segunda-feira, 31 de agosto de 2020

SEMPRE HÁ FESTA!

 



Olhá festa

Olhá festa

Que a festa vai Avante

Sem a festa

Já não presta

E nada será como d’antes


Olhá festa

Olhá festa

Que se dance

Que se ame

Sempre a festa.


Que a detestem

............................

Que se danem!


E por mais que alguém clame

Olha, há festa…


Olhá festa

Olhá festa


Olha a festa 

Segue presta

Não a parem

Não a calem

Que a chamem

Para que sempre haja

………………………..

Que reclamem!


Olha há festa!

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Quando as mentiras se tornam verdades. - (A beleza da dúvida 1)

Realidade alternativa, 'nihil mutatis mutandis'. A falta de polissemia das ideias.


>>>A realidade alternativa gera um universo alternativo, onde a mentira passa por verdade.

Universo alternativo é aquele que se apresenta como OPÇÃO ao que temos, entretanto nem toda opção é boa ou desejável, as alternativas, assim no feminino plural, representam as vicissitudes, os eventuais reveses que nos acolhem tantas vezes, indesejáveis em sua maior parte, e a ideia traz consigo a de alternância, altos e baixos, como pratos de uma balança, ou como a senóide, a curva que melhor expressa essas variações, e que gera um mundo mutável, alternativo, que é muitas vezes inconveniente.

Muita gente vive nesse universo, prisioneiro desta realidade, por falta de opção, e é o que nos vem lembrar o excelente texto do Sr. Charlie Warzel, publicado no The New York Times no Opinion Today de 27/8/20,  onde nos dá conta da assemia reinante em grande parte da população norte-americana, e se assim é no país mais rico do mundo, imaginem nos demais.

Essa visão do Sr. Warzel mostra nossos equívocos analíticos de forma muito clara, porque nós, os analistas, seres de natureza polissémica, buscamos sempre interpretações diversas, buscamos o pluralismo, para acedermos ao que é possível ver e interpretar do mundo, mas o mundo é visto em sua maior parte em sua escuridão, essa visão assêmica, essa noite vasta em que se encontra a maioria das pessoas por não ter acesso ao conhecimento, à verdade portanto, e isso se dá por múltiplas razões, sendo as mais destacadas as de natureza econômica e cultural, mantendo-os perdidos nas densas trevas, muito convenientes aos que os exploram. Essa a grande descoberta do milionário Trump, que a usa a exaustão, espargindo a ignorância e a confusão, conveniência muito peculiar e que lhe é útil, uma vez que é a ABSOLUTA expressão anti-cristã, contradizendo  totalmente ao que ficou registado em João 8: 32 "Conhecereis a verdade e ela vos libertará."

Esse ser de luz infinita, entre o muito que nos ensinou, nos legou essa ideia central para a vida, pois que sua negação nos leva a ignorância e a mentira, que são a porta da prisão, o estado de desgraça mais cruel a que pode estar sujeito um ser humano.

Para os que gostam de filmes a visão dessa criatura, que todos nós, os polissêmicos, vemos como um impostor, faço lembrar o The Omen, de 1976 (A Profecia no Brasil, e O Presságio em Portugal) onde nos fala da figura tantas vezes apontada nos evangelhos, e que a escatologia islâmica chama Masl ad-Djjal, que é a figura do anti-Cristo, esse ser que surge para promover a confusão e que ascende ao mais importante posto que há no mundo só com este propósito, espalhar a falta de entendimento. E ao ter o controle dos botões que podem determinar uma guerra atômica, que estão sob seu controle, nos deixando a todos sujeitos a desgraça que deseja promover, mudando o que sua conveniência quer mudar, e não o que deve ser mudado, implantando uma realidade alternativa, muito difícil de contestar aos que se convenceram desta realidade, porque ela escraviza aos que não tem capacidade de análise, convertendo-os, os levando a cometer crimes, como se isso fosse uma coisa natural. 

