sexta-feira, 26 de maio de 2023

Do am I welcome to Elsinore?

Nobody is. Everybody is. A lie A truth A faith Try, all can be made. There is no Elsimore. There is all at Elsimore. All is Elsinore. Nothing is Elsinore. Helsingor Hell sing or... A mirage? A found? A loss? No doubt here! Elsinore is nowhere. Elsinore is everything Elsinore does exist Elsinore it is an harbour Elsinore it is a city Elsinore it is a dream, a mirage A rest, A sureness, A truth, and happiness. And there are parties in Elsinore. Nothing is Elsinore, but Elsinore is true. Elsinore is everywhere. Elsinore is nothing Elsinore it is a bad dream May be not... A doubt, it's an how An address, a question A lie and a crowd. And there are holes in Elsinore Holes in the soul Full of nothing Full of everything In many empty places like Elsinore Everything is Elsinore, but it's all lie. Elsinore is elsewhere. Elsewise is here Elsinore is a possibility. Elsinore may be sure? And could be cure? When be mature. Elsinore is an action A quest, it is an answer A certitude, a conviction A play, an adiction. And not discover takes it over Elsinore does not exist, but it's real. Serei eu bem vindo a Elsinore? Ninguém é. Todo mundo é. Uma mentira Uma verdade Uma fé Tente, tudo pode ser feito. Não existe Elsimore. Há tudo em Elsimore. Tudo é Elsinore. Nada é Elsinore. Helsingor Sinal do inferno ou Ele vai cantar ou... Uma miragem? Um achado? Uma perda? Sem dúvidas aqui! Elsinore não está em lugar nenhum. Elsinore é tudo Elsinore existe Elsinore é um porto Elsinore é uma cidade Elsinore é um sonho, uma miragem Um descanso, Uma certeza, Uma verdade, e felicidade. E há festas em Elsinore. Nada é Elsinore, mas Elsinore é verdadeiro. Elsinore está em toda parte. Elsinore não é nada Elsinore é um pesadelo Talvez não... Uma dúvida, é um como Um endereço, uma pergunta Uma mentira e uma multidão. E há buracos em Elsinore Buracos na alma Cheios de nada Cheios de tudo... Em muitos lugares vazios como Elsinore Tudo é Elsinore, mas é tudo mentira. Elsinore está em outro lugar. Caso contrário está aqui Elsinore é uma possibilidade. Elsinore pode ter certeza? E poderia ser cura? Quando estiver maduro. Elsinore é uma ação Uma busca, é uma resposta Uma certeza, uma convicção Uma brincadeira, um vício. E não descobrir assume o controle Elsinore não existe, mas é real. Enviado p Rafy c esse prólogo: Fyi Rafy Ray and fy Little chit Little chat Little cheet, full of words Little cheat Little this Little of that Little bit Big bet A dog and a cat. Para sua informação Rafy raio e voo garotinha bate papo Peitozinho, cheio de palavras trapaceiro pouco isso pouco disso Um pouquinho grande aposta Um cão e um gato.

DE VIÉS.

DE VIÉS Que é como sempre me olhas Com medo de encarar a fera E encontras dificuldades zarolhas Que são ciladas, e espera De um tempo que já não tenho Em abismo que já não é Como vou, não venho Perdição, desengano, falta de fé Tolice e quimera Dessencontro que é O que não tem solução Solucionado está Diferentemente do que pensas Um cão nunca se vai Nem tem autocomiseração Estará sempre conosco Mesmo morto, segue cão Não creias que eu não estarei Sempre contigo, e convosco Ainda que penses que não.

NOTAS DIDASCÁLICAS

Por serem marginais, ou de pé de página, ao contrário do que possam pensar, não são de ter menoscabo por elas, são, outrossim, as mais importantes, e todo o desdém será punido. Sobre a guerra da Ucrânia. Como ficou visto, o guião de Putin, foi pro brejo. A guerra era para durar três a quatro semanas, alguns falam dias, mas isso é tolice, basta ver o tamanho da Ucrânia. Uma coisa que demonstra bem que era para ser de curta duração, é a data em que ela começou, a outra o número de veículos que fizeram a invasão, houve até engarrafamento por serem tantos. Então, em fevereiro, com os solos ainda endurecidos pelo frio do inverno, seria para terminar antes da Primavera, quando se iam transformar em imenso lamaçal, com o descongelamento. Entretano o crítico do que falhou no guião, o fator nã considerado, foi a força indômita do povo ucraniano, com que ninguém contava, muito menos o invasor. E já lá vão quinze longos meses... Sobre o "IMPACTO AMBIENTAL". Dizem os jornais, proclamam os comentadores, como se houvesse lógica nessa ideia: Impacto ambiental. Impacto? MAS QUAL IMPACTO? O ambiente é nossa vida. Certamente o que representa para um esquimó será muito diferente do que representa para um bosquímano, ou um berbere, mas todos estão adaptados ao ambiente em que vivem, não lhes causando o ambiente impacto algum. O que há são alterações do ambiente por nossa culpa, inabilitando aos povos a viverem sob a pressão que o ambiente agredido promove como resposta. Gerando um impacto indesejável para o habitante, para quem vive num ambiente que se tornou inóspito, devido a impacto humano no ambiente; e se faltar água, então: MÍSERO AMBIENTE, põem-se todos a gritar. Há um sem número de más utilizações das palavras, fruto da ignorância generalizada, mas essa de "impacto ambiental", é viciada, pois é proposta com a ideia subjacente de que o ambiente nos impacta por ser rude, e poderá ser verdade se você que viveu toda a vida na Sibéria se quiser mudar para o Cairo, ou se você agredir ao ambiente onde quer que seja onde viva, poderá receber uma má resposta ambiental, mas não culpe o ambiente por isso. A CULPA É SUA. SÓ SUA. Sobre os 'bolsonaristas' sem Bolsonaro. Vão se conhecendo os crimes do capitão Jair, seus roubos, dinheiro espalhado por toda parte, diamantes e mais diamantes, propriedades, mansão cinematográfica nos EUA, o conlúio dos filhos, etcetera, etcetera. E os fiéis, infiéis, vão se dando conta do quanto foram enganados, e fogem a sete pés das hostes 'bolsonaristas', com especial destaque para os políticos, essas enguias fugidias, escorregadias, que logo trocam de casaco, de roupa, de pele, mas sempre haverá no fim os estultos que se aferraram às propostas do capitão, digo propostas porque não são ideias, não são nada, e estes ligados a essas propostas, se irão manter, até para não darem o braço a torcer, conspícuos que são. Mas temos mui bem consagrada a expressão: Rei morto, reposto... E isso tudo ainda acaba em jaula para a maioria dos conspícuos. Sobre os bancos. Os de jardim, com alguns precisando de pintura ou alguma reparação, vão bem em sua maioria, obrigado. Já aqueles que guardam nosso dinheiro nunca se cansam de especular, na eterna jogatina financeira, e com isso se vão destruindo, tanto como destroem o dinheiro dos investidores, e, até mesmo dos depositantes, mas a tentação é grande, e o lucro fácil. Os bancos portugueses com lucros de perto de onze milhões todos os dias do ano, chova ou faça sol, seja dia útil, sábado, domingo ou feriado, o que acham pouco, e não se satisfazem, e arriscam tudo em negociatas. Recentemente, após as três enormes crises que ocorreram nas três décadas anteriores, foi a vez do Sillicon Valley, e do First Republic, nos EUA, e do Crédit Suisse, que, do dia para a noite, sem vigilância, revelaram-se inadimplentes. Rápida ação dos reguladores para estancar a miséria, e circunscrever a desgraça, talvez tenha parado a crise. Mas o fato, a nota dominante, é que os bancos, se não estiverem sob estreita vigilância, metem os pés pelas mãos. Quem os quer regular? Ninguém. O Sr. Obama falou disso, prometeu regulação, mas logo esqueceu, ou fizeram-no esquecer o assunto, assunto que não interessa regular. Como fazer afortuna de uns poucos sem a desgraça de muitos, se houver regulação bancária? Sobre os refugiados. Agora que os dias ficam cada vez mais quentes por toda Europa, vamos ver outra vez as mortes no Mediterrâneo, as imagens terríveis dos campos de concentração que estiveram fora das televisões, mas que continuaram durante o ano todo, esses anos todos, com gente a sofrer todo tipo de penúria, todo tipo de exclusão. Sendo a pior delas a de serem afastados das portas da Europa, inclusive criminosamente, como fazem os gregos, suprema vergonha humana. Assim em Samos, em Lesbos, em Souda, na ilha de Chios, em Exárchia, na Grande Synthe em França, em Idomani, em Lipe, na Bósnia, e na Turquia em dezenas de lugares, paga que é pelos europeus para reter os emigrantes em seu território, impedindo a travessia, e para onde são reencaminhados; e na Siria, na Líbia, etcetera, etcetera, etcetera... em campos onde morrem de fome, de frio, de doenças, ou se matam de desespero. E a isso, aos que se negam recebê-los, os que pagam para os reter, como também a esses países com essa gente que recolhe aos desgraçados em campos de concentração que criam, tudo junto, chamamos Humanidade. Sobre a água. Abundante, como é a vida no planeta, permitiu que essa se gerasse, permitiu tudo que há vivo na Terra, onde tudo vivo tem água. Desrespeitada, abusada e desperdiçada, vem sempre cobrar a fatura da estupidez em seu maneio. Nos próximos anos, e cada vez mais, o precioso líquido será a razão de nossas preocupações. Alterando estilos de vida, de cultivo, de hábitos alimentares e ainda outros, o que nos impedirá gosto e prazeres, das piscinas à mesa, dos campos de tênis às lavações dos automóveis, dos pátios, das casas etcetera, sobrará por cuidado a lavação do Bonfim na Bahia, que religiosa e imposta pela fé, continuará. As tropelias a que sempre sujeitamos a água, abundante e barata, acabaram. O respeito que merece, e que é devido ao líquido da vida, que esbanjamos, sujamos, malbaratamos, desperdiçamos, e menosprezamos durante toda nossa vida, vem agora apresentar a conta de nosso desatino. Pesada fatura. Quem viver, verá! Ficamos por aqui, são muitas notas, muita coisa que há que se registrar nesse mundo de meu Deus, tudo o que se passa e se diz, como há também muita coisa boa, feita por gente muito boa, não as anoto, porque isso devera ser a norma, o ponto em que deveríamos estar, mas falta muitíssima vergonha na cara para lá chegarmos.

