domingo, 30 de junho de 2013

Francisco, Papa.

Uma pessoa especial.



A Igreja católica apostólica romana, tem sido ao longo da história uma cloaca, ninguém duvide, mas também teve momentos sublimes,não tenham duvidas também. Com tudo que é humano costuma passar-se assim. Porém o fato de não ter acabado nos seus momentos mais sombrios, leva-nos a crer que haverá de ter alguma utilidade.

Que o Papa Francisco é um Papa diferente, todo mundo já viu. João Paulo II tinha carisma, Francisco tem verdade. As pessoas preferem o carisma à verdade, bem sei. Entra Papa, sai Papa, quem manda na Igreja romana é a cúria. Os que tentaram contrariar isto acabaram mortos como o primeiro João Paulo,e o 2º João Paulo teve duas tentativas de assassinato, tendo sido baleado numa, e desde a época deste primeiro Papa que a Igreja romana, mergulhada em imundice, clama por uma salvação. Outros tentaram e, ou por covardia, ou por lhes faltarem forças, resignaram (Todas as semelhanças com o 16º Bento, não são mera coincidência.). Pois o que se tem passado é que o esquema montado e irraigado numa trama de poder que vai além do inimaginável, joga por manter-se nesta posição de imenso poder. E neste jogo vale tudo, matar, também, como é óbvio.

O único Papa que temos noção que começou a contrariar isto tudo foi João XXIII, que convocou um concílio que o fortalecesse, de forma a tentar se municiar do poder para contrariar toda esta sujeira, morreu cedo também. No meio das muitas tentativas que têm sido feitas por Papas bem intencionados,quem nos diz que a denúncia do mordomo de Bento XVI, não foi mais uma? Entretanto tudo tem falhado, e se olharmos para tudo que se tem passado de um ponto de vista místico, temos a percepção da ação forte do maligno para manter o 'status quo vaticani'.

A longa sucessão de deliciados com o cargo,que a ilusão de poder que as solenes pompa e glória da posiçao atribui, tem ajudado bastante à perdição dos muitos que por lá passaram. Vemos neles uma característica comum, mesmo nos mais bem intencionados, a falta da face humana, na acepção filosófica, que traduzo na perocupação central do outro, de cada um dos seres humanos e de todos no seu conjunto. Muitos quererão me contestar neste ponto, evocando as posições humanitárias de dezenas de Papas. É verdade que as tiveram, mas estas só traduzem a sua dimensão global de se preocuparem com o conjunto da humanidade( e isto também os perdeu, talvez fazendo concessões individuais para ' ganhar' o todo) ledo engano, ninguém pode negociar com a Justiça, esta ou é absoluta, ou não é justiça(Os princípios não admitem negociação.). E ademais pelo caminho de justificar o todo, esquecendo as partes, perde-se muita alma boa.

Francisco parece querer contrariar tudo isto. É claro que sabe que para atingir seu objetivo necessitará de muito apoio popular para que não o matem. Porém eu gosto de olhar para os detalhes, por que sei que são neles que se revela a verdade. Guardo uma ação, entre muitas que podia destacar do Papa Francisco(há muitos detalhes) , como exemplo de sua especialidade, de sua exclusividade e de sua diferença: fazia um dia de muito calor em Roma com o sol à pino, e o Papa saiu para estar com os fiéis que enchiam o Largo do Vaticano em frente à catedral de São Pedro, uma mãe lhe apresenta uma criança, e ele com aquele seu modo informal a acolhe. Passa-se tudo muito rápido como podem imaginar, seu Papa-móvel continua em movimento, mas ele não se descuida de recomendar que a mãe ponha um chapéu na criança, pois notou que esta não tinha e que a mãe não trazia nenhum na mão. Que outro Papa se lembraria disto? Neste momento eu vi o homem por detrás do cargo ! E eu só acredito em gente que não deixa de ser humana por estar representando um papel, seja ele qual for.

Francisco, além de diferente, é mesmo especial. Para os tempos que correm onde a miséria e a desgraça campeiam, é muito necessário termos alguém com uma condição de verdade. E, como diz Francisco, a verdade, não é verdade sem as suas componentes de bondade e beleza. Magnífica idéia!Uma pessoa que pense assim estará na luz, uma pessoa que viva assim estará no paraíso celeste. Se Francisco, rodeado de tanta imundice, conservar seu sentimento, mantiver sua inteireza, não estará como São Paulo se declara na carta aos Coríntios , tendo combatido o bom combate e guarado a fé, que penso, por exemplo, ter sido a posição do 2º João Paulo. O 2º João Paulo combateu o bom combate com as armas que se lhe apresentaram e fez toda uma Igreja nova. (Talvez este trabalho tenha permitido a eleição de Francisco, quem sabe?). Porém, como dizia, se este Papa Francisco conseguir manter-se como é, não combaterá somente o bom combate, o ganhará.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

O poder está nas ruas. E da í?


Solução para a representatividade política: Eu me represento!

O poder estar nas ruas de nada serve, além de aterrorisar a polícia e criar vítimas dos atos menos nobres praticados (vandalismo,truculência,estupidez... entre outros) mostrando a incompetência do aparelho de segurança pública ao lidar com a população.

O poder, este frequentador de salões que viceja em círculos restritos e que por muito tempo fez as populações acreditarem que era concedido a uns poucos pela vontade de Deus, sendo atributo de uns quantos eleitos, ou mesmo de um só homem, sendo então absoluto, evoluiu até que caiu na mão de todos (do povo) e passou a ser público, e a forma de o exercer ilusoriamente atribuida a este mesmo povo, criando o regime que se chamou :Governo do povo, ou Democracia.

Quando se havia tornado pública, a Rés assumiu-se como modelo em si mesma, tornando-se :República. Criando com este modelo a ilusão de que o povo tinha a palavra final, porém com o passar do tempo instrumentalizou-se, e, o poder, com esta mania que tem de passear-se pelos salões, preferindo, entre estes, sempre os mais ricos e faustosos, fica-se por lá, esquecendo-se que a fonte de sua existência reside na vontade do povo que o gera, que o concebe ( Todo poder emana do povo e em seu nome será exercido).

