quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

"Su di me." - A guerra surda 3.




A capacidade de falar sem dizer nada, tão importante para os diplomatas e políticos em situações adversas, porque não pode calar-se, como não pode comprometer-se dizendo algo mais concreto, sendo contra ou a favor em determinado tema controverso. Capacidade que tem o clero máxime, pois que são treinados a vida toda para isto, e, entre seus membros, essa habilidade é maior no topo da hierarquia, e, como expectável, é maior em seu pontífice máximo, o Papa.

Essa forma de estar cai mal, porque as pessoas sempre esperam sinceridade e verdade absoluta de seus líderes, e, quando esta cede lugar a mistificação e ao engodo, à cortina de fumo para encobrir verdades funestas, e incômodas, fica tudo sob a égide da mistificação. E o que se esconde, ou mistifica, acaba por revelar-se miserável, desgraçado. E  nenhum desses adjetivos podem servir aos papas, por isso eles raramente ou nunca se manifestam sobre essas questões incômodas. Porque em manifestar-se sem dizer nada, o que também acontece, mas raras vezes, ficavam muito desacreditados, por isso calam-se.

Francisco não é desses. Francisco diz tudo muito claramente, não foge às questões, enfrenta-as. Francisco trouxe a Igreja para uma luz que, por fim, a poderá salvar. Muitos dirão que ao revelar essas verdades malditas promove a ruína da Igreja, outros dirão que Francisco é um incongruente, que se atira a questões que deveria passar ao largo. Eu, que não sendo católico apostólico, amo Francisco na figura do homem Bergólio, verdadeiro, honesto, sincero, sou obrigado a vir a campo defender-lo, e para isso lembro duas verdades, 1 - uma que é uma antiga máxima de um papa, e que o povo adotou: 'Quem cala, consente.' (De Bonifácio VIII numa de suas decretais, que lhe custaram a vida.) E que deve ser completada com a ideia de que calar é se omitir, e omissão é conivência. 2 -Esta, com toda sua carga mística  espiritual, é dos maiores ensinamentos que nos deixou Jesus: 'E conhecereis a verdade, e a verdade Vos libertará.' (João 8:32.) O Jesuíta Francisco não pode deixar de ter presente, nenhuma dessas duas máximas, nenhum dos dois ensinamentos.

Enganam-se, como se enganou Theodor Edgard McCarrick, cardeal da capital dos EUA, que acreditou ser intocável debaixo da túnica sanguínea e do barrete púrpura, símbolos do sangue que deveriam estar dispostos a derramar na defesa da Igreja. Francisco não se assustou com as repercussões na media, com o grande poder do Cardeal Americano, com a riqueza que controla ou com sua influência em Washington, capital do poder, e o expulsou do clero, o ex-cardeal não é mais membro da Igreja, agora é laico. Francisco não brinca em serviço. E ao referir que as decisões têm de ser tomadas como norma no seio da Igreja, está dizendo as implicações a quem desobedecer, está indicando que estão todos comprometidos. Mc Carrick havia violado o sexto mandamento, e pecara contra a castidade, ao abusar sexualmente de menores. Que perdão podia esperar? Só uma Igreja torpe e temerosa recuaria na punição. Mas essa tinha sido a face da Igreja, covarde e fujona, sempre a ocultar, até Francisco. Uma Igreja que encobria, que ocultava a perversão de seus membros para parecer honesta, imaculada. A Igreja, vários Papas a declararam, é, além de divina, obra terrena, portanto imperfeita, e, como tal deve ser apresentada ao mundo, como sendo do mundo, como é. Agora não irá admitir mais uma reação defensiva de encobrimento, numa suposta defesa da instituição. Isso acabou!

Francisco não está para meias medidas, e vai reformar a Igreja, a vai transformar num ambiente sadio, de tal ordem que eu até serei capaz de passar a frequentá-la. Esse Papa sabe que a igreja está conspurcada (Veja o que refere no terceiro ponto.) e que tem de atuar, não há depois, é agora! Ave Franciscus. Apesar dessa cimeira ser só um divisor de águas, pois os princípios já estavam todos lá, eram todos conhecidos, é muito importante a demonstração de intolerância com os abusadores, porque as altas figuras da igreja, quando não são ladrões, são pederastas, quando não são ladrões nem pederastas, são pedófilos, e também os há que sejam as três coisas, como há os que não são nenhuma das três, mas essa convivência, e antiga impunidade, onde só a sua simples existência é em si um descrédito para a Igreja, é intolerável. Vamos aos oito pontos que Francisco fez aprovar e que os quer ver cumpridos já. Instam por medidas concretas e eficazes. Essa conversa mole de transformação lenta, de condescendência, de esperar um pouco mais ainda, acabou!

"Clareza e purificação." Diz o editorial do Le Figaro.
"Papa conclama a batalha total conta abusos" Diz o editorial do NY Times.
"Papa conclama fim do encobrimento" The Washington Post.
"Praga monstruosa, injustificável na Igreja" Corriere della sera.
"Não há mais escusas." CNS.
"Papa conclama todos a batalha." Frankfurter Allgemeine Zeitung.
"Papa avisa abusadores da ira de Deus." CRUX.
"Papa compara abusos de crianças a sacrifícios humanos" The Times - London.

AS OITO LINHAS DE AÇÃO DE FRANCISCO CONTRA O ABUSO SEXUAL DE MENORES:

1. A proteção das crianças. Onde diz: "Prioridade as vítimas em todos os sentidos."
2. Seriedade impecável. Onde diz: "Entregar a Justiça toda pessoa que tenha cometido tais delitos."
3. Uma verdadeira purificação. Diz: "A santidade do pastor é um Direito do povo de Deus."
4. A formação. Diz: "Seleção e formação aos candidatos ao sacerdócio."
5. Reforçar e verificar as diretrizes das Conferências Episcopais. Diz aos bispos: "Aplicar normas e não apenas diretrizes."
6. Acompanhar as pessoas que sofrem abusos. Diz: "É dever da Igreja."
7. O mundo digital. Diz: "Todos os cristãos devem estar atentos."
8. O Turismo sexual. Diz: "Perseguir legalmente os criminosos."

Falar é fácil. Dizem muitos dos que não acreditam que a Igreja irá mudar, tem sido assim desde as orgias do Papa Medici e de todos os seus bispos, e, como todos sabemos, que fazer é imensamente mais difícil, mas ninguém acreditava que o banco do Vaticano conseguiria acabar com a lavagem de dinheiro lá instalada, todavia parece que acabou. Francisco está decidido, e não é nada ingênuo para não saber da enorme tarefa que tem pela frente, numa Igreja corrupta e acostumada a essas perversões desde há muito tempo, mas a lenta e persistente obstinação de Francisco também tem demonstrado sua eficácia, só devemos orar para que ele tenha tempo de concluir sua obra.





terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

JÁ COMEÇOU 3.

Sem maioria, com um excessivo número de partidos no Congresso, todas as leis são compradas com favores políticos, desde distribuição de cargos públicos, até vantagens pecuniárias. Bolsonaro faz o mesmo. Não porque seja corrupto, isso é outra coisa, é porque em Brasília não tem outro jeito.

JÁ COMEÇOU 2.

A CORRUPÇÃO SEGUE FIRME.

O povo diz de uma maneira sábia, mudam as moscas mas a bosta é a mesma.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

"Su di me" a guerra surda 2: Francisco no fio da navalha.






