terça-feira, 3 de agosto de 2021

ANTOLÓGICAS 11.

Com a chama eterna em suas mãos E que chegado a um lugar distante e ermo De outro local ermo e distante Passeando seu coração O poeta segue indômito da casa ao mundo Esse “Mundo, mundo, vasto mundo...” O nome com que rima é vagabundo Em sua plena significação Errante, ocioso, inconstante e ordinário Sintetiza o tudo e o nada, o eterno e o diário Desde seu quarto até os confins do universo Verso e reverso de um mesmo sentir O que lhe indicará aonde ir? Perdido no seu canto, esquecido em seu amor Canta igualmente a alegria e a dor Encontra mesmamente a morte e o infinito Porque de fins, começos e perenidade, entende E a nenhum deles nunca se rende Vê beleza tanto no mais banal Como na mais esquisita e abismal irrealidade Tomando tudo com enorme naturalidade Não importa se efêmera ou se eterna Sua verdade, porque ela é sua, por isso bela E só sua, presente eternidade. Antológicas, página 13.

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