Vejam os que têm olhos de ver.

Talvez viesse mais a propósito o anexim, 'Mais cego é aquele que não quer ver', mas preferi como em Ezequiel 12, ou Mateus 13, a expressão título, posto que de fato estamos cheios dessa gente cega por aí, gente de uma cegueira endógena, intrínseca e despropositada, que oblitera a realidade, mesmo quando esta entra-lhes pela porta a dentro, só por não terem olhos de ver o que agora está em todo lado: enchentes, secas, a época de rega começando cada vez mais cedo, tufões, ciclones, furacões, calores e frios extremos, neves e chuvadas em épocas incertas, bem como a falta delas nas épocas certas; as águas não mais estando onde costumavam estar - com rios secos, lagoas mortas, reservatórios insuficientes, o freático esvaziado, e a demanda e os custos aumentando vertiginosamente num mundo sedento, e as pessoas náo se tocam que a margem de manobra está cada vez menor para que possamos fazer algo efetivo a longo prazo, esse mesmo prazo que já se esgotou para muitas ações, como as que deveríamos ter atendido, tendo feito o que é mister há décadas. E seguimos escorregando pelo precipício abaixo. Um casal de putos arteiros. Onde o menino e a menina vêm tentando se afogar nas águas do Pacífico, obtendo cada vez mais êxito em suas tentativas, o que perturba e perturbará cada vez mais o clima em todo o mundo. Vejamos essas duas crianças em ação e seus resultados, e porque ficaram mais agressivas e desordenadas, com ocorrência, periodicidade e duração que são absolutamente irregulares. 'El niño' Primeiro o menino, esse que vem com o Natal, como notaram os pescadores do norte do Peru, que asssim o chamaram devido a época do ano em que surge. Com os Alísios soprando de Leste para Oeste, as águas da costa leste da Ásia e a Austrália sofrem uma levação de mais de meio metro tomadas as suas águas em relação à costa oeste da América do Sul, que com isso trazem para suprfície as águas profundas, mais frias, que contém os nutrientes que alimentam as populações marinhas, como os peixes que os pescadores peruanso buscavam, e não encontravam, com enormes populações, permitindo abundante captura como era o caso da anchoveta, que chegou a doze milhões de toneladas/ano, a maior pescaria do planeta. Com o fenõmeno do 'el niño' dá-se uma diminuição acentuada na ação dos Alísios, e até mesmo a inversão de sua direção, passando a ser de Oeste para Leste, evitando a ocorrência da convecção, uma vez que desse modo as águas superficiais estando mais frias, não mergulham como normalmente faziam, trazendo para cima as águas profundas cheias de nutrientes, interrompendo, desse modo, o ciclo de abundância. Esse fenômeno gera grandes massas de ar quente e úmidas que acompanham as águas, então, com isso mais quentes do Pacífico, e provocam um forte aumento na pluviosidade da costa da América do Sul, e secas na Indonésia e na Auatrália, modificando o clima em todo o planeta com a alteração da circulação geral da atmosfera, promovendo desde invernos mais quentes, mais chuvosos ou mais secos ao mesmo tempo em diferentes regiões, bem como verões muito mais quentes na Europa, e secas terríveis em África. 'La niña' É o arrefecimento das águas superficiais do Pacífico, em oposição ao 'el niño', com os Alísios soprando mais intensamente, o que resfria as águas superficiais, cria enormes distúrbios climáticos, e fomenta perturbações também a nível global, mudando a pluviosidade, as temperaturas, e a evaporação. 'La niña' provoca perturbação em todo o sistema climático mundial, numa contraposição tão indesejável quanto seu irmão. Antes não era assim. O aquecimento do planeta. Com o efeito estufa, resultante de enormes quantidades de carbono retido nos gases da atmosfera, que refletem o calor solar de volta para a terra, criando um ciclo de retenção do calor que se acelera. Não sabemos ainda se os meninos travessos influenciam o efeito estufa, mas sabemos bem que o efeito estufa exponencia as ações dos meninos. Vamos viver num Saara. A verdade é que todo o processo das alterações climáticas vão num crescendo pela falta de resposta global ao problema, esse que nos assola e que teimamos em não ver. Com a aceleração do ciclo da água - evaporação, chuva, retenção, e evaporação novamente - posto que a retenções passaram a ser mais breves, por memor tempo, as chuvas mais intensas e/ou menos frequentes, numa completa anomalia ajudada pela liberação de enormes quantidades de água que estavam retidas em vegetação, em glaciares e no freático, que entraram no sistema e passaram a circular, promovendo a seca, uma vez que a água não parando quieta, sendo evaporada e levada de um ponto a outro muito rapidamente tansportadas pelas nuvens, diminuindo assim os caudais, os mananciais, as reservas e mesmo o freático, numa dança insana e perigosa que nos empurra para que venhamos a ter um Saara por toda parte. Reflexão. Se o que vemos, ouvimos e sabemos pelos jornais, pelas televisões, em viagens, ou mesmo à porta de nossas casas, não nos basta para que entendâmos que a prioridade das prioridades é estancarmos o aquecimento, para que a água evapore mais devagar como antigamente, ou que permaneça quieta nos glaciares e no freático, e que também plantemos bosques, matas, e florestas, onde a água se movimente ainda mais lentamente, e que evitemos esse ciclo infernal que está criado, com a reposição das carruagens nos trilhos, o que demorará um século se começarmos a partir de agora, e essa constatação não nos basta, não é suficiente para que tomemos todos firmes medidas de resfriarmos o planeta que aquecemos com nossa irresponsabilidade e porcaria, então continuaremos a rolar precipício abaixo, sem termos onde agarrar-nos, desorientados, sem remédio outro que o de chafurdarmos em nossa cegueira.

terça-feira, 23 de maio de 2023

CENTENÁRIO DE EDUARDO LOURENÇO. 1923 - 2023.

Foi há cem anos Em São Pedro do Rio Seco Almeida, Guarda Nascia nesse 23 de Maio O menino Eduardo Aldeão da Beira interior, portanto Onde há 95% de granito por todo lado Na alma também... Pergunto como foi nascer lá menino tão doce? Homem tão sábio? Alma tão aberta ao entendimento? Entendeu tudo que há para entender E nos explicou como somos Sobretudo os portugueses. Num século de estupidez e pouco entendimento Vinha pensar a realidade Essa que tão fácil se vê E tão pouco se entende Por carecermos de perspectiva larga E por termos preconceitos Esses que corroem as almas. O filósofo Eduardo tinha as características misteres A paz necessária A ausencia de ódios Sem deixar que sua água cristalina se turvasse Fruto das circunstâncias Seu manancial corria límpido Puro e intenso E ademais belo Ouvi-lo era um prazer Lê-lo, uma descoberta Vê-lo, espanto Puro assombro da revelação.

sexta-feira, 12 de maio de 2023

NUM INFINITO MUITO PARTICULAR.