Que ninguém se iluda: em tudo há um jogo de poder, e se no confronto das forças em jogo, um lado titubeia, não deixará de ser esmagado pelo outro. Mesmo os mais poderosos estão expostos a este critério, porque seu poder, seja qual for, advém de um grupo que o sustém, mesmo que essa sustentação seja parcial, ou ilusória. A existência do grupo a que este se pôs à cabeça, é o que o torna poderoso. Assim o partido determina o Primeiro-Ministro ou Presidente, a nobreza ao  Rei, como o concílio o Papa. Francisco não é ingênuo,  e sabe que se está vivo, e assim se mantém, é porque de imediato ganhou a repercussão que impediu que fizessem a ele o mesmo que fizeram ao Cardeal Luciani já com as sandálias de Pedro. Ou o que fizeram a Ratzinger, que levou-o a renunciar. Há uma guerra na Igreja, não se dão conta? É evidentemente surda porque, se ouvíssemos seus gritos excruciantes, a igreja desmoronaria. E o fio da navalha de Francisco é a habilidade entre manter o silêncio e deixar se ouvir e saber o quanto seja necessário para ter apoio popular e repercussão fora dos muri vaticani, para que não o possam matar.

Hoje 21 de Fevereiro, há menos de três semanas de completar seis anos que Francisco mantém essa guerra para higienizar a Igreja, para repor os valores abastardados por essa gente que o odeia, que havia transformado a Igreja novamente num antro de sexo abusivo, numa grande lavanderia de dinheiro, e num feudo de poderosos das dioceses ricas, e que vivem vidas de luxo e riqueza, construindo castelos, possuindo coleções fabulosas, carros, viagens, locais para desfrutar a todos os níveis. Francisco tem sido imparável. Mas o mastodonte apóstólico e pesadíssimo e monstruoso para ser reformado em apenas seis anos. Francisco não desiste, e, nesse 21/2 começou uma guerra contra outro dos terríveis interesses instalados, o do abuso de menores. É que aos poderosos, aos príncipes e milionários, não lhes basta o desfrutar das riquezas, dos luxos, dos prazeres mundanos, querem ainda as perversões. Sexo com criancinhas, abusos não consentidos, sabe-se lá mais o que.

Nada disse antes de começar porque sabia que Francisco, inteligente e esperto como é, tinha um trunfo guardado na manga, à espera de poder usar para coagir os delituosos, que são muitos, Como fazer?

Mesmo antes de começar, encontrou uma barreira numa carta enviada aos eclesiásticos por seu maior opositor, o cardeal americano Raymond Burke, ultra-retrógrado à cabeça da Igreja dos EUA, onde há maior perversão, e maior atraso sociológico e social nos estamentos da Igreja. Burke, essa poderosa besta fera, divulgou a tal carta, poucas horas antes de começar a reunião de hoje para tratar dos abusos sexuais de menores, denunciando uma falsa agenda homossexual que teria Francisco, outro assunto muito forte dentro da igreja, mas que nada tem a ver com os abusos de menores, criando assim uma tensão deslocada, mais ampla e falsa, para opor uma resistência ao assunto que Francisco realmente pretende tratar, promovendo desta maneira uma muralha para desgastar Francisco, a quem quer ver morto, como Luciani, deposto, como Ratzinger, entalado como Wojtila, ou exilado como Salles. Isto já estava em todos os jornais antes mesmo do Papa poder reunir o clero, antes da reunião começar: O cardeal americano Raymond Burke não esconde o quanto detesta o Papa Francisco: gostava de o ver resignar, duvida da sua capacidade teológica e, agora, ataca uma suposta "agenda homossexual", para melhor pôr em causa o pontificado de Francisco.
Numa carta divulgada a menos de 48 horas do início do encontro, que nesta quinta-feira se inicia no Vaticano e que o Papa convocou para discutir os abusos sexuais de menores por padres, religiosos, bispos e cardeais, o americano Raymond Burke e o cardeal alemão Walter Brandmüller voltaram a atacar o bispo de Roma, dirigindo-se aos seus "irmãos, presidentes das conferências episcopais". O pretexto é só um: a abertura de Francisco em questões sexuais e morais que estes dois cardeais ultraconservadores abominam. >>DN de hoje 21/2/19
Eu já havia denunciado isso há uma ano, quando Burke agiu através de Vigano: >>> A última foi a carta aberta desse cretino do Núncio Carlo Maria Vigano, um instrumento do principal opositor do Papa, o mafioso cardeal Burke, a acusar Francisco, propondo-lhe que renunciasse. Isso vem provar que eles entraram em desespero, que nada podem contra Francisco. Não podem mata-lo, porque era o fim da Igreja, com o envolvimento do governo de Itália para apurar sua morte, pondo fim a independência do Vaticano, e quem sabe lá com que repercussões em todo mundo. Não podem cala-lo, porque nada o intimida, já tentaram todos os expedientes. Não podem envolve-lo em nada de errado, do passado, porque não encontram; ou nopresente, quando também já tentaram de tudo, e nada conseguiram. Pensaram então, agora, compromete-lo, tornando pública a guerra surda e muda que até então operavam, dizendo-o comprometido com McCarrick, o cardeal norte-americano envolvido com pedofilia, e abusos sexuais, que atribuem ter pedido a renúncia há 5 anos e que só agora Francisco aceitou, ou que Francisco tinha sido alertado e nada fez. Nem uma coisa, nem outra, só mais uma intriga. Na verdade Francisco esperou ver apuradas e confirmadas todas as acusações contra McCarrick, expondo vários outros envolvidos, e, sem precisar de usar de seu poder, viu McCarrick renunciar a sua posição de príncipe (cardeal) o que nunca havia se passado na história da Igreja em dois mil anos. Dessa forma Francisco conseguiu deixar marcas profundas de ensinamento, deixar patente que tudo será sempre apurado até às últimas consequências, doa a quem doer, e não precisou cortar nenhuma cabeça.

A reação do grupo de Raymond Burke, o mais retrógrado grupo dentro da Igreja, que envolvido com a máfia do dinheiro do Banco Vaticano, e com os interesses mais inconfessáveis da Cúria, vem agora revelar seu desespero por nada poder contra Francisco,  servindo esse pedido de que o Papa renuncie, como um ato que prova que perderam toda a paciência, e toda a esperança em derrotar, ou parar Francisco, e que eles por fim se considerem derrotados. Temos portanto agora é que orarmos ainda com mais força para que não recorram a nenhuma medida desesperada, e que possam esperar pelas suas morte quietinhos, vendo Francisco completar sua tarefa de salvação na limpeza total dos males da Igreja que governa. <<<

Desta vez o ataque de Burke foi acolitado por outro cardeal de uma igreja milionária, a alemã, na pessoa de Walter Brandmuller. PORÉM FRANCISCO PRECAVIDO E CIENTE DO ALBOROTO QUE VIRÍA, INFALÍVEL, havia já preparado 21 medidas para propor antes que desviassem o motivo e a razão da cimeira - abuso sexual de menores - repito, e assim as terão de discutir, e aprovar, estou em crer ...  NÃO SE ESQUEÇAM QUE O PAPA É INFALÍVEL! Ave Franciscus!

