19/12/1916 - 19/12/2016
Tratado geral das grandezas do ínfimo
A poesia está guardada nas palavras — é tudo que eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogios. Manoel de Barros
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogios. Manoel de Barros
Antropofágico sem o ser, Macunaíma pós-moderno em não modernismo, nem pós, um isolado, um excluído como o agradaria, um ausente talvez, mas tão presente. Faria um século hoje, mas ficou-se pelos 97, quase 98, ocupou um espaço que entretanto deixa vazio, estranha forma de sentir, única forma de estar, impossível forma de ser.
Macunaíma antropofágico
Macunaíma antropofágico
Deixa o PCB,
‘quem não se sente
Não é filho de boa gente’
Não é filho de boa gente’
E sentir era sua repercussão
O infinito e o ínfimo, trágicos ambos,
Como tudo em que não há
solução.
Tinha o raro dom de ouvir as
palavras
O bater de seus corações,
E as colhia puras em suas
lavras
Ato de pura prestidigitação,
Magia de escamotear duras realidades . . .
Sem comentários:
Enviar um comentário