A Antena 1 da Rádio Difusão Portuguesa, aos domingos, entrevista alguém do cenário sócio-cultural português, num programa que se intitula "Infinito Particular", que busca mostrar que a singulariedade de cada um tem alcance enorme, infinito mesmo, posto que somos todos muito semelhantes em sensibilidades, apesar de pessoal e individualmente sermos particulares. Portanto únicos em nossas respostas aos agentes causadores de qualquer alteração na tranquila linha que busca seguir nossa vida sempre que possível, gerando nela turbulências de vária ordem, aí somos muito diferenciados. Nesse 18 de Dezembro pp na Antena 1, foi a vez de Lídia Jorge, com sua centralidade, e firmeza suave, sua interpretação muito particular do mundo, sua ousadia invisível, que traduz-se numa interpretação resoluta de tudo que se passa, sem abrir mão da concórdia mister, o que leva a renomada autora muita vez a calar-se, por "pudor", ao colocar-se no lugar dos outros. Enxames de formigas, simpatia por empatia. Sensibilidade. Fraternidade. Compaixão. Misericórdia. Contando em seu livro histórias de um lar de uma Santa Casa da Misericórdia, Lídia Jorge nos leva a uma viagem interior, onde a realidade, no que é percebida, ultrapassa a própria percepção, uma vez que o que não é percebido é tão presente como se o tivéssemos ali à nossa frente a gritar: 'Olhem para mim, eu sou a realidade, tudo o mais é ilusão.' Uma bipolaridade angustiante. E, para além das semelhanças, como que saída de um preceito budista, essa percepção do imperceptível, revelasse sua verdade transcendental: TUDO RESIDE NA DIFERENÇA DAS SENSIBILIDADES, essas que nos levam muitas vezes a termos simpatia, para além da empatia, posto que uma vez assumida a identificação, o sentimento tende, por norma, a se aprofundar e criar raízes mais entranhadas na inequívoca identidade estabelecida. Porém outros sentimentos para além desta identidade que gera sentimento, atingem níveis mais subterrâneos, calcados numa identificação que se nos entrou por algo mais intenso que a própria identificação de per si. Aos que desse modo são mais superficiais, chamamos afeto, amizade, fraternidade, ao mais profundo, amor. Fraternitas est amor, lembro a conclusão dos antigos. Amor solidário é compaixão. Amor sublimado é misericórdia. É justamente este o título do último livro de Lídia, escrito a pedido da mãe, que estava a viver num Lar da entidade meio-milenar do terceiro setor que atende por essa designação, e que, portanto, guarda esse nome, tendo sido o que motivou o romance, e o titula. Na Antena 1 - afirmações de Lídia Jorge. Afirmações que nos levam à conclusão de que a relação de verdade, mais que transfiguração, exige transposição. " É mais do que verdade", "o melhor que sei, o melhor que posso" também disse a justificar sua escrita. Sendo que, pelo poder transformador de alguém sofrer com o outro, não pelo outro, em comunhão, a autora cria uma décima quinta obra de Misericórdia (1) com seu romance, uma obra de transposição, ou seja, concitando-nos a irmos além da relação, posto que a relação, seja qual for, é uma verdade estável, que nos exige uma face transfigurada para a convivência com ela. Porém Lídia compreende que nos é exigido mais para sermos misericordiosos, posto que para tal é necessário ultrapassar, transpor a realidade, para conseguir a comunhão que estará além, na alma podemos imaginar, e que "é mais do que verdade". Premonição. Enfeixando estas condições para transpor, ir além, está uma percepção supra-humana, a de pressentir verdades ocultas, a de perceber realidades que virão a se concretizar. Assim foi. O romance Misericórdia de Lídia Jorge relata uma invasão de formigas, e esta era como a que, pouco depois da publicação, viría mesmo a acontecer num lar da Misericórdia, tal e qual está relatado no livro. Prognóstico arrebatador. Premonição. Prova da sintonia perfeita alcançada pela autora com o objeto de seu relato ficcional. Como se enxergasse no tempo para além do momento. Que mais se pode esperar de um autor? 'Desdemocratização'. Sua percepção fina, remarcada na entrevista (disponível em podcast), nos fala de um terrível problema de nosso tempo, que todos já percebemos ser reincidente, e que cada vez mais se vai generalizando, o da 'desdemocratização' da sociedade (é de Lídia o neologismo), e que sua percepção arguta a percebe como uma progressão, não direi imparável, mas avassaladora em nosso tempo, e deixa o registro como alerta, sabedora do perigo que há quando uma sociedade deixa de ser democrática. A décima quinta obra. Com sua "mais do que verdade" a autora nos convida a reflexão de "o melhor que sei, o melhor que posso" que atribuindo a seu trabalho, transpõe à toda realidade, posto que é o que verdadeiramente a ocupa-preocupa, a compreensão da realidade, que sempre nos exigirá esta postura metafísica da transposição para lidarmos com ela, e que consequentemente vai muito além da sexta obra espiritual de misericórdia, que aí está ainda imersa em sua ação de resposta à realidade, uma vez que só com o auxílio de uma sensibilidade mais alargada e geral, para além da nossa exclusiva, e que nos liberte da prisão do entendimento pessoal, nos permitirá a compreensão do todo, sua identificação, e a percepção do que está oculto no imenso emaranhado da totalidade. Qual o tom? A missão de contar a 'Misericórdia', recebida de sua mãe, que cumpriu com o livro que tem esse nome, levou Lídia, a alquimista, a profundos questionamentos que a inquietam, e que a faziam buscar o tom certo, posto que só este permitiria contar a história, criá-la na verdade, sem se perder pelo pieguismo, e também sem se arrojar no universalismo, posto que pretendia escrever um romance, e não uma tese. Diz a dedicatória que me faz no meu exemplar do seu Misericórdia: "Para Helder Paraná Do Coutto, com o agradecimento por lhe dever parte da música deste livro. Abraços imensos da amiga Lídia, Lisboa, 21. out. 2022" era sua forma de me agradecer uma conversa que tivemos em agosto de 21 quando estava ensaiando o modo de escrever o livro, eu disse-lhe que era mister, antes de mais, o escrever ao som do Miserere mei, Deus, de Allegri, e do Miserere cantado por Zucchero e Pavaroti, o que ela regista à página 9 do romance. Pois ela seguiu o conselho, imaginem. Foi assim que terei eu de alguma forma ajudado à grande autora a engendrar essa sua obra. Não era preciso dizer nada, menos ainda pôr no livro. Só a honestidade, sobretudo a intelectual, torna os seres humanos maiores. Lídia é absolutamente honesta em cada gesto, eis onde reside sua extrardinária força, mas não só. A curiosidade da mãe. Neste agregado de verdades, das quais Lídia não deixa passar nenhuma, está a da curiosidade de sua mãe, que lhe estimula todos os arquétipos, modo pelo qual sabe exatamente de onde vem cada um de seus entendimentos, é impressionante! "Como um dia de domingo". A imensa sensibilidade da grande autora depreende-se de pequenas deixas, de esparsas anotações, que surgem de sua enorme capacidade de dizer, e quem ouvir a entrevista, ou ler o livro, perceberá que sua escrita, assim como o que diz, e faz, é como quem precisa de falar com o outro, e de "andar de encontro ao vento", para "encontrar de qualquer jeito" um modo de expressão, posto que está sempre a descobrir o que se passa, e os seus páthos (2), portanto, quando estes se querem ir embora, "faz de conta que ainda é cedo", sabe que "tudo vai ficar por conta da emoção", essa que põe no que escreve, seu muito particular e infinito poder de dizer. (1) São as 14 Obras da Misericórdia: Obras Corporais: 1ª Dar de comer a quem tem fome; 2ª Dar de beber a quem tem sede; 3ª Vestir os nús; 4ª Dar pousada aos peregrinos; 5ª Assistir aos enfermos; 6ª Visitar os presos; 7ª Enterrar os mortos. Obras Espirituais: 1ª Dar bons conselhos; 2ª Ensinar os ignorantes 3ª Corrigir os que erram; 4ª Consolar os tristes; 5ª Perdoar as injúrias; 6ª Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo; 7ª Rogar a Deus por vivos e defuntos. (2) Refere-se à música deste nome, da autoria de Michael Sullivan e Paulo Massadas, imortalizada nas vozes de Gal Costa e Tim Maia. (3) Essa palavra grega πάθος que quer dizer sofrimento, paixão afeto - diversos tipos de emoção, e também qualidade que evoca tristeza, que depois alargou seu significado para expressar tudo que acontece, os incidentes, e que Aristóteles usou para designar um dos três meios de persuasão do discurso na Retórica; terá sua origem na antiga expressão frísia 'pad', que deu em inglês 'path' que antes de mais quer dizer caminho (de passo, ato de mover o pé, este que afinal cria o trilho), e em latim tem ambas as significações, a do caminho que confirma sua orígem frísia, e a da emoção. E que também está como prefixo em muitas palavras em diversos idiomas. Nietszche deu novo uso ao termo, sem abandonar de todo sua significação original.

OS INSTINTOS PRIMITIVOS.