Que Deus possa dar saúde a Francisco para que ele termine sua obra. Agora uma coisa é certa, o próximo Papa que vier, depois de toda a faxina (incompleta ainda, é verdade) não poderá permitir o acúmulo de lixo tradicional de séculos no seio da católica, apostólica, santa madre Igreja. Tanta hipocrisia junta!!! Sempre Francisco será um divisor de águas, mas há muito que fazer. Su di te Francisco. Deus o abençoe.















quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Carlos Costa : Da fungibilidade do caráter.








O caráter do Sr. Carlos Costa é fungível, e já cansou o país com suas explicações técnicas, e mais ainda tecnocráticas, e tudo o que fez e que não devia ter feito, que sempre explica pelos detalhes técnicos, que talvez o livrem da cadeia, e pelo que não fez e deveria ter feito, que certamente não o porá na cadeia, ainda que eu creia que omissão é conivência, mas tecnicamente se livrará, talvez. Sempre se defende muito bem, tem excelente previsão do perigo, mas tem imensa imprevisibilidade ao exercício do necessário, para ater-se à possibilidade do previsível, do aceitável, ou, se preferirem, a previsibilidade do possível, ou seja no limite de toda a previsibilidade arguível (nos tribunais é claro) ou seja, no estrito senso da letra da lei, sem tirar nem pôr. A fiabilidade, a visão de futuro, o conjunto da economia, isso é secundário, desde que se cumpra a lei. Ruinoso, pequenino, mesquinho. Participou da festa sem se comprometer com os festejos. Assim conseguiu seu monte no Alentejo e conseguirá sua reforma de luxo. Mestre das desculpas! Grande oximoro! Máxime sofista. Hábil em paroxismos! No caso da CGD ele não esteve lá, estava lá, mas era para fazer número, não se lhe podem imputar nenhuma responsabilidade, ora essa! Uma verdadeira enguia, mais que a fuinha, de que já o alcunhei. O rombo em que tem parte ativa ou passiva, logo se verá, para além de qualquer culpa ou condenação, é uma catástrofe da qual a economia portuguesa nunca se recuperará. Éo responsável direto pela extinção dos bancos com capitais portugueses, por sua má supervisão, e são 3 ou 4, entendem???

É como eu já disse uma fuinha, que sempre está apegado a um detalhe, a uma variante, a uma vírgula, tudo o que será sempre uma exclusão, e como sabe-se o diabo está nos detalhes, e o sr. Carlos Costa é um cultor do diabo nesse sentido. E esse seu procedimento constante que lhe foi abrindo portas, o foi fazendo ser aceito, por estar sempre vinculado ao detalhe, ao acessório,  que certamente agrada muito aos poderosos e aos políticos, porém, do ponto de vista prudencial, causa asco ao cidadão normal, por isso, em outra crônica, o caracterizei como asqueroso. É o homem da pequena objeção, do circunlóquio, atido e prisioneiro do que está ou não em causa, e que nega sempre: "Não, não, não, não!" que renega o fundamental para se ater ao acessório, estes detalhes que sempre o podem salvar, que sempre é uma maneira de  dar a volta, que tem sempre uma segunda intenção, que foge sempre do cerne da questão, uma verdadeira imparidade humana, estando em imparidade com o que é primordial, tendo suas intenções sempre sub-avaliadas (exceto por Mariana Mortágua), posto que trabalha com margens e à margem, a margem do essencial que para um homem nas suas funções é defender o patrimônio de todos os portugueses, sempre jogando como tempo, esperando pelo depois, por uma reestruturação futura, que talvez haverá, como se seu caráter fosse um investimento num título que deverá dar lucros, desde que haja uma garantia, ainda que falsa, está  tudo precavido, mesmo sendo uma empresa fantasma a emitente do título em questão. Não importa, não faz mal. A fiabilidade está na garantia, e pronto, ninguém lhe pode acusar de nada, ainda que fosse culpado de tudo. Sempre agindo nas fímbrias da lei, no detalhe, nunca indo ao âmago das questões, escudado na ética dos outros, nas comissões que por essa regra se formam, destarte, nunca na frontalidade de uma ação fidedigna, sempre na zona de sombra, na obscuridade de um mundo, que, como ele deve saber muito bem, é um mundo de alma negra, mais do que sombria, onde fugir aos holofotes é sempre boa política, e excelente defesa num universo de corruptos e corruptores, da enorme miséria que geram para milhões, mas onde tudo é muito higiênico, resolvido em grandes reuniões e mesas de decisões muito ilustres, com máscaras e obliterações, as sombras, onde cada corrrupto não é um ser humano, aquele ladrão ali de casaca, não, não, é algo bem mais imaterial e pouco explícito, por isso menos atingível ou condenável, um takeover, uma ator, um paciente, um agente, uma personalidade sem alma, talvez seja esse o fator central do sr. Carlos Costa, esse de não ter alma, e uso a palavra aqui no seu sentido de ânimo, aquilo que impulsiona as pessoas com caráter a agir, e agir firmemente, mesmo que isto lhes custe inimizades, os postos de trabalho e os salários privilegiados que recebam. O que não poderão evitar são as contrações involuntárias nos músculos faciais de uma cara retorta, que expressa como vitrine a infungibilidade do caráter primordial, que afinal, não é substituível, porque, afinal, os caracteres são concêntricos, e "não, não, não" - não podemos fugir a isto.

Poderemos dizer que o sr. Carlos Costa com sua omissão, com seu detalhismo, com sua tibiez, com sua falta de decisão, com altíssimo rácio de inoperacionalidade, pode até não ser culpado de nada, mas é abjeto. E ele, e isso tudo, mete-me nojo.

sábado, 16 de fevereiro de 2019

O dia de 29 horas: Escolheram, deviam estar felizes...






<<As conclusões do estudo “As mulheres em Portugal, hoje” traçam um quadro não muito animador da realidade: de um modo geral, as portuguesas afirmam estar quase sempre cansadas, com excesso de tarefas domésticas e sem tempo para a vida pessoal. Pior ainda: uma em cada dez admite tomar diariamente medicamentos para a ansiedade, para os distúrbios do sono ou antidepressivos. >>(Expresso 12/2/18)

A realidade foi de 8 a 80. As mulher que não trabalhavam, que eram dependentes do pai, e depois dos maridos, deram o salto para o mercado. O que gerou isso, agora que entramos no último lustro para completarmos quatro décadas que a Dra. Betty Friedman publicou o seu Feminine Mystique? 1º Super oferta de mão de obra com a consequente diminuição dos salários de todos. 2º Os valores pagos não eram mais os necessários para sustentar uma família, já que haviam pelo menos dois salários agora a entrar agora na economia doméstica, além do dele, o dela. 3º Como as mulheres mantinham as casas (a higiene, a alimentação, a ordem, os filhos, etcetera) criaram a dupla jornada de trabalho para si mesmas. 4º Com a pressão sobre o mercado, como eram as novas a entrarem nesse meio, tinham (como ainda têm) salários mais baixos (os aceitavam para conseguirem os empregos). 5º São sempre excluídas porque como geram, e essa função demanda tempo e recursos, são sempre vistas como inconvenientes. =>Tudo evoluiu de maneira a que seria necessário um dia de 29 horas para poderem fazer tudo o que fazem, é o supremo desequilíbrio. >>> Bem a lista poderia continuar, mas já temos o suficiente para que me alcunhem de preconceituoso e misógeno.

