quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Luís Gonzaga do Nascimento Júnior

 





                                                                                       22/9/1945
                                                                                                           _
 
                                                                                                                  29/4/1991
25 anos de saudades.

                                                                                     "Mandacaru quando fulora na seca
                                                                                       é o sinal que a chuva chega no sertão.
                                                                                       Toda menina que enjoa da boneca
                                                                                       é sinal que o amor já chegou no coração."
                                                                                        Luís Gonzaga(pai) 1953 - O xote das meninas.
                                                                     
                                                                                       "E se chorar e o Sol molhar o meu sorriso...
                                                                                         não se espante, cante..."
                                                                                         Gonzaguinha - Sangrando.
   
                                                                                     
                                          

Faria setenta e um neste vinte e dois próximo, e ainda não seria tão velho quanto era, quando nos deixou, Gonzagão, que morreu com setenta e seis. Falo-vos de dois gênios, esses dois Gonzagas, sensibilidades raras na música, pai e filho que levaram uma vida a se entenderem, mas que a turnê conjunta no final do 'gão', promovida pelo 'guinha', foi a re-aproximação, e a prova do afeto que os unia.

Um cantava uma realidade rural,  outro citadina, um doutor, outro um popular, um politizado, outro não, mas ambos enormes na musicalidade, o segundo e terceiro Gonzaga, assim como o primeiro, não esqueçam Januário. 

Naquele tempo tínhamos o ódio cultivado da Ditadura, mas  guinha não se furtou.

Retomo esse registro agora, mais de três anos depois, quando no fevereiro do ano que vem faria 75 anos, como nos está a lembrar a Memória Musical Brasileira ( o Instituto) que me enviou o seguinte cartazete:



TODAS AS HOMENAGENS SERÃO POUCAS!












segunda-feira, 28 de setembro de 2020

10 acusações que Biden deveria fazer a Trump (logo no debate de amanhã, e continuar insistindo nos seguintes).

 


Vão ocorrer três confrontos, três debates, três oportunidades para que  povo norte-americano se decida em quem irá votar para seu presidente. Ocorrerão, hoje sabemos, num ambiente surrealista, porque um dos candidatos é capaz de dizer seja o que for para manter sua versão dos factos, a que lhe convenha, mentirá com quantos dentes tem na boca para que sua pretensa verdade saia vitoriosa, o que torna muito difícil o confronto, com uma pessoa assim, porque destorce tudo, corrompe tudo, muda tudo para ter razão. Uma vez que tudo que se sabe e que se souber contra ele será apontado como fake news, ou como campanha de seus opositores. É difícil, muito difícil derrotar a mentira. Mas tem de ser feito!

Para consegui-lo será necessário deixar bem claro para o público, sobretudo para os milhões de ignorantes suspeitosos que imaginam teorias da conspiração, e que nelas acreditam como havendo um complô contra o atual presidente re-candidato. è necessário abrir-lhes os olhos para como foram e estão enganados.

 => Portanto é necessário ser dito na cara do sr. Trump as seguintes coisas:

1. Você é um ladrão. Porque tem roubado os impostos devidos ao povo, não pagando o que deve.

2. Você é inabilitado para o cargo, porque é preguiçoso, desinteressado e impaciente, não lê os dossiês, e logo se cansa quando alguém os explica. 

3. Você é um ignorante. Não estudou, não se informa, e não há como suprir suas faltas. Sem um projeto, sem noção do que se passa no mundo, permitiu que muita desgraça caísse sobre a América.  

4. Você corrói a democracia e os valores dos americanos. Você é apenas um milionário vaidoso e pretensioso que numa jogada conseguiu se eleger. Nunca se viu uma administração como essa que você patrocina, vazia, sem rumo, divisionista, com gente saindo e entrando, como nunca se viu, fugindo da desordem em que você transformou a administração dos EUA.  

5. É mentira. Quase tudo que você diz é mentira. E para apontá-las seriam necessários dias, porque são às dezenas de milhares.

6. Você é um assassino. Porque ao desvalorizar a pandemia permitiu que ela se alastrasse, causando centenas de milhares de mortes.

7. Você é um traidor, um agente infiltrado atendendo aos interesses inimigos dos EUA, intencional, ou não intencionalmente, ainda se irá saber, relacionando-se, apoiando, e agindo no interesse de potencias inimigas, mais que todas a Rússia, para ter ajuda em se eleger e agora em se reeleger. 

8. Você é um falido. Porque tem dívidas que não tem condição de pagar. Logo é um blefe como empresário, sua vida toda é uma mentira, uma falsa imagem.

