quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Sua geleia de framboesa / Seu mundo de algodão / Sonegam toda beleza / E são faltos de explicação.









Resposta a Adília Lopes. (*)
                                          Apaixonado pela vida nesse planeta azul.                                           



Como gosto muito de framboesa
E do que se passa numa casa de passe
Passe o que se passe é uma beleza
Da qual não há porque cansar-se
Com as paredes de cetim forradas
Vou feliz pr’o matadouro
Até ponho geleia nas torradas
E bebo do chá sem fugir ao touro
Pois com as paredes forradas de cetim
Que a geleia então salpique,
Mas que agora salpique em mim. . .
Que eu também gosto!


(*)  O mundo é uma casa de passe
Com as paredes salpicadas de geleia de framboesa
O mundo é um matadouro disfarçado
Com as paredes forradas de cetim
E num salão
baunilha e sangue-de-boi
eu vim a mim
Gosto de gostar de si
num sítio assim"

Adília Lopes





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