Eu vivi tudo isso desde que começou. Pois foi na segunda metade do século XX que essa história começou mais generalizada e intensamente. Como nos lembra Rebecca Traister em seu livro sobre o assunto, foi o poder da raiva feminina que mudou isso tudo (a raiva da exclusão, de serem excluídas). Em busca de uma suposta independência criaram esse mundo com milhões e milhões de trabalhadores com baixos salários, em virtude da super-oferta de mão de obra ocasionada com a massiva presença feminina no mercado. Abdicaram do privilégio de serem sustentadas para trabalharem duro. Lançaram as crianças (os filhos) na solidão, ou na mão de terceiros. Optaram por trabalhar mais, optaram por ganhar menos, optaram por mudar radicalmente as relações sociais existentes, criando uma nova gramática para as relações humanas (as conjugais incluídas) e isso teve como consequência logo, entre outras, as seguintes resultantes:
                                             1. Casarem-se cada vez mais velhas, numa franca desarmonia com a realidade biológica que põe a mulher madura para "casar" aos 14 anos (em média).
                                             2. Começarem a prática do sexo muito mais tarde agora, porque têm outras prioridades que atender.
                                              3. Terem maior formação porque sendo sempre as protegidas dos pais, têm melhores condições de se educarem e graduarem.
                                             4. Têm cada vez menos tempo livre para viverem as outras facetas da vida, que se foram desintegrando como as de presença diária (passeios, leituras, distrações lúdicas, teatro, cinema, viagens, sexo, etcetera) e as de periodicidade mais longa (férias, filhos em maior número, continuarem os estudos depois de casadas e mães, etcetera)  
                                            5. Como têm estatuto igual aos dos homens que, contudo, não participam na dupla jornada (os trabalhos domésticos) cabe a elas entrarem com o dinheiro, o trabalho, a maternidade, o cuidar dos filhos, o trabalho extra, cuidar das casas, etcetera, etcetera. Entretanto isso tudo nos faz refletir: Porque será que pagam este preço altíssimo, sem haver uma debandada para o estatuto anterior, o de sustentadas?

>>>Bem, essa lista de inconveniências poderia continuar, mas acho que já angariei suficientes inimigas, que irão aumentar em número com o reparo que a seguir vou fazer: Que escolha mais burra! 

Por outro lado os avanços das diversas  ciências, artes, técnicas e tecnologias, abriram-lhes imensos espaços, desde poderem controlar a possibilidade de procriar sem nenhuma inibição de sua atividade sexual, com a pílula anticoncepcional, até não terem mais que lavar os pratos, e  realizarem outra grande quantidade de tarefas, com as máquinas de lavar, e, passando por uma infinidade de outras 'maravilhas' que geraram tempo e conforto, simplificando-lhes as vidas, mas não as libertando. Já que com esse novo tempo então disponível, passaram a trabalhar ainda mais. E buscaram standards (padrões de vida) mais altos e mais exigentes.
Volto a me questionar: Porque será que pagam este preço altíssimo, sem haver uma debandada para o estatuto anterior, o de sustentadas?

                                                         Dá que pensar! Não é? E a essa  reflexão a que vos convido, já que evidencia que, certamente, haverá valores muito estimáveis para que tudo seja assim como é agora, e, como conclusão, teremos de obter uma resultante, uma e só uma razão central . Elas não estão felizes, estão exaustas, carentes de atenção e sexo, sem ter descanso, ou maior alegria. O que lhes motiva manterem-se nesse sucesso? Penso que há duas ordens de razão, uma de ordem real, e outra de ordem emocional, sendo mais imperiosa a segunda, pois vemos todos os dias as mulheres abrirem mão de uma série de regalias e vantagens, em muitas circunstâncias e ocasiões, para atenderem ao chamamento de seus sentimentos, de suas emoções. Façamos uma análise rápida:

a- Em qualquer atividade os homens praticam-na com uma superficialidade que não têm as mulheres, elas são muito mais empenhadas, comprometidas, e com o tempo atingiram graus de destreza e capacidades sobre-humanas. Vejamos que um homem para pôr um lençol numa cama expende quase o triplo das calorias que uma mulher (Um exemplo somático comprovável.). Com o tempo elas adquiriram capacidades fabulosas, que não são valorizadas, incluam-se as de liderança no trabalho e as do desempenho de tarefas profissionais. Se eu tivesse uma grande empresa só contratava mulheres.

b- A maleabilidade psico-emocional (aquela capacidade que inclui o que os ingleses chamam de cunning) eleva-as a um patamar de gerência de situações que nunca os homens atingirão.

c- A flexibilidade em desempenharem tarefas absolutamente diferentes em sucessão de desempenho, bem como de passarem de uma às outras sem necessidade de intervalos, habilitam-nas superiormente em relação aos homens, inclusive para a guerra.

d- Essa flexibilidade (física e mental) habilita-as também para a simultaneidade e seletividade em patamares muito mais elevados que o dos homens.

e- O envelhecimento mais lento, as predispõem à manutenção de capacidades e habilidades que se desqualificam nos homens muito mais precocemente.

f- A capacidade de percepção interior, comparada com às fracas capacidades de interiorização masculinas, e mais ainda as expressões exógenas de seu desenvolvimento intelectual e espiritual, como suas diferentes sensibilidades, criam fossos intransponíveis entre os dois gêneros, e cada vez mais a habilitação do feminino para tudo nesse mundo, e a desabilitação do masculino, ficando sempre e cada vez mais para traz.

 Há muitos outros fatores a realçar, mas já vai longo o artigo. [Penso que com essa meia dúzia de pontos, assim frontalmente colocados, já devem-me ter arranjados inimigos do meu sexo que cheguem.]

Então voltemos à questão que é o cerne disso tudo, referenciada no título do artigo: A infelicidade feminina no mundo que re-escreveram a seu talante. Questão que foi colocada por mim nos termos desta pergunta que repito: Porque será que pagam este preço altíssimo, sem haver uma debandada para o estatuto anterior, o de sustentadas? (Ainda que a pesquisa deixe claro que entre 20 e 25% preferiria ser sustentada, será mesmo assim?)

O fato é que estão dispostas (não todas, mas a esmagadora maioria delas) a pagar, seja que preço for, por uma condição pela qual lutaram toda sua existência, condição que uma vez conquistada tornou-se vital, como o ar que respiram, como o alimento que ingerem, e não irão abdicar dela por nada, mesmo que isso represente todo o conforto e prazer que possam desejar, já que essa condição que lhes foi tolhida e cerceada por milênios lhes é o mais importante em suas vidas, esta condição vital que chama-se: livre-arbítrio. 


                               









sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Essa gente do CDS é mesmo besta.






                                                                                                                   




Nam satis iniquum censorious.

Diziam os antigos romanos: " Nam satis iniquum censorious" porque entendiam que o que não é suficientemente injusto é iníquo. Ou seja é injusto por si mesmo, é malévolo, é um mal julgamento. O que equivale a dizer que qualquer atitude vazia é censurável. A injustiça para ser censurada deve ser mesmo fortemente injusta. (Como sabemos a justiça reside no meio, e sempre pode ser um pouco injusta para as extremas.)Assim essas proposições de moções de censura que dão em nada, são fumaça estúpida apenas, um expediente vazio, logo: uma besteira.

Conflictive.

São conflituosos pelo gosto do conflito. Crêem que fazer oposição é negar tudo pelo esforço da negação, sem uma atividade construtiva (Como a que o Presidente do PSD vem tentando introduzir na política.). Beirando a máxima do anarquista espanhol, chegado a uma terra estranha : " Hay gobierno acá? Soy contra!" Ou seja são conflituosos e discordantes por princípio, sem consistência, sem fundamentos, logo, mais uma besteira, o conflito pelo conflito.