9. Você enfraqueceu os EUA, promovendo o caos, permitindo que outras potências se aproveitassem disso, causando um rombo na fortaleza americana, que teremos de remendar. 

10. Você atrasou os EUA em muitas décadas, porque tirou-lhe o brilho e a liderança mundial, tornando-o fraco e desacreditado, o que vai levar décadas a recuperar.

Se Joe Biden não for frontal e claro, desmascarando o que é e representa Trump, perderá as eleições. 

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

"Uma terra prometida."

 





Encontra-se em pré-venda o livro de Obama, onde conta o começo de sua trajetória até a Casa Branca, o que todos os Presidentes Americanos costumam fazer, registrando suas memórias. Fiquei a imaginar, quando recebi o aviso para a subscrição da pré-venda, se Trump terá coragem de escrever suas memórias, e se sim, por sua desfaçatez, quantas mentiras irá lá pôr. O livro como vêm no convite de lançamento, estará em venda a 17/11, duas semanas depois das eleições norte-americanas, na qual não interferirá.

Escrevi numa Crónica recente: Não tendo nenhum outro propósito, e nenhum projeto para o país. Não lê os dossiês. Não lê sequer as ddd, as súmulas diárias do que se passa, para poder ter uma noção. Não tem uma ideia do que é governar. Só a vaidade de ser presidente, e a proteção que o cargo lhe dá. Registremos que:

                                                  1. Nunca entregou seu IRS.
                                                  2. Não ficou esclarecida a interferência informática Russa nas eleições
                                                  3. Ele estava sendo investigado por fraude.
                                                  4. Os problemas com seus casinos permanecem.
                                                  5. Sua defesa é a mentira (Há dezenas de milhares contabilizadas.).
                                                  6. Sua associação a Putin nunca foi devidamente investigada
                                                  7. Tentou aliciar pelo menos mais quatro presidentes para fraudar as próximas eleições.

"Trump fará de tudo para ser reeleito.  


Obama terá de se movimentar para poder dar seu último legado ao povo americano, tentando evitar a re-eleição dessa avis-rara, desse instrumento do "Medo" e da "Raiva", como quer Bob Woodward, tendo assim intitulado os dois livros que escreveu sobre esse ser maligno no cargo de presidente. Curiosos títulos, que revelam o que vai ficar da passagem do Sr. Donald pela Casa Branca. Obama por seu turno começa com "Uma terra prometida" que é o título do primeiro volume de sua epopeia, a de uma família negra chegar à Casa Branca. É assustador ver o fosso que há entre os dois presidentes. Pobre América!

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

"Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás."

 


A Frase do Che, que muitos não lhe querem atribuir, mas que, independentemente da autoria, leva-nos ao dilema que nos confronta nesses tempos absurdos que estamos vivendo.


Absurdos tempos.

Chamo-lhes absurdos porque dá-se com um retrocesso histórico, não só voltamos no tempo, como repetimos os mesmos erros que sabemos que acabam mal. Já vimos esta extrema direita alvoroçada a pregar preconceitos, a escolher e apontar culpados, os de sempre, "os outros", seja quem for, os que forem convenientes de momento, os judeus, os ciganos, os de outra fé que não a nossa, os de outra cor de pele, preta, vermelha, amarela, qualquer que seja oportuna. Os culpados são sempre aqueles que podemos apontar como outros, por serem diferentes, seja em que modalidade for, não importa, bode expiatório deve ser bem visível e identificável, ou pela cor da pele, ou pela fé, ou pela etnia, melhor ainda quando essas coisas se podem juntar.

Mas já vimos tudo isso, desde a idade média até a segunda guerra mundial, e sabemos como tudo acaba.
Poderemos ser, ou estar, tão equivocados que iremos repetir o absurdo engano, o erro fatal que já cometemos tantas vezes?


Dilema aparente.

Esta a contradição que se apresenta em nossos dias, 75 anos apenas depois do Holocausto, pois já se esqueceram de tudo, e na primeira conjuntura difícil, sem saída satisfatória, escolhem os bodes de sempre para apontarem o dedo, e se juntam e formam em grupos, e vão para as ruas em protesto, e formam partidos FASCISTAS, eis a designação incontornável, uma vez que aí estão eles novamente a pregar por toda parte, até no pequenino Portugal, sem excluir a perigosa re-edição alemã da maldição nazista, ódios guardados, inimigos de eleição, insuflados por ventos de dificuldades várias que levam a reações irracionais, mais meia dúzia de estúpidos cheios de raiva, de Salvini a Trump, de Erdogan a Boris Johnson.

