terça-feira, 3 de março de 2015

Se me perguntam...






Lamentavelmente tudo que vos afirmei aqui, e como vos afirmei, quando afirmava que as coisas se iam passar como por fim acabaram por se passar, revelou-se tudo em realidade, acertando, infelizmente repito, em todas e cada uma delas. 

Tendo tirado um mês sabático, e entristecido com a confirmação de tudo que antevia, desde que disse da falta que nos faz um Churchill, sabendo não haver hoje homens com a sua coragem e determinação na defesa dos interesses de seus países, bem como com uma visão alargada das situações; constatando que a falta de uma resposta hoje vai exigir muito mais num futuro próximo, e que é melhor pagar logo o preço sem hesitação ou temor, porque os processos políticos mundiais continuam e não poderemos nos esquivar deles. Assim esta covardia em tomar uma medida forte hoje, mesmo que isto implique guerra, contra as posições falsas, dúbias, esquivas, e desgraçadas que sucessivamente vem tomando o Coronel Putin, fazendo sempre o que quer, assine ele o tratado que assinar, afirme ele o que afirmar, nada é para respeitar na sua ótica,  já que  ele só tem um projeto: Restituir à Rússia sua antiga condição de URSS, para que ele seja o homem do poder, por vir conseguindo restituir poder para uma nação complexa, que tendo sido o que nunca deveria ter sido à conta de um imperialismo comunista, que conseguiu ser tão ruim ou pior do que o imperialismo norte americano, o dito democrata, que é também uma triste máscara, mas que com imprensa livre e com um congresso atuante, tem contenções e limites que o Coronel Putin desconhece evidentemente... Pobre Ucrânia! O mundo livre, o antigo deste nome, pagará um alto preço por sua covardia.

Entrementes o Syriza apertado, arrochado, enforcado com pouco tempo e alta pressão, vai jogar uma cartada decisiva, que não será só sua, será de toda a Europa, porque não há Europa sem a Grécia! Está tudo dito, porém deste  terrível confronto, onde não devera haver confronto, e sim união, fica uma constatação: Se a Grécia não conseguir ultrapassar suas deficiências e dificuldades para uma inclusão efetiva e que após este processo o próximo passo seja envolver todos numa  verdadeira Eurolândia, adeus projeto europeu, e com ele, voltam todos os perigos de uma Europa fragmentada e frágil: Internamente querendo obter proeminência e estabelecendo disputas e conflitos, e externamente exposta aos poderes bélicos que a queiram atracar, e nato-dependente,  dependente de uma NATO que tem à cabeça uma potência em declínio, o que é pior. Se a Europa não buscar seu destino, certamente não irá encontrá-lo, ele não irá bater à sua porta, a não ser que seja para lhe lançar um míssil por ela dentro.

Enquanto isto se discutem fórmulas e meios de autodestruição de ordem vária, pensando que se possa viver num mundo tão competitivo e tão alterado por uma Ásia que se levanta em força e depressa da mesma maneira que dantes. Por outro lado este engodo a que chamam mercados, que estão superlotados de dinheiro e  necessitando de onde o aplicar, segue escolhendo vítimas e exemplos, sejam uns ou outros classificados como lixo, ou com o tão reluzente 'triple A.'. E em meio a esta mentirada toda e a este mar de ilusão e engano, nada foi feito para evitar que outras crises como a do 'subprime' surjam a qualquer momento pela desregulamentação existente (Ou seja aquela regulamentação que não existia e continua a não existir, para evitar a jogatina financeira.).

 Continua sendo a forma mais fácil de se roubar um banco ser seu presidente, e o que é mais interessante depois ninguém vai mesmo apurar onde é que você, o presidente ladrão do banco, pôs o dinheiro (Ou seja não dá nada, pode roubar a vontade que não será implicado, e se o for ninguém lhe tira o dinheiro.) Poderá, evidentemente, se der azar, ir preso, mas isto logo passa e o dinheiro, que é o importante, este ninguém mais o tira, e, com o tempo, tudo volta ao normal, e, entrementes, com os muitos milhares de milhões dos quais você se tiver apropriado, sentir-se-á bem, porque lá estará para consolá-lo e para justificar suas inconveniências momentâneas aquela reconfortante massa toda o esperando.  

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