Fuerint infelices.

Para lá do mau perder, da improbidade, da rancor e da raiva, esse é outro princípio dos do CDS, uma insatisfação permanente com tudo e contra tudo, só quando estão no poder a atender os pleitos dos amigos (Como no caso do genro do Cavaco.) é que estão bem, em outra qualquer função (A digna função fiscalizadora da oposição, como a que desempenha com dignidade o Dr. Rui Rio.) não serve, só o poder lhes serve. Entre esses disparates da insatisfação permanente, encontra-se o de se oporem em Bruxelas a que se possa, com uma maioria qualificada, (Sem necessidade de unanimidade, como é até agora.) alterar-se a legislação europeia. O pleito da manutenção do direito de veto de todos os países membros é o maior óbice a construção verdadeira de uma Europa una. E o CDS que em teoria defende uma Europa una, na prática se opõe, porque esta é proposta do PS. Mais uma besteira.


Inter se vicem desperatis.

Assim postulam e ocupam esse lugar de desespero, de oposição pela oposição, esse vazio existencial que bem pode dispensar a formação desse partido, que só proclama uma contestação por fé de ofício em se opor. Poderá haver maior inutilidade, maior incongruência, digamos claramente: MAIOR BESTEIRA? São mesmo bestas.

TODA A EMERGÊNCIA DE UM MURO.





Ou de uma cerca, melhor dizendo.

                            Pois só lhe foi autorizada uma cerca, e nisso, na insistência nessa insignificância, se resume a administração Trump, esse imenso vazio de ideias e ações de um homem sem alma, sim sem ALMA, porque até agora essa criatura não expressou nada daquilo que compõem os atributos formadores da alma humana. Na política e sociologia, ideologia. Na formação, no entendimento e atributos, cultura. Nas relações humanas, boa vontade, como a expressava Jesus Cristo.


Esse homem que, graças a ação russa de Putin, atingiu o poder num momento equivocado dos eleitores americanos, que não é democrata nem republicano, não é nada, em que os descontentes votaram, muito instigados pela tibiez da administração Obama, essa grande desilusão, num equívoco conjuntural bem aproveitado por uma máquina de propaganda. O sr. Trump efetivamente NÃO TEM IDEOLOGIA. NÃO TEM CULTURA. E NÃO TEM BOA VONTADE. LOGO NÃO TEM ALMA! A alma, essa manifestação íntima e exclusiva de cada um de nós, essa habilitação para além do animalesco, do óbvio, do maquinal. O que se sabe do sr.Trump? Dinheiro, sexo, and You're fired, exercício ostentoso do poder, que num cúmulo de vaidade desejou, e conseguiu, a Casa Branca.  Tudo muito planejado, tudo muito preparado, o que nos leva a agenda escondida dessa criatura, que atende aos mais inconfessáveis interesses. Mas isso é outro assunto, voltemos ao muro, ou cerca, melhor dizendo.


Quando falo disso vem-me sempre a lembrança a música dos Pink Floyd, em que nesse caso não haverá another brick, porque o muro é uma cerca, mais a imagem de mais um tijolo no muro, ou seja mais um obstáculo em nossas vidas é pertinente. Se considerarmos o planeta como aquilo que ele é, um legado comum, e entendermos que quantos mais obstáculos, de todas as ordens, materiais e espirituais, formos capazes de retirar, estaremos trabalhando para o Bem comum, todos os que criarmos e colocarmos, estamos a trabalhar para a desgraça da humanidade.

O sr. Trump não sabe fazer outra coisa, seu mundo está dividido numa bi-polaridade maniqueísta, que, como Prisciliano de Ávila, servindo às ideias desse persa destorcido, Maniqueu, 'deus' das pequeninas misérias, que só via tudo a preto e branco, em divisão equivocada, desde que a lógica aristotélica em 330 a. C nos ensinara que o mundo é redondo, que a estupidez da idade média creria outra vez plana, assim como a mentalidade do sr. Trump, uma mentalidade medieval, obscura, em contra-senso com a realidade desde quando, indubitavelmente, em 1613 Galileu com a sua demonstração da máquina solar, prova a esfericidade dos astros. E num mundo redondo não há lados, há dois hemisférios que olhados sem equívocos não têm princípio nem fim. É só um planeta!

Haverá dois lados de uma cerca que se plante, haverá certamente dois lados para os que queiram dividir as ideias e as pessoas em nós e eles, haverá sempre dois lados para todos que estupidamente não contemplem o Bem comum, na única visão possível da realidade >> A de que estamos todos no mesmo barco <<. Entretanto os maniqueístas vêm só a instrumentalização do poder, para que este deixe de ser uma forma de servir, e passe a ser uma forma de se servirem, onde aí há, certamente, TODA A EMERGÊNCIA DE UM MURO.


Recebi agora e fui ler o NY Times, e o David Leonard diz mesmo dentro que eu penso:

Op-Ed Columnist
 

Op-Ed Columnist

President Trump’s emergency declaration for a border wall is based on an obvious falsehood: There is no emergency at the U.S.-Mexico border. And because he was goaded into the declaration by Sean Hannity, the episode makes a mockery of the federal government.
But in the relative scheme of Trump’s misbehavior, the emergency declaration doesn’t rank very high. It’s not corruption or obstruction of justice. It’s not an attempt to undermine America’s alliance with Western Europe. And it doesn’t even matter much for immigration policy. If you’re trying to calibrate your Trump-related outrage, you can take a deep breath this morning.
“A presidential declaration of emergency in order to construct a wall would be stupid,” Lawfare’s Quinta Jurecic wrote. “It would be wasteful. It would test the limits of the president’s authority under the law in question. But it would not, in itself, be a step toward authoritarianism.” (Here’s the longer version of her case.)
“This will be challenged in courts immediately, and it will be pretty easy to throw this thing out,” Neal Katyal, a former acting solicitor general, predicted on Lawrence O’Donnell’s MSNBC show last night.
“Trump’s fake emergency is a sign of weakness not strength,” tweeted The New Yorker’s John Cassidy. “He ran on the wall, he had two years of Republican control of Congress, and he still couldn’t get it financed. Weak president.”

E segue por esse caminho, "There is no emergency". (O negrito é meu.)





terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Ricardo Boechat era um mau caráter.





Sei que quando morre, todo mundo fica bonzinho. Para mim não é assim, não fica não, o mau continua mau. E Boechat era mau, mau caráter. Sua esposa no velório, hoje, dizem-me as notícias da manhã da Veja, afirma que ele era "um ateu que praticava o amor". Devia ser com ela, o que é natural, pois com o público em geral era a pura e dura maledicência, e muitas vezes tendenciosa e/ou mau informada - E SEM CONTRADITÓRIO. Dizia e ficava dito, destruía a reputação de uma pessoa e pronto.

Conheci o Boechat no Rio, originalmente através da luta que desenvolvi em Defesa do Ambiente, quando esta luta começou, e que não tínhamos uma nota sequer na imprensa; nomes da alta sociedade como Ruth Christie e Fernanda Colagrossi (duas da minhas grandes companheiras nessa luta) diziam-me para recorrer às colunas sociais, e as de opinião, o que muitas vezes fiz, recorri ao Boechat entre outros, ele que era um misto das duas coisas. Depois não precisávamos mais disso, passamos a ser notícia por mérito próprio, o que evoluiu até que hoje há duas páginas sobre ambiente em quase todos os jornais. Que mudança!!! Mas naquela época era nada, ou notícia lá para as últimas páginas, onde ninguém lia, junto do crime e do obituário, e saindo na coluna do Boechat, ainda que com uma crítica desfavorável, era notícia.

