sábado, 30 de março de 2019

Essa gente anda a falar da parentela no PS. Vá estudar história!







É a corte!  Em Portugal sempre foi assim. Todos são parentes de todos. Em que grau? Logo se verá. É só estabelecer os nomes, e os cargos que desempenharam as figuras de destaque ao longo da história portuguesa, para saber que há muitas e muitas famílias que sempre dominaram o cenário político. E, em alguns casos, por influência direta da parentela, desde crianças foram logo indicadas para os cargos mais importantes, e para a sucessão nos títulos de nobreza. O que há de novo?

sexta-feira, 29 de março de 2019

Já começou 6 - Para que não se esqueçam.





CELEBRAR A DITADURA É CRIME!


A afirmação do STF é clara. Bem como a decisão da Juíza Ivani Silva da Luz. 

Já começou 5: "O que tenho feito de errado?"






A pergunta no título do artigo, feita recentemente pelo próprio Bolsonaro, sem se dar conta do que se passa, só tem uma resposta: Caro senhor, sua própria existência é um erro, as coisas em que acredita, os valores que defende, são equívocos absolutos.

Como todos que me acompanham sabem, não ataquei o capitão Bolsonaro, nem mesmo durante a campanha eleitoral, por acreditar muito em Deus, como o próprio capitão faz questão de demonstrar que crê, por que sempre sei que os véus caem mais cedo, ou mais tarde. E que os dele, tão frágeis, iriam acabar por cair. Mas que fosse tão depressa não o previ, confesso. E avaliava que Deus enviava ao meu país uma lição, sobretudo aos petistas, para que saibam todos que um descuido, uma ação menor, pode ter preço tão alto, que sendo tão perigoso fazê-la, nunca vale arriscar. E fizeram-na grande e bem malfeita, corrupta, imunda, miserável, como eu soube desde o dia que, em Paris, vi Lula chorar. Porém brincaram com o fogo... E depois revoltados, bêbedos de ira, quiseram encontrar um salvador... Vão conhecer na pele o custo das soluções miraculosas, tudo só por nossos meios devem ser conseguidos, e a custa de muito trabalho, e o trabalho maior está em mantermos o processo democrático, com seus erros e limitações, mas irmos caminhando, sem nos atirarmos nos braços de pretensos salvadores da pátria. Agora aguentem!

Só mesmo uns idiotas úteis (infelizmente grande maioria no Brasil, como se verificou) poderiam estar de tal modo toldados para não verem a má qualidade do que escolhiam, as limitações diversas, desde o linguajar, o modo de se expressar, o próprio ritmo mental, até as terríveis restrições éticas. Agora preparem-se! Só espero que o preço da lição não seja por demais pesado, por pena do povo miúdo.

E como o que tem feito o sr. Bolsonaro de errado é simplesmente existir, mais errado ainda é aonde chegou, e o custo a pagar para desfazer esse equívoco.  Quem viver verá!

segunda-feira, 25 de março de 2019

Despedida- Carlos do Carmo.





Quem teve a oportunidade de fruir o chansonier, teve. Agora que se vai acabar, devo lembrar um poema meu que sintetiza esse prazer [Do livro Luzes que nunca se apagam]:


Carlos...




Levanta-se o Carmo
E a Trindade aplaude
Efusivamente a grande voz
Aplausos que para darmos
Na bênção de cada vibrato que acode
Muito e muito maravilhados com aquilo
Na graça de sua presença em nós
Nada mais é preciso que ouvi-lo!


domingo, 24 de março de 2019

Mensagem ao Congresso dos EUA, antes que seja tarde.