Somos o que somos, e não podemos fugir a isso, por mais sessões de psicanálise que façamos para nos tentar convencer do contrário. Temos implantado três cérebros em nossas cabeças, cada um relativo a um animal que nos habita (*), e dos quais não conseguiremos fugir, por mais que nos esforcemos. Desde o bom e velho impiedoso assassino reptiliano, até o estratega hominídeo, passando pelos comportamentos aprendidos, característicos dos mamíferos. Somos tudo o que fomos e fomos tudo o que somos, tendo tudo isso colado à nós de maneira absoluta. Tudo o mais é como é, só porque pode ser assim. Com o advento do fogo, que nos permitiu aumentar imensamente o tamanho e as capacidades de nosso cérebro, ingerindo muito mais proteína assimilável, expansão que nos foi tornando em seres superiores, mais propriamente pela capacidade de elucubrar, muito para além da de pensar, desde os pensamentos simples, afetos a qualquer animal, como os de ir numa ou noutra direção, para os quais os nossos sentidos já nos orientavam da melhor e mais apurada forma. Impressões que, quando são bem respaldadas pelos órgãos que nos facultam as receber (impressões exteriores, refiro-me), nos permitem alcançar compreensão a vários níveis. Sendo evidente que se estes órgãos apresentarem alguma deficiência, nos incapacitarão proporcionalmente ao grau desta, por exemplo: alguém que tivesse dificuldades auditivas e não ouvisse para além dos vinte metros, estaria em pior circunstância (incapacitado parcialmente) do que quem apresentasse as mesmas dificuldades só para além dos cem metros, assim regressivamente até oo que fosse surdo. Como os cérebros dispõem, em todos os animais, só dos cinco sentidos para receberem as impressões do ambiente em que vivem, para as poderem analisar, nada os diferencia nesse âmbito, aliás os iguala, a grande diferença reside no registro das impressões acumuladas - memória e sinapses estabelecidas - que determinarão a análise, a capacidade de interpretar, a reação, e a resposta mais adequada em cada caso - etologicamente - sendo o único propósito dominante desses comportamentos: MANTER-NOS VIVOS. Assim medo, pavor, ou bravura são reações da coragem necessária em cada caso, disse bem: CORAGEM; da mesma forma que lutar ou fugir, são reações fruto de uma avaliação muito particular das possibilidades existentes em cada momento, estando estas em equilíbrio com as possibilidades em desenvolvimento do assunto que busca decisão, avaliadas em relação à esta situação particular, o que nos inclinará num ou noutro sentido, lutar ou fugir, nada tendo a ver com os mitos estabelecidos neste campo, desde os que conferem medalhas, até os que geram execuções, passando pela condenação ou glorificação públicas costumeiras, tudo por motivos fúteis. (O que não exclui as propensões, os caminhos das sinapses, ou as memórias que nos levarão a ir numa ou noutra direção.) OBJETIVO VERSUS SUBJETIVO Sob muitos aspectos sociais e sociológicos, os nossos instintos, moldados pela componente animal, são também determinados por influências exógenas, ensinamentos, perspectivas, crenças, etc..., que se chocam muita vez com nossas tendências primitivas instaladas, e numa discussão da conveniência de qual rumo seguir, então inclinar-se-ão num ou noutro sentido, atendendo ao animal ou ao espiritual, ou a uma combinação dos dois, segundo crenças e conveniências pertinentes. Nesse sentido inúmeras opiniões, e ideias absorvidas ao longo da formação do indivíduo, serão determinantes no processo de avaliação, e nessa contenda entre o animal,com suas impressões objetivas instaladas, nosso primeiro instinto de resposta, e o conceiptual, ou intelectual, ou mesmo espiritual, impressões subjetivas elaboradas, sempre numa possibilidade de resposta já num estágio fruto de entendimentos socio-culturais estabelecidos, mais elaborados portanto, que analisam outras implicações, muito para além do reativo básico, e neste campo temos desde as crenças e tradições sócio-culturais, até ao que é romantizado muitas vezes, destarte impregnando a avaliação final da resposta, com fatores de natureza religiosa, política, ambiental, familiar, cultural em lato e estricto senso, e até mesmo razões adventícias por quaisquer questões fortúitas ou alienígenas. Nunca esquecendoo que todo o processo se dá sempre num campo subjetivo, virtual ademais, nossa cabeça, na intenção de conseguir dar resposta a uma situação objetiva, real, que estivermos vivendo. Cada um desses fatores terá relevância relativa, dependendo do grau de permeabilidade do indivíduo às suas influências, bem como da força de suas implantações em cada um, o que não exclui, ao revés inclui, a valoração que represente cada uma dessas influências para cada indivíduo em particular, e a importância que este atribui a cada uma delas. Isso tudo vai se tornando cada vez mais complexo à medida que a sociedade evolui, para uma sociedade tribal serão muito menos as influências externas, do que a de uma sociedade medieval, que terá forçosamente mens influêncikas que a nossa, o que não exclui calores semelhantes enraizados. O que levará, por exemplo, pessoas muito crentes em Deus a sempre se sentirem inibidas em matar, de algum modo, as tomemos, pois, como exemplo. Já outras, mesmo crentes, no entanto, verão os preceitos religiosos como uma forma excessiva de influência em suas vidas, na vida individual de cada um, querendo determinar comportamentos e ditar valores, o que, entretanto, não limitará de todo sua crença. Como noutro exemplo, não limita o patriotismo o fato de um país ter num mau governo em dado tempo. Rejeitarão, em ambos os casos, o que lhes antagonize, sem perderem sua convicção matricial, continuando crentes e patriotas à vez. Ou seja alguém que crê em Deus e respeita os dez mandamentos(1), pode perfeitamente rejeitar os outros comportametos pregados pelas igrejas, como os aceitos em sua latitude por exemplo, sejam eles quais forem, aos quais ele não se adapte. Desse modo opiniões, não as de o uso de um lenço, mas sobre comportamentos e coisas mais profundas, como a prática da monogamia, ou da heterosexualidade, como as únicas aceitáveis, o que, da mesma forma quanto à legislação, ou às opiniões estabelecidas, em ambos os casos, podem variar com o quadrante onde estas imperem, sendo pecado, ou não, sendo crime, ou não, sendo aceitas socialmente, ou não, sendo motivo de exclusão, ou não. Vivemos num mundo muito diversificado, deveríamos aprender a sermos mais tolerantes. Desta diferença geralmente nasce o conflito, tanto o pessoal, como o comunitário, que promovem oposições e reações, tão mais conformes com nossos instintos primitivos, quanto forem mais básicos e desinformados os indivíduos susceptíveis a eles. Viu-se ao longo da história tantas vezes criarem-se ambientes de exclusão das regras que foram impostas nestas certas épocas e lugares(2), e ainda outras mais transversais, como as da avidez; de tal modo que podemos mesmo estabelecer um padrão comportamental para definir como prováveis as reações consoantes a satisfazer nossos instintos primitivos, reforçados por hábitos e ainda outros comportamentos que se foram estabelecendo em nossas vidas, desde os vícios aos prazeres, desde aos sacrifícios às penitência, desde as opções conscientes e às inconcientes que fazemos todos os dias, até as que não fazemos. Como cada um se mede é assim, dessa maneira, mas esta é também uma forma muito particular de medição, com resultados que quase nunca são tidos como fúteis, ou que não acreditamos de forma alguma que possam ser de qualquer modo. Perspectiva pessoal absoluta de auto-importância e/ou auto-presunção recorrente, que se repete infindavelmente nas nossas escolhas. Como não nos podemos nunca nos libertar de todo desta base instintiva animal primitiva, todo e qualquer rótulo, toda e qualquer determinação em desacordo com nossos instintos, primitivos que são antes de mais, e, como tal os primeiros que tivemos e temos; portanto hoje soem ser consideradas contra-naturam(3), contra o indivíduo portanto, uma vez que estão em dissenso com aquilo o que agora somos, depois que evoluímos em divergência absoluta com nossas próprias limitações originais. Apesar de detestadas por muitos que em seu puritanismo e preconceitos, vão estabelecendo valores particulares, bem como gerais, e desse modo moldando e restringindo naturezas que se não adaptam a essas restrições que reconhecendo, negando ou excluindo outros valores dividem águas de uma mesma bacia, indivizíveis que serão, criando anomalia que é dispensável. Por exemplo quanto a sexualidade, criaram barreiras que definem e propalam preconceitos, desde o fértil uso de palavras(4) preconceituosas, até a criminalização ou patologização de vertentes sexuais. Repudiando realidades que ocorrem no corpo social, bem com no indivíduo, e que já foram aceitas em outras épocas. Os egípcios procuraram interpretar isso atribuindo-nos dois tipos de alma, ba e ka. Ba e Ka, duas metades, uma só alma. O entendimento egípcio que se foi modificando com o tempo, três longos milênios, verificou sempre queexistem em nós características tão manifestas, qeu indissociáveis do indivíduo. Somos em verdade um espectro de manifestaçãoes que são de difícil classificação, uma vez que confundem-se. Direita e esquerda, positivo e negativo, supostamente certo e supostamente errado, e, evidentemente na formação destas manifestações Ba e ka, dis lados da alma, que para os egípcios eram duas. Ba era a manifestação metafísica do espiritual, não o espírito, mas a própria energia mística, divina portanto, que nos habita a cada um. E Ka é nossa energia metafísica em si mesms, logo expressão do nosso ser no mundo, que era, portanto, uma espécie de alma, mas não a alma cristã, e sim uma alma da Natureza. Desse modo os deuses tinha um só Ba, assim como nós, mas um Ba amplo, fruto do conhecimento das muitas energias, e muitos Kas, porque, como deuses, atuavam em várias esferas, impulsinados por muitos kas, que geravam os diversso trânsitos. PERSONALIDADE. Como ficou visto nossa capacidade de perceber o mundo traz em si diversas fontes de formação, desde a recolha da informação através dos sentidos, passando por vários filtros, que começam nos diferentes cérebros disponíveis, até a conjugação que estabelecem a diferentes níveis, conjurando uma interpretação, trama explicativa, que resultará naquilo que entendems como percepção - ou seja só percebemos o que somos capazes de interpretar, tudo o mais se perderá. Perder-se-á sempre, uma vez que nã existe o que não reconhecemos. Daí todas as verdades abslutas serem falsas, somos contraditórios, e toda crença em verdades absolutas, tolas. DE PRESUNÇÃO E ÁGUA BENTA... Como somos muito presumidos, somos facilmente enganados. Demasiadas são as ilusões e os enganos, posto que a interpretação que damos às coisas é sempre a conveniente, uma vez que resulta de nossa trama explicativa, e esta só é satisfatótia quando reune ou conjura, nossas referências, levando-nos ao que chamamos de mundo percebido, que é o único que existe para nós, foonte de tod nsso saber, e de todos nssos enganos. A Física Quântica foi um susto, porque nos mostrou que o que percebemos raramente é a realidade, e que esta raramente é perceptível. Vivemos, consequantmente, de presunção. Estimulados por inúmeros fatores: reais, alguns; hipotéticos, outros; sentimentais, endógenos, o que não excluirá influências exógenas; e ainda outros imaginários, mas todos balizados por noossa 'percepção'. ANALÍTICA E SELETIVA. É como aje a mente. Sendo tão analítica e seletiva ao ponto de ver o que que ver. Foca-se numa determinada coisa/ideia, e vai atrás dela, e em meio a infinitas coisas, encontra exatamente aquela em que se focou encontrar. Este é o princípio do Vision improvement, cujo método baseia-se nesta faculdade, de irmos ver o que esperamos encontrar, afastando sucessivamente para além de nossas capacidades visuais nas condições presentes, aquilo que inicialmente observamos de perto, focando nossa visão no que pretendemos ver, já para além de nosso campo visual restrito, limitado por alguma deficiência. Os olhos são como lunetas, como binóculo que se precisa ajustar. Desse modo a seletividade analítica de nossa mente vai buscar, faz o ajuste, e faz-nos ver o que pretendíamos. O que prova que não vemos com os olhos, mas com a mente. INFINITO AUTÔNOMO. A ganância, por outro lado, tem um fator estimulante muito particular, o de sua componente Matemática, porque sempre admite uma adição qualquer, posto que podemos sempre somar mais e mais a qualquer número, e, por outro lado, como sempre necessitamos acumular para enfrentar tempos menos favoráveis, os diversos cálculos nos permitem estabelecer prognósticos de valores para uma vida mais desejável, consoante a ambição de cada um, dependendo nesse sentido do que cada qual deseje, evidentemente. Poderá entã ser de feição a exigir muitas parcelas a somar, eis a ganancia em sua face mais perversa e pervertida - corrupção, ambição de poder, de estatuto scial, profissional, etcetera - posto que os instintos primitivos estimulados matematicamente não se contêm. Esta situação é presentemente o pior dos males da Humanidade, e não creio que vá passar facilmente, pois se exponenciou, e domina tudo, e quase todos, uma vez que se torna desmedida quase sempre, e é dissociada de nossa percepção. A subversão de valores reside primeiramente no afastamento de nossos instintos primitivos, formando um freio e um distancaiamento desses intintos primitivos uma vez que são resposta necessária para a vida em sociedade, posto que são violentos os instintos primitivos, e que dão respostas violentas quand estimulados; mas que nunca devem ser deixados de ter em consideração, posto que são parte de nossa natureza, portanto, como tal, devem, e têm de ser considerados, digo a nível consciente, para que, verificando em que medida, não para os satisfazer, ao menos integralmente, tendo-os em conta na avaliação geral, e no cômputo final de nossas opções, conscientemente, repito, porque inconscientemente sempre estarão lá, e não porque eles se venham a impor, mas porque os devemos considerar, uma vez que eles fazem parte, e são os nossos instintos primeiros, componente primitiva, antiga, rústica ademais, mas que estarã sempre a pulsar em nós, imperscrutável, indicando caminhos. (*) 'The animal within' O animal dentro, como foi percebidos por dezenas de autores em diversas formas de arte, que ampliaram emblematicamente os animais que nos 'habitam' para além desses três dos quais guardamos os cérebros. (1) Mandamentos, ou leis, ou normas, que sempre existiram em grande número; na bíblia tendo começado com estes dez do decálogo, chegaram aos 613 encontrados só no velho testamento, como foramm listados por Maimônides há oitocentos anos. (2) Para além de muitas atitudes, como acontece ainda hoje, serem criminalizadas num local e não noutro, desde tempos imemoriais, era muito comum um criminoso fugir da cidade onde cometeu o crime, para se ir pôr debaixo da proteção de uma outra cidade onde nada havia feito de mal, podendo lá viver em paz, sempr foi assim ao longo da História. Nesta paz se incluirá também a da consciência, como no caso recente de certas atitudes que no Bronx eram aceitas durante a Lei Seca, e que não eram nos outros bairros nova-iorquinos, isso há muitos poucos anos atrás. (3) Contra-naturam tembém é um conceito que 'se estabelece', é interpretativo portanto, mas o que quero dizer com a expressão, é que o que quer que genericamente seja contra a natureza dos indivíduos em geral, ou contra aquilo que sente cada um de per si, sendo aquele a excessão, deveria ser aceito pelo todo dentro de limites, modus in rebus. (4) Para apodar os homossexuais masculinos temos: larilas, panasca, bicha, viado, paneleiro, maricas, epiceno, invertido, virado, promíscuo, adamado, afeminado, efeminado,gay, rabicha, pederasta, bi, abichanado, panisgas, e também no singular, panisga, prostituto,finóquio, pinoio, puto, tia, panela, travesti, traveca, traveco, andaço, sacana, atracador, atraca dos dois lados, que corta para os dois lados, e outros que não listarei aqui por muito horríveis que são, bem como os mais os regionais, com menor amplitude de uso. São muitas dezenas, demasiada sinonímia para uma realidade que se deseja rejeitar.

