O blog O Olho do Ogre é composto de artigos de opinião sobre economia, política e cidadania, artigos de interesse sobre assuntos diversos com uma visão sociológica, e poesia, posto que a vida se não for cantada, não presta pra nada. O autor. Após algum tempo muitas dessas crônicas passaram a ser publicadas em jornais e revistas portugueses e brasileiros, esporadicamente.
terça-feira, 23 de janeiro de 2018
Feliz Ano Novo de incerteza crescente - Feliz 2018.
Poderá existir um suficientemente louco, é certo, mas mesmo os loucos têm medo da retaliação, da resposta à sua ação inconsequente, e consequentemente não tomam a iniciativa. Nem a besta do Kim Jong-un creio que será capaz, seria necessário um Hitler, um obsessivo-compulsivo fora de si para deflagrar uma guerra nuclear.
Então para que servem essas ogivas todas? Tantos mísseis? Todo este arsenal? Para que? Bem para usar neste planeta é que não é, pois ao fazê-lo a área atingida ficará comprometida por séculos, sem possibilidade de haver vida, as respostas efetivas riscariam os países da face da Terra, e arrasariam populações, ainda que o louco se possa pôr num bunker, não quererá ser regente de um país sem população, não é fato? Por causa disto já passados 70 anos ainda ninguém se atreveu a usar a bomba desse dito clube atômico, do qual fazem parte sócios cada vez mais incômodos, onde os estatutos previam restringir o número de sócios, mas para o qual, com o avanço tecnológico, sempre entram novos sócios, posto que dominar a tecnologia necessária à carteirinha do clube, cada vez é mais fácil, parece que a Asia vai cada vez mais se atemorizando, e é a região mais populosa do globo, mas o fato é que ainda o clube não recebeu como sócio um louco suficientemente louco para arrebentar com a sua relativa 'tranquilidade'.
Mas para que serve então fazer parte do Clube, cujos membros são 9, e as ogivas 14.500? A única utilidade dos mísseis nucleares é para nos defender dos ETs. Os meus amigos abduzidos já sentem comichões, mas não usei a afirmação para reforçar a ideia de uma guerra nas estrelas, tão em moda novamente nas telas, não, foi para marcar uma semântica do impossível, talvez também do absurdo, mas certa e primeiramente do desnecessário.
Esse 2017 que agora terminou, pejado de sua estupidez como todos os anos, (E isso só me faz lembrar o Christmas Carol, grande Dickens, que percepção, como via longe!) mais um ano com suas contradições e absurdos, repito, como todos os outros anos, mas que entre as muitas que se tiram da cartola, e os muitos que aparecem sem ser os coelhos do mágico, posto que a magia, enganosa como todas, é, ademais, trágica, e a deste ano foi a de dois idiotas a frente de arsenais nucleares se desafiando. Coisa demasiado perigosa para ser contemplada sem apreensão, porque afinal sempre os idiotas podem passar das palavras aos atos, porque dos atos, as palavras que os prenunciam estão recheadas de uma inconsequência fecunda que poder-se-á subitamente materializar, nunca é bom pagar para ver. Entretanto toda a diplomacia, toda a sensatez, todos os homens ajuizados que há, nada podem contra um psicopata com poder.
Perguntemo-nos se haverá uma guerra oculta, nem tão silenciosa, pois manifesta-se em alguns gritos esquizofrênicos esporádicos, mas que envolve outros interesses, onde diferentes atores movem-se no palco da desestabilização social e da propaganda, havendo hoje muitos espaços em que se movimentar, desde o ciberespaço, até o da implantação de notícias falsas alarmantes, ou mesmo ataques cibernética às redes e centros de poder causando um ambiente cada vez mais instável, onde devemos incluir a instabilidade econômica, onde subitamente uns países mergulham na perda de valor de seu produto, esse 2017 foram 20% dos países emergentes que foram estrangulados para que outros acumulassem riqueza noutros pontos do planeta, e apesar disso o crescimento econômico está em expansão, e é revisto com maior expansão ainda para 2018, devemos incluir também os terroristas, as guerras e as lutas para não perder, de uns, e para ganhar proeminência, de outros, cuja inevitável consequência é uma escalada na agressividade das confrontações, gerando maiores arsenais, cujos 'líderes' agem como crianças afirmando que seus brinquedos são maiores e mais numerosos que os do vizinho.
Temos portanto que, enquanto os ETs não vêm, já contamos sete décadas de inutilidade atômica, que, infelizmente, mesmo assim vem se multiplicando com capacidade para destruir todo o planeta várias vezes, e, com a crescente participação de variados esquizofrênicos, dando-nos só uma certeza, a incerteza crescente. Mas é sempre tempo para dizer: Feliz 2018. (Pelo seu Janeiro já podemos quase dizer que passamos, falta só uma semana.)
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