As penitências do milenário II.

                                                                                                                                   << We are the world
                                                   We are the children
                                                         We are the ones
                                                           who makes a brighter days
                                                                      So let's start giving...>>

                                                                                                             Michael Jackson.
                                                                     

Há mais de cinco anos escrevi a primeira crônica com este título, pois as duas primeiras décadas do 3º Milênio, só nos trouxe exasperação, e desgraças, e via nela as coisas mal paradas, penitências do milenário, necessitando um novo rumo..

Hoje vejo um novo rumo, as crianças na rua, vozes do futuro, a dizerem que temos de salvar o planeta, por causa de uma razão muito forte: PARA NOS SALVARMOS. Dou-me conta que há uma brisa nova soprando, um ar leve que expulsa o bafiento, esperança que se vai espalhando, um novo projeto possível para a humanidade, que vai tornando as pessoas próximas, que vai abrindo horizontes. E, como certas coisas só podem mesmo se realizar com esperança, com fé, com democracia, com equidade, e com solidariedade, vemos que se a Humanidade quiser trilhar esse caminho novo, terá de se modificar muito, alcançar outro estágio de entendimento, absorver uma nova forma de convívio com as coisas, com os animais, com a Natureza, com os outros seres humanos, criando uma nova sociedade, que terá de ser mais justa, mais igualitária, mais verdadeira, para alcançar esse intento.

Sei o quão difícil é as pessoas cederem posição, abdicarem de seus feudos, mas também é verdade que o medo da morte, do extermínio em massa neste caso, também traz motivações muito fortes. Espero que sejam bastantes para as fazerem abandonar seus feudos, ou melhor, convidar outros para que venham usufruir desses feudos, todos com a parcimónia mister, porque é nos outros que reside a verdade coletiva, essa que será necessária para que nos safemos todos. Porque ou safamo-nos todos, ou pereceremos todos. O mais difícil será a mudança na macro-economia, estruturada no modelo predador, no lucro absoluto, destruidor. E no eterno crescimento económico. Onde cabe a pergunta: O nosso modelo de vida irá crescer até esgotar os recursos do planeta? E ao refletir, sobre esse delírio de grandeza e conforto, indagar: Quando é que para de crescer?

O tema está em cima da mesa, com sensibilização geral, mesmos a dos que são cépticos, pois sabem que há um problema, e a maioria já entendeu que são necessárias soluções urgentes. O problema está nas bocas do mundo, e não irá parar, enfim, porque surgiu uma verdade imaterial, espiritual, que, como um vírus, contagiou a todos. E os faz estar verdadeiramente preocupados.

O que não evita com que muitos idiotas sem juízo, como alguns jovens da direita conservadora, sempre os há, venham afirmar em meio a um coquetel bem selecto de sandices descomunais, que as alterações climáticas são temas irrelevantes, e que << foi por estes mal-agradecidos que nós criamos um planeta pior>>, essa geração, esses jovens a <<quererem implementar o socialismo para salvar o planeta>>. E dizem bem, muito bem. As alterações são um tema irrelevante, o que devemos fazer para para-las, isso sim, é muito relevante (Perdoem-me os sofismas, mas, com cretinos desta ordem, não pode ser diferente.). E notam bem que são mal-agradecidos os que protestam contra o que nos foi legado,  porque nada há a agradecer na sociedade que nos deixaram, nem no planeta que destruíram. E por fim dizem melhor, porque isso sem socialismo, não vai mesmo lá. Por outro lado não há que esquecer o bando de incompetentes que estão a frente de vários governos pelo mundo fora, e também os perigosos agentes da desgraça como os da unidade 29155, ultra-secreta, criada por Putin com a intenção de promover ataques cibernéticos, como hakers, propaganda desagregadora e desinformação, também envenenando e matando oponentes. Vendo a fraqueza de vários imbecis, como Trump, o coronel da KGB Putin, age para desestabilizar ao máximo a ordem internacional, para poder promover sua perigosa política geo-estratégica, com mais liberdade. 

A batalha é de todos, Gaia, o Planeta, a Natureza, Deus se preferirem, confrontou toda Humanidade com o novo tempo, com a nova verdade agora pretendida, que ou todos embarcamos nela, ou morreremos ao tentar. Essa gente na rua, da dita Greve Climática, é o chamamento, feito na voz de uma menina autista de 15 anos, em que foram ditas tantas verdades para que todos tivessem de tomar posição. [A QUEM CALUNIAM, E INVENTAM FALSAS NOTÍCIAS. Sempre haverá os caluniosos, os injuriosos, que tentarão denegrir aquele que aponta o caminho. Respondo a estes com a sabedoria de Confúcio, ou de um velho provérbio chinês, que adapto: Não seja tolo a olhar para o dedo, olhe para o caminho que ele aponta.] entretanto o mais importante, a magia que se está operando, que está acontecendo, e assim é porque se transformou em algo imparável, mesmo como um vírus no ar. E este vírus chama-se sentimento. Para além da verdade científica, origem de todo o entendimento, há um sentimento no peito de cada um, e a minha esperança é que este irá nos conduzir todos ao novo, a uma nova realidade mais justa, uma vez que não se amputam sentimentos, uma vez que não poderão calar ao coração que bate, que sente a necessidade de mudarmos nosso paranóico estilo de vida. Tenhamos esperança, e ajamos.

Let's sing it again:
                               << We are the world
                                     We are the children...>>


E no dia a seguir a publicação (29/9/19) ouvi o cretino do Paulo Portas a repetir a argumentação dos garotos da extrema direita, dizendo que a Greta é uma privilegiada, e que ofende ao meninos africanos e sul americanos pobres, quando diz que os ricos, e os políticos roubaram "nosso" futuro. É importante que se diga que nesse "nosso" os nós são todas as crianças do Mundo. Digo que é cretino o Paulo Portas, porque estúpido, nem ignorante não é. É mesmo cretino.

MINHA PENÚLTIMA CRÔNICA SOBRE TRUMP. E porque é necessário o impeachment.