O tempo foi passando e esse jornalista (se é que merece essa classificação) foi passando a ter imenso poder, e vi alterada sua cara, bem mais inchada, sabe-se porque, seus textos, bem mais agressivos, sua prosápia sempre mais alta, regada aos licores das festas de Brasília, não importando muito quem as patrocinasse, se a direita, se a esquerda. Com tudo isso, foi se tornando um intocável, uma mistura de Ibrahim com notícias políticas, uma fórmula de sucesso, lucrativa, não tenho dúvida, mas na qual faltava o cerne de toda ação noticiosa, a isenção. Como o referi, devo lembrar que do Ibrahim Sued, lembro perfeitamente do dia que telefonou para a casa do Renatão (o Embaixador Renato Mendonça) tio-avô afim de meus sobrinhos, pelo casamento com d. Ecila, telefonema no qual pedia uma determinada quantia para confirmar a nomeação do embaixador para Nova York. Como a quantia não foi, evidentemente, paga, ficou como os outros "na geladeira" levando "bola preta", "ademã de leve". Assim se construiu um Brasil parasitário. É o que há.

Um belo dia encontrei o Boechat numa reunião política da esquerda, a qual resolveu comparecer, e despejei-lhe tudo encima, na cara. Nunca mais esqueceu, seu "amor" ao ódio sempre trabalhou contra mim, a última dele foi, comigo já há 20 anos sem ir sequer ao Brasil, dar na sua "importante" coluna a notícia de que eu estava implicado numa venda de um quadro do Burle-Marx, sem mais nem menos, sem saber como ou porque, lá foi estampando meu nome. Para ele eu seria sempre culpado do que quer que fosse. Uma coisa temos que lhe reconhecer, a coerência: Foi mau caráter até o fim!



segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Carlos Costa nunca teve idoneidade.




                                                                                                    Da série: Os donos disso tudo.

Essa herança abjeta de Passos Coelho que o reconduziu, sabe-se intocável e abusa da situação. è necessário mudar a legislação europeia, é necessário alterar a legislação nacional, é imprescindível exonerar Carlos Costa, para que não se encontre outro com tamanha desfaçatez que se veja ocupando o cargo.

Fi necessário o BE vir dizer o óbvio: O atual governador do Banco de Portugal não tem idoneidade para ocupar  o cargo, desde que foi nomeado a primeira vez, já não tinha, mas agora, tudo revelado, e com sua reação de fuga (Fugirá de que? De que terá medo?) tornou-se insustentável mantê-lo.

Repito o argumentário motivo de meu asco, agora com tudo que se passou, e que veio à tona, torna-se mais eloquente, o mesmo asco que tem a Deputada Mariana Mortágua, e que deverá ter todo aquele que tiver noção do mal que esse homem fez e faz ao país.


Como há muitos homônimos chamados Carlos Costa, para que não hajam confusões, refiro-me ao que é atualmente o governador do Banco de Portugal, em segundo mandato, último ato espúrio de um governo que sabia que não prosseguiria, mas que não evitou de re-encaminhar essa abjeção.


Transitando entre o poder, como serpente escorregadia, nunca se envolvendo diretamente com nada, tendo sempre uma atitude premeditada para não se comprometer com nenhuma ação que o posse responsabilizar, nunca fazendo frente aos poderosos, servil e maleável, tanto deu para servir a Sócrates como a Passos, obviamente sem ideologia, um pau de sebo a fazer-se de pau para toda obra, uma eminência parda do regime, que, como seu antecessor, Vitor Constâncio, deverá acabar no BCE, nada mais consentâneo com seu currículo. O que nos levará a todos concluir que ser enguia compensa.

Passando entre os pingos da chuva, essa fuinha ardilosa, foi de 'ring fence' em 'ring fence' criando a estrada de seu caminho para e no poder. Não tomar decisões, não atuar preventivamente, não ter atitudes firmes e defensoras do caos que se foi instalando, não se comprometer, foi o paradigma da ação desse senhor governador, que, por obra destas artes, manteve-se ileso e intocado apesar de toda a sua responsabilidade (por irresponsabilidade que seja) direta na destruição do sistema bancário português, até que desse não restasse nada, até que não ficasse pedra sobre pedra (A CGD foi praticamente refeita.). Chamam-lhe ladrão, o que o ofende, conforme confessou na comissão parlamentar de inquérito, mas chamá-lo ladrão é ofender aos ladrões, que, desde tempos imemoriais, desenvolvem essa atividade criminal com algum risco em sua ação. A atuação do sr. Carlos da Silva Costa foi sempre sem riscos, defensiva e apostólica, consoante os estritos desígnios de seu poder, dentro dos restritos trâmites de seu cargo, sem nada pretender para além disso, sem sentimentos, sem ideologia, sem calor, sem empenho, sem fulgor, sem alma. Nenhuma ação sua será condenável. Nenhum gesto seu punível. Nenhuma atitude incriminatória. Porém recrimináveis, todas elas, por falta de impulso saneador, assim como uma decisão que não decide, um fogo que não aquece, um abraço que não acarinha. Um grande vazio, só visando manter-se no cargo, e, como se possa imaginar, sem motivação substantiva (sem vontade de resolver seja o que for, sem intenções profundas, sem envolvimento, sem pugnar por valores) por isso asqueroso, porque aquele que vive sem sentimentos e sem ideologia, a mim, mete-me nojo.







sábado, 9 de fevereiro de 2019

Decadência indevida e desnecessária de um povo amável.








Maduro dita duro
Maldita ditadura
Madura ditadura
Miséria e bravura
Terrível dor e agrura
Pela falta de humanidade
De via larga a quelha,
À mísera viela
Perda de toda a dignidade
Pobre Venezuela.

O Asqueroso Carlos Costa.





                                                                                                   Da série: Os donos disso tudo.

Como há muitos homônimos chamados Carlos Costa, para que não hajam confusões, refiro-me ao que é atualmente o governador do Banco de Portugal, em segundo mandato, último ato espúrio de um governo que sabia que não prosseguiria, mas que não evitou de re-encaminhar essa abjeção.


Transitando entre o poder, como serpente escorregadia, nunca se envolvendo diretamente com nada, tendo sempre uma atitude premeditada para não se comprometer com nenhuma ação que o posse responsabilizar, nunca fazendo frente aos poderosos, servil e maleável, tanto deu para servir a Sócrates como a Passos, obviamente sem ideologia, um pau de sebo a fazer-se de pau para toda obra, uma eminência parda do regime, que, como seu antecessor, Vitor Constâncio, deverá acabar no BCE, nada mais consentâneo com seu currículo. O que nos levará a todos concluir que ser enguia compensa.

