os malfeitores, sejam de que âmbito forem.

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