Como pode um camarada sem dignidade, com baixos ou nulos padrões de caráter, cínico, mentiroso compulsivo, hipócrita, mistificador, instável emocionalmente, para dizer o mínimo, e não repetir o que já afirmei: Um psicopata perigoso. Perigoso porque desconhece limites aos seus jogos de poder. Um vendedor falido que soube se vender bem, sem nenhuma outra qualificação. Também sem nenhum critério ou escrúpulo usa, manipula e menospreza as pessoas impiedosamente. Com enorme falta de decência em seu comportamento, já exposto por todas essas suas atitudes sórdidas, e que foi eleito com a intromissão de um país estrangeiro que criou mentiras e mais mentiras nas redes sociais - NOTÍCIAS FALSAS - para o eleger, motivado sabe-se lá por quais interesses, com tudo isso já efectivamente provado (para além de qualquer dúvida com o relatório Muller). Agressivo, arrogante, violento mesmo, tem algo que lhe corrói a alma, sabe-se lá o que é. Que trata mal aos parceiros de seu país, os líderes mundiais, e trata bem aos ditadores do mundo. Um homem que usa o dinheiro público como se fosse seu, e como já há provas, evidências que vão desde uso incorreto dos fundos públicos, a pagamentos ocultos e/ou indevidos, passando por lavagem de dinheiro, até desvios de finalidade e usos indevidos comprovados. Não sabe perder, nem ultrapassar um mal momento, guarda-o e procura vingança, ou ganhar a questão, e que sua opinião prevaleça, ainda que seja falseando a verdade, não importa. Com ações que vão desde rasgar compromissos internacionais tais como os acordos para conter as alterações climáticas, até aos acordos comerciais de interesse dos USA, seguindo pelo extremo de ações que promovem o desequilíbrio das forças mundiais, enfraquecendo a América. E, como já está claro para toda gente, é alguém que tem um caráter mutilado, infantil, vingativo, egoísta e egocêntrico, com ações na marginalidade causadas por apetites insaciáveis, acredito que algumas criminosas mesmo, sendo alguém, sobretudo, com enorme margem para causar um conflito mundial violentíssimo, que dispara em todas as direções a cada emoção que lhe venha, ou seja, sem o menor estatuto para o cargo que desempenha, ainda não ter sido removido? Em qualquer empresa, das mais pequeninas, já tinha sido despedido (essa palavra de que ele gosta tanto). O que se passa? O que estará fazendo esse homem perigoso nos subterrâneos do poder?  O que nos escapa? Quais as verdade ocultas nesses dias de lama e horror que vivemos?

Tudo o que eu disse há dois anos, quando, com dois meses dele no poder, topei o homem, está cada vez mais evidente, leiam, ou releiam, a crônica de 2017: https://hdocoutto.blogspot.com/2017/06/um-psicopata-perigoso.html

Vivemos num mundo perigoso, ao qual esse psicopata com imenso poder torna ainda mais perigoso. Nunca sabemos quando pode aparecer um Hitler ou um Napoleão sedento de poder, que ponha nossa alguma ordem e expectativas de paz e desenvolvimento de pernas para o ar. Algo tem de ser feito, já, antes que seja tarde demais.

quinta-feira, 21 de março de 2019

TODO DIVÓRCIO É DIFÍCIL.




É difícil sempre. Mas quando a maioria das sensibilidades de ambas as partes envolvidas não deseja a separação, e quando esta separação foi proposta com a parte proponente tendo enganado aos demais envolvidos  para decidirem, como se os outros fossem como alguém que vai pôr uma ação em tribunal, então é ignóbil! Posto que não há culpas a apurar, há apenas vontades.

Os ingleses foram enganados quanto as razões do Brexit.

As causas que levam a esse divórcio serem particularmente difícil, residem no fato de que as motivações da separação não têm força disjuntiva suficiente, e a eloquência da disrupção não se manifesta por ter bases falsas, oriundas de uma peta, uma patranha sórdida que enganou o povo britânico. Tendo se transformado em anátema geral, essas causas não têm poder de excomunhão nem para sua própria realização, porque a sensibilidade das parte não cooperam.





Toda essa patranha rachou Inglaterra. Agora bateu no fundo, o grande buraco do qual terá de sair. E é claro como água que a única saída possível é devolver a palavra ao povo. O que essa doida da Teresa May pretende com um adiamento tão curto, até 30 de junho, três meses desde 29 de Março? Ou se ja a estúpida não pretende que hajam eleições, porque tem medo que essas sejam as que venham a escolher seu substituto.Com isso joga o reino unido no caos.

 
Haja falta de visão.

terça-feira, 19 de março de 2019

FÁTIMA DE TODAS AS MÃOS.





A filha do profeta, a Senhora na Azinheira, Cibeles com a coroa de azinheira, virgens negras, virgens brancas, senhoras da Lua, senhoras do céu, rainhas mães, a virgem mãe, a aparição portuguesa, o ciclo mariano, sínteses de uma longa história que se repete, e repete. Comecemos pela pequena localidade, pasto de gado, que hoje se chama pelo nome da Senhora.