As alternativas que temos em momentos difíceis não podem ser fáceis nem agradáveis, e esta conjuntura é perfeita para fazerem vicejar os ódios, semearem os medos, pregarem a raiva, e apontarem como culpados os inocentes que estejam à mão, e são os de sempre. As angústias que vivemos se traduzem em oportunidade para uns quantos aproveitadores populistas, que encontram caminho perfeito para pregarem o ódio, que arrebanha multidões, e os conduza ao poder. Nunca conseguirei esquecer o que fez o povo alemão, dos povos mais evoluídos do planeta, porque  a razão e origem da sua ação está em ter acolhido a raiva, o ódio e os complexos de uns quantos, orquestrados pela capacidade oratória de um demente, que contaminou toda uma nação, os inocentes foram muito poucos.

E estamos vendo o filme de terror em re-make, posto em cartaz novamente.


Verdadeiro dilema.

Como reagir a tudo isso os que têm juízo e responsabilidade em agir perante esta onda calamitosa da ascensão fascista que estamos vendo? Esse o verdadeiro dilema de nosso tempo! Porque o valor das instituições democráticas nos põe na encruzilhada de termos de escolher entre permitir o avanço do fascismo, ou restringirmos de alguma forma a democracia. Uma vez confrontados com uma patologia em nosso corpo  temos muitas vezes que  tomar medicamentos nocivos a outras funções de nosso organismo, mas é a única maneira de nos livrarmos do mal. Penso que com o corpo social passa-se o mesmo, teremos de tomar o veneno, o remédio amargo mister, para nos livrarmos  dessa patologia que se espalha pelo planeta.

Confrontado com esse dilema, fui buscar a resposta na frase do Che, teremos que endurecer o processo democrático, restringindo algumas liberdades, afirmando que não aceitamos os preconceitos, o racismo, e todas  as manifestações desse teor, restringindo certamente a liberdade de expressão, e proibirmos a formação de partidos que preguem qualquer tipo de segregação, mas estaremos fazendo frente a esse mal que se espalha, e que sabemos no que vai dar (spoiled, conhecemos o final do filme) e NÃO PODEMOS PERMITIR QUE ELE SE REPITA.


Dar a cara.

Quem será o primeiro corajoso, o destemido que sem medo de ser apontado como arbitrário irá  actuar para estancar essa onda FASCISTA?  Onde estará a sensibilidade necessária para liderar uma reação ao que vivemos? Ou se apresentarão outros Chamberlain, fazendo com que os Churchill não possam agir atempadamente? Este é o grande impasse que temos por resolver, sem medo, sem complexos, sem meias verdades. E, como Che, oferecer a solução: Temos que endurecer, sem perder a ternura (a democracia) jamais! 




terça-feira, 8 de setembro de 2020

Sintonia.

 



O Coronavirus pôs-nos a todos a vibrar na mesma frequência, fez com que as pessoas se dividissem entre os prudentes e os imprudentes. Qual terá sido o grupo de maior número de adeptos? Os prudentes? Ou os imprudentes? A falta de sintonia com as medidas necessárias a combater um mal que nos toca a todos, e cujos efeitos podiam, e podem, ser observados diretamente nos seres humanos, revelou que só mesmo com o monstro dentro de casa é que as pessoas tomam alguma medida preventiva. Porém todos sabemos que com a casa arrombada já é tarde demais.

Assim temos duas partes da mesma fruta, sendo uma nitidamente menos proactiva e imprudente, assim como a outra metade, ou talvez só os 20% mais atentos actuaram, havendo portanto um alto percentual de descuidados ou ineptos. E, como todos querem se ver livres de um vírus que se revela mortífero, todos os recursos disponíveis foram canalizados para fazer frente à pandemia. Com a crise climática não é assim. A casa por mais arrombada que esteja tem sempre outros quartos para quem tiver recursos se ir escondendo do monstro que a invadiu, uma vez que a ação do monstro, apesar de constante e resoluta, se processa lentamente, onde muitos dos habitantes da casa já estarão mortos, livrando-se da insídia, os que morrerão nas garras do monstro serão os outros, e como ninguém quer arcar com os custos do problema em combater o monstro, vão todos empurrando com a barriga.