A lista que se segue mostra as atitudes intoleráveis, uma após as outras, repetidas pelo sr.Trump, ao longo do tempo em que ocupa o cargo de presidente dos EUA, se aí juntássemos suas ideias e propostas estapafúrdias que vão desde atirar nas pernas dos imigrantes, para que eles não pudessem fugir, e fossem capturados na fronteira, e também estabelecer um fosso infestado de jacarés e cobras ao longo dessas mesmas fronteiras, a lista seria enorme; mas há, além disso, o que é verdadeiramente grave, tudo o que fez para conseguir ser eleito, que também não está na lista, e tudo o que tramou na escuridão, e que ainda não se sabe claramente, e, portanto, não pode constar da lista, que é apresentada no original como foi publicada no New York Times: 

What we can see to justify the impeachment:

Antes da lista no original, incluamos a atitude de, como os talibãs, ameaçar destruir patrimônio cultural persa. É o que de mais reles e abjetos pode haver.

<<Sometimes it’s worth stepping back to look at the full picture.

He has pressured a foreign leader to interfere in the 2020 American presidential election.

He urged a foreign country to intervene in the 2016 presidential election.

He divulged classified information to foreign officials.

He publicly undermined American intelligence agents while standing next to a hostile foreign autocrat.

He hired a national security adviser who he knew had secretly worked as a foreign lobbyist.

He encourages foreign leaders to enrich him and his family by staying at his hotels.

He genuflects to murderous dictators.

He has alienated America’s closest allies.

He lied to the American people about his company’s business dealings in Russia.

He tells new lies virtually every week — about the economy, voter fraud, even the weather.

He spends hours on end watching television and days on end staying at resorts.

He often declines to read briefing books or perform other basic functions of a president’s job.

He has aides, as well as members of his own party in Congress, who mock him behind his back as unfit for office.

He has repeatedly denigrated a deceased United States senator who was a war hero.

He insulted a Gold Star family — the survivors of American troops killed in action. 

He described a former first lady, not long after she died, as “nasty.”

He described white supremacists as “some very fine people.”

He told four women of color, all citizens and members of Congress, to “go back and help fix the totally broken and crime-infested places from which they came.”

He made a joke about Pocahontas during a ceremony honoring Native American World War II veterans.

He launched his political career by falsely claiming that the first black president was not really American.

He launched his presidential campaign by describing Mexicans as “rapists.”

He has described women, variously, as “a dog,” “a pig” and “horseface,” as well as “bleeding badly from a facelift” and having “blood coming out of her wherever.”

He has been accused of sexual assault or misconduct by multiple women.

He enthusiastically campaigned for a Senate candidate who was accused of molesting multiple teenage girls.

He waved around his arms, while giving a speech, to ridicule a physically disabled person.

He has encouraged his supporters to commit violence against his political opponents.

He has called for his opponents and critics to be investigated and jailed.

He uses a phrase popular with dictators — “the enemy of the people” — to describe journalists.

He attempts to undermine any independent source of information that he does not like, including judges, scientists, journalists, election officials, the F.B.I., the C.I.A., the Congressional Budget Office and the National Weather Service.

He has tried to harass the chairman of the Federal Reserve into lowering interest rates.

He said that a judge could not be objective because of his Mexican heritage.

He obstructed justice by trying to influence an investigation into his presidential campaign.

He violated federal law by directing his lawyer to pay $280,000 in hush money to cover up two apparent extramarital affairs.

He made his fortune partly through wide-scale financial fraud.

He has refused to release his tax returns.

He falsely accused his predecessor of wiretapping him.

He claimed that federal law-enforcement agents and prosecutors regularly fabricated evidence, thereby damaging the credibility of criminal investigations across the country.

He has ordered children to be physically separated from their parents.

He has suggested that America is no different from or better than Vladimir Putin’s Russia.

He has called America a “hellhole.”

He is the president of the United States, and he is a threat to virtually everything that the United States should stand for.>>

## We must include the supreme lawlessness of instrumentalize a foreign government to smear an opponent.

Ilegalidade, após legalidade, esse ser precário e criminal, vem envergonhando os EUA, e difundindo a ideia de que tudo vale, que se pode fazer as coisas mais impróprias, atacar toda gente inocente que lhe faça oposição, atuar como um reles (que é), que, nesse cargo tão alto, nada se irá passar. E agora foi ao mais fundo outra vez, cometeu o mais ignominioso dos crimes. TRAIÇÃO A PÁTRIA.

Intitulei de penultima crônica, porque não voltarei a falar desse desqualificado, até que o mundo se veja livre dele. E quando estava escrevendo essa crônica fomos surpreendidos pelo vergonhoso discurso que essa criatura fez na ONU, onde afirma, em desrespeito à casa onde discursava,  lendo sem emoção, e sem merecer a atenção da audiência, mostrando o baixo nível a que chegou o desprezo geral pela criatura, envergonhando um cargo tão elevado, 'QUE ESSA COISA DE NAÇÕES UNIDAS É UM ABSURDO, CDA UM DEVE CUIDAR DE SI' com outras palavras evidentemente. Afirmou, verbis, que <<o futuro não pertence aos globalistas, o futuro pertence aos patriotas>> além de uma imbecilidade rematada, que logo foi rebatida pelo Presidente português que arrasou com todos os pontos da fala do Sr. Trump, e do percurso ignominioso dessa abominação, e exatamente o oposto do que promove a ONU, razão de sua existência, e o que é necessário hoje na luta contra os problemas ambientais, que são globais.

E também fomos surpreendidos pelo anúncio feito pela Sra. Nancy Pelosi, presidente da  Câmara dos Deputados (Speaker of the US House of Representatives) de que o Sr. Trump irá sofrer um processo de 'impeachment'. E o que digo no título da crônica tornou-se mais relevante ainda. E assim o é porque a dignidade deve sempre prevalecer, alcance ou não resultados. Posto que, até então, nenhum impeachment terminou com o efetivo impedimento do Presidente, mas que, por outro lado, evidenciou que o Povo Americano não tolera comportamentos contra a democracia, e contra as honradas tradições que guarda.

