quarta-feira, 13 de março de 2019

A LOUCURA DE SUZANO.






A estupidez ilógica comum nos EUA, onde de vez em quando um débil mental entra numa escola com uma arma (cuja posse é permitida naquele país) e dispara indiscriminadamente sobra os alunos, crianças inocentes que frequentam a escola, como devem ser com todas as crianças em idade escolar, alunos.

Pergunto: Faz algum sentido ir matar gente que não se conhece, que não lhe fez nenhum mal, porque tem uma bronca (diferendo) com a escola, ou com alguém da escola? Em alguns casos as motivações são desconhecidas, mas os cadáveres se acumulam na mesma. E pais e mães e irmãos ficam 'órfãos? por assim dizer, da mesma forma sem seus entes queridos.

Pode haver maior estupidez?

Um estilo de vida tenso, a permissividade das leis no acesso às armas, uma cultura de andar armados, e pais e amigos que ensinam aos filhos o manuseio de armas. Grupos de tiros. O culto do armamento. Tudo isso cria as condições para essas tragédias. E o Brasil vai pelo mesmo caminho.

Este é o resultado da americanização do Brasil, um projeto do princípio dos anos 30 do século vinte, que atinge o auge m 42 com a base de Natal, que foi cultuada pela pseudo-elite brasileira, cantada em prosa e verso, decantada agora em análises como o excelente livro de Antonio Pedro Tota, "The seduction of Brazil"(*) uma evolução de seu O Imperialismo sedutor, e destilada em loucuras como essa da Escola de Suzano.

Pego da pena para registrar que essa ocorrência em Suzano, grande São Paulo, onde dois ex-alunos entraram armados e puseram-se a matar aos atuais alunos que viam pela frente, é o começo de um evento que se repetirá tão mais frequentemente quanto o estilo de vida adotado no Brasil se aproximar do americano, o dito 'American way of life'. Coisa que eu sempre recusei. Fui por duas vezes convidado a viver e estudar os EUA, mas aquela forma infantil de pensarem e vazia de viverem, nunca me atraiu, apesar das beldades americanas que me emocionavam corpo e alma. Mas que foi uma atração sedutora para a leite deslumbrada.

O que se passou em Suzano classifico como loucura, porque termina, após toda a violência que mata inclusive a diretora da escola, vários alunos etcetera, termina com o suicídio dos dois autores das mortes. Um vazio de proposta e intenção. Em que resulta matar inocentes e se matar? Qual o sentido prático dessa ação? Qual a marca simbólica dessa atitude??

Esse nada, essa estupidez, essa loucura, tenderá a se repetir, notem que os meninos assassinos iam com muita munição, prepararam-se com cuidado, ponderaram sobra essa ação, e em momento algum se deram conta do vazio em que se moviam. É como resolver queimar dinheiro. Você apanha um saco de dinheiro e queima. Qual a consequência disso? Nenhuma. Tudo de bom que poderia ser feito com o dinheiro perdeu-se, e o protesto que isso queira representar, não resulta em nada, porque aquele dinheiro deixando de existir não altera coisa alguma nesse mundo. Assim é com as vidas que foram ceifadas, não serviram para nada sua mortes, não representam nada de útil ou verdadeiro nesse mundo. Só causam sofrimento a todos os relativos (pais, avós, tios, amigos, primos, etc...) NADA MAIS.

Se essa tendência se verificar, o que com a autorização da aquisição de armas que promove esse atual governo brasileiro, a loucura de Suzano ficará como marco do princípio de um contra-senso muito difícil de reverter. 'The American way of dead'

>>> Atenção: Não quis escrever essa crônica com o título JÁ COMEÇOU 5, série com que venho alertando para uma fermentação social doentia no Brasil, porque espero melhor sorte para meu país, e que não hajam tantos dementes capazes de tais ações como os há nos EUA.





 (*) The Texas University Press 2009.


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