Declaração de interesse contrário: NUNCA VOTAREI NO PSD. Discordo de todas as suas ideias e do estilo de sua governação, mas o Dr. Rui Rio é algo novo que merece atenção e reparo.
Agrada-me a frontalidade de Rui Rio. Não que ele não saiba fazer o jogo escondido para continuar a liderar um saco de gatos como o PSD. É necessário todo um jogo invisível e miserável para se manter a liderança de um partido, sobretudo sem o poder, essa flor entorpecente que suaviza todos os ânimos, e aparta todas as contestações internas. Ele tem se esforçado para evidenciar um novo estilo de fazer política, sem aquelas práticas torpes de sempre, sem aquelas mentiras, sem aqueles enormes enganos usuais para manter acesa a chama, tanto do público interno como do esterno ao partido. E ele tem pago um certo efetivo preço por isso. É evidente que tem de contornar e engolir as diatribes dos seus opositores internos, e as fraquezas, erros e inconsequência de seus apoiantes, mas vai se havendo bem.
Escrevo essa crônica como uma profissão de fé ou uma confissão, porque sempre se deve dizer a verdade e fazer coro, quando vê-se alguém a pregar no deserto, esse imenso deserto de homens e ideias que é a política, homens no sentido que meu avô sempre exigiu que eu fosse: Verdadeiro, franco, firme, seguindo uma linha bem traçada, e incorrupto. Será talvez pretender muito da natureza humana, mas há muita gente assim, e eu tenho tido o imenso gosto de privar com muitos, gente que tem acesso a quantias avultadas, a poderes fortes e efetivos, que cuidam de coisas muito importantes, e não se valem dessa condição para nenhum proveito pessoal, e, creio mesmo, que são maioria. O que nos dá esperança no futuro da Humanidade, não muito forte é verdade, porque a ganância, a ambição, o desejo de desfrutar, medram por toda parte, roubando almas e corrompendo consciências, entretanto sempre devemos esperar o melhor. Mas voltemos a Rui Rio.
Esse senhor que eu não conheço de parte alguma, com quem nunca troquei uma palavra, tem se mostrado firme, bem intencionado e verdadeiro na medida do possível, o que já é muito para um político, e um político na luta pelo poder. Temos que admirar e louvar essa atitude, que junto com tudo o mais que se passa em Portugal, e com o excelente Presidente da República que temos, tem gerado um clima onde os cães que ladram e querem derribar a caravana, não consigam eco e força para o efeito, ainda que sempre criem mal-estar aqui e ali.
Digo tudo isso ciente que vivemos um tempo de populistas, e que em Portugal no vazio que se criou, o espaço é para uma direita populista e enganosa, demagógica mesmo, que prometa menos impostos, melhores salários, que prometa ao mesmo tempo todo um leque de soluções impossíveis, porque é assim que conseguirá alcançar o poder. As pessoas desejosas da esperança que se apresenta, não se darão conta da impossibilidade por não haver recursos para realizar seus sonhos. E esta direita está presentemente se organizando, e, certamente não é o PSD de Rui Rio. O que mais me intriga é que certamente o Dr. Rui Rio vê isso, dá-se conta de tudo isso, mas mantém-se em sua meta, querendo dar a política o que ela cada vez quer menos: Verdade e honestidade. Os novos tempos políticos estimam os mentirosos e/ou os salvadores da pátria, e cada vez mais esses se apresentam numa direita extremada, que sabe que é preciso o caos para tomar poder, que é preciso enganar para se assenhorar da cadeira do mando, lembrem Berlim em 1933.
Digo tudo isso ciente que vivemos um tempo de populistas, e que em Portugal no vazio que se criou, o espaço é para uma direita populista e enganosa, demagógica mesmo, que prometa menos impostos, melhores salários, que prometa ao mesmo tempo todo um leque de soluções impossíveis, porque é assim que conseguirá alcançar o poder. As pessoas desejosas da esperança que se apresenta, não se darão conta da impossibilidade por não haver recursos para realizar seus sonhos. E esta direita está presentemente se organizando, e, certamente não é o PSD de Rui Rio. O que mais me intriga é que certamente o Dr. Rui Rio vê isso, dá-se conta de tudo isso, mas mantém-se em sua meta, querendo dar a política o que ela cada vez quer menos: Verdade e honestidade. Os novos tempos políticos estimam os mentirosos e/ou os salvadores da pátria, e cada vez mais esses se apresentam numa direita extremada, que sabe que é preciso o caos para tomar poder, que é preciso enganar para se assenhorar da cadeira do mando, lembrem Berlim em 1933.
O Dr. Rui Rio com sua forma de estar (E mesmo de ser, acredito.) tem revogado esta baixa prática política, se contrapondo com franqueza e verticalidade às tolices esporádicas e desnecessárias que o Costa e sua caravana cometem com uma frequência dispensável. Mas, sabemos que o poder ilude, e cria antolhos, e lá estão eles às quintas-feiras, como cavalos suados após uma sôfrega cavalgada, sentados à beira da mesa do conselho de ministros, muitas vezes a olharem só para seus umbigos, mas, e muito com a ajuda e o peso do PCP e do BE (pesos e contrapesos, nos ensina a política dos EEUU) repito o porém, têm alterado bastante o estado de pressão e opressão que se vivia até bem pouco tempo, criando novas expectativas, e mesmo perspectivas, que penso que é para continuar, e, espero verdadeiramente, que a oposição que exista na nova legislatura, seja limpa e clara como tem sido a do Dr. Rui Rio. Necessitamos de pedagogia e não de demagogia. Esperemos que assim seja!
Sem comentários:
Enviar um comentário