O Congresso, em que os republicanos dominam na câmara alta, quase de certeza não irá impedir o sr. Trump, mas o fato de sofrer o processo de impedimento, demonstrará suas atitudes hediondas, seu comportamento criminal, e sua desqualificação para o cargo. É o que basta.

Deixo-vos as palavras de David Leonard cronista  do NYTimes sobre o porque da importância do impeachment:

Trump is unfit for office. He has repeatedly violated his oath of office, to preserve, protect and defend the Constitution. He has weakened America’s national security. He has used the presidency for personal enrichment. He has broken the law more than once. He has tried to undermine American democracy.

Trump has handed Democrats a new opportunity to persuade the country that his presidency needs to end, on Jan. 20, 2021, if not sooner. Democrats should seize that opportunity. Even if they can’t persuade Republican senators to remove him from office, they can focus voters’ attention on his egregious misbehavior.

It’s time to start an impeachment inquiry and see where it leads.

  

MEU PAÍS NÃO É COVARDE.

EUA, Japão e Brasil não compareceram a nível governamental à cimeira do clima que se desenvolve em Nova York nesse fim de Setembro e começo de Outono. Uma vergonha! Quando o mundo precisa de união e acordo, os governos dessas três nações oferecem sua cumplicidade com o crime ambiental como resposta à busca de soluções.

O Japão, o país que mata baleias, não é confiável em questões ambientais. Alguns japoneses obnubilados, confusos, ou motivados pela mesma inconsequência que os levou a se associarem aos Nazis em 40, agora se associam ao sr. Trump, esse equívoco que todos conhecemos.

O homem na Casa Branca, o equívoco no salão oval, a frente dos destinos de nação tão relevante, não será suficiente par obstar a fidedignidade de um povo que ao longo da História sempre demonstrou acabar por tomar as decisões corretas, ainda que as elites dominantes lhe apontassem o caminho errado. A grande nação americana do Norte, mais uma vez não fugirá ao chamamento, estará, convicta, presente na defesa do Planeta. E esse epifenômeno equivocado voltará a chefia de seu grupo de empresas falidas, ou a algum programa de televisão que dê vazão seus instintos primários de humilhar as pessoas: "You're fired", até que se canse e vá fazer propaganda de hamburgers.

O Brasil que vive também um equívoco, com um semi-analfabeto colocado no Planalto, e gente despreparada nos principais postos de sua administração, imitou, como sabem fazer os macacos, ao equívoco estadunidense, mas será também episódico, porque a parte válida da grande nação brasileira tem perfeita noção das atitudes a tomar, e mesmo já se movimentou para as atitudes importantes pelo clima, assim como os empresário e a população dos EUA, vai fazendo sua parte.

A falta de juízo, a poltronice, a covardia, não prevalecerá sobre a dignidade, a consciência, a coragem dos muitos que sabem que estamos em hora decisiva, será com essa gente convicta que iremos todos fazer frente ao grande desafio do nosso tempo. A força dos jovens, que ouvem ao chamamento, a velha guarda da Europa, com sua sabedoria antiga, e homens decisivos como o Secretário Geral da ONU, o engenheiro António Guterres, estarão todos atentos, trabalhando para que o mal maior seja evitado. A incompreensão desses desqualificados que ascenderam ao comando de grandes nações, que, por razões de pequena política, sem nenhuma convicção ou entendimento, não atenderam ao chamamento mundial para enfrentarem as gravíssimas e urgentes medidas que todos, cada cidadão, devemos tomar para salvar o Planeta, não é a de seus povos, e certamente não progredirão.

Eu como brasileiro, como precursor do movimento conservacionista, ambientalista da vida toda, conheço bem a alma da minha gente, que responderá, em força, às medidas necessárias a combater os problemas ambientais correntes. MEU PAÍS NÁO É COVARDE!

  

Vivemos tempos improváveis.

O prefeito do Rio de Janeiro, capital cultural do Brasil, há duas semanas, fez revistar a Bienal do Livro desta cidade, em busca de "material impróprio". Voltava-se ao tempo da Censura!

O que é "material impróprio" entre os livros? Qual livro é próprio? Qual livro é impróprio? Para quem? A qual critério? Quem decide da propriedade, ou impropriedade de um livro? Em tempos históricos, existiu a inquisição, e o Index librorum prohibitorum, do qual a maioria das pessoas, felizmente, já se esqueceu.

Seop - Secretaria municipal de ordem pública, 6ª feira 6/9/19, no  Riocentro, com ordem para identificar e lacrar "livros impróprios" Marcelo Crivella mandou recolher HQ (o aplicativo de telemóvel) com um beijo entre dois homens, sentia-se muito incomodado, e usou o miserável poder que tem, o de prefeito. Espero que nunca mais venha a ter poder algum. "Em busca de material pornográfico." O que é pornográfico? E para quem? Recolher o material  que não cumprisse as normas... era o que pretendia a Seop, que normas? Uma vergonha!

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro impediu que a Prefeitura possa repetir esse ato. Mas a estupidez medieval marcou sua presença na Feira do Livro do Rio em 2019.

Esse foi o exemplo que escolhi para mostrar que as pessoas, independentemente de idade, terem estudado ou não, só têm entendimento quando este vem de algo muito mais vasto e profundo. Caráter. Que infelizmente não pode ser comprado com a melhor educação, e as pessoas mais improváveis, que alcançam os mais altos postos, como o do residente na Casa Branca, outro bom exemplo, pode ser totalmente desprovido dessa propriedade distintiva, índole essencial ao ser humano.



E um exemplo pela positiva, uma garota miúda sueca de 15 anos, Greta Thumberg, que mesmo autista, tem mais juízo que o resto da Humanidade inteira. Como se vê a probabilidade das coisas anda perdida.

Vivemos mesmo tempos muito improváveis...


Austrália.
FOI NO MUNDO TODO. Afinal alguém tem de ter juízo nesse planeta.

500 anos da viagem que mudou o mundo.