A sutileza do rinoceronte a marrar.

O fator central da prática diplomática sempre foi a subtileza. Hoje, e cada vez mais, estão perdidas a diplomacia e sua subtileza, fruto da alteração da forma de se fazer política. Não sendo mais a mesa de negociação o locus diplomático, onde se poderão resolver os impasses e as divergências entre as nações? Fora da mesa de negociações só haverá o confronto, este que no extremo se traduz em guerra, a inevitável consequência da vontade de uma parte impor sua vontade sobre a outra, extinguindo toda a negociação. Hoje se acredita ser possível fazer diplomacia nas redes sociais, em declarações à imprensa, e em boletins de Estado. Quanto engano, e que cobrará um alto preço.

Ao longo da história, a Diplomacia sempre resultou de ações delicadas que buscavam atrair e envolver a parte discordante para o ponto que defendia a ex-adversa, buscando um consenso. Destas ações mansas e penetrantes destacaram-se muitos homens que desde a Antiguidade desempenharam papel nas negociações de Estado, que pela sua verve, habilidade, subtileza e boa forma em dizer, conseguiram levar adiante a sua tese, fazendo-a vencedora. Foi assim desde os negociadores do Tratado de Eannatum, até os milhares de negociadores atuais de tratados de toda a natureza , que fazem o dia-a-dia de diplomacia nos tempos que correm. Aliás os tratados são a alma do empenho diplomático, sua própria tradução, posto que o próprio nome do ofício, vem de diploma, que era o papel de se escrever o acordo, em grego antigo, e 'matos' que quer dizer objeto duplo, pois que haveriam sempre duas cópias do documento, cada uma cabendo a cada parte negociadora. Expressando maior ou menor destreza, muitos homens ficaram na História por sua capacidade de negociação, e habilidade para o feito. Assim desde os enviados da Antiguidade, passando pelos apocrisiários, pelos 'procuratores', quando a instituição diplomática começa a ganhar caráter permanente, até às Missões do Renascimento, para chegarmos aos corpos instituídos e continuamente estabelecidos modernamente, acreditados em missões permanentes, de caráter oficial, mantidas junto aos diversos países.

Com estes dispositivos instituídos, as queixas, reivindicações, os conflitos de várias ordens, as posições e ações dos governos dos diversos países, encontraram um canal permanente e revestido de muito tacto, que sempre visava estabelecer conversações frutíferas, fugindo a confrontos, retaliações, ou choques, tão comuns entre potentados, evitando por essa via as inconciliações resultantes do embate de princípios contrários. Por isso, desde muito cedo, a atividade diplomática recrutou homens com habilidade para nunca dar por finda a negociação, até que ambas as partes se encontrassem satisfeitas, ainda que precariamente ,ou em pequeno grau, em suas posições, estabelecendo acordo. Essa habilidade sempre se traduziu em subtilezas que mantêm a conversa a nível possível, não dizendo nada que impossibilitasse a continuação da conversa, nunca rompendo o processo de negociar.

Hoje em dia vemos um extremar de posições, numa miríade de conflitos resultantes de interesses muito diversos, em muitíssimas áreas, que sem a negociação soeriam descambar para outros caminhos mais severos, que normalmente nunca acabam de forma satisfatória para nenhum dos lados, ou evoluem para a beligerância, também conhecida como A Diplomacia da bala, juntando na expressão dois polos incompatíveis.

Deste extremar e desta radicalização tão pouco afeitos aos processos diplomáticos, costumam resultar irreconciliabilidades perigosas, que alimentam ódios e confrontos pouco úteis a ambas as partes, cujo único possível real propósito é sempre ver o conflito ultrapassado, que, mesmo com uma vitória no campo de batalha, não se verá dirimido, posto que, com o rescaldo remanente, poderá a qualquer momento atiçar o incêndio novamente. Só as conversações são efetivamente capazes de anular de modo terminante as divergências, com a satisfação das controvérsias, terminando, resolvendo a matéria em disputa.

Cada vez mais vamos vendo atualmente a perda dessa tão importante capacidade diplomática, com o surgimento de mediadores de toda ordem em contraponto com os defensores das partes em conflito, em ambos os lados da barricada, mediadores na sua maioria com incapacidades intrínsecas. Que vão desde não lhes reconhecerem uma neutralidade mister, passando pela falta de credibilidade, para ir culminar na absoluta falta de capacidades diplomáticas. Por outro lado os responsáveis das facções em contraposição que, ao queimarem pontes, ao esgrimirem razões com a sutileza de um rinoceronte a marrar, eliminam qualquer possibilidade da boa atuação da via diplomática, único caminho para a resolução efetiva de qualquer conflito.

Não havendo o reconhecimento do equívoco que há em trilhar essa vereda fora do diálogo, fora das negociações, strico sensu, e, por assumirem uma mudança de rumo aos esforços que deveriam estar concentrados na mesa de negociação, teremos com isso sempre respostas improdutivas, medidas inconsequentes e futuros reacendimentos da pendência não resolvida.

Com a falência dos canais tradicionais, desde, muitas vezes, os dos corpos diplomáticos dos dois lados em disputa, até à ONU, vão surgindo hodiernamente mediadores de toda a sorte, com maior ou menor legitimidade e habilidade para o serem, cheios de boa vontade, que, pisando em terreno minado, buscam outras formas de estabelecer princípios, e criar condições, sobretudo as de sinceridade, e boas intenções, que visam abrir portas ao compromisso e à confiança no processo negocial que desejam estabelecer.

Em muitas plagas hoje essa é a senda que se busca criar, para anular os rinocerontes que seguem a marrar.

O TEU PAÍS DOS OUTROS.