Na freguesia da serra, Serra de Aire, da antiga Colegiada de Ourém, depois Leiria, bem a meio de Portugal, havia um nicho, um templo, onde a mão da filha do profeta guardava seus poderes curativos, há séculos cultuados.  É no mínimo curiosa a coincidência do nome da Virgem que aparece muitos séculos depois dos mouros terem deixado o território, quase meio milênio depois do tempo que os sarracenos deixaram a península, longo tempo ao longo do qual se manteve preservado o culto da mão da filha do profeta naquela Serra do maciço estremenho, no sistema Montejunto-Estrela, onde por toda a região serrana, como nos Candeeiros, há muitas grutas naturais, cisternas, caleiras, e cavidades, e falhas, locais onde se guardavam as virgens negras, ligadas a escuridão, à Lua nova. escura, como também em covas, entre estas, essa da cova da Iría, onde estava a mão poderosa de Fátima, a filha do profeta Maomé, uma virgem moura, logo escura, como Cibele tem seu culto espalhado por toda a serra. Nessa época dos árabes, em que a serra não era de principe herdeiro nenhum, aire, que isso quer dizer, e, como depois foi dado nome ao lugar, a toda serra, Serra d'áire, mas a esse tempo era Fatima que imperava sozinha naquela serra >> com o ciclo primordial da lua escura, que começa com os mistérios Eleusinos, onde Demeter e Perséfones (a Ceres e a Proserpina romanas) eram cultuadas repetidamente nos ciclos agrícolas, e que com os mouros expressa-se na filha do profeta.
Contam as lendas que um Hamsá de ouro foi encontrado na gruta maior da Cova da Iría, e não era um amuleto perdido, porque devido a seu tamanho não seria de fácil transporte. Esta mão estilizada, a mão de Fátima, símbolo maior da fé islâmica na filha do profeta, que com seu olho no centro da palma, protege contra o mau-olhado, contra as energias negativas, e que ao proteger-nos, o poderoso amuleto também nos traz, felicidade, harmonia, sorte e fortuna.
O Hamsá, originalmente significa  os cinco, numa clara referência aos dedos da mão, esse conjunto que esconde o poder mágico da senhora dona da mão, a mítica filha de Maomé, é o olho de Hórus recriado, magia eterna de um poder protetor repetidamente evocado, e evocado ao longo de tempos que se perdem na memória, ou pela falta dela. É também o lótus recriado, símbolo maior de outra fé, a budista, onde se entrelaça toda uma teia de crenças e energias convocadas ao longo de tempos, e que se renovam numa mesma evocação simbólica.

Porque? Porque essas deusas sempre foram cultuadas por diferentes sociedades que mantiveram por todos os tempos os antigos e múltiplos cultos estelares de suas muitas deusas, são centenas, por isso Fátima reúne todas as mãos, como símbolo de poderes antigos que não se extinguem, e teimam em renascer, e sempre nos mesmos lugares simbólicos e evocativos do culto.

Assim no primeiro ciclo, que durou vários milênios, tivemos dezenas de deusas cultuadas nesse local a que chamam a cova da Iria. Manifestações de energias antigas que se vão consolidando como representações de uma indicação superlativa, e como um indicativo de espera, e de acalmia, por isso a mão aberta. Eram então as deusas negras de muitas crenças, durante esse primeiro longo período da lua escura, que cumpre todo seu ciclo em múltiplas revelações. Depois irá começar o 2º ciclo, o da lua luminosa, e com ele virá uma virgem branca, mas que também se chamará Fátima como a que havia fechado o 1º ciclo.

Nunca se esqueçam que as coisas se repetem e se confundem, e, em sendo outras, são as mesmas.





quinta-feira, 14 de março de 2019

CUIDADO COM O QUE VOCÊ VÊ NA CM TV.






Desde há muito que se podia dizer, mas não a rimar: CUIDADO COM O QUE VOCÊ LÊ NO Correio da Manhã. Eu até sugeri a mudança do nome para Correio da Manha. Nome mais apropriado por razões óbvias.