Sevilha, 10 de  Agosto de 1519, Fernão de Magalhães partirá rumo ao infinito. 40 dias depois, Sanlúcar de Barrameda, 20 de Setembro de 1519, começa a epopeia.

O homem de Ponte da barca, outros afirmam Sabrosa, ser sua terra natal, de filho bonito todos querem ser pais, homem do norte de um Portugal agrícola, de uma nobreza rural, que sonhou grande, um sonho do tamanho do mundo, este que queria circum-navegar, e evidenciar de sua redondeza, e alcançar um feito impensável a época, e deixar sua marca. Sonhou com horizontes infindáveis, com mares nunca d'antes navegados, Mares do Sul, para mares do norte, com possibilidades impossíveis, num tempo quimeras. E sabia de segredos e informações cartográficas que lhe dava acesso ao conhecimento da verdade geográfica, essa que tão fortemente ocultavam.

Foi pedir a Castela que o financiasse, alcançando a dimensão ibérica com o feito, e mesmo tendo ficado pelas Filipinas, onde morre a meio da viagem, a força da sua proposta, que Elcano termina, o plano da expedição que era seu, que não morre com ele em Cebu, Mactan, emboscado, nas mãos de Lapu-Lapu, numa batalha fútil, tendo portanto atravessado o estreito que agora leva seu nome, na Terra do Fogo, no extremo sul do continente Sul, onde duas naus se perderão na busca da passagem, por razões distintas, que, alcançando o Pacífico, como assim o batiza, este percurso basta para sua dimensão universal, à força de uma ideia forjada, não importando quem a realizará por inteiro, o sonho é tão poderoso que há 500 anos vibra, com os acordes da História, provando, por fim, a ideia de Pitágoras de Samos, então 2000 anos velha.   

Pajem da Rainha, submisso ao rei de Portugal, mas sempre desobediente em seu instinto, obliterado em Azamor por seu procedimento, querendo, e merecendo, ser comandante por seu passado em tantas expedições, o querem fazer tripulante, recusa. Irá a Espanha buscar recursos para o sonho, Portugal não gosta, diz-se que tentou impedir a viagem, chegar às Molucas por Ocidente, contornando o impedimento de Tordesilhas, quase uma traição. Mas o destino estava traçado, o mundo todo seria seu, o mundo de Magalhães, nome que por toda parte ecoa, e que com tantas pronúncias diversas o vemos repetido, Magellan, Magelah, Magallanes, Majilan, Mazeran, Magellanus, Mea hke l, Magelan, Maigelana, homem do mundo que domou, reconhecido em toda parte.

Dos 234 que partiram, só 18 regressam, e há João Lopes Carvalho, que não será lembrado.

Atrasando um dia, dilataram a fama. Glória ibérica, maravilha portuguesa, será sempre lembrado enquanto houver mundo, por ter sonhado o conhecer em sua esfericidade, por seus mares, oceanos, locais, então, perdidos, que ele encontra com um único sonho refundido, e num único gesto nos revela. Um só mundo, a bola azul a flutuar no espaço sideral, onde Magalhães também escreve seu nome entre nuvens cósmicas.

DA NULIDADE DA PRISÃO DE LULA.

Pontifica o grande Pontes de Miranda: "É nulo, e nulo é, todo o ato conecto com um ato nulo."

Ora, pelo que estabelece Pontes de Miranda, e a lógica das coisas evidencia, a prisão de Lula é nula. Ou seja deve ser libertado imediatamente. Os atos investigativos, as decisões em conluio do Juiz Moro com o MP, e os demais atos processuais, então perpetrados, SÃO TODOS NULOS, porque feitos com dolo, ou seja SÃO FRAUDE, FRAUDARAM O PROCESSO, TORNADO-O NULO.

Logo pela conexão lógica estabelecida, é nula a ordem de prisão, e Lula de ser posto em liberdade imediatamente, como resposta da Justiça à reposição da verdade processual, como ato de puro bom senso.

Como são públicas as ações criminosas dos Juízes e procuradores, deve ser aberto inquérito para que esses sejam processados por seu malfeito. E, devido a injustiça realizada, o Presidente Lula deve ser liberado, para que cesse o ato pusilânime de sua condenação, originado nos crimes do juiz e dos procuradores, seja de alguma maneira remediado.

UM PASSARINHO ME CONTOU...

                                                                    "O pescador me confirmou que um passarinho lhe cantou
                                                                        Que vem aí bom tempo..."
                                                                                                                           Chico Buarque




CHARNEIRA: Duas partes no mesmo eixo, solução quase mágica que permite todo o movimento, de cá para lá tanto como de lá para cá. Dobradiça. Articulação. Gínglimo. Cilha.

Esta ideia que o Dr. Mário Soares defendia, e que tanto desagradou à direita portuguesa, porque roubava-lhe protagonismo (e votos) uma vez que atirava para o centro os socialistas, como garantes de uma estabilidade tão desejada, FICOU NA ALMA DE ANTÓNIO COSTA, e não foi uma só vez mencionada nessa recente crise da votação da contagem total do tempo de serviço dos professores, NEM UMA VEZ, por nenhum dos agentes políticos, nem por jornalistas, ou comentadores. E, no entanto, ela se realizou! É na hora má que vemos claramente quem tem o comando do barco, e quem o conduz para onde deseja.

No parágrafo anterior comentamos uma ideia antiga, que o partido socialista vinha perseguindo desde há muito, lembrando-se dela esporadicamente, lutando por ela também muitas vezes nas sombras, mas para a qual faltou talento a muitos de seus secretários gerais em fazê-la na prática, em realizá-la, e, com isso, contrariar, evidentemente, as vontades, os desígnios, e as possibilidades de todos os outros partidos, que, para não concretizá-la, para não darem essa posição ao PS, bastava-lhes se oporem, como vieram fazendo ao longo do tempo.