Sempre houve muitos políticos que fazem distinção vincada entre um seu país e sua população, dizendo que a população vai mal, mas o país vai bem. Em muitas ocasiões afirmavam que crescia o PIB, diminuía a dívida, o déficit não havia, ou era insignificante, cresciam as exportações, etcetera... etc... logo o país vai bem, não levando nunca em consideração os cidadãos que vão pessimamente. Para lá dessa ideia absurda de um país sem povo, ou de um povo sem país, excluídos ou desconsiderados os nacionais, à conta da análise pretendida, em que o que importava, e importa para esses políticos, era, é, o CRESCIMENTO ECONÔMICO, nunca tendo em consideração bons salários, preços baixos, ou seja um maior poder de compra para os seus cidadãos, com a possibilidade de obterem excelente alimentação, moradia boa, aquecida, bem conservada, a preços abaixo de um quinto dos salários tanto no que represente um aluguer, ou uma prestação de aquisição do imóvel, e também a de alimentação representar outro quinto dos ganhos. Todos esses ingredientes são os que formam uma classe média forte, que é a alma de um país rico. Não há países ricos com gente pobre, ainda que haja quem acredite que sim. Muito bem, com a ascensão imparável do dinheiro iniciada na segunda metade do XIX, verificamos que as pessoas foram ficando fora da equação, uma vez que o preço das coisas, todas elas, aumentou, e aumenta, sem que haja a devida reposição salarial, o que torna as pessoas pobres a vários níveis, uma vez que a maioría esmagadora das populações em todos os paíse vivem de seus salários. Baseados nas mais diversas razões, muitas delas verdadeiras, não aumentam os salários, por exemplo para não realimentar a inflação, ou seja o assalariado paga a expansão do dinheiro. E, desse modo, essa contínua subtração de poder aquisitivo tem progredido lenta mas insistente e continuamente, até que chegamos às impossibilidades ora consubstanciadas em realidades muitas, adversas todas elas, resultantes da perda do poder de compra que foi retirando muitas coisas do alcance das pessoas em geral. Desde certos alimentos, em Portugal o fiel amigo, passou a ser um ilustre convidado, e as centenas de receitas de bacalhau frequentes diariamente, ou quase, à mesa dos nacionais, foram dilatando os períodos de consumo, acabando por serem guardadas para dias festivos, até, noutro extremo, à possibilidade de aquisição de imóveis em muitos sítios, que deixaram de ser para os bolsos dos nacionais em geral, passando a ser só possíveis a bolsos estrangeiros capazes de responderem aos altos preços que foram sendo sucessivamente praticados. Desse modo o país vem progressivamente trocando de mãos, deixando de ser de uns para ser de outros, sendo os outros aqueles que podem pagar pelo privilégio, seja o de comer bacalhau frequentemente, ou o de morar com vista pro mar, ou mesmo morar em casa própria, ainda que estas sejam em mais de dois terços da banca, mas que pretençamente próprias, possam com o tempo, formar um pecúlio a deixar aos filhos. Resultando que o progressivo afastamento da sociedade, dos cidadãos, do poder de compra, poderá transformar a frase da última alternativa acima: 'ou mesmo morar em casa própria', noutra frase onde desapareceria o adjetivo. Por mais que não queiramos, por mais que o processo democrático idealmente deva se refletir em governos voltados para o bem estar, e bem estar é algo sempre ligado ao poder de compra, bons salários se preferirem, por mais que o Estado Social venha a colmatar as carências das populações, tendo vindo a se transformar num Estado Assistencial, assistencialista, poderá tudo isso deixar de existir, inclusive a ascensão imparável do dinheiro, se dividirmos o bolo. O bolo é a riqueza produzida num país, que é de todos, e só toca a alguns, poucoos, e, por outro lado, se não houvesse Estado Social, ou seja: saúde pública, escolas pública, habitação do Estado, transporte em empresas estatais, etcetera, e houvesse salários que permitissem às pessoas pagar por tudo isso ao preço do mercado, a equação estaría resolvida. Assim é que devera ser. Mas os sucessivos governos ao longo do tempo, foram pactuando com a concentração de riqueza, e, para diminuir as crateras que se abriram entre as possibilidades das pessoas, e o preço das coisas - voltamos a falar de poder de compra, foram criando o Estado Social, para, desse modo, dimnuir o buraco com a ação governamental. Todo o bem que advém das pessoas terem poder de compra, o que para a maioria das pessoas significa bons salários - desse modo não sendo mais necessária a interveniência estatal, tão clientelista devemos lembrar, nem mais assistência de nenhuma ordem. Quem tem condições não necessita de ajudas. E faço aqui notar que toda essa perversa situação de inversão do modo de ser, ou que deveria ser, das coisas, não é do sistema, mas resultante do sistema, e é muito mais difícil mudar uma resultante, que uma parte do sistema. Certa feita num debate acadêmico, me questionaram sobre as empresas públicas, e eu, socialista que sou, afirmei que o Estado não deveria ter empresas, que, se em determinado tempo essas foram necessárias à ação do estado, que criou uma empresa para impulsionar, ou mesmo iniciar as actividades em determinado sector, e, logo que, uma vez suprida e atendida a necessidade, essa devería passar às mãos privadas, e os recursos de sua venda serem empregados noutra empresa para impulsionar outro seector que necessitasse, para logo a seguir também ser privatizada, e assim por diante. Minha resposta, de socialista convicto que sou, assustou muito ao meu interlocutor, levando-o a afirmar, mas os socialistas não pensam assim. Ao que respondi: porque não acreditam na regulação, e preferem que o Estado faça por si mesmo as coisas que apenas deveria regular e fiscalizar seu bom funcionamento. Como assim? Questionou-me. Sabem esses socialistas que a fiscalização e a regulação são corruptas, sabem que as coisas acabam descambando para atender apenas a um lado, e que o Estado não exercendo o controle mister para que o empresário cresça, fique rico, por sua capacidade criativa, e não pela possibilidade que tenha de aumentar preços, por isso preferem que seja o Estado a empreender o negócio, para o poderem contolar diretamente, o que é um engano. Temos que quando a ideologia esbarra na lógica, esta última deve sempre prevalecer. Em países supostamente mais regulados, estabelecem-se, então, os lobbys, uma aberração democrática, também estabelecem-se organismos reguladores que mor das vezes não funcionam, criam-se ministérios para ações sectoriais, que se traduzem em verdadeiras bolsas de negócios, onde os ministros barganham, não o interesse público, o das pessoas, mas os seus, particulares. Suas anbições, sejam políticas, sejam financeiras, são as que prevalecem em detrimento do interesse público. Com salários justos, isso tudo acabaria. Ministérios como o da saúde, da educação, da economia, etcetera, perderiam sua utilidade, sua razão de existir, e apenas haveriam institutos para controlar as regras do Estado e sua aplicação consoante as leis que atenderiam ao interesse geral do país. Só isso. O verdadeiro socialismo é aquele onde as pessoas vêm atendidas suas necessidades, e vêm a riqueza distribuída de modo a que todos desfrutem dela, não é esse assistencialismo que se instalou para mitigar a miséria, que é muita, e que assim é pelos baixos salários. Numa sociedade rica, de altos salários, não há miséria, não há mendigos. Procurem um mendigo em Israel, ou um judeu mendigo em qualquer parte, por exemplo. Os governos criaram essa situação, entraram por este túnel, e não conseguem sair dele, todos os recursos do Estado acabarão por serem empregues no financiamento dos custos do Estado social, fomentando essa mentira que vem rebentando pelas costuras, e dão espaço a grupos contestatários para ascenderem num cenário mal resolvido, propício à reinvindicações, onde podem enganar à vontade. Não serão os políticos populistas, ou as atitudes extremistas, ou posições ultras, nem esse pseudo-socialismo, que trarão a solução, ou darão caminho a esses problemas velhos como a Humanidade. Este processo de inversão de valores da desejável realidade, quase como uma fala de um Trump, ou a de um Bolsonaro, onde reinam as mentiras e as narrativas paralelas, foi criando distorções que foram justificando as ações governamentais e essas enormes máquinas estatais com elevadíssimo custo ao contribuinte, quando os governos deveriam existir apenas para fiscalizar, estimular o desenvolvimento em sectores onde fossem necessários impulsos, até se estbilizarem como produtivos, e promoverem as leis e a defesa, cuidar do patrimônio comum, cultural, ambiental e histórico, e pouco mais. Então me perguntaram: Tudo o mais fica em mãos privadas? Sim, fica. Sob controle apertado dos governos, apertado porque a tendência dos homens para o erro e a desonestidade é grande, porque com bons salários, havendo leis e aplicação eficiente delas, pouco mais é necessário. Mas o que temos é o engano, o dinheiro a correr solto, criando miséria generalizada, desgoverno por todo lado, prevaricação em toda parte, peculato do enorme funcionalismo, a busca de vantagens por quem as possa conseguir, e a miséria se espalhando à conta de entendimentos que acreditam não poderem dar o justo às necessidades de cada um, pagando um salário que divida o bolo do país, calculado todos os anos, e de coonhecimento geral, é só fazer contas, no país onde se viva e trabalhe, permitindo desse modo, como sãoas coisas hoje, a manutenção da miséria geral, e que outros se apropriem da paiságem, por terem poder aquisitivo para isso, esse mesmo poder que falta aos nativos. Criando O TEU PAÍS DOS OUTROS.

Sempre houve muitos políticos que fazem distinção vincada entre um seu país e sua população, dizendo que a população vai mal, mas o país vai bem. Em muitas ocasiões afirmaram que crescia o PIB, diminuía a dívida, o déficit não havia, ou era insignificante, cresciam as exportações, etcetera… etc… logo o país vai bem, não levando nunca em consideração os cidadãos que vão pessimamente.

Para lá dessa ideia absurda de um país sem povo, ou de um povo sem país, excluídos ou desconsiderados os nacionais, à conta da análise pretendida, em que o que importava, e importa para esses políticos, era, é, o CRESCIMENTO ECONÔMICO, quase nunca tendo em consideração bons salários, preços baixos, ou seja um maior poder de compra para os seus cidadãos, com a possibilidade de obterem excelente alimentação, moradia boa, aquecida, bem conservada, a preços abaixo de um quinto dos salários, tanto no que represente um aluguer, ou uma prestação de aquisição do imóvel, e também a parte referente a alimentação representar outro quinto dos ganhos. Todos esses ingredientes são os que formam uma classe média forte, que é a alma de um país rico. Não há países ricos com gente pobre, ainda que haja quem acredite que sim.

