terça-feira, 5 de janeiro de 2021

JOÃO CUTILEIRO.



                                                                                                 26/6/1937 - 5/1/2021


Pelo em ovo...


Aquele vigor operário

Aquela criatividade infinda

Mesmo octagenário

Trabalhava ainda


A intimidade da pedra

O suor de pó

Ultrapassar a glabra

Desatar o nó


Quebra a cabeça sem quebra

Esventrada e desmesurada fibra

Sob seu olhar maroto


Alegria erótica de garoto

Tanto destro como canhoto

Irreverente escultor da pedra.



Deixo-te para sempre este soneto. Vou sentir muita saudade em ir a Évora para aquela charla boa, intensa, ver as tuas pentelhudas, e voltar com o carro carregado de sua pedra, boa pedra para enfeitar a casa de tanta gente. Evoé João!!!






  

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