Outro aspecto importante que emerge da análise aqui feita também nesse segundo parágrafo, é de que  a maioria esmagadora do eleitorado português está ao centro, uns com tendências esquerdistas, outros com direitistas, muitos com posição oportunista e cambiante segundo as circunstâncias, é só fazer a análise das sucessivas eleições em democracia, e confirmarão essa minha ideia; e, assim sendo, é sempre ao centro que tudo se decide, sendo muitos e variáveis os fatores que influenciam sua (do centro) votação a cada eleição. [Por isso não há, felizmente, espaço ao extremismo, viram os do Bloco de Esquerda excretar esses grupos, na conquista dos votos, o que o fez crescer, viram outros partidos desaparecerem, e viram a luta transitar sempre para o centro democrático, flutuando para um lado ou para outro (e é incontornável dizermos) um pouco mais para a esquerda ou para a direita, mas sempre dentro do espectro do centro. Quem não pensa jogar assim, estará fora do poder, como tem acontecido ao PCP em seu século de existência. Serve para os protestos, para a defesa das balizas, mas não para exercer o poder. É muito importante, é verdade, porque sem pretensões de poder, pode colocar-se na linha da ideologia, da justiça, e justeza de propósitos, tão importante em política, e tão pouco acarinhada ao mesmo tempo, porque visam o curto e médio termo. Esta a glória do PCP, mas não lhe produz resultados efetivos, pois não vêm reconhecido esse mérito. E, cada vez mais, vivemos tempos de produtividade, e menos de ideologia e valor.

A última análise que merece as afirmações que deixei no segundo parágrafo, é quanto ao silêncio, quase ensurdecedor, da media relativo a esse feito alcançado pelo PS do Dr. António Costa, e de que este se deve ao fato de, estando-se em tempos de campanha política, não quererem aumentar a cotação do PS, que, com o reconhecimento geral dessa sua posição, enche a boca com ela, sem mencioná-la (não lhes cabe) para conquistar, como é evidente, ainda mais votos. No entanto sempre haveria de alguém, para além desse que vos escreve, reconhecer esse mérito ao Dr. António Costa. Não apareceu.  E porque não apareceu? Porque existe um pavor, como se fora um perfume inebriante, flutuando no ar, impregnando todas as consciências. NINGUÉM QUER MAIORIA ABSOLUTA! Todo mundo entende que deve ser o PS que volte a governar, mas sobre estrita vigilância. Não só a do parlamento, que não basta, mas uma efetiva que os possa bloquear. Talvez lembrem-se de 1987 e seus funestos resultados, e, com essa mesma lembrança, tomada por outra vertente, uma verdadeira chantagem, que trouxe à memória do atual primeiro ministro, que, com 26 anos, então, se casava, que a fórmula de se conquistar uma maioria absoluta, como à época foi encontrada, por via de radicalizar o discurso e as intenções, e praticando, como ensinava Bossuet para os que desejam ser seguidos, que devem "...sacrificar o interesse particular e até a vida ao interesse geral." Por isso nega o desejo de maioria absoluta, imperioso para seu projeto para a próxima legislatura.

Porque na próxima legislatura a pretensão do Dr. António Costa é realizar as mudanças estruturais que não conseguiria com os partidos à esquerda, e longe dos dois terços para sua aprovação na  Assembleia da República, votação que entende necessários a estabilidade das reformas. Quer entrar para a história realizando um novo país, e um país novo que se realize e permaneça realizado.

A inegável sagacidade política do Dr. António Costa, mais sua inequívoca propensão para não perder nenhuma oportunidade, seja qual seja ela, o alavancou a essa tão desejada posição: O PS ASSUME A CHARNEIRA! A linha que une dois pontos de máxima curvatura, indispensável à prática política, o que lhe garante uma posição confortável (Isso não se traduz em maioria absoluta, porque essa, aliás, transformaria a charneira em eixo decisor.) entretanto bem confortável, pois torna-se indispensável ao processo político português, diferentemente, por exemplo, do que se passou com os socialistas em França, porque lá tiveram um idiota como seu líder, que, eleito presidente, nada soube fazer, e acabou por trair toda sua tradição, nomeadamente a miterrandista.

Alcançada essa posição confortável, António Costa assume a posição de garante, de efetiva charneira, para a qual se veio preparando desde os 14 anos, com a de líder incontestável de seu partido, capaz de o levar a grandes vitórias, como a das últimas autárquicas, ainda que essas não se traduzam em maioria absoluta, maioria que é signo de unanimidade, e toda a unanimidade é burra, como sabemos.

Entretanto o que o passarinho me contou, e é um grande risco que irei correr em Vos revelar, é que o Dr. Costa pretende estabelecer com o PSD, do Dr. Rio, a quem chamou de seu verdadeiro adversário num debate com Passos Coelho, e de quem espera forte colaboração para ambos entrarem para a história, criando um país novo, realizando as reformas desde há muito pretendidas. Isso na segunda parte da legislatura, porque se não alcançar a maioria absoluta, necessitará da esquerda, ou do que lá seja, para governar (Aprovar orçamentos, dito mais certamente.), e se chamar logo o PSD ao palco,  fica sem o apoio do Bloco e do PCP, que se sentindo preteridos, se afastarão. E o PSD apoiar reformas é uma coisa, aprovar orçamentos, é outra. Portanto pretende que, com a maioria, ou quase, possa governar sem ter de estabelecer acordos que o vinculem como se passou na atual legislatura, e que, então, com as mãos totalmente desatadas, possa definitivamente assumir a charneira, e negociar com o PSD as reformas, para as quais, como sabemos, o Dr. Rio está disponível.

O que temo em Hong Kong.

O sonho mais desejado é que a certeza e fortaleza dos protestos de Hong Kong possa contaminar toda a China. E, certamente, ao mesmo tempo, esse é para o Partido Comunista Chinês, e para a ditadura que esse mantém por décadas, o pesadelo mais temido. Onde estes dois extremos tocam-se é na reação provável do governo da China, para acabar com o pequeno aroma de liberdade que se respira no território.

Tem se mantido calada e expectante ao longo destas 24 semanas, sobretudo para mostrar-se cumpridora da autonomia pactuada na devolução do Território pela Grã-Bretanha, onde, à cada final de semana, voltam às ruas os manifestantes, o sentimento de truculência visto claramente em Tiananmen, tem se controlado, é verdade, mas sabe Deus até quando.