E foi-se embrenhando cada vez mais por sendas luxuosas, aspirando odores caros, trajando-se com as mais nobres roupagens, aspergindo-se com os mais reaquintados perfumes, enebriando-se do luxo, e embriagando-se do ócio, vivendo do bom e do melhor, esquecendo-se de suas orígens populares e de seu dever primeiro de servir a este povo que o originou. Destarte perdeu-se e levara à perdição todos que o exerciam metidos nestes salões. A cousa pública tornou-se um negócio privado, praticado por eleitos da fonte primordial do poder na sociedade moderna: O dinheiro ! Este poder infernal apátrida, anódino, sem rosto, acrítico,anestésico, corruptor e higiênico que se permite tudo e a que tudo serve.

Agora por obra e graça das redes sociais o poder quer voltar às ruas... Para que? Para se renovar, pois que tudo cansa. O povo cansou de ver seu poder ser exercido em seu nome para proveito de outrem. Voltar às ruas não lhe reanima. Não lhe refresca o exercício. Os políticos sabem muito bem que a única forma de exercício do poder é a política, e esta é oligarquica. Entrando-se uma vez para o clube há sempre muitas voltas a dar para não se apear da montada. Voltar o povo às ruas faz com que os políticos comecem a dar estas voltas e mudem tudo o mais possível, para que tudo fique do modo que estava. Eles são profissionais nisto, não tenham a menor dúvida.(Leiam o texto Coisa rara, aqui no blog.).Como tudo cansa, eles contam que vocês cansarão logo, e deixarão as ruas.

Não se iludam: Vocês têm o poder neste momento de forma rematada e inequívoca. Os políticos apenas reagem às suas vontades para agradar-lhes e tentar manter seus cargos. E dai? Se não se tirar uma consequência disto, todo o esforço de vocês terá sido em vão. Terão gasto sua preciosa energia para nada. Vejam o que se passou em Itália recentemente: Elegeram um palhaço. Sim, após forte contestação, o poder mudou de mãos, era este seu intento e conseguiram, o homem que aglutinou parte desta contestação, um antigo humorista´( Beppe Grillo com o Movimento cinco estrêlas) tem uma fatia do poder hoje e não sabe o que fazer com ele. Em outros países, como Portugal, a alternância do poder como modêlo tem sua prática esgotada, os líderes que surgem vêm do seio dos próprios partidos, replicando um modelo que não atende às necessidades populares e que não dá espaço para gente valorosa e líderes que não sejam formados no seio dos partidos do poder( PSD e PS) nunca arriscando outra solução. Não se iludam vocês têm o poder e não sabem o que fazer com ele.( Leiam o texto Notícias do fim do mundo, aqui no blog.).

Os políticos estão muito acostumados a lidar com situações de emergência, sobretudo as que o que está em perigo é a sua fatia de poder, portanto fazem ouvidos moucos. Creio mesmo que o poder gera uma patologia que os põe neste estado( Leiam os textos Síndrome de Húbris e Sense of rumor, aqui no blog.)e não se deixam intimidar, com o grito de que não lhes representam. Fazem umas quantas concessões, mudam umas quantas políticas, para continuar tudo na mesma, são muito hábeis nisto.E a teia consolidada de interesses que os une, mesmo àqueles que são uns contra os outros(oposições)é muito forte para que se desfaça pelas manifestações populares.

O clamor que agora se ouve tem uma característica muito especial: É mundial. Porém não haverá rede social que unifique esta torre de Babel que é o planeta, quando menos pela mesma razão do desentendimento que se deu na torre bíblica: a barreira da língua(E língua aí é classe social, é tribo.). Porem um sentimento que se generalizou é como uma epidêmia, segue seu curso imparável e inapelavelmente irá produzir algum efeito. Penso que a saida será aumentar a participação popular nas decisões e tirar o poder dos salões, desentocá-lo dos gabinetes,pondo-o na rua(mas numa rua de tráfego consensual) esta está nas novas tecnologias de comunicação( Leiam o texto A Crise da representatividade política e a Google e seus balões.) Esta rua penso ser virtual, penso que as novas tecnologias que geraram a crise no seu ativo, são a solução da própria crise. Se levarmos à todos a possibilidade de interferir no processo político-administrativo, este se democratiza, e as novas tecnologias de comunicação são o melhor instrumento para isto. E isto deve ser feito com força de Lei. Vivemos um mundo novo neste terceiro milênio, temos de realizá-lo na sua plenitude. Devemos nos valer de todos os meios para isto. Devemos entender que as mudanças geram novas possibilidades, e estas devem dar acesso à participação alargada de todos. Quantos menos excluidos houver no mundo em todos os sentidos, mais perto estaremos de um mundo que valha à pena, onde haja justiça e verdade. E a maior verdade é que o poder deve estar nas ruas.



















terça-feira, 25 de junho de 2013

Mais ou menos festa.

       Acredita-se que um determinado evento ocorra com maior ou menor frequência(esse u devia ter trema) e que esta frequência determine inversamente o período de ocorrência do evento,esta crença apoia-se em comprovação matemática, o que dá bem ideia de ser exata. Nesta nossa vidinha do dia-a-dia, onde as variantes são muitas e inesperadas, as nossas crenças apoiam-se em comprovação bem mais incerta e muita vez sustentada por uma verificação empírica, baseada em observações que podem ser ilusórias ( Por quanto tempo se pensou que o Sol girasse ao redor da terra?).    
       Ora, esta ordem de coisas a que estamos afetos, levou-nos sempre a cometer vários equívocos que só a técnica, a ciência e a tecnologia nos livrou de os continuar cometendo. Porém a Economia tem um grau de empirismo tão alto que nos leva a acreditar mais nela como uma ciência de experimentações. Experimentações que nos levam muita vez a agonia de existirmos submissos aos desígnios econômicos irremediavelmente.
       Porém há regras que já estão estabelecidas,que determinam o que certas ações irão produzir, com um efeito conhecido que acarreta uma certa previsibilidade na Economia, o que não impede que hajam parâmetros que desmintam tudo isto pela mera razão de não se adequarem àquelas regras, algumas da forma mais inesperada. Seria como se em Medicina ao dar-mos certo veneno a um paciente para o matar, vissêmos sua súbita cura surgir, ou dessemos um remédio para o curar e deparássemos com a sua morte. A ciência econômica tem destes fenômenos terríveis para quem a usa. Por isto há que se ter uma capacidade de ajuste tão fina,o que nem sempre é o caso, como usualmente se verifica, para se promover mais ou menos festa(Como é muito comum nos EUA, que depois põe a maquineta à rodar, para uma moeda que se mantém por outras conjunturas, por exemplo, bélicas, financeiras( que também são, ou podem ser, bélicas) e ainda por contingências de influências mediáticas, não vendo uma super-inflação atravessar o país, ou uma desvalorização gigantesca de seu câmbio. )

Entretanto o que se vem verificando na Europa é incopetência mesmo. Aplicaram todo um receituário básico do FMI para países que estão dentro de uma economia comunitária, o que não poderia resultar por muitas razões, sobretudo por estarem sujeitos a uma moeda forte. Permitiram-se a experimentações esdrúxulas que levaram a distorções imensas e que não respeitaram características que nunca podiam ter sido desconsideradas. Agora com o falhanço mais que evidente, em vez de buscarem outras soluções,insistem nas mesmas para não admitirem a culpa que pretendem sempre apontar ao outro, ou aos governos, "por não terem cumprido fielmente seu receituário".