Muito bem, com a ascensão imparável do dinheiro iniciada na segunda metade do XIX, verificamos que as pessoas foram ficando fora da equação, uma vez que o preço das coisas, todas elas, aumentou, e aumenta, sem que haja a devida reposição salarial, o que torna as pessoas pobres a vários níveis, uma vez que a maioria esmagadora das populações em todos os países vivem de seus salários. Baseados nas mais diversas razões, muitas delas verdadeiras, não aumentam os salários, por exemplo para não re-alimentar a inflação, ou seja o assalariado paga a expansão do dinheiro. E, desse modo, essa contínua subtração de poder aquisitivo tem progredido lenta mas insistente e continuamente, até que chegamos às impossibilidades ora consubstanciadas em realidades muitas, adversas todas elas, resultantes da perda do poder de compra que foi retirando muitas coisas do alcance das pessoas em geral. Desde certos alimentos, em Portugal o fiel amigo passou a ser um ilustre convidado, e as centenas de receitas de bacalhau frequentes diariamente, ou quase, à mesa dos nacionais, foram dilatando os períodos de consumo, acabando por serem guardadas para dias festivos, até, noutro extremo, à possibilidade de aquisição de imóveis em muitos sítios, que deixaram de ser para os bolsos dos nacionais em geral, passando a ser só possíveis a bolsos estrangeiros capazes de responderem aos altos preços que foram sendo sucessivamente praticados. Desse modo o país vem progressivamente trocando de mãos, deixando de ser de uns para ser de outros, sendo os outros aqueles que podem pagar pelo privilégio, seja o de comer bacalhau frequentemente, ou o de morar com vista pro mar, ou mesmo morar em casa própria, ainda que estas sejam em mais de dois terços da banca, mas que pretensamente próprias, possam, com o tempo, formar um pecúlio a deixar aos filhos. Resultando que o progressivo afastamento da sociedade, dos cidadãos, do poder de compra, poderá transformar a frase da última alternativa acima: 'ou mesmo morar em casa própria', noutra frase onde desapareceria o adjetivo.

Por mais que não queiramos, por mais que o processo democrático idealmente deva se refletir em governos voltados para o bem estar, e bem estar é algo sempre ligado ao poder de compra, bons salários se preferirem, por mais que o Estado Social venha a colmatar as carências das populações, tendo vindo mais a se transformar num Estado Assistencial, assistencialista, porém poderia tudo isso deixar de existir, inclusive a ascensão imparável do dinheiro, se dividíssemos o bolo. O bolo é a riqueza produzida num país, que é de todos, e só toca a alguns, poucos, e, por outro lado, se não houvesse Estado Social, ou seja: saúde pública, escolas pública, habitação do Estado, transporte em empresas estatais, etcetera, e houvesse salários que permitissem às pessoas pagar por tudo isso ao preço do mercado, então a equação estaria resolvida. Assim é que devera ser. Mas os sucessivos governos ao longo do tempo, foram pactuando com a concentração de riqueza, e, para diminuir as crateras que se abriram entre as possibilidades das pessoas, e o preço das coisas - voltamos a falar de poder de compra, foram criando o Estado Social, para, desse modo, diminuir o enorme buraco com ação governamental. Todo o bem que advém das pessoas terem poder de compra, o que para a maioria das pessoas significa bons salários - desse modo não sendo mais necessária a interveniência estatal, tão clientelista devemos lembrar, nem mais assistência de nenhuma ordem. Quem tem condições não necessita de ajudas. E faço aqui notar que toda essa perversa situação de inversão do modo de ser, ou que deveria ser, das coisas, não é do sistema, mas resultante do sistema, e é muito mais difícil mudar uma resultante, que uma parte do sistema.

Certa feita, num debate acadêmico, me questionaram sobre as empresas públicas, e eu, socialista que sou, afirmei que o Estado não deveria ter empresas, que, se em determinado tempo essas foram necessárias à ação do Estado, que criou uma determinada empresa para impulsionar, ou mesmo iniciar as actividades em determinado sector, e, logo que, uma vez suprida e atendida a necessidade, essa deveria passar às mãos privadas, e os recursos de sua venda serem empregados noutra empresa para impulsionar outro sector que necessitasse, para logo a seguir também ser privatizada, e assim por diante. Minha resposta, de socialista convicto que sou, assustou muito ao meu interlocutor, levando-o a afirmar, mas os socialistas não pensam assim. Ao que respondi: porque não acreditam na regulação, e preferem que o Estado faça por si mesmo as coisas que apenas deveria regular e fiscalizar seu bom funcionamento. Como assim? Questionou-me. Sabem esses socialistas que a fiscalização e a regulação são corruptas, sabem que as coisas acabam descambando para atender apenas a um lado, e que o Estado não exercendo o controle mister para que o empresário cresça, fique rico, por sua capacidade criativa, e não pela possibilidade que tenha de aumentar preços, por isso preferem que seja o Estado a empreender o negócio, para o poderem controlar diretamente, o que é um engano. Temos que quando a ideologia esbarra na lógica, esta última deve sempre prevalecer. Em países supostamente mais regulados, estabelecem-se, então, os lobbys, uma aberração democrática, também estabelecem-se organismos reguladores que mor das vezes não funcionam, criam-se ministérios para ações sectoriais, que se traduzem em verdadeiras bolsas de negócios, onde os ministros barganham, não o interesse público, o das pessoas, mas os seus, particulares. Suas ambições, sejam políticas, sejam financeiras, são as que prevalecem em detrimento do interesse público. Com salários justos, isso tudo acabaria. Ministérios como o da saúde, da educação, da economia, etcetera, perderiam sua utilidade, sua razão de existir, e apenas haveriam institutos para controlar as regras do Estado e sua aplicação consoante as leis que atenderiam ao interesse geral do país. E não haveria um sector empresarial do Estado. Só isso.

O verdadeiro socialismo é aquele onde as pessoas vêm atendidas suas necessidades, e vêm a riqueza distribuída de modo a que todos desfrutem dela, não é esse assistencialismo que se instalou para mitigar a miséria, que é muita, e que assim é pelos baixos salários. Numa sociedade rica, de altos salários, não há miséria, não há mendigos. Procurem um mendigo em Israel, ou um judeu mendigo em qualquer parte, por exemplo. Os governos criaram essa situação, entraram por este túnel, e não conseguem sair dele, todos os recursos do Estado acabarão por serem empregues no financiamento dos custos do Estado social, fomentando essa mentira que vem rebentando pelas costuras, e dão espaço a grupos contestatários para ascenderem num cenário mal resolvido, propício às reivindicações, onde podem enganar à vontade. Não serão os políticos populistas, ou as atitudes extremistas, ou posições ultras, nem esse pseudo-socialismo, que trarão a solução, ou darão caminho a esses problemas velhos como a Humanidade.

Este processo de inversão de valores da desejável realidade, são quase como a fala de um Trump, ou a de um Bolsonaro, onde reinam as mentiras e as narrativas paralelas, e foi criando distorções que foram justificando as ações governamentais e essas enormes máquinas estatais com elevadíssimo custo ao contribuinte, quando os governos deveriam existir apenas para fiscalizar, estimular o desenvolvimento em sectores onde fossem necessários impulsos, até se estabilizarem como produtivos, e promoverem as leis e a defesa, cuidarem do patrimônio comum, cultural, ambiental e histórico, e pouco mais. Então me perguntaram: Tudo o mais fica em mãos privadas? Sim, fica. Sob controle apertado dos governos, apertado porque a tendência dos homens para o erro e a desonestidade é grande, porque com bons salários, havendo leis e aplicação eficiente delas, pouco mais é necessário. Mas o que temos é o engano, o dinheiro a correr solto, criando miséria generalizada, desgoverno por todo lado, prevaricação em toda parte, peculato do enorme funcionalismo, a busca de vantagens por quem as possa conseguir, e a miséria se espalhando à conta de entendimentos que acreditam não poderem dar o justo às necessidades de cada um, pagando um salário que divida o bolo do país, calculado todos os anos, e de conhecimento geral, é só fazer contas, no país onde se viva e trabalhe, permitindo desse modo, como são as coisas hoje, a manutenção da miséria geral, e que outros se apropriem da paisagem, por terem poder aquisitivo para isso, esse mesmo poder que falta aos nativos. Criando O TEU PAÍS DOS OUTROS.

A Santa Isabel da Capela da Misericórdia de Alfaiates - Guarda, Portugal.

