Juan Carlos Bourbon, foi Rei de Espanha, teve de abdicar, vivia nesse adorável país após amuitos anos de exílio, terá de se exilar novamente, e fugir à cadeia. Montou uma quadrilha de ladrões, ele, o genro, a filha, Infanta Cristina, mais auxiliares diretos, uma vergonha. Põe a monarquia em risco, o tremendo esforço da Rainha, essa admirável grega, terá sido inútil?
Lembremos a abdicação, e a contínua vinda à tona das ilegalidade e do comportamento vergonhoso do último dos Bourbon coroado caído em desgraça .
A abidicação está na moda, por favor não digam isto em Inglaterra, muito menos que fui eu quem disse, quero manter as boas relações que tenho com os Windsors, mas já é o terceiro rei ou rainha a abdicar recentemnte, o que dá um percentual altíssimo face o baixo número de reis e rainhas existente presentemente. Neste mundo do renunciar à sua posição incluam-se ainda na atualidade um papa e dois presidentes, o que aumenta ainda mais o modismo, só não é abdicação porque papa, agora, não tem filhos e presidente não indica sucessor.
Porém no caso de Espanha, onde este rei de nome de mulherengo rematado, o maior dos maiores, faz-se suceder por um Felipe, que será o sexto na numeração oficial que alguns historiadores querem oitavo, mas Felipe VI, o segundo da terceira restauração Bourbon de Espanha, tem na longa lista dos cinco Felipes que o antecederam desde o marido da louca, três que os portugueses não querem nem ouvir falar, que com o primeiro somam quatro, e com o quinto que era o de Anjou, o Anjou mais propriamente, completa a lista dos Felipes de Espanha, que tem na de seus reis sete Fernandos, treze Afonsos que foram dois, e três Carlos sendo o último o quarto, e o primeiro o quinto, a promoverem, também, uma boa confusão carlista entre os rei.
Agora D. Juanito após 39 anos de reinar, dos seus 76 de vida, cansou-se, desprestigiado pelas sucessivas tolices cometidas, mantido no trono pela força de duas presenças, a do sentido democrático que num momento de sabedoria e oportunidade soube manter , e a da mulher que soube, ultrapassando a dificuldade de estar casada com um Bourbon Don Juan, segurar a coroa para seu filho, fonte de toda a estabilidade monárquica em Espanha, esta grega culta e da melhor e mais antiga linhagem real européia, que então abdica a D Felipe, el palo, como sempre lhe chamei desde que o conheci pessoalmente, mas que é infinitamente mais atualizado que o pai, puramente Bourbon, na acepção doentia do termo, e que com a sua metade de sangue Grécia, creio, será bem menos estúpido que o pai.
Espanha que já desde que começou a governar Fernando VII, o desejado, o irmão de Carlota Joaquina, há 200 anos havia perdido o hábito de cognominar os seus reis, excepto o penultimo que era cognominado 'caudillo por la gracia de Dios' el generalísimo, o segundo Francisco de Espanha, como eu o chamo, agora poderá cognominar D. Juanito de várias coisas como 'El restaurador' ou 'El cazador' como o pai de Carlota e Fernando VII, o sexto rei da lista dos Bourbons, seu ancestral, ou outras designações menos nobres que os espanhois também usam para cognominá-lo. Felipe torna-se assim o décimo nono rei na lista que começou há exatos 510 anos, completam-se no próximo 26 de Novembro, lista que, como sabemos, não começou bem com a louca Trastâmara e que é muito menor do que deveria ser em virtude das várias interrupções republicanas.
Terminam assim as espectativas gerais do final de D. Juanito, que queriam saber se morreria no trono ou não, e de quem os espanhois andavam fartos de suas 'tonterias', que, pela mão habilidosa desta mulher que o destino escolheu para sustentar a monarquia espanhola restaurada, foi levado a abdicar, levando ar fresco, felipino é bem verdade, mas sem o bafio Bourbônico de D. Juanito. Agora que o final é conhecido, retirado, poderá se dedicar mais efetivamente às suas caçadas, se tiver ganas para tal, agora o que podemos afirmar sem margem para dúvidas, é que Espanha, com esta abdicação, perde uma de suas maiores rainhas: D. Sofia da Grécia !
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