Perdida entre opostos binómios
Terra de Antónios
Terra de Arys
Terra do exepcional Luís
Onde canta-se o demónio
E onde se canta na matriz
O Criador com seu maior fulgor
Com o sopro do harmónio
Nada te escapará, mesmo que por um triz
Frontal ou à socapa, transbordas
De tua matriz trágica fez-se a sentimental
É necessário drama para poder ser Portugal
Terra de Herberto
De Vitorino
Terra do inigualável Fernando
De Florbela, e de tantas Anas e Mários
Do grande Alexandre e do magistral Manuel Maria
E ainda de tantas Marias e de muitos outros sicários...
Da matriz trágica fez-se a sentimental
Com a necessária paixão para poder ser Portugal
A das Teresas, de Amália, de Sophia
Terra de todas essas forças, evoco-te a ti
Poder eterno, sobrenatural
A cantar em cada um, e em todos, de per si
Verso e reverso
Nesse Universo
A que chamamos Portugal.
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