Diz-se « Isto é briga de cachorro grande.» de forma muito popular, para referir-se a coisas fora de nosso alcance, e assim deveriam considerar, todas as pessoas que fazem pequenos e médios investimentos, todos os tipos de investimentos em coisas que não pudessem segurar com as suas mãos, como por exemplo todo o tipo de papéis que são isto mesmo, papéis, bonitos e até valiosos alguns, mas que de um momento a outro o podem deixar de ser, assim títulos, ações, debentures, poupanças, etc..etc... assim todos os tipos de papéis e coisas que dependam de outras pessoas para que tenham valor. Só se deveria investir em coisas com valor intrínseco, como metais preciosos, objectos, arte, antiquariato, imóveis, por exemplo.
Além do mais para que brigar, sendo grande ou pequeno o cachorro, quando há tantos mais ossos que se podem ter? É claro que estas coisas muitas vezes não aumentam de valor, até perdem valor, o que também acontece aos papéis e seus investimentos, mas nunca, como com os papéis, deixam de ter absolutamente valor. Sempre têm valor pelo que elas são, ou seja, uma casa é sempre uma casa, mesmo que você a tenha de vender com algum prejuízo o valor dela sempre está lá, e sempre alguém a vai querer. Uma barra de ouro a mesma coisa, pode-se perder alguma coisa, ou não ganhar nada, mas também se pode ganhar, porém sempre terá valor, nunca vai passar a valer nada como muitas ações que andam por aí.
Para aqueles que podem arriscar, compreendo que, buscando uma rentabilidade maior, arrisquem parte de suas reservas e, dando certo, persistam na ação de arriscar, porém para aqueles que estão fazendo seu pé de meia para a velhice, para uma eventual doença, para pagar os estudos dos filhos, nem no banco deveriam por seu dinheiro, sempre correm risco. Deveriam aplicá-lo comprando qualquer coisa palpável.
Vou contar~lhes uma história: Tive um parente meu que precavido e futurista resolveu aplicar seu dinheiro em pregos, sim pregos estes de pregar, no caso os muitos que se utilizam nas obras para pregar as tábuas com que se fazem as caixas das colunas, as bases das lajes dos andares, os andaimes e suportes diversos necessários a uma obra. Foi guardando pacotes de pregos, às centenas, aos milhares. Todo o dinheiro que ganhava e que não era pouco, comprava-o em pregos, toneladas de pregos. Já nem se imaginava o que iria fazer com tantos pregos, mas fazia suas contas e com o tempo o prego aumentara de preço e já sabia que acabara por ganhar mais que em qualquer outra aplicação. Porém depois os teria de vender. Disse que os iria vender aos poucos depois de se aposentar para complementar o valor da reforma e quando precisasse de um carro novo ou de fazer uma viajem, ou coisa assim. Até que um dia em meio ao boom do imobiliário, começou a faltar pregos no mercado e o preço subiu vertiginosamente. Vendeu então todos os pregos que tinha amealhado durante a vida e ficou rico, comprou uma ilha e foi para lá viver feliz e tranquilo, o irmão que o criticava a conta de tanto prego, perdeu tudo na crise da bolsa e deu um tiro na cabeça.
Só invista em coisas com valor intrínseco!
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