A assertiva do Cristo, por outro lado, revela porque nós mentimos, e porque alguns mentem tanto, o fazemos com o intuito de escravizar o próximo, esse processo de subjugação e domínio que gera imenso poder a quem o aplica. Prisioneiros desta condição, milhões de pessoas pelo mundo fora, estão mergulhadas na noite mais escura, tomando como verdade coisas que lhe são ditas num diapasão retórico que as convence, e as pode converter, como disse, moduladas por uma narrativa da realidade que cria um universo paralelo muito conveniente para quem o pode controlar, dando a interpretação dos fatos que lhe é favorável, não importando o quanto tenham de mentir para o efeito. Temos, destarte, o Anti-Cristo, porque faz desconhecer a verdade.

E atenção que quando as mentiras se tornam verdades, as verdades se tornam mentiras, VIVEMOS TEMPOS APOCALÍPTICOS.



 

sábado, 22 de agosto de 2020

Da vacina contra o coronavirus.



Será sempre uma notícia feliz haver vacina, mesmo que ainda demore. Entretanto temos de considerar os seguintes pontos:

1. Do poder da e na vacina.

Há um poder político escondido na vacina, a que todos o que tem poder, ou o almeja, quer pôr a mão. Para ficar lembrado como o salvador da pátria, como aquele que resolveu esse enorme problema que afeta nossas vidas, e que corrói nossa economia, esse deverá ser o objetivo de todo político, se necessário enganar, ou iludir, fôr, estarão dispostos a esse logro para poder pousarem de heróis, ainda que não sejam, e mesmo que o poder de uma eventual vacina (este o efetivo) não esteja consumado, a propaganda é sempre um bom caminho num mundo desesperado.

2. Da bondade da vacina.

Toda e qualquer vacina, independentemente de sua eficácia e de sua efetividade (já veremos), é boa! Desde que cumpra o que é esperado de uma vacina: IMUNIZAR A POPULAÇÃO.

3. Segurança da e na utilização da vacina.

Uma vacina antes de poder ser utilizada, tem de passar por uma longa série de testes, esta a razão da demora em ser obtida. Não cumprir essas fases, pulando alguma, encurtando outra, pode resultar num produto inseguro, podendo ser precária, sem segurança na sua utilização, ou sem certeza dos efeitos da sua utilização, o que resultará não cumprir seus propósitos. É horrível dizer, quando todos queremos uma solução o quanto antes, mas os protocolos, por mais demorados que sejam, têm e devem ser cumpridos, para que haja confiança na vacina, para que esta seja segura.


4. Da eficacia da vacina.

A eficácia da vacina está em que sua utilização promova a geração de anticorpos que não permitam que o vírus se manifeste como doença em caso de contágio, toda e qualquer falha, ou diminuição de sua capacidade antigênica, a tornará menos eficaz, retirando-lhe efetividade de ação, que se espera seja a máxima possível numa vacina. 


5. Imunidade, longevidade, e permanência.

Como sabemos as vacinas costumam dar imunidade para a vida, tendo sua longevidade, ou seja, a permanência dos anticorpos no organismo do vacinado de ser a mais longa possível, de preferência enquanto ele viver. As que não têm esse caráter de permanência, as que os antígenos não suscitam a formação de anticorpos que perdurem, e que permaneçam no organismo evitando qualquer infecção, não é eficaz, o que obrigará a re-vacinações periódicas, será isso que determinará sua efetividade.

6. Da efetividade da vacina.

Posto que a eficácia da vacina deva ser permanente, há algumas em que esta só permanece por um período de tempo, após o qual é possível haver re-infecção, determinando, deste modo, sua efetividade, seu estado de actividade ao longo do tempo, ou seja, seu período de actividade, sua ação, que, se existente apenas por um período de tempo restrito, tendo portanto uma efectividade transitória ou periódica, deverá ser re-aplicada a cada período em que sua efetividade acabe, não perdure e se extinga, os reforços como chamam comummente à re-vacinação. (Isso, sua efetividade, só se saberá ao certo após haver vacina, e após a ocorrência de novos contágios em vacinados, se houver.) com uma intermitência que se tornará conhecida, apesar de haver indícios de que a vacina, as vacinas que se estão pesquisando, poderá, poderão não ser efectivas permanentemente, porque a ação do antígeno é limitada.  

