domingo, 2 de dezembro de 2018

Toda a estupidez de Paris.






Têm certamente todo o Direito de protestar. Aliás Paris sempre foi assim, em 1789 terminou de forma muito séria, apearam do poder quem propunham derrubar, e, como rastilho em incêndio inextinguível, nas próximas décadas fez arder meio mundo. Houve muitas outras manifestações importantes, a que agora completou cinquenta anos marcou o século XX. Em 1968 não foi como em 1789, mas sacudiu também meio planeta também, porque a opressão que existia nessas duas datas, como a existência de ditaduras pelo mundo fora, às quais os de Paris se opunham, ainda que indiretamente, representavam um momento mau da humanidade, com injustiças se consolidando em vários países. Penso que nesse final de 2018, não é assim. Vive-se em democracia na quase totalidade dos países europeus e também nos que o ocidente tem influência direta. O sr, Macron, cedo ou tarde não será re-eleito, e tudo mudará. Entretanto esses prejuízos todos, a destruição, o ataque ao patrimônio alheio, a violência, toda esta estupidez é injustificada. E injustificável esse diapasão. Não farão como em outros países que se atiraram nas mão dos maiores enganos eleitorais que se apresentaram durante muito tempo, um outro tipo de estupidez, e bem mais perigosa? No entanto a estupidez francesa, que terá estimulações esdrúxulas de outros enganadores eleitorais que pretendem se beneficiar com a revolta, a insatisfação, o desagrado dos coletes amarelos, obtendo desproporcionada fatia eleitoral ao canalizarem essa insatisfação em seu proveito. Depois, mais tarde, com o tempo os  eleitores tomarão rumos mais sérios outra vez, retomando um rumo profícuo com políticos bem intencionados e com soluções possíveis. Entretanto transitoriamente marcarão sua participação no ambiente da estupidez dos que hoje reagem nas ruas, e, talvez, dêem espaço a esses políticos que radicalizam posições impossíveis de serem adotadas, porque o mundo e a sociedade é mais que essas mesquinharias e despropósitos.

Ou seja essa estupidez tem várias vertentes e várias manifestações, assim como as diversas ocorrências da cegueira que de tempos em tempos aflige aos excluídos ou empurrados à exclusão e miséria na estrutura do edifício social de quando em quando vem à tona, fazendo opções erradas, quando deviam canalizar sua insatisfação para políticas e políticos viáveis. Razões têm eles muitas, Direitos, todos menos um, o de expressarem sua revolta em destruição da propriedade alheia, na agressão ao patrimônio público, em agredir, em ferir, em ofender, em malbaratar.

Paris a ferro e fogo, mais a estupidez governamental que lhes antepõem opositores, as ditas forças da ordem, quando se deixassem a manifestação correr sem forças que se lhe opusessem, penso que se esvaziariam mais cedo.E que filmassem tudo, e com as imagens responsabilizassem aos que cometeram crimes. (Incendiar carros, ferir gente, destruir lojas.) Entretanto a solução política, para quem quiser busca-la, está nesta quarta/quinta revolução industrial, indo encontrar meios inclusivos para estes contingentes humanos cuja remuneração é injusta e insuficiente. As economias têm de promover soluções para todos de forma a poderem se converter em políticas de Estado, e atenderem às aspirações das populações. Tudo o mais é balela, e como os governos e os governantes são mestres em balelas. E esses erros, mentiras, enganos e políticas desajustadas geram toda a estupidez de Paris.

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