E, sempre dentro da raiz sensacionalista que direciona as ações do grupo CM, a sua televisão vem, na busca de audiência, por um lado prestando bom serviço ao denunciar muita coisa que ficava escondida, ou não tinham a clareza e insistência denunciadora da CMTV, ao passo que, por outro lado, se excede no processo, descuidando de muitos elementos da praxis judiciária, entre eles a presunção de inocência. Isto tudo, somado ao agressivo da ação jornalística, criou incidentes remarcáveis na ação do grupo CM, como o fato do equilibrado Cristiano Ronaldo passar-se com as perguntas "ofensivas" que lhe eram feitas pelos jornalistas do Correio da Manhã, jogando a um lago um dos microfones da emissora, entre outros incidentes abomináveis, e, sobretudo, não jornalísticos, ferindo a deontologia mister.

Entretanto o que se verifica agora, é sempre uma atitude cada vez mais pro-ativa no sentido de serem os primeiros na informação jornalística (o que é plenamente compreensível), com a ideia matriz de que a "CMTV dá primeiro" ou seja se você for um telespectador da CMTV estará informado em primeira mão de tudo que se passa, sobretudo se o que se passa pingar sangue, mas como isto também é notícia, não critico, apesar de me causar alguma repulsa. Porém, com essa ânsia de "dá(r) primeiro" começam, não direi com intenção deliberada, mas começam a enganar ao telespectador.

Analisemos o caso de hoje [14/3/19] de um caminhão que incendiou-se na ponte Vasco da Gama. Com algumas imagens que repetiam continuamente com ligeiras alterações da ordem das mesmas, davam a impressão que se encontravam no local do acidente, o que não foi conseguido por nenhuma emissora de TV, posto que o acidente levou a que fosse bloqueado o trânsito em ambos os sentidos, impedindo o acesso ao local deste. Contudo com a repetição das imagens davam a falsa ideia de estarem no local, até que a locutora teve de dizer, o que já havíamos percebido, que as imagens eram anteriores ao momento da emissão, para garantir a veracidade da informação e evitar problemas futuros com a ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação social.).

Apesar do cuidado posterior, quem viu por longo tempo a emissão da CMTV, com o artifício da emissão das imagens anteriores ao que se passava no momento da emissão, terá ficado com a ilusão de que a CMTV, num furo de reportagem, transmitia de cima do tabuleiro da ponte, próximo do local do acidente, o que nenhuma outra emissora conseguira. O QUE ABSOLUTAMENTE NÃO ERA VERDADE. Nenhuma emissora conseguiu chegar ao local do acidente antes deste estar controlado.

Por isso digo:  CUIDADO COM O QUE VOCÊ VÊ NA CMTV.

   

quarta-feira, 13 de março de 2019

A LOUCURA DE SUZANO.






A estupidez ilógica comum nos EUA, onde de vez em quando um débil mental entra numa escola com uma arma (cuja posse é permitida naquele país) e dispara indiscriminadamente sobra os alunos, crianças inocentes que frequentam a escola, como devem ser com todas as crianças em idade escolar, alunos.

Pergunto: Faz algum sentido ir matar gente que não se conhece, que não lhe fez nenhum mal, porque tem uma bronca (diferendo) com a escola, ou com alguém da escola? Em alguns casos as motivações são desconhecidas, mas os cadáveres se acumulam na mesma. E pais e mães e irmãos ficam 'órfãos? por assim dizer, da mesma forma sem seus entes queridos.

Pode haver maior estupidez?

Um estilo de vida tenso, a permissividade das leis no acesso às armas, uma cultura de andar armados, e pais e amigos que ensinam aos filhos o manuseio de armas. Grupos de tiros. O culto do armamento. Tudo isso cria as condições para essas tragédias. E o Brasil vai pelo mesmo caminho.

Este é o resultado da americanização do Brasil, um projeto do princípio dos anos 30 do século vinte, que atinge o auge m 42 com a base de Natal, que foi cultuada pela pseudo-elite brasileira, cantada em prosa e verso, decantada agora em análises como o excelente livro de Antonio Pedro Tota, "The seduction of Brazil"(*) uma evolução de seu O Imperialismo sedutor, e destilada em loucuras como essa da Escola de Suzano.

Pego da pena para registrar que essa ocorrência em Suzano, grande São Paulo, onde dois ex-alunos entraram armados e puseram-se a matar aos atuais alunos que viam pela frente, é o começo de um evento que se repetirá tão mais frequentemente quanto o estilo de vida adotado no Brasil se aproximar do americano, o dito 'American way of life'. Coisa que eu sempre recusei. Fui por duas vezes convidado a viver e estudar os EUA, mas aquela forma infantil de pensarem e vazia de viverem, nunca me atraiu, apesar das beldades americanas que me emocionavam corpo e alma. Mas que foi uma atração sedutora para a leite deslumbrada.