No entanto a força dos que se opõe, muito para além do espectável, mesmo já tendo conseguido, há duas semanas, a revogação da legislação que originou o conflito, a Lei de  Extradição, mantém os protestos, com a mesma intensidade e vigor, perseguindo as outras reivindicações que surgiram durante o conflito, com uma lista de medidas pretendidas.

Há uma fermentação em Hong Kong, visível desde o Movimento dos Guarda-Chuvas em 2014, cidade que pouco mais de duas década completou desde ter sido britânica, (devolução em 1979) e que marcado, sobretudo pelas gerações mais novas, o sentimento de independência e autonomia manifestos em expressão popular, vem demonstrando o que será uma China cada vez mais culta e capitalista, na mão de um partido comunista maoista e anti-democrático.

Enquanto a balança pende para o lado do poder, nada mais serão que registos revigorantes de uma busca de liberdade tão almejada, como a cantar: "Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós..." mas como se passou em Tinanmen, tudo pode acabar de um momento para o outro, como se Xi disser: 'Isso já foi longe demais, ponham os tanques na rua'. Porém a liberdade é construída com esses fugazes e voláteis momentos em que se manifesta plenamente, como um motor que quer arrancar, e se pôr em marcha, dá-se a manivela, uma e outra, e ainda outra, e mais outra vez, até que ele pega, e entra em funcionamento, e já não mais para enquanto houver combustível.

Esperemos que os bravos meninos e meninas nas ruas de Hong Kong dêem com força à manivela.

O Dr. Rio está no partido errado.

TEM A CORAGEM DE CONCORDAR SEJA COM QUEM FOR, DESDE QUE ACHE CERTO.
UM HOMEM SÉRIO NÃO PODE GANHAR ELEIÇÕES.


Colocada estas duas premissas, vamos ver porque o Dr. Rio está no partido errado, analise-mo-las:

Os políticos profissionais não se podem mostrar amenos, concordantes, afirmativos. Têm de ser contrastantes. Para tal têm de discordar, contraditar, criar polémicas. Como pode um homem do PSD concordar com Catarina Martins, seja no que for? E com Jerônimo de Sousa ter algum ponto em comum? Portugal, o bem comum, que se dane, o importante é marcar diferenças, mostrar-se intransigente com qualquer dos pontos que os aproxime. Se isso faz mal ao país? Não importa!
A política faz dos políticos cabotinos, e não se apresentar assim, não convence, aos que querem ser assim convencidos, (a imensa maioria), já cumprir a praxe, enganar, sofismar mentir, é apreciado. Garante votos, faz a clientela vibrar, dizer a verdade nunca faz bem, como afirmou Platão repetindo um pensamento de Sócrates: "A sinceridade mata." Dizia-o porque ninguém quer ouvir alguém falar de seus defeitos, se é feio, horrível, e pergunta se é bonito, deve-se responder que é lindo. No caso aqui a sinceridade é outra, em sendo a mesma, se é bonito (e é opositor) e vemos que é bonito, não podemos sinceramente dizer que o é. Não, isso mata as divergências, e é nas divergências que se ganham eleições. Dr. Rio é politicamente incorreto por ser correto. Este o paradigma de sua forma de ser. E é terrível quando o paradigma é uma contradição.

Eu hei sempre de me lembrar do Dr. Rio como um homem de bem, alguém que muito poderia fazer o Bem a Portugal, por sua honestidade, por sua decência, por sua franqueza, mas ele irá para o limbo da História, porque tentou ser sincero, "A sinceridade mata."

Penso que fica visto porque um homem sério não pode ganhar eleições, não pode honestamente concordar no que seja para concordar, e discordar naquilo em que verdadeiramente discorda, terá muitas vezes que concordar com o que discorda e discordar do que concorda, para gerar diferenças, e também  sofismar, falsear, e mentir, e enganar, esses os pilares do bom político. Falta ver porque está no partido errado. Vejamos:
                                              1. O Dr. Rio não é de direita, ao menos não daquela que faz mal ao social para atender ao económico.
                                              2. O Dr. Rio não é passista, e o PSD, deixou de ser social-democrata, na acepção dos fundadores, que também não eram da direita, certamente não à passismo, e o veneno desse homem de extrema direita ainda purga por todo o PSD, com os deputados que elegeu, com a escumalha que reuniu, com os seguidores que arrebanhou, criando um outro PSD, que o Dr. Rio tentou expurgar, mas que logo voltará em força, com o chefe a cabeça, porque a social democracia está morta no PSD.

                                             3. O que afirmei no ponto anterior se deve ao fato do PSD ser um partido de poder, e só tem acalmia e benignidade interna, quando no poder. Logo, a senda oposicionista do Dr. Rio, com a ideia de servir ao país, na oposição não satisfaz de forma alguma às hostes.

                                            4. Num partido que estivesse fadado a ser oposição, o Dr. Rio estaria bem, poderia ser o que é, sincero, cordato, preocupado primeiramente com Portugal e com as melhores medidas para o país, mas no PSD não, tem de ser sempre do contra, e não pode deixar esse papel à Assunção Cristas, pois o CDS não tem peso para representar a oposição, e cabe ao PSD (Onde será que isto estará escrito?) cabe ao PSD discordar, opor-se ao PS, seja de que maneira for, não basta opor-se aos outros partidos, é na oposição ao PS que reside sua função central, logo a honestidade do Dr.Rio não serve, num partido sem a ânsia de poder do PSD, talvez houvesse espaço para uma liderança como a do dr. Rui Rio, mas no PSD, não, portanto

                                                                                                   o Dr. Rio está no partido errado.

A MAIORIDADE DA ESTUPIDEZ.

Dezoito anos é a maioridade criminal, quando a criança deixa de ser inimputável, podendo ser incriminada.