Todos sabem, mas ninguém faz nada, encadeiam soluções, fazem promessas, expõem o problema que se tornou tão evidente na sua vertente climática, que não pode ser ignorado, mas a turma do deixa disso, como se diz no Brasil, aqueles que preferem acumular o dinheiro necessário à combater o terrível monstro que criamos com a poluição ambiental, para a qual muitos alertam há quase um século, mas que os lucros em promovê-la, e a fuga aos custos em combatê-la, gerou um pacto de silêncio entre os interesses tão mais poderosos quanto espúrios, que só se verão expostos, quando o monstro atacar a estrutura da casa, ameaçando derruba-la e destruí-la totalmente, enquanto for arrebentando um quarto após os o outro, esse quarto será sempre o do infeliz vizinho, e eu, muito sagaz, terei me safado no quarto seguinte, na outra sala em que irei continuar vivendo com conforto e riqueza, e que se dane o vizinho. ATÉ QUANDO? 

Justin Worland é dos tais, assim como eu, eis alguma sintonia, que percebe que estamos no limiar da necessidade de agir contra o monstro insidioso, e avisa que temos "UMA ÚLTIMA CHANCE" contra o ser teratológico que prossegue em sua ação destrutiva, MONSTRO QUE NÓS CRIAMOS, e que por enquanto só tem exposta sua face climática, terrível e monstruosa face, mas que, mesmo assim, não nos faz agir com a intensidade e presteza mister, só quando virmos suas múltiplas cabeças, ficaremos suficientemente assustados e quereremos reagir rapidamente. Foi mesmo necessário que uma miúda de 14 anos, com um transtorno obsessivo-compulsivo, com crises que a leva a ficar muda por longos períodos, superasse sua doença para nos vir esbofetear a todos com a realidade que nos entra pelos olhos, a qual não somos capazes de enfrentar pronta e efetivamente. O Sr Worland, na capa da Time que mostramos acima, com seu terrível alerta para o fim que se aproxima, lugar desejado por todos os políticos, a capa da TIME, lugar que também a Srta. Thumberg já ocupou, o que mostra que há consciência, espaço mediático, e uma corrente preocupada com o problema, a corrente daqueles que baseados em estudos científicos, tomaram a resolução da Conferência de Paris, onde o mundo se pôs de acordo (no papel ao menos) mostrando a absoluta convicção de que o problema tem de ser enfrentado, que o monstro tem de ser contido, consciência que só alguns transformam efetivamente em ação, tendo-se ficado, a maioria, pelas palavras do acordo, e alguns mesmo o tendo rasgado, em virtude dos custos que sua implementação representa, e por ser necessário implementar medidas que não trazem votos.

O problema maior é que o rosto climático do monstro é apenas um dos muitíssimas que possui. Assim como a Hidra de Lerna, essa um monstro mitológico, o monstro ambiental tem muitas cabeças, portanto muitos rostos, que aparecerão, e ainda outros mais que á medida que o cortemos, problema após problemas, os ficaremos a conhecer em toda sua amplitude, como o plástico, a consumada poluição que se infiltra em tudo que existe, com as suas cada vez mais pequenas partículas, que passam a fazer parte de tudo, com sua eternidade duvidosa que tudo invade e contamina. Criamos o monstro de mil faces, meus caros, e ele nos devorará!

Aos poucos sintonizados, peço que a dureza de minhas palavras não os faça desistir, porque sempre, apesar de tudo, é melhor morrer lutando. Quem sabe não poderemos encontrar misericórdia? 







 



 

 

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Respondendo ao DN.

 

DN


O Diário de Notícias pergunta na edição de sábado 5/9: Chegou e venceu. Até onde vai André Ventura?

A resposta é só uma: até onde a estupidez vigente o levar.

E o que é a estupidez vigente? Perguntar-se-ão alguns. Vamos a isso:

A ESTUPIDEZ VIGENTE.

Vejo que as coisas acontecem como o mar à beira da praia, em ondas, que é também como se propagam as pandemias. Isso quer dizer que há um primeiro movimento que atinge uns quantos, e logo a seguir outro, e depois um terceiro, e assim, em sucessivas vagas, vai juntando sempre um maior número de gente, que, irrefletida, se vai somando a um movimento originalmente inorgânico, que adquire organicidade à medida que sua mensagem se espalha. Até aí nada de mais, todos os movimentos necessitam começar de um pequeno núcleo para se  expandirem, o problema está na estupidez. E não há nenhuma cor ideológica que a justifique, ou que sirva para a atacar, é algo além das ideologias, é o puro bom senso. 

