sábado, 14 de agosto de 2021

ANTOLÓGICAS 13.

Odídio, Ofélia, Orfeu Solução de desamor /Labirinto da alma A Fernando Pessoa-Bernardo Soares. Tem os venenos destilados todos Em sua bolsa inoculadora, que só em si inoculava Rastejando por todos os inquinados lodos Mutilado, sem raciocínio e afetividade, andava Expressão de covardia sem busca de mimos Serpente exponencial sem harmonia Dédalo em Knossos a procurarpor Minos Seu vazio pleno que ao vazio enchia Chamava-se Ofélia, Eurídice E a matéria, quimera Sossego é não como disse É o que foi e o que era Da revista o nome indicativo, és Do que sempre quis ser Com o corpo despedaço em papéis Morre-vive em seu poder.

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