Passando entre os pingos da chuva, essa fuinha ardilosa, foi de 'ring fence' em 'ring fence' criando a estrada de seu caminho para e no poder. Não tomar decisões, não atuar preventivamente, não ter atitudes firmes e defensoras do caos que se foi instalando, não se comprometer, foi o paradigma da ação desse senhor governador, que, por obra destas artes, manteve-se ileso e intocado apesar de toda a sua responsabilidade (por irresponsabilidade que seja) direta na destruição do sistema bancário português, até que desse não restasse nada, até que não ficasse pedra sobre pedra (A CGD foi praticamente refeita.). Chamam-lhe ladrão, o que o ofende, conforme confessou na comissão parlamentar de inquérito, mas chamá-lo ladrão é ofender aos ladrões, que, desde tempos imemoriais, desenvolvem essa atividade criminal com algum risco em sua ação. A atuação do sr. Carlos da Silva Costa foi sempre sem riscos, defensiva e apostólica, consoante os estritos desígnios de seu poder, dentro dos restritos trâmites de seu cargo, sem nada pretender para além disso, sem sentimentos, sem ideologia, sem calor, sem empenho, sem fulgor, sem alma. Nenhuma ação sua será condenável. Nenhum gesto seu punível. Nenhuma atitude incriminatória. Porém recrimináveis, todas elas, por falta de impulso saneador, assim como uma decisão que não decide, um fogo que não aquece, um abraço que não acarinha. Um grande vazio, só visando manter-se no cargo, e, como se possa imaginar, sem motivação substantiva (sem vontade de resolver seja o que for, sem intenções profundas, sem envolvimento, sem pugnar por valores) por isso asqueroso, porque aquele que vive sem sentimentos e sem ideologia, a mim, mete-me nojo.





 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Dickens, eterno.




                                                                                                 


Tenho Mr. Pickwick sentado num dos sofás de minha sala, sempre estará lá. Pela minha janela penso ver passar Fagin com John Dawkins e Oliver um pouco mais atrás, e não vivo na paróquia de São Pedro, mas na de Santo António. Sam Weller me vem pedir conselhos. David Copperfield é meu íntimo. Nicholas Nickleby anda sempre por aqui. Penso firmemente que Fernando Pessoa trabalhou alguma vez em Dombey and son. Um grilo canta na minha lareira, e, evidentemente estarei sempre magnetizado ao ver a recuperação extraordinária de Mr. Scrooge, com alguma ajuda de seu antigo sócio acorrentado, Jacob Marley, e dos três espíritos do Natal que o visitam, mas, sobretudo, pela candura e bom caráter de Bob Cratchit, pleno de amor contagiante por seu pequeno Tim. Antes que eu comece a chorar deixo a minha Londres interior rumo a outras plagas, mas que estarão sempre na essência da sensibilidade reta que me conformou na dicção que transborda de Charles John Huffam Dickens.

Num sete de fevereiro de há dois séculos e sete anos, nasceu essa mente brilhante, da qual, em catadupas, jorravam histórias de uma sensibilidade única, com o dom de tocar-nos a todos, e nos tornar melhor, mais conscientes do próximo, mais atentos com a realidade e às perversões que esconde, numa revelação constante de seu entendimento e refinada percepção, criando cenários que nos levam por uma paisagem de fantasia e compreensão. É o que venho saudar nesse dia de hoje, passado esse largo tempo, para Vos fazer relembrar que a imortalidade, por isso o alcunhei eterno, existe para aqueles que tocaram as almas e mentes dos que, como que por ação vara de condão, se viram envolvidos na supra-realidade de alguém capaz de nos transportar para a esfera da emoção, única verdadeira norma e critério pleno do verdadeiro entendimento, capaz de ensinar e moldar a Humanidade na viagem que empreende rumo ao esclarecimento.

Foi lembrado pelo excelente artigo de Jill Lepore que no 'Life and Letters' do The New Yorker sobre Boz, que resolvi escrever essa crônica, porque como não escrevia o blog na época do Bi-centenário, não registrei o momento em que o completava esse escritor que encantou boa parte da minha vida.

Dickens, numa sociedade moralista como a victoriana, e, evidentemente também falso-moralista na valorização de temas ilusórios que a clave do tempo impõe como ilusão de pretensa realidade, veio discuti-las, veio apontá-las, veio criticá-las, e com sua limpidez de explanação, expurgá-las do excesso e da falsa interpretação que suportavam. Esse seu maior legado.

Relembrá-lo nunca é mau, e convidá-lo ao convívio é sempre educativo, receber seus filhos, não a dezena que gerou de si, mas os mais que moldou com o barro de sua percepção, nos distrai e melhora,  por fazer-nos aceitar sua lógica que é, e sempre será, engrandecedora para todos e cada um de nós, por isso, por esses sempre irrecusáveis, Dickens é eterno!




  



quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

PUNIR A VÍTIMA.




NO ASSÉDIO SEXUAL, NA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, NAS DENÚNCIAS DE ROUBOS E DESVIOS DOS DE CIMA (EM POSIÇÃO HIERÁRQUICA SUPERIOR AOS QUE OS DENUNCIEM) NA CORRUPÇÃO, NA POLÍTICA, NOS MEIOS MUITO RÍGIDOS - - - COSTUMA-SE PUNIR AS VÍTIMAS. - Que só podem COMER E CALAR!


Por se passar assim na maior parte das vezes, devemos ter em atenção que por causa disso as vítimas calam-se, mas por outro lado, sempre nesses casos as vítimas, ou os acusadores e testemunhas com caráter, acabam por pagar ao agir da forma correta, por não aceitarem os crimes que sofrem ou presenciam (como vítimas, ou como testemunhas).

Os maiores atingidos nessas desgraças são aqueles que se vêm envolvidos, seja porque razão for, com esses desviados da conduta humana, que fazem as desgraças, valendo-se de sua posição de poder, seja em que aspecto for. A do homem sobre a mulher indefesa, a dos ricos sobre os pobres, as do importantes contra os comuns, a dos elementos da segurança contra o povo em geral, a dos chefes contra os funcionários, a dos adultos contra as crianças.

Esse é o conjunto de horrores que vivemos em nossa sociedade, onde, por razões quase sempre indiretas, costuma-se punir a vítima.



terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Como tem razão o Ricardo Araújo Pereira.







“uma intolerável afronta à soberania e independência da República Bolivariana da Venezuela”.


É o que alega o PCP para não aceitar as pressões internacionais contra Maduro, especialmente a portuguesa, que declarou seu apoio a Guaidó, o que motivou a declaração supra.

Outro dia o Ricardo Araújo Pereira, com aquele seu jeito engraçado, dizia que votava PCP apesar das declarações de membros do partido. Nada mais correto, à parte da jocosidade intrínseca, e eu não voto PCP exatamente por causa dessas declarações, ainda que veja o partido como um guardião de valores que devem ser preservados, e que tem imensa utilidade ao se opor às diatribes dos governos e à corrupção do governantes, dois focos de desgraça em que o confronto do PCP é muito útil, porém essa visão cega de que tudo que é de esquerda é bom e deve ser defendido, rouba parte da enorme credibilidade que possui a conta de sua honestidade e trabalho árduo e contínuo na defesa dos interesses do povo português, em virtude dos disparates.

Então porque fazem tais afirmações descabidas?

Porque como o escorpião que picou o sapo que o transportava ao meio do rio morrendo afogado, é mais forte que eles. Cada um é o que é, e os membros do PCP, sobretudo os que podem falar em nome do partido, são velhos frequentadores das sessões do Comitê Central, que tem por premissa, na velha tradição trotskista, a defesa intransigente do comunismo, como e onde quer que este se manifeste. Durante muito tempo defenderam os horrores da União Soviética, desde a miséria até os Gulags, e pegaram o jeito. E, como no caso do escorpião, tornou-se mais forte do que eles, com o que prestam um mau serviço ao país.

