quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

CALA A BOCA CHICÃO!

                                                                MUITO FRAQUINHO! 

O líder dos democratas cristãos é por demais despreparado.  O CDS deu um salto do mais bem preparado, e mais culto líder partidário (Eu detesto a figura, mas reconheço a cultura e o saber do Dr. Paulo Portas.) para o mais despreparado, que não tem noção do que diz, tendo passado por uma fase intermédia com a Dra. Assunção Cristas, que, com sua agressividade, arrebentou o partido. Ainda não tendo voltado a ser, como em tempos, o partido do taxi, por enquanto é o de uma furgoneta, de uma carrinha, mas que está a caminho da auto-destruição. Com o advento de novos partidos, o expectável crescimento destes, e a falta de visibilidade útil, permitam-me a expressão para designar um fator que o eleitor deseja ver na força partidária em que vota, e que o CDS perdeu, com excepção feita a deputada Cecília Meireles na AR, e ao seu deputado europeu, o resto do partido não demonstra pujança, nem força em fazer oposição própria, sem ser a caixa de ressonância do PSD, este partido que tem uma enorme visibilidade útil, não só pelo número de deputados que dispõe, como pela sua própria ritualística partidária.

Assim com a perda de sua razão de ser, porque existir exige causa, nem que seja só aparente, o CDS busca alucinadamente uma explicação para sua existência, e agora recorreu ao PSD, como a querer demonstrar que ao existir como apêndice do grande partido social democrata, num centro agora muito dominado por distintas forças, pretende, por essa via, aparecer neste cenário demasiado disputado. O Dr. Rui Rio com seu desejo de agarrar-se a qualquer oportunidade, anuiu com a pretensão do CDS, acolhendo-o, como no tempo da coligação anterior, mas não coligando-se, uma vez que não sabe o que verdadeiramente poderá acrescentar uma aproximação com os democratas cristãos, o que parece ser nada,  ou quase nada, mas fica bem ao PSD, por enquanto, ser a grande árvore que acolhe outras tendências contra o PS e sua hegemonia nessa era Costa, líder que vai fazendo sua magia de sempre virar as coisas a seu favor, sua principal qualidade política.

No entanto um partido tem que ter uma valência autônoma, uma voz própria para que valha por si mesmo enquanto partido; o mergulho de desaparecimento da Dra. Cristas mostra bem o vazio das meias vozes, ou tem-se força e pujança no meio do vozerio geral, como o Dr. Portas sempre conseguiu ter, ou desiste-se definitivamente. Foi isso que ainda não viu o Dr. Francisco Rodrigues dos Santos, sua total incapacidade em sobressair, por falta de cultura, para conseguir ocupar um lugar que exige muito, muitíssimo pela pequenez de sua representação, e que só poderá vir a crescer se demonstrar brilho e pujança, fatores que exigem além de cultura ao líder, exige também uma forma especial que o faça se destacar, (assim o Dr. Portas criou a legenda da sua mordacidade, começando nas páginas do Independente, e terminando em batizar a geringonça na sua saída da AR, revelando sempre uma presença forte, quase incontornável no cenário político português, o que deu vida a seu partido. Hoje, moribundo, o CDS vê que necessita urgentemente arrepiar caminho para que se destaque no ainda mais multi-facetado cenário da AR, e vê que para isso necessita de um líder pujante (Haverá?), porque o arremedo que lhe saiu de sua juventude, não dispõe dos instrumentos necessários a dar a visibilidade necessária para navegar nas águas tão turvas da política, com maior turbidez ocasionada pela atual multiplicidade de partidos.

A continuar a dizer as coisas inconsistentes e disparatadas que disse em suas últimas declarações sobre a pandemia, irá rapidamente acabar de enterrar o CDS, que num ressonante e reverberante grito lhe irá dizer: CALA A BOCA CHICÃO!

 

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