Quando é que vão aprender uma Lei que é da Física, mas que se adequa como uma luva à Economia? Que a cada ação corresponde uma reação igual e contrária. Quando?

Mandela deve descansar.

Elegia para libertar uma alma pura que salvou seu povo à sorrir.



Nem morrer te deixam.

Porque tu não podes faltar?
É verdade que tua orfandade será grande.
Mas saberão que caminho trilhar.

Madiba, quando haverá outro como tu?

Com esta extrema capacidade do perdão.
Quem saberá como tu esquecer?
Sabendo que há uma verdade mais além...
Amar a todos, sem olhar a quem.
Provastes o poder de perdoar.
Revertestes em sim o não.
É muito difícil poder imaginar
Que haverá outro com tua disposição.

Repousa com a tua obra feita.
Ficamos aqui rezando para que não possam reacender os fogos que apagastes.
Não te farão esta desfeita,
Ficará a Suld'África que realizastes.

Deixas a paz que conquistastes,
Com o teu sorriso de doce alegria,
Deixas o socego que plantastes
Ensinado a viver em cada dia.

Madiba vá pra luz que é teu lugar.
Descansa do teu trabalho completado
Tua aura há de ensombrar
Qualquer fogo mal apagado.

Não és eterno na matéria.
És eterno na tua presença.
Teu legado é coisa séria
Permanecerá tua sentença
Não conseguirão voltar à miséria
De quando não tinha tua existência.

Descansa, tua obra fica feita.
Descansa, já sofrestes o bastante.
Descansa, não rezarão por outra seita.
Descansa, teu sorriso permanece, contagiante.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

A crise da representatividade política e a Google e os seus balões.


Eles não nos representam !


Há um grito que vem se tornando mundial, que critica a representatividade política e, com esta ou aquela motivação, vem percorrendo o planeta, demonstrando um sentimento comum e generalizado que marca a insatisfação das pessoas. Pode ser por umas árvores que se iam cortar na Turquia, por vinte centavos que se iam aumentar nas passagens no Brasil, pelo TGV em França, ou mesmo por razões políticas declaradas, vale dizer, insatisfação popular com seus governantes (as primaveras árabes recentemente,algumas degenerando inclusive em guerra civil, e China e os EUA um pouco antes.) desde já há algum tempo existe uma fermentação latente e insurgente contra a representaividade política.

O que se está passando e que muitos analistas e sociólogos ainda não se deram conta, é que o modelo de representatividade política está obsoleto. Tantas vezes foi o cântaro à fonte que partiu-se, segue mal colado fazendo seu papel, mas ninguém quer mais o cântaro. Ele não serve mais. E o que recomendo é que arranjemos o quanto antes uma outra solução. Vivemos um século de infindáveis possibilidades tecnológicas, usemo-las, ponhamos todos os recursos existentes ao serviço da democracia, mudemos o modelo de representatividade posto que este já não satisfaz. As pessoas por todo o mundo atingiram um grau de cultura e desenvolvimento pessoal, que as leva a quererem participar diretamente do processo político administrativo que influecia suas vidas, suas cidades, seus países.Acabou o tempo do povo-cordeiro ! Não aceitam mais serem agentes passivos, ou participarem através de uma representatividade política longínqua na qual não se revêem.Não lhes satisfaz mais este modelo.Viram-se defraudados com ele. Viram a corrupção grassar com, e nos políticos, de modo ultrajante. E querem que isto acabe! É bem verdade que não sabem como, mas não perderam a capacidade de se indignarem com este estado de coisas, que por todo mundo atinge proporções descabidas. E creio não se irão calar, nem mesmo com o atendimento das medidas, como hora se passsou no Brasil, retirando o aumento: Vinte centávos de real, oito cêntimos de euro, sua motivação aparente.

Que país é esse? A pergunta que não se quer calar, cantada no Brasil pelo Legião Urbana e que na verdade é uma pergunta à escala mundial. Que políticas são essas que fazem países como esses? Até quando vamos ter que aturar isto? Até quando vamos ver estes políticos praticarem a corrupção que nos nega hospitais melhores, estradas e ruas melhores, melhor educação e salários melhores??? Esta é a verdadeira pergunta por detrás das outra. Esta a verdadeira questão que gera protestos por todo o mundo. Esta a pura realidade da afirmativa que diz tudo: ELES NÃO NOS REPRESENTAM.

A Google nesta última semana lançou balões com um aparelho, que pretende continuar a lançar por todo o planeta, com o intuito de levar o sinal da internet a todas os habitantes da Terra. Esta é a solução para a representatividade ! Poderemos ter agora por todo o mundo uma participação de cada cidadão no processo político. Com a internet cada um poderá dar sua opinião das prioridades orçamentais por exemplo, poderão ser escolhidas as mais indicadas e estas, representando a vontade direta do povo, serem executadas no orçamento imediato. Consultas populares obrigatórias podem ser feitas, se necessárias, todos os dias, sem custos eleitorais. Há hoje maneiras muito fáceis de se democratizar o exercício governativo, há possibilidades de resolver este clamor, agora universal, da representatividade. Em vez deles me representarem, eu me represento e decido. Claro que vão continuar a existir governantes, mas para fazer, não para escolher ou decidir tudo.

Vejo que ou o mundo caminha para outras direções de participação popular, ou o caldo corre o risco de entornar-se. Olha a Europa, por todas as razões e também por que está correndo o risco de fragmentar-se e acabar com seu projeto conjunto, deveria ser a primeira a passar a palavra ao povo, talvez com isto encontre o rumo de se tornar efetivamente Europa!

domingo, 16 de junho de 2013

Resposta a um e-mail que anda aí pela net.