O September-eleven, o dia inesquecível, início dessa ocorrência maldita, que vem marcando o século XXI, mas marcando no sentido de fixar sua maldição, pois que o tornou amaldiçoado, acabando com toda a amenidade que restava dos bons tempos do final do XIX, e princípio do XX, completando a desgraça, transformando tudo no que agora é, e como agora é, um ambiente mau, uma atmosfera irrespirável, locais envenenados pelo medo e pela violência, com raríssimas excessões, são locais onde as pessoas vivem em estado de alerta, com a adrenalina a correr em suas veias, com o mau sentido da atenção angustiada, e com medo, de sobreaviso para tudo, e para nada, uma forma de viver desgraçada, onde todas as misérias se exponenciaram.

Os crimes sexuais, de todos os tipos, e contra todas as pessoas, principalmente contra as crianças, e os contra a dignidade sexual, estupro, corrupção, de menores e adolescentes, assédio. E os contra o patrimônio, praticados de todos os modos, sobretudo virtualmente, os contra a administração pública e na administração pública, que acabam por ser contra todos os cidadãos no fim da linha. Os crimes econômicos de toda ordem, estelionato, lavagem de dinheiro, fraudes de muitas maneiras, burla, furto, assalto, extorsão, comum, e mediante sequestro, sendo uma desgraça ter dinheiro, seja como, e onde for. Os contra a incolumidade pública, incêndios, desabamentos, explosões. Os contra o Patrimônio Histórico, com demolições, furtos, roubos, etcetera. E por aí vai. A vida tornou-se um inferno, e para quem gosta da vida, das pessoas, e das coisas antigas, como eu, um inferno a dobrar.

A tudo isso, que era mais que suficiente para transformara vida num inferno, como tudo isso passou a poder ser praticado também virtualmente, exponenciando o inferno. E ademais surgiu a criminalidade terrorista, trazendo insegurança para todos, destruindo muito do turismo, porque as pessoas não se sentem confortáveis em irem conhecer a maioria dos países, indo matar o turismo que, por estes tempos, vinha evoluído como uma força enorme.

E foi nesse onze de Setembro de 2001, a meio do primeiro ano do século, que a terrível ocorrência que se mostrou poderosamente destruidora da qualidade de vida, acompanhada de outras executadas pela mesma mão, roubando o pouco de paz que ainda restava. Como já desenvolvi n'As penitências do milenário, vivemos um tempo amaldiçoado, um tempo de consternação e desespero, porque criamos um mundo baseado nos valores errados, em valores corruptos, em falsos valores, e agora estamos pagando a fatura.

O homem que nos apresentou a conta, Osama Bin Laden de seu nome, que certamente arderá nas chamas do inferno pelo seu mau feito, foi apenas um mensageiro da desgraça, posto que essa já lá estava, e somo nós os únicos culpados por ela lá estar. Se eu fizesse parte de alguma seita poria-me aos gritos. Arrependam-se, arrependam-se. E muitos poucos seriam os que arrepender-se-iam, porque é da natureza tratar da sua pele, de seus interesses, mesmo que isto custe a pele dos outros. A ganância, a falta de espiritualidade, mesmo porque as Igrejas estão voltadas para adquirirem mais poder, com mais adeptos e mais riquezas, não dando formação espiritual a seus fieis, e, muitas vezes os incitando ao ódio e à violência. Que fazer, uma vez mergulhados na insânia, nestes tempos da maioridade da estupidez?

A NECESSIDADE DE DAR FORMAÇÃO ÉTICA AO GOVERNADOR DO BANCO DE PORTUGAL.

Carlos Costa, essa peça rara e equívoca, esse cerebelo angustiado, e com uma praxis duvidosa, irá receber (verbis) "formação de  ética", bem mais espero que seja 'em ética'. Ultrapassando o detalhe vernacular, centremo-nos no que é importante, e que várias crônicas desse vosso escrevente ressaltaram. FALTA ÉTICA NO BANCO DE PORTUGAL.












Ainda que ética, que o povo traduz como vergonha na cara, se ganhe em casa, muitos terão lá pais tortos, talvez mesmo tortuosos, e esses não deveriam assumir cargos importantes na função pública (nem em lugar nenhum) para tanto deveriam ser submetidos a uma bateria de testes, para separar o joio do trigo. Entretanto...

Referi-me ao Banco como um todo, porque a substância da notícia é, como diz seu título: " Governador e administradores do Banco de Portugal vão receber formação de ética.", não se esqueçam que há no banco muita gente boa, e séria, e com ética (o Dr. Mário Centeno de lá saiu.), o que não significa que não haja muita gente lá necessitando da referida formação. A começar pelo Governador, irão receber formação os administradores do banco, para que tenham bases (as que importam) quando forem decidir as medidas preventivas, as avaliações das inspeções, da veracidade dos dados recebidos, os 'ring fences', etc... etc...

 Para lá da necessária vergonha na cara, fator absolutamente imprescindível de ser fornecido à todos que são suficientemente elásticos, descarados, e desprovidos da referida e mister ética, permitindo-se fazer figuras, que os ursos delas fugiriam a quatro pés (patas será mais adequado), o curso, uma vez ministrado, irá balizar fatores fundamentais de conduta, prudencial, é o termo? Essa mesma que tanto faltou ao governador, e ao Dr. Ricardo Salgado, vulgo DDT, que embrulhou e serviu o sistema, que o BP tem por dever defender e preservar, fazendo do governador Carlos Costa, um menino de bibe mal amanhado, mal arranjado, desqualificado ao máximo, eticamente falando, para o desempenho das funções de governador. Foi o que se viu...

LADRÃO, gritava o povo nas ruas, e ele, com aquela carinha de fuinha, dizia que não gostava de que lhe chamassem LADRÃO. E ninguém acredita que tenha roubado nada, mas também diz o popular, que é tão ladrão quem rouba, como quem deixa roubar, e por incúria, desatenção, descuido, ou sei lá o que (talvez seja mais por sei lá o que) concedeu o descalabro durante sua administração, que de tão boa foi bisada, repetiu. Vá lá o curso de formação ética. E há mais sítios onde o curso faz-se necessário. 

UM VERME CHAMADO BORIS.