7. Dosagens.

Portanto, como todo mundo que é pai ou mãe sabe, muitas vacina exigem reforços, sendo necessária uma 2ª dose, como no caso da hepatite B, uma 3ª dose no caso da Pn13 (os 13 serotipos de Streptococcus que podem afetar nossos pulmões) e uma 4ª e  5ª na DTPa (Difteria, Tétano e tosse convulsiva) como também na poliomielite (VIP), sendo que o Tétano e a Difteria terão de ser reforçadas por toda a vida, ainda que a maioria das pessoas não faça os reforços, porque se encontram protegidas pela imunidade de grupo. Veremos que tipo de vacinação irá exigir o coronavirus da Covid 19.

8. Mutações/ Abrangência.

As mutações virais muitas vezes levam a que as vacinas sejam ineficazes contra a nova forma viral em que se transformou o vírus, sendo mister uma outra, nova, vacina para combater essa mutação. O SARS-COV 2 já sofreu mais de 600 mutações, o que dificulta a abrangência da vacina que vier a ser criada, e, infelizmente, poderá haver estados de mutação do vírus que venham a necessitar de uma nova vacina específica para cada um deles. A última forma viral do SARS-COV 2 que surgiu agora, afecta mais aos jovens, e é mais branda na doença que gera, nos sintomas que apresenta, apesar de ser ainda mais contagiosa. é como se nos quisesse dizer, que, como os vírus da gripe, veio para ficar, e que será ele (o SARS-COV 2) que mais será, e estará, sempre renovado, como os vírus gripais, se apresentando sempre de forma renovada à cada estação de sua manifestação.

9. Da temperança da vacina.

O espectro viral determina o vacinal. Ou seja a cura, sua forma, sua ação, o comedimento que gera, depende do mal, de sua intensidade, de sua capacidade de se propagar, de sua beligerância e resistência, ou seja de sua tenacidade, assim será com a vacina que daí emergirá, mais ou menos capaz de imunizar. Sua economia e seu comedimento, ao revés de sua potência, dependem diretamente da força viral, e dela resulta.


10. Da ligeireza dos efeitos secundários.

Toda vacina costuma apresentar efeitos secundários, como uma forma branda dos sintomas causados pela doença que combate. Tão melhor será a vacina quão mais efectiva for, sem causar sintomas por usa aplicação, ou que seus efeitos secundários, manifestação do processo vacinal, sejam os mais brandos e ligeiros possíveis.


Tendo em atenção esses pontos, entendemos que a vacina (e a vacinação, que dela resultar, o que já será outra coisa) terá de preencher requisitos que poderão não ser os misteres para uma segunda vaga que venha a ocorrer (já certamente com uma diversa mutação do SARS-COV 2), e que a vacinação que efetivamente se consiga, que deverá abranger sempre em torno de 70% da população, para que produza o desejado efeito de imunidade de grupo, situação onde o vírus existirá sem poder infectar ninguém, porque terá as portas à sua propagação fechadas, por assim dizer, o que levará no mínimo o ano de 2021 todo a ser conseguida, se a vacina existir por volta do Natal de 2020. As perspectivas são essas, não serão, talvez, muito lisonjeiras, o que mostra nossa fragilidade enquanto seres vivos, o que deveria servir para abrandar nossa presunção de alta potestade.


quarta-feira, 19 de agosto de 2020

'Mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa.'

 



Eu falhei. 50 anos de luta para nada. Quando tomei consciência do problema tinha 14 anos, e sonhava com um mundo melhor. Havia recebido a herança das gerações anteriores, florestas grandiosas, oceanos belíssimos, praias para banhar-me, peixe bom para comer, ostras, crustáceos. Havia campos aos quais seguiam-se bosques, e rios caudalosos de águas cristalinas, cachoeiras e cascatas, flores de todos os matizes, frutos de todos os sabores, minúsculos seres, e árvores grandiosas, gigantes, algumas, às quais eram necessárias uma dúzia de pessoas, com os braços estendidos, para as abraçar. 