O e-mail:
"Já cheira a Revolução






Há cerca de 3 ou 4 meses começaram a dar-se alterações profundas, e de
nível global, em 10 dos principais factores que sustentam a sociedade
actual. Num processo rápido e radical, que resultará em algo novo,
diferente e porventura traumático, com resultados visíveis dentro de 6
a 12 meses... E que irá mudar as nossas sociedades e a nossa forma de
vida nos próximos 15 ou 25 anos!

Tal como ocorreu noutros períodos da história recente, no status
político-industrial saído da Europa do pós-guerra, nas alterações
induzidas pelo Vietname/ Woodstock/ Maio de 68 (além e aquém
Atlântico), ou na crise do petróleo de 73.

Façamos um rápido balanço da mudança, e do que está a acontecer aos
"10 factores
":1º- A Crise Financeira Mundial : desde há 8 meses que o Sistema
Financeiro Mundial está à beira do colapso (leia-se "bancarrota") e só
se tem aguentado porque os 4 grandes Bancos Centrais mundiais - a FED,
o BCE, o Banco do Japão e o Tesouro Britânico - têm injectado
(eufemismo que quer dizer: "emprestado virtualmente à taxa zero")
montantes astronómicos e inimagináveis no Sistema Bancário Mundial,
sem o qual este já teria ruído como um castelo de cartas. Ainda
ninguém sabe o que virá, ou como irá acabar esta história !...

2º- A Crise do Petróleo : Há 6 meses que o petróleo entrou na espiral
de preços. Não há a mínima ideia/teoria de como irá terminar. Duas
coisas são porém claras: primeiro, o petróleo jamais voltará aos
níveis de 2007 (ou seja, a alta de preço é adquirida e definitiva,
devido à visão estratégica da China e da Índia que o compram e
amealham!) e começarão rapidamente a fazer sentir-se os efeitos dos
custos de energia, de transportes, de serviços. Por exemplo, quem
utiliza frequentemente o avião, assistiu há semanas, a uma subida no
preço dos bilhetes de... 50% (leu bem: cinquenta por cento). É
escusado referir as enormes implicações sociais deste factor: basta
lembrar que por exemplo toda a indústria de férias e turismo de massas
para as classes médias (que, por exemplo, em Portugal ou Espanha
representa 15% do PIB) irá virtualmente desaparecer em 12 meses!
Acabaram as viagens de avião baratas (...e as férias massivas!), a
inflação controlada, etc...

3º- A Contracção da Mobilidade : fortemente afectados pelos preços do
petróleo, os transportes de mercadorias irão sofrer contracção
profunda e as trocas físicas comerciais que implicam transporte irão
sofrer fortíssima retracção, com as óbvias consequências nas
indústrias a montante e na interpenetração económica mundial.

4º- A Imigração : a Europa absorveu nos últimos 4 anos cerca de 40
milhões de imigrantes, que buscam melhores condições de vida e
formação, num movimento incessante e anacrónico (os imigrantes são
precisos para fazer os trabalhos não rentáveis, mas mudam radicalmente
a composição social de países-chave como a Alemanha, a Espanha, a
Inglaterra ou a Itália). Este movimento irá previsivelmente manter-se
nos próximos 5 ou 6 anos! A Europa terá em breve mais de 85 milhões de
imigrantes que lutarão pelo poder e por melhor estatuto
sócio-económico (até agora, vivemos nós em ascensão e com direitos à
custa das matérias-primas e da pobreza deles)!

5º- A Destruição da Classe Média : quem tem oportunidade de circular
um pouco pela Europa apercebe-se que o movimento de destruição das
classes médias (que julgávamos estar apenas a acontecer em Portugal e
à custa deste governo) está de facto a "varrer" o Velho Continente! Em
Espanha, na Holanda, na Inglaterra ou mesmo em França os problemas das
classes médias são comuns e, descontados alguns matizes e diferente
gradação, as pessoas estão endividadas, a perder rendimentos, força
social e capacidade de intervenção.

6º- A Europa Morreu : embora ainda estejam a projectar o cerimonial do
enterro, todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa moribunda já
não tem projecto, já não tem razão de ser, já não tem liderança e já
não consegue definir quaisquer objectivos num "caldo" de 27 países com
poucos ou nenhuns traços comuns!... Já nenhum Cidadão Europeu acredita
na "Europa", nem dela espera coisa importante para a sua vida ou o seu
futuro! O "Requiem" pela Europa e "seus valores" deu-se há dias na
Irlanda!

7º- A China ao assalto! A construção naval ao nível mundial comunicou
aos interessados a incapacidade em satisfazer entregas de barcos nos
próximos 2 anos, porque TODOS os estaleiros navais do Mundo têm TODA a
sua capacidade de construção ocupada por encomendas de navios.... da
China. O gigante asiático vai agora "atacar" o coração da Indústria
europeia e americana (até aqui foi just a joke...). Foram apresentados
há dias no mais importante Salão Automóvel mundial os novos carros
chineses. Desenhados por notáveis gabinetes europeus e americanos,
Giuggiaro e Pininfarina incluídos, os novos carros chineses são
soberbos, réplicas perfeitas de BMWs e de Mercedes e vão chegar à
Europa entre os 8.000 e os 19.000 euros! E quando falamos de Indústria
Automóvel ou Aeroespacial europeia... Estamos a falar de centenas de
milhar de postos de trabalhos e do maior motor económico, financeiro e
tecnológico da nossa sociedade. À beira desta ameaça, a crise do
têxtil foi uma brincadeira de crianças! Os chineses estão
estrategicamente em todos os cantos do mundo a escoar todo o tipo de
produtos da China, que está a qualificá-los cada vez mais.

8º- A Crise do Edifício Social : As sociedades ocidentais terminaram
com o paradigma da sociedade baseada na célula familiar! As pessoas já
não se casam, as famílias tradicionais desfazem-se a um ritmo
alucinante, as novas gerações não querem laços de projecto comum, os
jovens não querem compromissos, dificultando a criação de um espírito
de estratégias e actuação comum...

9º- O Ressurgir da Rússia/Índia : para os menos atentos: a Rússia e a
Índia estão a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma
velocidade estonteante! Com fortes lideranças e ambições estratégicas,
em 5 anos ultrapassarão a Alemanha!