O que se passou em Suzano classifico como loucura, porque termina, após toda a violência que mata inclusive a diretora da escola, vários alunos etcetera, termina com o suicídio dos dois autores das mortes. Um vazio de proposta e intenção. Em que resulta matar inocentes e se matar? Qual o sentido prático dessa ação? Qual a marca simbólica dessa atitude??

Esse nada, essa estupidez, essa loucura, tenderá a se repetir, notem que os meninos assassinos iam com muita munição, prepararam-se com cuidado, ponderaram sobra essa ação, e em momento algum se deram conta do vazio em que se moviam. É como resolver queimar dinheiro. Você apanha um saco de dinheiro e queima. Qual a consequência disso? Nenhuma. Tudo de bom que poderia ser feito com o dinheiro perdeu-se, e o protesto que isso queira representar, não resulta em nada, porque aquele dinheiro deixando de existir não altera coisa alguma nesse mundo. Assim é com as vidas que foram ceifadas, não serviram para nada sua mortes, não representam nada de útil ou verdadeiro nesse mundo. Só causam sofrimento a todos os relativos (pais, avós, tios, amigos, primos, etc...) NADA MAIS.

Se essa tendência se verificar, o que com a autorização da aquisição de armas que promove esse atual governo brasileiro, a loucura de Suzano ficará como marco do princípio de um contra-senso muito difícil de reverter. 'The American way of dead'

>>> Atenção: Não quis escrever essa crônica com o título JÁ COMEÇOU 5, série com que venho alertando para uma fermentação social doentia no Brasil, porque espero melhor sorte para meu país, e que não hajam tantos dementes capazes de tais ações como os há nos EUA.





 (*) The Texas University Press 2009.


JÁ COMEÇOU 4.





Para que tanta arma?  Já pensaram nisso?


Decerto há um propósito, pois é  muito dinheiro para comprar 117 fuzis novos desses. Quem financia? Há interesses muito sombrios se movendo no meu país.

quinta-feira, 7 de março de 2019

1.698.488,2%





Esse número de um milhão, seiscentos e noventa e oito mil etcetera por cento, significa que cada milhão e setecentos mil bolívares em janeiro do ano passado passou a valer um, um único bolívar, em dezembro, no final do ano passado, 2018, e hoje ainda vale menos, ou seja, não vale nada.

A inflação desmesurada da Venezuela, este número absurdo, que é o título dessa crônica,  que é quase inacreditável, se não tivesse sido experimentado e medido em país tão rico, é o desequilíbrio em si, por um lado, e a loucura do Sr. Maduro por outro. E ele dança. Será porque? Uma inflação dessa é uma perversão, faz nada valer nada, faz tudo perder significado, tudo virá fumaça. Faz com que as pessoas não acreditem em nada, nada de nada, os valores estão todos subvertidos. Os alimentos, a água do banho, as roupas, os calçados, os corpos das pessoas, são símbolos de um vazio imensurável, uma subversão que não pode haver maior. Tudo se esfumando, porque nada mantêm-se com tal desvalorização em movimento. Perderam-se as referências, a ideia das coisas e dos valores perdeu-se. Estar vivo ainda um outro dia é já um milagre.

NÃO PODE HAVER GOVERNO DIGNO DESSE NOME, OU DESSE ENTENDIMENTO.
                                               NESSAS CONDIÇÕES TUDO É NADA! 

E as condições econômicas desvirtuaram tudo o que se possa entender como administração ou governação na Venezuela, onde tudo o mais se tornou fantasia. É tanto fantasia toda e qualquer coisa que evoque o Sr. Maduro, que dance, que esbraveje, que prometa, que agrida, ou que vocifere, por um lado, como toda e qualquer oposição que se lhe façam não é em si mesma uma oposição, porque está tudo infectado, só a profunda estupidez e presunção do grupo do Sr. Maduro não lhes permite que vejam que não há mais nada a fazer, que não é Guaidó, não são os EUA, ou a pressão internacional que são seus inimigos, ou que todo o apoio militar de Cuba, da Rússia, da China, de quem seja, os possa salvar, não, não os irá salvar.