Animais lindíssimos, pássaros inacreditáveis, que dançavam e cantavam sua canções, insetos em todas as cores e formatos, desde as belíssimas borboletas a esvoaçar pelas matas, aos fantásticos besouros com suas longas antenas, levantando inesperadamente seus élitros, e lançando-se num voo ligeiro e inédito em busca de outro poiso, e ainda os seus sons magníficos, em que tudo cantei em poesia, gabando-lhes a sinfonia, as cores, as formas, o brilho. Animais que seguem sua vida diária pelas árvores, pelo chão, pelo ar, nas águas e no céu, com sua graciosidade lisonjeira, faceiras manifestações de beleza e graça, que dá gosto ver.

Todo esse tesouro, o verdadeiro tesouro da Terra, com sua beleza e grandiosidade, que vive na diferença, na multiplicidade de suas formas e cores, na diversidade de sua manifestação, na infinidade de sua existência, legado maior do Éden, esse jardim que nos foi dado habitar, para logo o destruirmos. Sujamos tudo, emporcalhamos o Paraíso, matamos 68% dos animais, e consumimos quase três vezes os recursos [Experimente viver gastando 3 vezes o seu salário (recursos) e depois me diga onde você foi parar.]

Tudo que há pode ter expressão económica e se transformar em valor, transmutando a singeleza em moeda de troca, conspurcando o bem de todos em património de alguns, desgraça maior, perfídia absoluta, corrosão da alma, pois que a alma vive na plenitude de sua expressão como graça na manifestação de sua existência. É porque é, porque é bela, porque é presença, é magnificência, pelo só efeito de existir. Pois existir é quanto basta, e deveria por si só satisfazer todas as nossas necessidades, desde a da beleza, por ser bela, até a da acolhida, por nos abraçar no meio ambiente, nossa matriz.

Mas não foi assim, sujamos, destruímos, nos apossamos, donos de nada que somos, na ambição de possuir tudo o que vemos; e com isto envenenamos, matamos, arrasamos, arrancamos, queimamos, extinguimos, e eliminamos, nessa ânsia de voracidade e estupidez de quem possui por possuir, quando nada é nosso, como quem casa com uma bela mulher para torná-la feia, e que doce a torna ríspida, agressiva, pelo mau trato, quando a beleza e a doçura só subsistem em liberdade, esse dom absoluto que reveste todas as coisas na sua plenitude, e que a ganância e a estupidez aprisionam, amesquinham, desconcertam, estragam, conspurcam, aviltam, corrompem, e aniquilam.

Eu recebi o Paraíso, e o transformei em lixeira.    

Essa é a conta que Vos dou de meu malfeito, de minha estupidez, da minha miséria e de minha incúria e desorientação. Lástima que não vale lastimar, desgraça que ao desgraçado atinge em absoluto, desmazelo sem remédio, que remediar é socorro que não carece o que é perfeito, só o que foi desgraçado por nossa estupidez que o malbaratou.

Sujamos as águas, matamos os bichos, envenenamos o ar, arrasamos as terras, queimamos as plantas, pusemos imundície em tudo, de tal forma que tudo se virou contra nós, desde a beleza que arrasamos, e não mais podemos contemplar, passando pela água que nos foi dada cristalina, e que agora temos de tratar, cada vez com mais químicos, para tirar sua sujeira, nossa podridão a emporcalha-la, para então a conseguirmos poder beber; até o clima que se virou contra nós, por tanto que o ofendemos e o atormentamos. A Natureza reage ao nosso malfeito, não por vingança, mãe generosa que é, mas por impossibilidade. Não mais pode suportar o descalabro da desgraça que lhe foi imposta. Ultrapassamos o limite de toda possibilidade, e temos nossa comida suja, nossa praia atulhada de lixo, nossa casa malbaratada, nossas vidas sob ameaça. E o mais inusitado é que quem nos ameaça somos nós mesmos, nós que incendiamos as florestas, nós que criamos um agente poluidor que se divide em pedaços infinitamente pequenos, que entra em tudo, invade desde nossos oceanos até nosso coração. Nós que sujamos o ar, nós que queimamos hidrocarbonetos de um passado longínquo, trazendo de novo a antiga desordem por falta de zelo. E com essas partículas que entram em nosso alimento, em nossas bebidas, em nós, estamos todos desgraçados. Uma vez que estão no nosso sangue e em toda a Natureza, destruindo-a e destruindo-nos.