10º- A Revolução Tecnológica : nos últimos meses o salto dado pela
revolução tecnológica (incluindo a biotecnologia, a energia, as
comunicações, a nano tecnologia e a integração tecnológica) suplantou
tudo o previsto e processou-se a um ritmo 9 vezes superior à média dos
últimos 5 anos!

Eis a Revolução!
Tal como numa conta de multiplicar, estes dez factores estão ligados
por um sinal de "vezes" e, no fim, têm um sinal de "igual". Mas o
resultado é ainda desconhecido e imprevisível. Uma coisa é certa: as
nossas vidas vão mudar radicalmente nos próximos 12 meses e as
mudanças marcar-nos-ão (permanecerão) nos próximos 10 ou 20 anos,
forçando-nos a ter carreiras profissionais instáveis, com muito menos
promoções e apoios financeiros, e estilos de vida mais modestos,
recreativos e ecológicos."


RESPOSTA:

Independentemente dos erros de concordância ,e outros de português, o texto vem, sem ver o problema na totalidade, nem apresentar solução, de encontro ao que tenho discutido no meu blog: O Olho do Ogre e destaco os seguintes ítens:
1. Curiosamente estas quantidades 'inimagináveis' de dinheiro injetado no sistema financeiro, não gerou inflação. O que nos leva a imaginar uma de duas possibilidades: Ou o sistema estava mesmo inflado sem meio circulante, ou as novas entradas estão sendo recolhidas, porque só com o aumento da produção da China por exemplo, todo o dinheiro que aparece ainda é pouco para representar a nova riqueza gerada, e é logo sugado do sistema.( O que não inocenta os bancos, mas isto é outro assunto.)
2. Este 2º ponto é uma grande tolice, não há crise nenhuma do petróleo! Há uma demanda elevada pela entrada no mercado mundial em força de 1/3 da população mundial como consumidora, havendo forte demanda energética.( (Os voos de avião para férias continuam baratíssimos, aumentou a tarifa de viagens curtas exponencialmente, por que é nesta faixa que está se concentrando a demanda - de empresários durante a semana é claro.)
3. Outra grande tolice ! O mercado de transportes de mercadorias está, e vai continuar em grande expansão. O que poderá ocorrer é que havendo um aumento exacerbado nos preços dos combustíveis, com o natural repassamento desses aumentos aos prêços dos produtos transportados, haja uma grande quebra de consumo, porque os níveis salariais não suportarão os novos prêços. O pior é não sabermos se vai haver margem para reajustes salariais nesta ponta, já que a riqueza é da outra.
4. O ponto 4º não merecia sequer resposta, sobretudo por ser Faxista! Então onde é que já se viu alguém afirmar que os imigrantes são necessários para fazer os trabálhos não rentáveis??? Quanto ao resto deste ponto, é assim que se dá a globalização.
5. Este ponto sim é o grande problema europeu ! Aliás já na minha carta aberta ao Dr. Vitor gaspar dizia exatamente isto. E não há economia saudável em nenhum país sem uma classe média grande e muito operante.

6. Usa mal o termo 'Europa', refere-se aqui ao projeto europeu e à sua comunidade até ao ponto que atingiu presentemente. Morrer não morreu, mas corre sérios riscos pela não solidariedade entre os diversos estados membros, é verdade. Agora o que está morrendo é a sociedade ocidental que criamos com os seus valores e as suas prerrogativas. Valores estes que deveriam ser expandidos à todos os povos em todos os continentes. Deveras, com o ingresso de um terço da população mundial ao mercado, este não consegue evitar as distorções que se criam com esta súbita alteração. Porém é de justiça que estes muitos milhares de milhões de excluidos entrem na festa. Possam comer um bife, possam ter um rádio à pilhas, conquista dos anos 60,possam ter luz elétrica, conquista do princípio do século XX, possam ter água encanada, conquista dos Romanos, por exemplo. Agora que isto cria distorções, cria, pois é necessário: materias primas, energia, transporte, tecnologia, etc... para por este rádio na mão lá do chinesinho, ou do indiano. Vamos passar por um duro período de adaptação... E é bom não esquecer que há um continente inteiro que ainda não sonha com nada disto, África, o mais excluido, e que a qualquer hora, por este ou aquele caminho, entra no mercado, veja a àfrica do Sul, Angola, Moçambique, Senegal, até o Ghana vão aparecendo, isto é inevitável. Eles não querem estado social, nem férias na praia, mas querem certamente um bom bife. E, ademais, têm Direito a ele.
7 Não há assalto nenhum !. Lembro-me que vi à entrada de um parque em Shanghai o seguinte aviso numa plaquinha esmaltada: «É proibida neste parque a entrada de cães, gatos e chineses.» Ora era assim que os ingleses os tratavam em seu próprio país, a uma nação que tinha sido a mais importante do planeta na dinastia Ming. Os maiores inventores, os maiores cientistas da humanidade, os maiores médicos eram todos chineses e foram espezinhados,invadidos, dominados, humilhados, é mais que natural que reconquistem seu lugar. O que deve ser feito urgentemente é uma repartição geopolítica equalitária das áreas de interesse do planeta, respeitando as potencialidade de cada um em jogo. Lamentavelmente sabemos que não há bom senso suficiente para isto; por isto vamos experimentar um bom bocado do nosso próprio veneno.
8. Sim é exatamente isto! E a culpa é de quem??? É da mulher, que trocou o seu papel de sustentáculo desta sociedade a que se refere o ponto 8º saudosamente e também como uma saida para a gestão social necessária a novos rumos. Quando queimaram os sutiães em Road Drive Road e na 3ª Avenida queimaram a família com eles. E agora? Agora vamos ter um novo tipo de sociedade,não sei se melhor, se pior, se igual. Um novo tipo com monoparentais ao milhões, com homoparentais, com aparentais - crianças criadas por lá se sabe quem. E depois quando quiserem afeto; vão comprá-lo, já que tudo se vende e se compra nesta nossa sociedade.
9. Pois é, vamos ter os BRIC no comando deste novo mundo.... E daí ????
10. No século XVIII de enorme avanço tecnológico, já se dizia o mesmo, e ninguém morreu....
11. O Título está mal...quererá dizer. ' Já cheira a guerra.' Pois é isto o que a humanidade sabe fazer para manter a hegemonia de poder do 'status quo' vigente.
12. Gosto mais do número doze. Nada disto, nenhum destes dez pontos tem a menor importância, a não ser assustar as pessoas menos habituadas às reflexões conjunturais. O que importa é o que de invisível está acontecendo com o espaço de manobra dado por está conjuntura para a segregação. Sim segregação, retirar pessoas do seu meio onde têm referencias e possibilidades e jogarem-nas num processo de exclusão que só tem gerado miséria. E é esta a besta do apocalipse que quer sair galopando desenfreadamente por este novo milênio. Só aí está o perigo. Agora se os grandes lucros vão para Nova York ou Pequim, não faz a menor diferença.