Venezuela tem de zerar o cronômetro e começar de novo. Primeiro lambendo as feridas, depois saneando o terreno, para então pensar reconstruir. E, aí nesse ponto do saneamento, terá muito que fazer, porque a corrupção, os interesses instalados, os envolvimentos mais comprometedores das elites, com a droga, com o tráfico, com toda uma estrutura do Estado voltada só para atender a esses interesses ilícitos, é uma imundície monumental que tudo infecta, e para limpá-la tem-se de por abaixo todo o edifício infectado, pra poder começar novamente. É terrível o estado de coisas na Venezuela. E no Brasil se passa coisa muito semelhante, só - o que talvez ainda seja pior - que sob a capa da democracia, que, para derrubar a teia intrincada da corrupção brasileira, torna tudo ainda mais difícil, porque as mentiras têm de ser reveladas, os enganadores têm de ser desmascarados, os grupos de interesse expostos, os partidos desmantelados, as grandes empresas esventradas para se extrair os órgãos podres. Muita gente terá de ser presa, é uma perspectiva terrível. Na Venezuela não, tudo já caiu de podre, basta limpar, a sujeira já está exposta, a desgraça já deu cabo da mentira, não há mais mentira, há mentirosos, há, mas perderam todo o efeito que possam suscitar para além do que cria naqueles que lhes são associados ou beneficiários, nada do que digam terá mais nenhuma consequência, só sua saída é esperada, transformaram-se em sujeiras na paisagem a esperar limpeza, a inelutável limpeza que virá. Por milhões de razões que refletem esse ignominioso número da percentagem que dá título a essa crônica, sendo assim, nada mais há que perda de tempo no caminho inescusável que vai percorrer Venezuela.











quarta-feira, 6 de março de 2019

Quatro séculos de um decidido.




6/3/1619 - 6/3/2019
CYRANO DE BERGERAC



Há quatrocentos anos  nascia o grande dramaturgo, romancista, espadachim, poeta e cosmonauta,  marcou seu tempo com suas façanhas. Tema para outros romances e histórias, filmes e séries, o narigudo nunca será esquecido enquanto houver literatura e teatro.



Mil duelos Vos convidam
Saviniano de Cyrano
Mauvières que reclamais
Bergerac que adotais
Paris que Vos viu nascer
Soldado que viríeis a ser
Vosso talento não deserta
Clama, bule, põe-Vos alerta
Poeta, viajais ao Sol e a Lua
Mordaz a tudo critica
Vida breve, palavra nua
Muitos reveses, grande futrica
Resta a memória
  Que tudo indica. 






terça-feira, 5 de março de 2019

UM DIFERENDO COM RICARDO ARAÚJO PEREIRA.






Porventura havendo uma discordância de qualquer ordem com o RAP, e, consequentemente, tendo sido gozado por ele, a atitude pronta é dizer: Sim Senhor, você tem toda razão, eu estava equivocadíssimo, errei, o Senhor fez  muito bem em me gozar, já que eu, pensando bem, não sei como pude dizer, ou escrever, o que disse, foi um desmesurado engano, peço imensas desculpas. Caro Dr. Ricardo perdoe-me esse disparate, e muito obrigado por ter-me alertado. Prometo não voltar a incorrer em tais desatinos.

Toda e qualquer outra atitude é estúpida e vã, e inútil, baldada, e improfícua. Alguém tão cheio de graça, nem mesmo a Nossa Senhora ousaria o confrontar, por mais plena de graça que possa ser a Senhora, mesmo assim não tem a graça do dedo mindinho do Ricardo. Tudo mais é equívoco.

Mas como tem gente que gosta de se equivocar, haverá aqueles que pretendam contestar o RAP, ou os que ousem confrontar o  RAP, deve haver mesmo malucos que até creiam ser possível processá-lo. Possível até é, mas sair vencedor da disputa, já é outra coisa. Quando alguém processa outrem tem a fundada mínima esperança de vencer, de provar em tribunal a culpa do acusado. que culpa haverá em ser engraçado, e enxovalhar toda gente que se porta mal. (Nunca viram o RAP malhar em ferro frio, ou seja em gente boa, querida bem comportada; não é?  Já viram o RAP dizer mal, ou mesmo dizer qualquer coisa, do Eduardo Lourenço? Ou da  Lídia Jorge, ou da Hélia Correia, ou mesmo do Fernando Pinto do Amaral? Decerto que não!) RAP só dá em gente que não sabe estar.

