Chega-me de Itália, que traduzo como posso, um poema que fala da acumulação de cadáveres com perto de 1.000 mortes diárias naquele país. É impensável, um horror (22/3/20).
CADÁVERES
A Ceifeira já cansada
De seu labor diário
Sentindo-se enfadada
Convoca espículo auxiliário
Que coroado cumpre as tarefas
Do velho ofício de matar
Ceifa, ceifa, ceifa... Nefas
Já não consegue parar
Às centenas, todos os dias
impossível imaginar!
Esgotadas freguesias
Não os consegue enterrar
Nem na Roma da barbaria
Houve tanto a lamentar
Visto não ser diária
Essa tarefa de matar.
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