Sugiro a leitura do texto: Ficamos sem importância /Brave new World - Notícias do fim do mundo, no blog O Olho do Ogre, onde isto está tudo analizado.

Atentamente,
Helder Paraná Do Coutto.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

LUTA DOS PROFESSORES.


Que diferença faz 17 ou 20?

« Eu não tenho nada a ver com isto,
Nem sequer nasci em Niterói.
Não me chamo João.
E não tenho, não, qualquer vocação pra ser herói...»



Diz Vinicius este refrão delicioso numa canção que fala do Brasil, e eu como brasileiro e não português, repito-o para mim, agora ainda mais depois da grande quantidade d'emails que recebi à conta da carta aberta que escrevi ao Ministro das finanças portuguesas, Dr. Victor Gaspar. Talvez seja que diferentemente do que diz a música, eu nasci em Niterói e por isto ela não soa pra mim. Além do mais, mesmo havendo muitos assuntos sobre o que poderia ou deveria escrever, minha predileção vai sempre para o que me causa maior indignação.

Eu não tenho nada a ver com isto, mas não posso deixar de me indignar quando vejo o ministério da educação e o governo de que faz parte, insistir na data dos exames em 17, com a única finalidade de humilhar os professores. Não posso supor outra razão. A não ser a da consequência direta desta insistência, que é fazerem os professores passarem pelos maus da fita e, é claro, se discutir muito este assunto, fazendo esquecer todas as outras mazelas provenientes da sua governação.Uma de muitas teimosias ou do prazer em contrariar, característica destes governantes, como se viu já muitas vezes e também agora na marcação das autárquicas,e, mais grave, no pagamento atempado do subsídio de férias, no entanto há sempre uma realidade subjacente.


Eu não tenho nada a ver com isto, é verdade, mas não posso deixar de me emocionar quando vejo a dignidade deste grupo humano, o mais importante em qualquer nação, os professores, abespinhada, humilhada, malbaratada, desprestigiada e relegada a um plano de menor interesse, para não dizer mais, quando sua figura é central na formação de toda a gente do país, não consigo comprender os que os governam, mas consigo admirar os porofessores e sua dignidade e força, ao manterem sua luta contra tudo e contra todos, não resignando. A ideia que os move, num mal momento escolhido pelo governo, o fim do período lectivo, com já todos os estudantes em provas, para não ceder às medidas anunciadas é lutar por manter as condições de trabalho de que dispunham e, é bom lembrar, as condições de trabalho dos professores são as condições do ensino em qualquer país onde estas condições existam.

Eu não tenho nada a ver com isto mas não posso deixar passar despercebida, sem louvá-la, a mensagem que lançaram para manter sua luta e manter sua cara e sua dignidade, indo buscar à estrofe 40 do Canto primeiro dos Lusiadas a idéia central que os move a não desistir do que começaram e são estas as palavras:
« E tu, Padre de grande fortaleza,
Da determinação que tens tomada,
Não tornes por detrás, pois é fraqueza,
Desistir-se de cousa começada.»
Nada mais oportuno e digno para se dizer, além do que as palavras do Poeta Maior são irretocáveis, não se pode nunca na vida deixar de considerar este aviso deixado há cinco séculos por Camões. É fraqueza desistir de coisa começada, não há dúvida. Não o é mudar a data de 17 para 20, como sugeriu o Tribunal Arbitral,para não prejudicar os estudantes.

Eu sei que não tenho nada a ver com isto mas não posso deixar de lhes dizer «Que se aqui a razão se (..) mostrasse Vencida do temor demasiado,» estariam os professores fugindo ao seu mais indeclinável dever, o de defender aquilo em que acreditam, com as armas únicas que dispoem: A SUA DIGNIDADE EM LUTAR ! E o que aqui deixo dito são as palavras de Camões na estrofe anterior na situação oposta. Esta gente lusitana é mesmo admirável, e tenho muita honra em descender dela, assim como creio que o Brasil a tem. A Presidenta Dilma esteve aqui em Portugal em meio a isto tudo , manteve a sua posição de Estado, mas deixou claro pelos contactos que estabeleceu e pela suas atitudes e expressão facial o que pensa de tudo isto e de que lado está, ninguém deve esquecer que ela foi guerrilheira como eu, mas, como eu, Ela não tem nada a ver com isto, mas não se furtou a demonstrar, dentro dos limites possíveis, o que pensa.

Eu sei que não tenho nada a ver com isto além de minha filha luso-brasileira que receberá um país diminuido economicamente, mas só economicamente, posto que está gente, que deu mundos ao mundo, não descura de sua honra, de sua dignidade, de suas crenças e de seu saber, e é isto o que importa.

terça-feira, 11 de junho de 2013

PRISM/1984-G. Orwell/Espionagem/ Privacidade/ USA/Cidadania.


Can You see me now?


Edward Snowden desapareceu de seu hotel em Hong Kong ! Para onde terá ido Mr. Snowden? O fato é que poder-se-á nunca mais ouvir falar de Mr. Snowden, mas fica a sua denúncia do PRISM. Agora sabemos que se usarmos o telefone, o telemóvel, a internet, qualquer rede social, estamos a ser espionados. E porque? Simplesmente porque esxistimos. Existir passou a ser um perigo. Para nós e para os outros. É verdade que a razão de tudo isto é a ação dos terroristas e de até onde eles podem chegar, como se viu. Será que isto dá o direito de roubarem a nossa privacidade? Será que isto dá, a quem quer que seja, o direito de espionar-nos? Penso que não.

O PRISM este sistema que a agência americana de espionagem NSA controla e que tem a capacidade de espionar todos os cidadãos do planeta através das suas comunicações, com a finalidade de evitar ações terroristas a justificar sua existência,tornou-se conhecido à conta de um agente do próprio sistema NSA e CIA , o Sr. Snowden que agora desapareceu, que indignado com este monstro de mil tentáculos, denunciou-o. Quem autorizou que criassem semelhante besta? O presidente americano, sob o pavor de outro ataque, mas quem lhe garante que o fato de saberem, ou suporem saber, sobre um ataque vai evitá-lo? No onze de Setembro , não se esqueçam, SABIAM, e isto não evitou nada.