Quem tiver dúvidas pergunte a Rita, ou a Maria Inês, ou mesmo a Maria José, se alguma vez ele lhes perfurou o tímpano, ou se as encheu de negras?  Não, não, o Ricardo é como deve ser, e sendo como é não terá muita paciência para aturar desvios, equívocos, tolices, e, mais que tudo, cretinice,  por isso os aponta, ironiza, critica, e faz-nos rir às bandeiras despregadas. Haverá alma nesse país que não sairá em defesa do RAP? E os poucos que ousarem o atacar, levam.

Levam pra casa a tristeza de se saberem desviantes e/ou desviados (sem trocadilhos). Mas desviam-se de que, estes? Daquilo que é desejado e desejável, ser gente que saiba estar.

No mais, para os burros que atrevam-se atacá-lo, fica o conselho, uma vez que sabemos que nesse país de desviados, há poucas, muito poucas unanimidades nacionais, posto que o português é naturalmente implicante e belicoso, mas os que atingem este estatuto, são intocáveis, e toda a querela estará perdida a partida, ou mesmo antes, porque a chalaça à qual se exporá, será corrosiva.

E como pelos insondáveis caminhos do humor só perpassam elementos ridículos, uma vez que a mordacidade só tem cabimento, e nos fará rir, se atuante sobre um comportamento desviante, ridículo em si mesmo, que bem trabalhado pela crítica do artista, o que para o alvo da crítica pode parecer ofensa, nada mais é que fina ironia. Àqueles que eventualmente discordarem, sugiro que vão jogar o "Salva o Neto", e verão que ele não tem salvação.




Em 6/3/20129 temos a notícia no DN, demorou...
Neto de Moura afastado de casos de violência doméstica: foi "consensual"

sábado, 2 de março de 2019

As comendas de Neto de Moura.





O Sr. Juiz Neto de Moura prepara-se para medalhar os que o atacaram. Irá processar todos os que criticaram suas sentenças e comentários, e como lembra a Catarina Marins com sua vivacidade costumeira: "vai ter que processar a maioria do país" e, desta forma, irá condecorar seus críticos, porque toda e qualquer atitude que tome esse Sr. Juiz, cuja credibilidade é negativa para o comum dos mortais, se transformará imediatamente num elogio, e num apanágio ao alvo de seus processos, que antes será admoestação, uma vez que o bem a fazer para o Sr. Juiz, é fazer com que acorde para o tempo em que vive. Não sendo ele próprio totalmente infenso ao entendimento de suas incapacidades e limitações, já havendo mesmo, por duas vezes, tentado impedir-se de julgar casos de violência  doméstica, por que há certamente de reconhecer sua inaptidão para o efeito.

Não duvidando que haverá os que se excederam, que algumas pessoas muito indignadas com a reiterada peroração machista do juiz, adequando as mulheres aos maus tratos sofridos, dando por inimputável aos imputáveis, menosprezando ações graves, e retrogradando a Justiça com visões medievais e códigos já substituídos pelas vontades de novos tempos, alguns ter-se-ão excedido em atacar seus atos desprezíveis, há os muitos, como eu, que se mantiveram dentro da contestação apenas das ideias, e outros que tocaram o pessoal, e, os que como Ricardo Araújo Pereira gozam da imunidade do humor, e terão dito qualquer coisa forte, posto que as ações jocosas têm esse caráter de caricatural, não projetando um retrato do que critica, mas sua caricatura, liberdade inegável dada a ironia cômica, que se a retirássemos mataríamos a graça de RAP, e ninguém deseja isso.

O  Sr. Juiz certamente chocará contra um muro de uma sociedade tolerante, que a Justiça reflete, e sucumbirá ante os preconceitos de sua própria intolerância, que são o seu retrato a preto e branco exposto nas sentenças, os mesmos que motivaram a admoestação da magistratura em que se insere, feita através do órgão próprio, seu conselho. Não tendo percebido o sentido da advertência, insiste. Só encontrará meios para se por outra vez, fique, não só na berlinda, mas de baixo dos holofotes fortes da contestação popular (ampla, geral e irrestrita) onde só encontrará meios para ser expelido. Quem sabe não estará cansado de ser juiz?