quinta-feira, 23 de abril de 2015

A década do movimento e da música na rede no dia da palavra escrita.




A ideia que vale hoje muitos milhares de milhões, uma ideia simples que deflagrou todo um processo que se transformou numa das maiores empresas do mundo, que para além de tudo isto tem prestado importante serviço na divulgação dos artistas que cantam, tocam e dançam, e suas canções, suas músicas e seus bailados, com um registro imperecível na nuvem.

Para além do reino da palavra e da imagem estáticas, fabuloso mundo de imenso alcance e importância, e universo em que inclui em ambas as vertentes, o movimento do dizer, do cantar e da imagem, que para além do contemplar e do informar, permite-nos vivenciar a experiência do som e da luz em movimento. Com isto conquistou seu espaço, transformando-se já num clássico no ambiente da net. I do tube, do Youtube?

Dia de Ogun, São Jorge na Igreja católica, de quem já quiseram tirar o São, dia em que morreram coincidentemente os dois maiores escritores da humanidade em língua espanhola e inglesa, estes dois fabulosos e criativos escritores que transformaram de muitas maneiras a forma da palavra ser usada, que neste dia do ano de 1616 nos deixaram, como se uma página da história do mundo fosse virada e com isto nos alertasse que haveria um mundo novo no dizer e no sentir, seu legado, e que estas duas forças da natureza tinham vindo ao mundo para mudar este mesmo mundo, e que ali, naquele 23 de abril daquele 1616, podiam partir, pois haviam já cumprido sua missão.

No ano que vem estaremos aqui lembrando os quatro séculos que estes dois fenômenos nos deixaram, e que no mundo do falar destes dois luzeiros se comemorarão sem fronteiras sua genialidade e presença eternas, pois que habitam os muitos mundos das línguas em que se expressaram, e que cobrem grande parte do planeta, e que também, pela força de seu dizer, ultrapassaram a barreira da língua, tornando-se universais.

Dia de se trocar rosas por livros, dia que marca, por decisão da UNESCO, o do livro, este objeto incontornável que promove a maior viagem da humanidade, esta maravilha física que multiplica pensamentos e reproduz ideias, num efeito quase mágico, que transporta, ensina e liberta o espírito. Ou como sintetizou o Padre Antônio Vieira com sua esplendorosa verve: " O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive."

Não podiam escolher outro dia que não este em que se deu esta dupla  coincidência neste já longíncuo 1616, quando esta dupla insuplantável, inultrapassável nas suas duas formas de dizer, e que já há dezenove anos marcam com o dia de suas mortes esta data, e que ano que vem, o dos quarto-centenários deste dia em que nos deixaram, quando se completarão quatro séculos que o mundo perdeu estes dois fachos de luz que iluminaram o mundo da palavra, completar-se-ão duas décadas em que se comemoram o dia desse objeto tão caro a todos nós que amamos a palavra, e que sem o qual não conheceríamos nem Cervantes nem Shakespeare. 


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