A paranóia governamental americana pode muito bem, assombrada pelo '9/11', imaginar uma ação onde esta não existe. Pode um inocente que chamou um determinado número por engano, ou acedeu a uma página que lhe foi sugerida na net, ver-se envolvido num caso com o qual nada tem a ver. É muito perigoso o big-brother, o 1984 do Orwell nunca foi tão atual. E, torno a perguntar, quem lhes dá o direito de espionarem todo mundo?

O público indignado foi para a rua com cartazes a questionar se agora lhe podem ver. Já que agora sairam do anonimato para protestar, esta questão é a expresão maior das distorções a que estamos sujeitos na sociedade contemporânea, o Direito de cidadania em defesa do Direito de cidadania. A pergunta, escolhida com sabedoria, é reveladora da condição em que fomos colocados e da sua não aceitação: Can You see me now?

O Sr. Snowdem sabia, quando denunciou, os riscos que corria,pois este monstro era para ser mantido secreto. A experiência recente do Sr.Julian Assange do WikiLeaks deixava-lhe claro, sem margem para dúvidas, a que estaria sujeito, mesmo assim denunciou. E o fez alegadamente por respeito ao cidadão e seu Direito à privacidade. Sempre haverá um homem para deter o escândalo e a maldade de outro homem, é verdade, porém há sempre um homem a conspirar para cometê-la.

Vivemos os dias do fim dos tempos. Por que não poderão continuar a proceder assim, os tempos terão de ser outros, para o bem ou para o mal.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Economia/Situação Portuguesa/Papa Francisco/ Victor Gaspar.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------PUEBLO PEQUEÑO, INFERNO GRANDE-----------------------------------------------------------------------------------------------CARTA ABERTA AO DR. VICTOR GASPAR-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------"A política é a forma mais elevada da caridade, pois procura o Bem comum", disse o Papa Francisco. E a caridade deve estar em tudo! Lembremos Santo Agostinho: "In dubitas libertas, in certis unitas, in omnibus caritas." Se devemos ter em tudo caridade, uma política que não tem em mente a caridade como forma de realizar-se, que não a busca, não é política nenhuma, não é nada e não visa o Bem comum, é contrasenso. E caridade é não fazer aos outros aquilo que não quer que lhe façam. Caridade é por-se na pele dos outros, caridade é reconhecer o Direito do beneficiário, ou do afetado pelas nossas ações; falava o Papa de virtude. Beethoven após ouvir tocar, se não me engano, Schubert, cumprimentou-o dizendo que ele ia ser muito feliz, porque ia fazer felizes os outros. É preciosa essa observação porque nos mostra que se é feliz, fazendo os outros felizes. É assim meu caro senhor ministro, e como só há felicidade quando se tem um objetivo na vida, só há felicidade quando se tem uma estabilidade existencial,uma atividade útil, emprego, objetivo de vida. A classe média é o paradigma da felicidade porque está em processo de progresso econômico, ou seja tem os objetivos de vida em movimento. O senhor faz ideia de quantas pessoas deixaram a classe média por sua causa? Quantas pessoas perderam a expectativa de vida, algumas para nunca mais recuperar? Quantas pessoas estão e serão absolutamente infelizes à conta de suas medidas econômicas? E isto é uma coisa muio séria, fazer as pessoas infelizes é muito contra a vontade de Deus. Não adianta agora dizer que tem um extensa lista de erros, estes, estão feitos, e já nada poderá saná-los.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Meu caro senhor ministro roubar a esperança é o que há de mais medonho no mundo. Eu costumo perguntar às pessoas se elas sabem o que de mais feio há no mundo.E explico-lhes que o que mais feio há no mundo é a miséria. Sabe senhor ministro,o senhor tornou o mundo bastante mais feio. Empurrou para esta situação milhares de pessoas.Peço à Deus que lhe perdoe, mas, creia, muita gente não o perdoará. E ser odiado é algo terrível.Eu não o odeio e rezo por si e por sua alma, porém temo muito que o limite do perdão de Deus atingi-se quando acarretamos prejuizo, fazemos mal à pessoas que não se podem defender, à pessoas inocentes. Todos deviam saber que quando ocupam uma posição de destaque correm grande risco, porque têm a maior de todas as responsabilidades: a dos outros. Por isto devemos ter em mente que " À quem muito foi dado, muito será exigido..." leia a parábola do administrador infiel( Lucas12,41-48 ou Mateus24,45-51) e temerá por si como eu temo.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Caro senhor ministro nossos irmãos aqui além fronteira costumam dizer jocosamente a expressão: «Pueblo pequeño, inferno grande.» O senhor levou esta expressão a uma outra dimensão, pois não sendo só aquela em que a atenção de controle que se verifica num pequeno povoado, tornando difícil a vida dos 'controlados', o senhor alcançou a dimensão do país pequeno que lhe deram para administrar fielmente no interesse do Bem comum,de outra forma não poderia ser, comprometendo-lhe o seu Bem mais precioso: seu futuro. Mexendo em chaves que regulavam relações que foram muito difíceis de se estabelecer, que foram conquistas com décadas de luta e negociação, alterou um contrato que necessita de um Bem para cujo estabelecimento interferem forças insondáveis e incontroláveis, a que se chama confiança. O senhor destruiu a confiança do país. Confiança na política, na democracia como expressão desta, nos políticos enquanto seus representantes, nas Leis, tentando repetidamente violá-las, tornando-as letra morta, rompendo a confiança nas extruturas supervenientes da sociedade.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Senhor ministro ao quebrar o contrato estabelecido entre aqueles que venderam suas vidas em troca de uma tranquilidade na velhice, aqueles que,trabalhando, pactuaram uma relação que lhes dava o sagrado Direito de esperarem e contarem com uma retribuição, contratada repito, pelo seu tempo e competências, o senhor violou o mais sagrado dos Direitos, o da liberdade individual. Porque ao roubar-lhes a expectativa contratada de gerirem suas vidas como haviam estabelecido, violou as suas liberdades, de todos e de cada um. Tornou-os prisioneiros de uma situação com a qual não contavam. E esta é a mais grave das violações, porque destrói o Bem comum. Não me diga que não havia outro remédio. Há sempre um outro remédio: não se andar de carro, não se ter submarinos,não se cumprir contratos lesivos, não se financiar entidades já por si endividadas ou falidas, entre outras centenas de medidas grandes ou pequenas que o senhor deveria ter tomado. Não me diga que são medidas radicais. Por acaso as que tomou não são ?-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Sigo rezando por sua alma, mesmo que entenda que seja muito difícil que DEUS LHE PERDOE,faço-o porque se o senhor lograr perdão, Deus intervirá para que os que o Senhor destruiu sejam elevados. O senhor não poderá ser perdoado sem que os que prejudicou encontrem alguma forma de serem redimidos da desgraça que lhes atingiu. Desta forma: QUE DEUS LHE PERDOE !

