sábado, 22 de setembro de 2018

A víbora que ronda.







A crônica do Sr. Pedro Passos Coelho no Observador, a qual, para dar ar mais formal, intitula carta, ao lançar suspeitas e primar por assacar dúvidas contra as duas maiores figuras da República, acusando-os de falta de decência e transparência; e a qualificar de falácia à escolha da nova Procuradora Geral da República, escolha que emergiria de um conluio, segundo a visão distorcida do cronista Passos Coelho, demonstra o inconformismo de ter sido apeado do poder por um, e de ter tido de engolir a fragorosa derrota na oposição que fez ao outro como candidato a Presidência, negando-lhe o apoio de seu partido, o que teve de ser ultrapassado pelo desassombro do Professor, ao ir ao Congresso do PSD para impossibilitar que lançassem candidato (melhor será dizer que houvesse um candidato de centro-direita que contasse com o apoio do PSD) tudo isso ficou contado na crônica que podem encontrar nesse blog com o nome de Marcelo Rebelo de Sousa, a dimensão humana, que escrevi em 22/2/2014, do época em que o Prof. Marcelo entalou Passos Coelho e o fez engolir o enorme batráquio (para Passos) que era a candidatura do "cata-vento", como Passos o chamava então, e a quem tratava por Professor Rebelo de Sousa, para demonstrar seu afastamento. Perdeu, como perdeu seu cargo de PM, guardando acentuado rancor por estas duas derrotas; no artigo de 2014 estão bem claras as hipóteses que se punham, e Passos Coelho não pode fazer mais nada, porque se o fizesse, rachava o partido, e naqueles dias a dimensão humana que então destacava, era apenas uma ante-visão de admirador, mas que via bem já naquela época, porque o Prof. se tornaria no Presidente dos afetos.

O atual líder parlamentar do PSD disse muito bem ao comentar a nomeação da nova PGR, que "a última coisa que nós devemos fazer é lançar suspeitas no momento em que uma nova procuradora inicia funções..." (verbis) o que demonstra a sua consciência da situação, mais correto ainda foi o presidente do PSD, Rui Rio, que mesmo discordando mostrou sua isenção, a única nota destoante foi a crônica do Sr. Pedro Passos Coelho no Observador, que para não estar só, fez-se acompanhar das declarações dètraqué da ex-ministra da justiça.

Se imiscuir nas decisões do Presidente da Republica que nomeia, e do Primeiro Ministro que indica, é,  esse sim, um ato de falácia, falácia e ignominia contra o bom nome de gente de bem como são o Dr. Marcelo Rebelo de Sousa e o Dr. António Costa, acusando-os de conluio. Onde está a trama para prejudicar seja quem for? Onde se pode observar a conspiração? E com qual interesse? Quem viu algum entendimento enganador em nomeação tão válida e bem feita? Resta, evidentemente, o lançar da suspeição para criar a intriga, para disseminar as dúvidas, para envenenar o povo. É inaceitável que alguém que está excluído da política ande rondando com suas maledicências para criar instabilidade a uma governação a que tanto custou dar estabilidade, e cujos méritos maiores são do Presidente da República, que se esfalfou para promover a governabilidade do país, pacificando-o.
Só um ser peçonhento se prestaria a essa tarefa. Um ser que não abandonou suas intenções de poder, e quer lançar o veneno da discórdia na cena política.

E afinal ficou-se a saber quem quis condicionar a decisão do Presidente da República até com notícias falsas nos jornais, sabe-se lá por que meios, em toda uma trama para forçar a recondução da PGR? E irá ficar-se por saber qual a motivação especial de influenciar quanto a um cargo que lida com investigações tão melindrosas? O que quererá acusar? Ou, talvez: O que quer defender ou precaver?

Sem comentários:

Enviar um comentário