Que ninguém se iluda: em tudo há um jogo de poder, e se no confronto das forças em jogo, um lado titubeia, não deixará de ser esmagado pelo outro. Mesmo os mais poderosos estão expostos a este critério, porque seu poder, seja qual for, advém de um grupo que o sustém, mesmo que essa sustentação seja parcial, ou ilusória. A existência do grupo a que este se pôs à cabeça, é o que o torna poderoso. Assim o partido determina o Primeiro-Ministro ou Presidente, a nobreza ao Rei, como o concílio o Papa. Francisco não é ingênuo, e sabe que se está vivo, e assim se mantém, é porque de imediato ganhou a repercussão que impediu que fizessem a ele o mesmo que fizeram ao Cardeal Luciani já com as sandálias de Pedro. Ou o que fizeram a Ratzinger, que levou-o a renunciar. Há uma guerra na Igreja, não se dão conta? É evidentemente surda porque, se ouvíssemos seus gritos excruciantes, a igreja desmoronaria. E o fio da navalha de Francisco é a habilidade entre manter o silêncio e deixar se ouvir e saber o quanto seja necessário para ter apoio popular e repercussão fora dos muri vaticani, para que não o possam matar.
Hoje 21 de Fevereiro, há menos de três semanas de completar seis anos que Francisco mantém essa guerra para higienizar a Igreja, para repor os valores abastardados por essa gente que o odeia, que havia transformado a Igreja novamente num antro de sexo abusivo, numa grande lavanderia de dinheiro, e num feudo de poderosos das dioceses ricas, e que vivem vidas de luxo e riqueza, construindo castelos, possuindo coleções fabulosas, carros, viagens, locais para desfrutar a todos os níveis. Francisco tem sido imparável. Mas o mastodonte apóstólico e pesadíssimo e monstruoso para ser reformado em apenas seis anos. Francisco não desiste, e, nesse 21/2 começou uma guerra contra outro dos terríveis interesses instalados, o do abuso de menores. É que aos poderosos, aos príncipes e milionários, não lhes basta o desfrutar das riquezas, dos luxos, dos prazeres mundanos, querem ainda as perversões. Sexo com criancinhas, abusos não consentidos, sabe-se lá mais o que.
Nada disse antes de começar porque sabia que Francisco, inteligente e esperto como é, tinha um trunfo guardado na manga, à espera de poder usar para coagir os delituosos, que são muitos, Como fazer?
Mesmo antes de começar, encontrou uma barreira numa carta enviada aos eclesiásticos por seu maior opositor, o cardeal americano Raymond Burke, ultra-retrógrado à cabeça da Igreja dos EUA, onde há maior perversão, e maior atraso sociológico e social nos estamentos da Igreja. Burke, essa poderosa besta fera, divulgou a tal carta, poucas horas antes de começar a reunião de hoje para tratar dos abusos sexuais de menores, denunciando uma falsa agenda homossexual que teria Francisco, outro assunto muito forte dentro da igreja, mas que nada tem a ver com os abusos de menores, criando assim uma tensão deslocada, mais ampla e falsa, para opor uma resistência ao assunto que Francisco realmente pretende tratar, promovendo desta maneira uma muralha para desgastar Francisco, a quem quer ver morto, como Luciani, deposto, como Ratzinger, entalado como Wojtila, ou exilado como Salles. Isto já estava em todos os jornais antes mesmo do Papa poder reunir o clero, antes da reunião começar: O cardeal americano Raymond Burke não esconde o quanto detesta o Papa Francisco: gostava de o ver resignar, duvida da sua capacidade teológica e, agora, ataca uma suposta "agenda homossexual", para melhor pôr em causa o pontificado de Francisco.
Numa carta divulgada a menos de 48 horas do início do encontro, que nesta quinta-feira se inicia no Vaticano e que o Papa convocou para discutir os abusos sexuais de menores por padres, religiosos, bispos e cardeais, o americano Raymond Burke e o cardeal alemão Walter Brandmüller voltaram a atacar o bispo de Roma, dirigindo-se aos seus "irmãos, presidentes das conferências episcopais". O pretexto é só um: a abertura de Francisco em questões sexuais e morais que estes dois cardeais ultraconservadores abominam. >>DN de hoje 21/2/19
A reação do grupo de Raymond Burke, o mais retrógrado grupo dentro da Igreja, que envolvido com a máfia do dinheiro do Banco Vaticano, e com os interesses mais inconfessáveis da Cúria, vem agora revelar seu desespero por nada poder contra Francisco, servindo esse pedido de que o Papa renuncie, como um ato que prova que perderam toda a paciência, e toda a esperança em derrotar, ou parar Francisco, e que eles por fim se considerem derrotados. Temos portanto agora é que orarmos ainda com mais força para que não recorram a nenhuma medida desesperada, e que possam esperar pelas suas morte quietinhos, vendo Francisco completar sua tarefa de salvação na limpeza total dos males da Igreja que governa. <<<
Desta vez o ataque de Burke foi acolitado por outro cardeal de uma igreja milionária, a alemã, na pessoa de Walter Brandmuller. PORÉM FRANCISCO PRECAVIDO E CIENTE DO ALBOROTO QUE VIRÍA, INFALÍVEL, havia já preparado 21 medidas para propor antes que desviassem o motivo e a razão da cimeira - abuso sexual de menores - repito, e assim as terão de discutir, e aprovar, estou em crer ... NÃO SE ESQUEÇAM QUE O PAPA É INFALÍVEL! Ave Franciscus!
Que Deus possa dar saúde a Francisco para que ele termine sua obra. Agora uma coisa é certa, o próximo Papa que vier, depois de toda a faxina (incompleta ainda, é verdade) não poderá permitir o acúmulo de lixo tradicional de séculos no seio da católica, apostólica, santa madre Igreja. Tanta hipocrisia junta!!! Sempre Francisco será um divisor de águas, mas há muito que fazer. Su di te Francisco. Deus o abençoe.
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