O blog O Olho do Ogre é composto de artigos de opinião sobre economia, política e cidadania, artigos de interesse sobre assuntos diversos com uma visão sociológica, e poesia, posto que a vida se não for cantada, não presta pra nada. O autor. Após algum tempo muitas dessas crônicas passaram a ser publicadas em jornais e revistas portugueses e brasileiros, esporadicamente.
terça-feira, 3 de agosto de 2021
ANTOLÓGICAS 11.
Com a chama eterna em suas mãos
E que chegado a um lugar distante e ermo
De outro local ermo e distante
Passeando seu coração
O poeta segue indômito da casa ao mundo
Esse “Mundo, mundo, vasto mundo...”
O nome com que rima é vagabundo
Em sua plena significação
Errante, ocioso, inconstante e ordinário
Sintetiza o tudo e o nada, o eterno e o diário
Desde seu quarto até os confins do universo
Verso e reverso de um mesmo sentir
O que lhe indicará aonde ir?
Perdido no seu canto, esquecido em seu amor
Canta igualmente a alegria e a dor
Encontra mesmamente a morte e o infinito
Porque de fins, começos e perenidade, entende
E a nenhum deles nunca se rende
Vê beleza tanto no mais banal
Como na mais esquisita e abismal irrealidade
Tomando tudo com enorme naturalidade
Não importa se efêmera ou se eterna
Sua verdade, porque ela é sua, por isso bela
E só sua, presente eternidade.
Antológicas, página 13.
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