Toda mensagem que causa divisão, que prega o ódio, que promove a fractura entre as pessoas, é estúpida, e me ponho apenas na pele daquilo que sou mais convictamente, para o afirmar, ponho-me na pele de cristão, que sabe que toda e qualquer ideia para separar as pessoas é má. 

PARTIDO.

A palavra que designa as organizações políticas formadas para agir na ordem da representação social, tem o efeito divisor quanto às ideias que perseguem, logo quanto aos programas que defendem, fracionando o corpo social, o dividindo, partindo-o, portanto o nome designa sua ação, entretanto tem de o fazer sem odiar aos dos outros partidos. "As ideias brigam, as pessoas não." E a fractura que promovam devem restringir-se exclusivamente ao campo político-social, nunca extrapolando para o do convívio, para o campo da exclusão social do outro, ou, num grau mais violento, odiar, ou desejar atingir, ou banir, ou de qualquer forma apartar o próximo (eis a palavra cristã para designar aos demais) e repudia-los por os não quererem próximos, por os odiarem.

FACADAS A DOMICÍLIO.

Devo aqui lembra que a última vez que se permitiu que houvesse um partido que pregasse o ódio contra um grupo de pessoas a história terminou com milhões de mortes de gente inocente  perpetradas por aqueles que buscavam uma solução final para estes que consideravam um problema.

 Todos os que pregam o ódio não podem estar no convívio político, e penso que partidos que têm como meta qualquer tipo de exclusão social deveriam ser impedidos de existir no espaço democrático.

Como só a estupidez vigente (repito a expressão que serve de resposta à questão do DN) pode dar prosseguimento e organicidade a grupos que pretendem o poder (meta de todo partido) com a materialização de seus preconceitos e rancores contra quem quer que seja, o que a sabedoria ao longo do tempo ensina não dever existir, como o afirma nos livros de História e nas Constituições democráticas, é mister impedir que estes existam, para que a ignorância, os ódios e os recalques de uns quantos se não possam transformar em expressão de poder pra uns poucos. (*)



(*) Como essa é uma história antiga com repercussão bem conhecida, não muita mas também não pouca, mas suficientemente perturbadora, sugiro a leitura de "A Igreja do diabo" de Machado de Assis, e após acurada reflexão, que pleiteiem as medidas condizentes.


sábado, 5 de setembro de 2020

SAUDADES DE ANABELA NEVES.


A reporter parlamentar da , a jornalista que era fixa na Assembleia da República. Apareceu como comentarista hoje 5/9/20. Sentimos falta do pensamento lúcido, a interpretação clara, a oportunidade exacta, a posição vertical, e, sobretudo, a dicção límpida da excelente Anabela Neves, que saiu aplaudida do parlamento no final de Novembro do ano passado.

Atualmente na Assembleia da República estão jornalistas, em todos os canais, que sobrepõe suas falas aos dos políticos, fazem interpretações muito confusas (por desconhecimento do métier) são inoportunos, e, mais que tudo, têm péssima dicção, tendo mesmo um que ou é gago ou raciocina por arrancos, como uma máquina mal oleada, uma lástima, incómodo, mal articulado.  Quantas saudades de Anabela Neves.


Outra nota na mesma presença.

Outra coisa triste é quando vemos alguém ainda tão bem, tão lúcido, tão válido, afastado de seu trabalho. Não foi o caso de Anabela Neves que saiu porque quis, e foi lecionar na pós-graduação da Universidade Autónoma de Lisboa. As pessoas deveriam poder trabalhar enquanto quisessem. Evidentemente com a gratificação mister. No mundo em que as coisas mudam tanto, certamente em breve alguém se dará conta que as pessoas mais velhas têm uma função muito válida, e que não devem ser rejeitadas. O espaço dos novos deve ser conquistado. Sem sair desse tema, jornalistas da televisão, a enorme ausência que representou a aposentadoria do anterior correspondente, também da SIC, em Bruxelas, Fernando de Sousa (RIP) que logo depois viria a falecer, e que na actividade foi substituído por Susana Frexes, cujo estilo não me agrada, muito dura, cara cerrada, mas que conquistou seu lugar com o bom jornalismo que pratica, o domínio das matérias, e a boa dicção, tenho de engolir a sua dureza sem reclamar.

Uma grande comentarista.

Da aparição de Anabela Neves, espero que surja um convite para que venha a ser comentarista, para que possamos contar com sua lucidez e correção. Há mais vida para além da aposentadoria, parafraseando Dr. Sampaio, como a própria Anabela o faria, e creio que sempre haverá um espaço na TV para essa jornalista.