quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

S(a)oltou-lhe a mola.

 

O governo quis ser simpático, e isso vai custar vidas.

Disse bem a Ordem dos Médicos: "O vírus não tem Natal." Aliviar medidas contra um guerreiro furioso é um risco muito grande, quanto mais em época de ajuntamentos. (Já escrevi no artigo Ajuntamentos de jumentos bem o que isso significa.) Abre-se uma caixa de Pandora. Não gosto de ser arauto de más notícias, mas é necessário!

As medidas para o Natal e Ano novo em Portugal são um grande equívoco, e essa simpatia governamental vai custar caro! Custará vidas, custará boa saúde, custará tempo de efetiva ação na guerra que estamos travando, vai custar aos cofre do Estado, custará emocionalmente aos portugueses, e vai custar a economia do país. Mas é simpático abrandar as medidas no Natal. Temos que relembrar Sócrates que nos chegou através da pena de Platão, quando afirmava. "A sinceridade mata." A sinceridade, que para mim é sempre preferível, mata as esperanças, o bom relacionamento, a empatia entre aquele que é sincero e o ouvinte que preferiria que ele não fosse tão direto e sincero. Assim, politicamente pensando, António Costa preferiu aliviar as medidas no Natal. Todos iremos pagar o preço deste alívio.

Porque ao soltar a pressão sobre a mola que está a conter os números pandémicos, se está fazendo adoecer muita gente, se está gerando problemas, inclusive económicos a médio prazo, e se estará matando gente. Para que alguém opte por soltar a mola, é necessário que antes lhe tenha saltado a mola. Mas falta de bom critério é o que mais há por toda parte.


P.S. : Demorei três dias refletindo se publicava esse artigo, e cheguei a conclusão que era meu dever publica-lo. Perdoem-me os que discordarem.  

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