Minha culpa é imensa, sem tamanho pelos males que cometi, pela desordem que espalhei, pelos transtornos que criei. Fui incapaz de impedir essa desgraça! Por mais que alertasse, por mais que tentasse fazer entender que não podiam fazer o que fazem, não fui capaz, falhei rotundamente, e no meu falhanço a desgraça de todas as pessoas e coisas vivas do mundo. Meu legado é a desgraça, e será a convulsão, esta situação de guerra a que levamos o Planeta, e os cataclismos que se apresentam, e mais ainda os que se apresentarão como reação a agressão que lhe fazemos, reação que nos poderá matar.

50 anos a dizer isto e ninguém me ouve, porque a madeira dava muito lucro, porque pensam que o pasto é melhor que a mata, porque pensam que qualquer lugar é lixeira, porque o petróleo dominou o mundo, e só a cupidez motiva, movimenta, e orienta toda gente. E como é muito mais fácil destruir uma floresta que criá-la, e como é infinitamente mais fácil sujar os mares que limpá-los, matar que prover vida, do que não somos capazes, segue a sanha destruidora. Sou um desgraçado que não convenci ninguém, não evitei nada, e o mal está feito. E por mais que uns se empenhem em consertar, muitos outros se empenham em destruir, ainda que vejam o precipício eminente, estão sempre dispostos a dar o seguinte passo para caírem abrupto.

Agora só nos resta rezar, a suplicar pela misericórdia divina. 'Mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa'.


 







quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Je suis Beirute.








Foi ontem uma explosão equivalente a 2 mil e 500 toneladas de TNT, um sexto da bomba de Hiroxima, que hoje faz exatos 75 anos, com a detonação de 2.700 toneladas de Nitrato de Amónio, que foram acumulados irresponsavelmente durante anos no porto da cidade, e que o fogo de uma soldagem no silo onde estava guardado fez explodir, acarretando bilhões de euros de prejuízo, num lindo país massacrado por conflitos e pela miséria, que tem agora que curar-se dessa horrenda ferida aberta no coração de sua capital.

Num país onde falta tudo, onde muito pouco da agricultura básica se mantém após a série de problemas que atravessa, milhares de toneladas de fertilizantes que deveriam ter sido oferecidas aos seus agricultores, formaram uma poderosíssima bomba que destruiu o ponto de entrada dos víveres que tanto necessita para aplacar a fome e a miséria de sua população. Maior estupidez impossível!

Como sempre estarei ao lado dos espezinhados, dos que sofrem, dos que são esquecidos nesse mundo injusto: Je suis Beirute, como dizemos desde o tempo do Charlie Hebdo. Je suis Beirute!

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

A última vergonha Bourbon: Começou no exílio vai terminar no exílio.




 Juan Carlos Bourbon, foi Rei de Espanha, teve de abdicar, vivia nesse adorável país após amuitos anos de exílio, terá de se exilar novamente, e fugir à cadeia. Montou uma quadrilha de ladrões, ele, o genro, a filha, Infanta Cristina, mais auxiliares diretos, uma vergonha. Põe a monarquia em risco, o tremendo esforço da Rainha, essa admirável grega, terá sido inútil?

Lembremos a abdicação, e a contínua vinda à tona das ilegalidade e do comportamento vergonhoso do último dos Bourbon coroado caído em desgraça .

A abidicação está na moda, por favor não digam isto em Inglaterra, muito menos que fui eu quem disse, quero manter as boas relações que tenho com os Windsors, mas já é o terceiro rei ou rainha a abdicar recentemnte, o que dá um percentual altíssimo face o baixo número de reis e rainhas existente presentemente. Neste mundo do renunciar à sua posição incluam-se ainda na atualidade um papa e dois presidentes, o que aumenta ainda mais o modismo, só não é abdicação porque papa, agora, não tem filhos e presidente não indica sucessor.