Joga nas emoções, e com as emoções, 'a gambler', falacioso procura enganar para vencer, 'a bluffer', passa por cima das coisas com uma energia própria, e com suas lagartas ativas, 'a tractor', e quando as coisas não lhe são agradáveis, ou conformes, as tenta esmagar com toda a força, 'a smasher'. Assim é o atual primeiro ministro britânico, que espero o seja por pouco tempo.

O Sr. Boris Johnson de quem já disse que é um desqualificado, ainda sem curso superior, se lançou na política tendo a ambição como sua matriz, que, havendo uma janela criada pela suprema estúpida que o antecedeu no cargo, a Sra. Teresa May, que numa dança infinda de passos desconexos, lançou a GB num beco, que atingiu ao mais alto cargo da política britânica, sendo um homem reconhecidamente astucioso, com posições extremadas, o que revela apenas sua desqualificação para o cargo. Alguém que durante todo seu percurso político, foi esmagando sua própria gente, com o auxílio de outras forças absurdas, como as do outro oportunista de plantão, o locutor de rádio Sr. Farage, só visando o momento político do Brexit, tendo levado o eleitorado a uma decisão errada, de sair da  UE, da qual o eleitorado já se arrependeu, mas que não pode se expressar, pois não convocam referendo, e o BREXIT, com a ação desses líderes desajustados, vai sendo levado avante.

Disso devemos concluir que tudo somado o sr Boris é uma mão cheia de nada.Um embuste. Mas pior, não tem nenhum caráter nem nenhum princípio, diz uma coisa para desdizer  o dia seguinte ( O sr Trump vai fazendo escola...). Espero que não vá de derrota em derrota até a desgraça final. Que entenda que não é esse o caminho. Pensei que a Sra. Teresa May, havia esgotado toda a senda da estupidez, com seu alto grau e maestria, e que nada poderia superá-la em estupidez, pelo visto, enganei-me.

Mestre das artimanhas, forçou a representação máxima do povo a um caminho de confronto, pondo em choque o respeitabilíssimo Parlamento Britânico. Não se afronta o Parlamento. Só por isso, a par de tudo o mais, podemos dizer, como está no título da crônica, que há UM VERME CHAMADO BORIS.

Já começou 21. A justiça trai a realidade.

O Supremo negou que as provas obtidas com as conversas do conluio entre os procuradores e o Juiz Moro, sejam admitidas na defesa de Lula por terem sido obtidas por um hacker. É assim como se você soubesse quem matou sua filha, porque esse (o assassino) confessou numa gravação que por razões técnicas não querem considerar, e o assassino saísse impune porque a Justiça trai a realidade, e mantém a ficção (técnica, instrumental) em que vive alheada.

As provas cruciais da inocência de Lula, que foi condenado numa trama orquestrada pelo então Juiz Moro, trama que o levou a Ministro, e elegeu o atual presidente (usurpador), não foram aceitas no processo, uma vez apresentadas pela defesa do ex-presidente.

O cara-dura, que por seus próprios méritos, nunca passaria de sua Vara em Curitiba, alcançou o Ministério, com aquela cara medonha, anti-mediática, soturna, do mau caráter que ele é, vendendo a Justiça, sim vendendo a Justiça, porque quando se consegue uma condenação por meios ilícitos, num jogo de cartas marcadas, numa trama, que, por condenar, daria, e deu, grande visibilidade e mérito, falso mérito, mas que se fosse verdade, teria grande mérito em fazer o que diz o nome da operação -Lava-jato - mas era tudo apenas uma artimanha para retirar Lula a capacidade de se candidatar, transformando aquele que seria hoje nosso presidente, em prisioneiro, está se vendendo a Justiça, posto que essa não se fez.

Deste modo a 'Justiça do STF' traindo a realidade, serra fileiras com o CRIME, com o OPORTUNISMO, e, mais que tudo, COM A FRAUDE, retirando ao povo a possibilidade de escolher um líder, tendo no lugar dele, isso que temos, e o dr. Moro de ministro. 

Um ano de lamentação hoje.

A Quinta da Boa Vista, ou pior, o Museu Nacional da UFRJ, que, em sendo a mesma coisa, é outra, incendiaram-se no dois de Setembro de 2018, há um ano. Eu tive parte de mim rasgada, coisa estranha, há várias décadas não ia lá, mas tinha na quinta, no Museu, muitas das referências de minha vida, as da infância, as visitas em criança, o começo do gosto pela Natureza, pela Antropologia, pela História. Depois íamos, quando dava tempo, ao museu de caça e pesca ali ao lado. Almoçávamos no Quinta, bacalhau, quase certamente. Outras vezes era o zoo. MARAVILHA DA BOA VISTA.

Mais tarde, adolescente, ia ver as peças de que tinha saudade, do Bedengó às borboletas, passando pelas múmias. Depois foi o meu tempo de coleta de material na Mata Atlântica, na Amazônia, que encaminhei para o Museu. TUDO QUEIMADO.

Andava pela casa, o palácio de D. João VI, o começo do Brasil independente, o 1º Império de D. Pedro, as estátuas vindas de Itália ao cimo do Palácio, que albergava o museu. Os jardins, as escadas, uma viagem no tempo. TUDO QUEIMADO.   

Dois séculos de maravilha, 1818 - 2018, até a desgraça, filha da estupidez. 20 milhões de itens, a maior coleção de história natural da América Latina, coração de um Brasil que ali se formou. TUDO QUEIMADO.

Francisca Keller, a biblioteca que guardava o nome da cientista, e que era a maior livraria em antropologia e ciências humanas da América do Sul, 37 mil itens na biblioteca. TUDO QUEIMADO.

Minha dor não tem tamanho, talvez, muitos dos leitores não possam compreender porque choro, porque lamento. Talvez muitos não entendam o atraso que é para a ciência esse incêndio, a destruição de tanto material imprescindível à pesquisa. TUDO QUEIMADO.

A IRRESPONSABILIDADE, O POUCO CASO, A ESTUPIDEZ, NÃO TEM TAMANHO. TUDO QUEIMADO! SÓ RESTA LAMENTAR.