Tudo isso dito assim é um 'fait divers', mas se pensarmos que nas próximas eleições legislativas o PS vai ter de formar governo com o apoio das esquerdas (espero que bem unidas como diz a outra) reeditando a geringonça (como alcunhou-as o outro) e isto muda um bocado de figura, e passa a ser uma nota triste para um partido que tem um lugar a ocupar, por seu mérito próprio, pelo voto popular que representa, e pelo muito que pode contribuir para o desenvolvimento do país, e, por obra dessas posições abstrusas, se mantém como uma relíquia heterodoxa. Quando o mundo hodierno reza por cartilhas diferentes todos os dias, e é necessário repensar os conceitos, não para ser politicamente correto, mas para ser politicamente ativo.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

VENEZUELA NA BALANÇA.




A Venezuela vai ficando cada dia mais sem opções. Enquanto as posições não se extremam para além de um certo ponto, é possível negociar. Não irá surgir outra opção que não seja eleições gerais. O tempo do Sr. Maduro acabou, só ele não se deu conta disso. E os deputados eleitos sob a ditadura precisam ser re-legitimados, e a dita Assembleia Nacional Constituinte, extinta. As opções a que me refiro são as que visem evitar o confronto, e que estas soluções sejam alcançadas num entendimento que permita a cúpula do poder deixar o país com seus milhões roubados, para evitar o banho de sangue. Preço que o povo venezuelano pagará a  esses miseráveis porque desarmado só poderá oferecer sua vida, milhares delas, sabe-se lá quantos poderão vir a morrer, para enfrentar a situação e fazer cair o governo, o que pode ser um preço muito alto a pagar.

Na verdade a higienização dos diversos níveis de poder só poderá se dar com o sangue dos venezuelanos a correr a jorro pelas ruas do país, porque todos os estamentos da governação estão conspurcados por interesses tão escusos e inconfessáveis, indo desde a pequena contravenção, desvios de verbas, privilégios comerciais, contratos viciados, sem concursos públicos, até o tráfico de drogas, de armas e o negócio paralelo do petróleo, a corrupção e o comprometimento de todos, e friso bem essa palavra todos que têm acento em algum cargo administrativo, atuam com interesse pessoal, em detrimento dos do povo da Venezuela. Foi exatamente essa corrupção instalada, esse cancer a corroer nas entranhas do progresso e riqueza do país, que levou ao estado de miséria em que se encontra a Venezuela, que é riquíssima, mas que com a diminuição do preço do petróleo, seu único negócio lícito a nível estatal, e que financiava tudo, permitindo que os parasitas medrassem à sombra desta sua riqueza, que, uma vez diminuída, expôs a podridão que lavrava em todos os departamentos do poder, sugando a seiva vital da árvore do país para que esses parasitas vivessem uma vida de sonho. Não importando se as pratileiras dos super-mercados estão vazias, eles fazem compras em Miami, o que estabeleceu uma falsa elite que passou a existir a conta da miséria que gerava com o desvio da enorme riqueza do país para o bolso desses poucos. Só a eliminação de toda essa gente poderá de fato acabar com o que há em Venezuela, e que faz a pobreza do povo, mas isso custaria muito sangue, porque a maior parte desses que detêm o poder são militares, armados até os dentes, com o comando das forças estabelecidas, e um confronto, até que muitos mudassem de lado e os soldados deixassem de cumprir as ordens de seus comandantes, custaria milhares de vidas.

Venezuela está na balança porque ou acontecerá este terrível banho de sangue (*), ou deixará que esses ladrões do povo se mantenham, uns quantos muitos, e que outros, com Maduro a cabeça, possam fugir com as riquezas que acumularam, não há uma terceira saída.


(*) Os confrontos começaram.








sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

AND NOW: THE IMPEACHMENT!


Whit these 'news', I only admit the great people of America will make her great again!

FROM THE AMERICAN PRESS.
would you still support impeaching him?
Here is the basic evidence about our current president:
1. He has accepted money from foreign governments, used the presidency to promote his businesses and hidden his personal finances from the American people.
2. He directed a criminal campaign-finance violation scheme, in the final month of the presidential campaign, and lied to the American people about it.
3. He pressured Justice Department officials to go easy on an investigation into the president himself and his campaign.
4. He attempted to undermine the credibility of multiple checks and balances on the executive branch, including the justice system, the press, the electoral system and the Central Intelligence Agency.

From the interview to the NYT mr. Trump gave at the oval office last 31/1/2019:

“I had no money invested,” Mr. Trump said of the Moscow project. His lawyer Rudolph W. Giuliani stated at one point that Mr. Trump was involved in discussions to build a Moscow tower throughout the 2016 presidential campaign. But Mr. Trump said that Mr. Giuliani “was incorrect” and “was wrong.”
Mr. Trump said at first that he “didn’t see” Mr. Stone’s indictment, which indicated that a senior campaign official was directed by an unnamed person to contact Mr. Stone about additional WikiLeaks releases that might prove damaging to the Clinton campaign.
But he later appeared to contradict himself, noting, “I know what was in the indictment — if you read it there was no collusion with Russia.”
No other president, Republican or Democrat, has ever behaved as Donald Trump has. I think Americans, regardless of party, should come to see that he is unfit for the office and is damaging the country. 


Mr. Trump said that he was planning to run for re-election, and that there would be no point at which he had decided he had accomplished enough.
“It’s a very big job,” he said, “and there’s a lot to do.” But Mr. Trump also suggested that the presidency had been “more of a burden on me than other presidents,” and accused his predecessors of artificial achievements that did not amount to the work he had done to produce a healthy economy.
“I don’t know if I should love doing it, but I love doing it,” he said.
He said that he would be focusing on national security “very much” should he win a second term. Later, he again reminisced about his life as a businessman and mused about the money he has lost since assuming the presidency.
“This is, this is one of the great losers of all time,” Mr. Trump said. “You know, fortunately, I don’t need money. This is one of the great losers of all time.”




The Mueller report, a preview 
Over the weekend, Jennifer Taub of Vermont Law School put together an excellent summary of the findings that Robert Mueller’s investigation has produced. “Pay attention to documents already filed,” Taub tweeted. “Through them, we’ve seen much of the Mueller Report. And it is spectacular.” Taub’s list:
  • George Papadopoulos, a Trump campaign adviser, lied to the F.B.I. about his extensive contacts with a London-based professor who said he was close with Russian officials and had “dirt” on Hillary Clinton. Papadopoulos then informed higher-ranking campaign officials of these contacts. 
  • Michael Flynn, Trump’s national security adviser, lied to the F.B.I. about phone calls he had with the Russian ambassador to the United States. He had coordinated those calls with at least one other member of the Trump transition team. 
  • Michael Cohen, Trump’s former attorney, lied to Congress about a planned Trump business deal in Moscow. 
  • Paul Manafort, shortly before becoming Trump’s campaign chairman, shared campaign polling data with Konstantin Kilimnik, a Russian with apparent ties to Russian military intelligence. 
  • Roger Stone, a longtime Trump adviser, lied to Congress about his attempts to communicate with WikiLeaks, which is closely linked to 12 Russian intelligence officials who hacked Democrats’ emails. 
  • During the 2016 campaign and after, Trump repeatedly lied about his own Russian contacts. 
WHAT ELSE WE NEED? AND NOW THE IMPEACHMENT:... I HAVE NOTHING ELSE TO SAY.