Porém no caso de Espanha, onde este rei de nome de mulherengo rematado, o maior dos maiores, faz-se suceder por um Felipe, que será o sexto na numeração oficial que alguns historiadores querem oitavo, mas Felipe VI, o segundo da terceira restauração Bourbon de Espanha, tem na longa lista dos cinco Felipes que o antecederam desde o marido da louca, três que os portugueses não querem nem ouvir falar, que com o primeiro somam quatro, e com o quinto que era o de Anjou, o Anjou mais propriamente, completa a lista dos Felipes de Espanha, que tem na de seus reis sete Fernandos, treze Afonsos que foram dois, e três Carlos sendo o último o quarto, e o primeiro o quinto, a promoverem, também, uma boa confusão carlista entre os rei.

Agora D. Juanito após 39 anos de reinar, dos seus 76 de vida, cansou-se, desprestigiado pelas sucessivas tolices cometidas, mantido no trono pela força de duas presenças, a do sentido democrático que num momento de sabedoria e oportunidade soube manter , e a da mulher que soube, ultrapassando a dificuldade de estar casada com um Bourbon Don Juan,  segurar a coroa para seu filho, fonte de toda a estabilidade monárquica em Espanha, esta grega culta e da melhor e mais antiga linhagem real européia, que então abdica a D Felipe, el palo, como sempre lhe chamei desde que o conheci pessoalmente, mas que é infinitamente mais atualizado que o pai, puramente Bourbon, na acepção doentia do termo, e que com a sua metade de sangue Grécia, creio, será bem menos estúpido que o pai.

Espanha que já desde que começou a governar Fernando VII, o desejado, o irmão de Carlota Joaquina, há 200 anos havia perdido o hábito de cognominar os seus reis, excepto o penultimo que era cognominado 'caudillo por la gracia de Dios' el generalísimo, o segundo Francisco de Espanha, como eu o chamo, agora poderá cognominar D. Juanito de várias coisas como 'El restaurador' ou  'El cazador' como o pai de Carlota e Fernando VII, o sexto rei da lista dos Bourbons, seu ancestral, ou outras designações menos nobres que os espanhois também usam para cognominá-lo. Felipe torna-se assim o décimo nono rei na lista que começou há exatos 510 anos, completam-se no próximo 26 de Novembro, lista que, como sabemos, não começou bem com a louca Trastâmara e que é muito menor do que deveria ser em virtude das várias interrupções republicanas.

Terminam assim as espectativas gerais do final de D. Juanito, que queriam saber se morreria no trono ou não, e de quem os espanhois andavam fartos de suas 'tonterias', que, pela mão habilidosa desta mulher que o destino escolheu para sustentar a monarquia espanhola restaurada, foi levado a abdicar, levando ar fresco, felipino é bem verdade, mas sem o bafio Bourbônico de D. Juanito. Agora que o final é conhecido, retirado, poderá se dedicar mais efetivamente às suas caçadas, se tiver ganas para tal, agora o que podemos afirmar  sem margem para dúvidas, é que Espanha, com esta abdicação, perde uma de suas maiores rainhas: D. Sofia da Grécia ! 



sábado, 1 de agosto de 2020

Elizete centenária.












                   DIVINA

Simplesmente a palavra plena
A designar sua presença
Como encanto, como razão
Que nos deixa a funda crença
Que é de Deus a emoção.


Emergiu, entre todos, esse adjetivo, DIVINA, para designar Elizeth, uma vez que a impressão que nos causava era de tal sorte transcendental, que a classificação da experiência não foi outra, DIVINA, magnífica presença que nos elevava a alma aos campos do sonho e da maravilha.


Desde a canção que vibrava esse diapasão do espiritual, até o samba mais ligeiro, tudo em sua voz ganhava dimensão que explica o epíteto.


Nesse tom superlativo era sua presença, sua voz, que capturava e emocionava a todos nós, nada menos que expressão de assombro, nosso pasmo, excedendo toda e qualquer ponderação, portanto, simplesmente, DIVINA!