ESTUDO CLASSIFICATÓRIO. A capela é românica, o que significa que nos mais de setecentos anos que tem esta capela, tudo pode ter passado ou acontecido, e pouco ou nada, além das pedras restará de sua orígem. Logo por aí não vamos a lado nenhum. A devoção Santa Isabelina. Informado de que a tradição situa nos primórdios a devoção taylorense à Santa Isabel de Portugal, a Franciscana, Isabel a infanta Aragonesa (1279 - 1336), Rainha de Portugal, Promotora da paz, devoção esta que terá começado mesmo antes de sua canonização que é de 1625 por Urbano VIII, e que inspirou o magnífico quadro de Zurbarban feito dez anos após a canonização para as coleções reais espanholas, pintor que também retratou sua tia-avó para as mesmas coleções, e que se encontram no Prado, cuja imagética é suposta, assim como as das muitas talhas e pinturas que dela há, visto não se cofísiconhecer seu aspecto. Veio para Portugal com nze anos, sendo portuguesa para os portugueses. Devoção muito regional, bem entranhada em Coimbra, na tradição Clarissa, sem votos, quando ficou viuva, indo viver no convento daquela cidade, capital do centro português, como a chamo, onde Santa Isabel viveu até sua morte, podendo hoje ser vista incorrupta em seu túmulo de prata e cristal naquele mosteiro de Santa Clara, a nova. A devção da Santa portuguesa também é dedicada ao maravilhoso tesouro de seus pertences que nos deixou, e estão nas coleções do Janelas Verdes, que mereceu especial expsição nos meados do 2016(1), quando veio da Gemäldegalerie, Berlim, o magnífico quadro de Quentin Massys (1466 - 1530), o fabuloso pintor belga que a retratou, também imaginadamente. A tradição imagística. Iconografia. Atributos. Santa Isabel é sempre retratada coroada e com as rosas de seu milagre, sem nenhuma outra característica que a identifique, do mesmo modo que sua tia-avó, Isabel da Hungria (1207 - 1231 ou 17 - 41 ?) igualmente 'rainha' Duquesa da Turíngia, e igualmente santa, tendo feito milagre idêntico, com história igual e iguais termos e relatos(5). Canonizada logo após sua morte, em 1235 por Gregório IX, tem grande devoção por todos os países, sendo a padroeira da Ordem Franciscana. Somente há a diferença na palma e no livro, sendo a folha do tamareiro, palmeira fenix como a chamam, antigo símbolo de martírio, e um livro que carrega na mesma mão que significa a sagrada sabedoria, assim como um pergaminho. São esses os dois atributos de Santa Isabel da Hungria, que não são, também, de sua sobrinha-neta. Sendo a Isabel de Aragão canonizada quase três séculos após sua morte. O Ceptro. Quando do cisma protestante do princípio do XVI, os príncipes alemães questionaram Lutero sobre a sua igualdade com o Imperador - Imperador do Sacro Império Romano Germânico - ao que Lutero respondeu que haveria uma inquestionável preeminência do Imperador. E declarou que os 'Landgraves' não deveriam usar ceptro e corôa (3). Era uma época de grande convulsão, sobretudo na Igreja Católica Romana, e logo em 1534 dá-se o cisma Anglicano, de Henrique VIII, que demarcanddo-se dos outros cismas protestantes, assume a Santa Isabel da Hungria como Veneranda, quando ganha a representação com o ceptro curto dos landgraves(2) na mão esquerda preferencialmente, como também na direita. Diferentes iconografias. Muitos santos apresentam diferentes iconografias a simbolizar diversos momentos de sua vida, ou mesmo depois dela, como é o caso de S. Tiago Maior, que aparece montado a cavalo, como o Mata-Mouros da batalha de Clavijo, onde terá sido visto nesta configuração. Por isso é muito comum haver confusão na identificação hagiológica. Em Isabel de Aragão a mais comum é a de Rainha com as rosas em seu colo, com corôa, ainda que muitas vezes sem a corôa, com ou sem um livro de horas, dos anjos e do baldaquino, porém também há a com hábito de Clarissa, com ou sem a esmoleira à cinta(4) como está com, em seu túmulo jacente, túmulo que apresenta ao seu redor várias das representações iconográficas da santa, como também segurando ou não um cruxifixo na mão direita, bem levantado acima da cabeça, com ou sem as rosas em seu regaço, e ainda como peregrina, com a vieira santiaguista, ou caminhante, sem a vieira, também com ou sem o bordão(5), mais empregado nas pinturas(6), e num raro caso com uma rosa na mão direita, imagem do sáculo XVIII, que se encontra na Paróquia de Santa Luzia, em Gardenia Azul, Jacarepaguá, Rio de Janeiro; mas nunca com ceptro, que as rainhas portuguesas não usavam. CONCLUSÃO. A imagem que se encontra na capela de Alfaiates, é uma representação de Santa Isabel da Hungria, com o ceptro curto dos 'Landgraves, talhada em madeira do barroco tardio, feita no último quartel do século XVIII, belissima representação, ainda com a policromia original. (1) O tesouro da Rainha Santa - Imagem e poder. MNAA 2016. (2) Ver Quentin Skinner em "As Fundações do pensamento político." " que o rex não se converta em sacerdos" (3) "O Senhor estenderá de Sião o ceptro do teu poder * ... muito jovem foi dada em matrimónio a Luís IV, landgrave da Turín- gia, e teve três filhos." Liturgia do mês de Novembro. (4) Cultura vol 27, 2010 - página 63. (5) Ver também a Dissertação de Doutoramento que se encontramos a realizar, com bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia, tem por título O Género Feminino – A representação da mulher na escultura medieval em Portugal, Leão e Castela (séculos XII a XV) e é orientada pelo Professor Doutor José Custódio Vieira da Silva (FCSH – Nova de Lisboa) e co-orientada pela Professora Doutora María Etelvina. (6) Revista Arautos do Evangelho, Julho/2007, n. 67, p. 22 à 25)

O que esconde o suave sorriso de Xi?









Xi Jinping, o ditador supremo da China, que ninguém se iluda, porque é o que ele é. No entanto, trabalha com grande habilidade para o engrandecimento da China, por isso o partido comunista chinês deu-lhe essa posição que nenhum outro antes teve, desde Mao.

Ele representa essa China que se reformou, e para tanto teve de sofrer mais que uma lavagem cerebral, que teve de sofrer uma lavagem emocional, e é capitalista, apesar de seu partido único ser comunista. E não é uma contradição nos termos, é uma chinesisse. Xi nasceu no PC, teve de acusar o pai para não morrer, levando o pai à prisão por muitos anos. Com a revolução cultural foi reformado, não só seu entendimento, mas sua sensibilidade, sua percepção, sua alma. Xi é o comunista perfeito, e nunca será outra coisa.

Com as mudanças resultantes da grande estupidez que foi a Revolução Cultural, ele começa a ascender nos meandros do partido, partido onde teve nove vezes negado seu registro, como traidor, filho de um traidor da Revolução, o antigo amigo de Mao, seu pai, tinha sido libertado entretanto.

Ele não esquece a guerra do ópio, não esquece o domínio das potencias ocidentais, esmagando a China, não viveu esse tempo, mas lhe foi inculcado tudo o que representou a opressão desse tempo, por isso ele criou a estratégia inversa, invadir o mundo economicamente, e estabelecer rotas de penetração em todo o mundo, em todos os continentes, em todos os países, onde a oportunidade se propiciasse, e assim fez, a China estendeu seus tentáculos, expansão orquestrada por Xi, com aquisição de portos e aeroportos em todo o mundo, para possuir as portas de entradas nos países ao redor do globo, depois suas infraestruturas, e empresas mais importantes, ou as dívidas dos que as não queriam vender, como os EEUU, num processo imparável, cuja meta era possuir um em cada dez de todos os portos em todo o mundo, comprando-os ou construindo onde eles eram necessários, como em África, meta logo atingida, e a próxima etapa a seguir seria o controle econômico das principais infraestruturas, para atingir tal objetivo, foi subornando aos corruptos políticos ocidentais, quando necessário, e esperando os momentos de fraqueza dos diversos países para atuar. Dentro da ideia chinesa de estratégia a longo prazo, sem pressa foi se expandindo. Porém não foi preciso esperar muito, porque com os altos e baixos do capitalismo as oportunidades surgem, nos baixos lá estava a China para comprar tudo o que quisessem vender. Querem uns recusar essa ideia. Hoje é tarde, podem não saber, mais o mundo é chinês. E é apenas o começo, o quente ainda está por vir, ao mesmo tempo que expandia o território chinês, nos mares, e por ilhas em todos os lugares, sem que ninguém ousasse enfrentar o poderio absoluto da China,alargava o protetorado em que transformou a África, que é o exemplo mais evidente de suas pretensões. (*) 

Internamente o controle absoluto dos cidadãos, as estruturas do partido comunista, a poderosa e terrível máquina estatal de domínio, e para coroar tudo isso a instituição da nota social, um sistema de total controle dos cidadãos, com pontuação pessoal, sugiro a leitura do artigo que escrevi sobre isso, intitulado: A nota social, a cidadania e a liberdade. É só pôr no motor de busca com o nome do blog: O Olho do Ogre.

Aquele sorriso calmo revela, o que se sabe, e ninguém diz: ESTAMOS ENTRANDO NA ERA CHINESA! Os EEUU, em desespero de causa lançou através do imbecil de seu presidente, uma guerra comercial com a China para tentar esconder o que todos sabem. OS EEUU ESTÃO QUEBRADOS!
Já Biden tenta usar uma estratégia mais política, e vai reforçando suas relações com os aliados, ao mesmo tempo que a rota da seda está em marcha.
O sistema económico americano esgotou sua possibilidades, QUEBROU, e ninguém deu por isso por causa de seu tamamnho, grande demais para colapsar, quebra-se, mas mantém-se, e a culpa de ter quebrado foi da ganância desmesurada de Wall Street, dos Yuppies psychos, que deram sucessivas golpadas, a última foi a do sub-prime; eles ficaram milionários, e fizeram a Federal Reserve injectar quantidades massivas de dinheiro para evitar o colapso do sistema, para não destruír o dolar, evitou, mas tornou grande parte da economia americana inviável (visitem Chicago ou Detroit), ou fraca, e barata, e lá estavam os chineses para comprar no varejo. Tudo o mais são balelas!

A China sabe que os EEUU são uma potência em muitos outros campos, e espera calmamente sua hora, a de tomar a dianteira, enquanto isso prepara esse momento, na ciência e no campo militar principalmente, e o sorriso leve de Xi, faz parte do processo. Cai aqui como uma luva a frase de Che Guevara: "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás."

Esconde o poder absoluto, mas absoluto a um nível que ninguém mais tem no planeta. Esconde o desembaraço de saber que sua vontade é absoluta, fruto de seu poder idem. Posto que sabe que tem milhões de almas, às centenas, sim, às centenas de milhões, para morrer por sua vontade e por sua decisão. Dia que não chegará, posto que com um sorriso conquistará tudo que tem para conquistar, todo o mundo, no sentido de poder mexer todos os cordelinhos, assim é. (*) Sugiro Tam,bém a leitura do artigo: China, uma presença absoluta em nossos dias.