sábado, 20 de março de 2021

No país da poesia.


                                                                                                                ilustração de José de Guimarães.



 

Perdida entre opostos binómios

Terra de Antónios

Terra de Arys

Terra do exepcional Luís

Onde canta-se o demónio

E onde se canta na matriz

O Criador com seu maior fulgor

Com o sopro do harmónio

Nada te escapará, mesmo que por um triz

Frontal ou à socapa, transbordas


De tua matriz trágica fez-se a sentimental

É necessário drama para poder ser Portugal


Terra de Herberto

De Vitorino

Terra do inigualável Fernando

De Florbela, e de tantas Anas e Mários

Do grande Alexandre e do magistral Manuel Maria

E ainda de tantas Marias e de muitos outros sicários...


Da matriz trágica fez-se a sentimental

Com a necessária paixão para poder ser Portugal


A das Teresas, de Amália, de Sophia

Terra de todas essas forças, evoco-te a ti

Poder eterno, sobrenatural

A cantar em cada um, e em todos, de per si

Verso e reverso 

Nesse Universo

A que chamamos Portugal.








  

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