O blog O Olho do Ogre é composto de artigos de opinião sobre economia, política e cidadania, artigos de interesse sobre assuntos diversos com uma visão sociológica, e poesia, posto que a vida se não for cantada, não presta pra nada. O autor. Após algum tempo muitas dessas crônicas passaram a ser publicadas em jornais e revistas portugueses e brasileiros, esporadicamente.
sábado, 14 de julho de 2018
Rir de Rui Rio.
Tenho observado que muitos dos seus correligionários, alguns analistas, mesmo boa parte da mídia, negam o reconhecimento merecido ao atual líder social democrata, por suas declarações equilibradas, suas intenções sinceras, sua ação política franca e no superior interesse de Portugal, independentemente das repercussões que possa ter contra a necessária guerrilha política para quem faz oposição, e portanto gozam com as atitudes do líder do PSD. O Dr. Rui Rio, que nunca poderá contar com voto meu, pois só voto na esquerda, mas que sempre poderá contar com minha análise honesta, e até minha admiração a seu modo de agir, sua forma de estar, suas atitudes equilibradas, merece esse reconhecimento, e não só meu, o soberano, o povo, que sabe mais que grupos com interesses particulares, vem apreciando suas atitudes, pois de malucos e sem caráter já andamos todos fartos.
A racionalidade, a franqueza e a honestidade são sinais de dignidade, e o que se quer, é que os políticos sejam dignos, porque os indignos, tendenciosos, politiqueiros apenas, foram em tal número que já cansaram toda gente, para não falarmos dos negocistas, oportunistas e corruptos, que o são por não cuidarem de prezarem o primeiro degrau da conduta, que é manter sua dignidade intacta, usando de racionalidade, de frontalidade, de franqueza, que os caracterize como honestos, e os mantenha na senda do bom proceder, porque ao se revelaram desde sempre claros, transparentes sinceros, não irão enganar depois, não irão criar o terrível hábito de falsearem, de iludem, aparentando uma coisa e fazendo outra, se expondo plenamente e se escondendo totalmente, numa contradição que se note, ou não por ardilosa, mas que só serve a interesses escusos, porque os que assim são, o são por razões falsas, como a justiça vem revelando, e que afinal ficamos a saber todo o mal que perpetraram. E Rui Rio mostrou bem no Porto seu temperamento e suas intenções, apesar de seu trato difícil, e continua agora a mostrar que tem vergonha na cara, o que falta a tantos, que é racional, que ele não se antecipa, movido por ódios ou por interesses políticos e ações de taticismo, indo assumir posições que possam se revelar contra os interesses do país, desde que favoreçam aos interesses partidários, aos interesses políticos do momento. Temos nele um político leal, coisa que incomoda muito aos barões, viscondes e baronetes do PSD, mesmo porque muitos deles sabem que não estarão nas próximas listas, porque são de um PSD que não é o de Rui Rio, que praticam um tipo de política alheia a um verdadeiro social-democrata. (Isso tudo ficou evidente nas suas posições que renegam a estúpida reforma da Justiça da desequilibrada Paula Teixeira da Cruz, ministro da Justiça de Passos Coelho.) E por isso promovem uma guerra surda contra as suas( de Rui Rio) melhores qualidades, porque preferem os trapaceiros e trapalhões, aos contidos e falsos, aos duas caras, as que têm interesses escondidos, mesmo aos absurdos e desonestos, desde que revelem malícia política e falso carisma, essa capacidade tão necessária aos políticos para atraírem eleitorado.
Fiquei feliz por notar que a população está notando essas qualidades do ex-autarca do Porto, que vão lhe reconhecendo as virtudes, e que a direita não ficará entregue a esse ajuntamento esdrúxulo que se chama CDS-PP. Que haverá uma oposição virtuosa, tão necessária ao funcionamento parlamentar. E até que dia virá, quem sabe (?), por razões condicionantes da política, o Dr. Rui Rio será chamado a constituir governo, não com meu voto bem entendido, mas também não para meu desgosto e desespero.
Devo ressaltar que essas risotas, essa oposição surda, parecem mesmo não afetar ao homem, que diz que é sob pressão que funciona melhor, e, oportunamente, lembrar o adágio popular: " Ri melhor quem ri por último."
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