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Austeridade/Bail-out/húbris/Fim de uma era.

----------------------Sense of rumor--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Não pensem que troquei o 'h' pelo erre. Não! É isso mesmo ! Como decorrência da síndrome de húbris, que comentei outro dia no texto com este título, o governo perdeu a noção do que se passa em Portugal.Revelando uma patologia muito grave para qualquer governo, que é perder a capacidade de ouvir o povo. Neste caso muito provavelmente não quereriam ouvir o povo, porque o que este lhes diz, generalizadamente, é pro governo ir-se embora. Fartos de tanta austeridade que não resulta, pois o doente, Portugal, está a morrer da cura, austeridade. E porque? Por que a cura, ou seja a propedêutica, foi invertida. Os medicamentos não foram apropriados. Atacaram violentamente os fracos, os que não podem reagir e com isto destruiram uma das maiores riquezas portuguesas, seu mercado interno. Foram buscar dinheiro ao bolso da classe média( e dos pobres também) criando uma tal baixa no consumo, que os impostos diretos cairam barbaramente, criando uma maior baixa da receita, obrigando a mais impostos, que consequentemente aumentou ainda mais o buraco orçamental inviabilizando todo o programa.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- A química da austêridade como receita para a patologia do descontrole das contas públicas só pode ser aplicada numa lógica de crescimento econômico, ou quando muito de uma estabilidade econômica, mantendo os níveis de receita, vale dizer só pode cortar onde não provoque recessão acentuada, ou seja só pode cortar no bolso de quem tem sobras para manter o seu nível de vida, para não minguar o consumo. Toda a economia vive do consumo (interno ou externo não importa) se para a roda do consumo, não há ajuste, austeridade, ou milagre que dê jeito ! Agora que o FMI vem admitir que errou na Grécia, é como confessar que erraram por darem um veneno para curar um doente de uma intoxicação, causando a morte do doente. Sim por que a Grécia é um doente morto, poderá e certamente virá a ser um país estável, mas nunca aquela Grécia de antes do tratamento, aquela está morta e enterrada! E para construir de novo a sua economia vai levar décadas, milhares de posto de trabalho destruidos, milhares de pequenas e médias empresas destroçadas, o tecido econômico sem onde se possa por remendos. Foi o fim de uma era! E dá-se o mesmo em Portugal. Hoje é um anátema comparar Portugal à Grécia, por que, dizem, Portugal está reconquistando a confiança dos mercados e, com isto, vai reconquistar sua autonomia, livrando-se da intervenção da troika. Mas a que prêço? Quanto tempo vai demorar a pagar uma dívida que vai atingir uma vez e meia seu PIB? Como não comparar Portugal à Grécia se sente-se em ambos os países o cheiro horrível do fumo que ardeu queimando o têcido econômico, e, com ele, os postos de trabalho que gerava? E o pior odor que existe, pior do que carne humana queimada, é o de postos de trabalho queimado!------------------------------------------------------------------------------------------ Porém tudo isto não sensibilizou o governo portugues. Mantiveram-se alheios,distantes, na sua obra destrutiva, acreditando ser este o melhor remédio. Todo mundo avisou, o povo foi pra rua, ordeiro, não alucinado como na Grecia,os pensadores econômicos, políticos, sociais e jurídicos avisaram, mas de nada serviu. Nada adiantou. Haviam perdido o 'sense of rumor', e olha que os rumores já eram gritos. Só pararão quando se estamparem contra o muro de pedras que lhes espera, agora, logo ao virar da curva, mas o mal já está feito e precisaremos de décadas para saná-lo. Deus nos livre dos surdos!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

PROCOM/ ANACOM/ PÉSSIMUS/ OPTIMUS e falta de vergonha na cara.

----------------------Prévio-pagamento--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fui à empresa dita 'Optimus', que é uma escolha genial de nome para uma empresa, para desbloquear um telemóvel. Até aí nada de mais. Custavam dez euros o procedimento, debloquear, um telemóvel novo igual cuta dezenove, sempre era uma economia de nove euros, o.k., porém não davam-me garantia que o 'desbloqueio' funcionasse. Se acaso não consegussem realizá-lo, deveria voltar à loja para apanhá-lo depois do procedimento ter logrado êxito, o que se daria nos dias seguintes. Como de momento encontro-me sem automóvel, e os custos de deslocação são altos( em taxi ao redor dos 14 euros)logo sairia mais barato comprar um telemóvel novo.Por isto aleguei que tentassem o desbloqueio e se tivessem êxito, pagaria os dez euros sem dúvida, caso contrário preferia adquirir um telemóvel novo.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Informação fornecida pelo funcionário da loja: " Só poderiam tentar o desbloqueio após pagamento do custo do mesmo." Estarrecido questiono que não devo pagar previamente por um serviço que eventualmente não possam realizar. A funcionária disse-me que sem o prévio-pagamento não poderia tentar o desbloqueio ou desbloqueamento, como preferirem designar a operação! Estupidificado contra-argumentei que se por exemplo fosse a um restaurante e desejase comer determinado prato, sem saber se o confeccionavam diriam-me: Pague primeiro, depois vamos ver se o podemos fazer,caso contrário volte amanhã.-------------------------------------------------------------------------------------------------É claro comprei outro telemóvel.

Dinheiro/ Brasil/Pré-sal/economia/sabedoria.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------DINHEIRO NÃO FOI FEITO PARA GASTAR----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Dito assim como aqui está, parece absurdo. Na verdade não o é. O dinheiro não foi feito para gastar, o que é uma característica entre muitas desta criatura do homem, que, lamentavelmente, tem vida própria, tendo se tornado incontrolável e incontrolado muitas vezes ao longo da sua existência, dando cabo de muito do que existe em sua área de atuação, inclusive algumas fontes suas gerador------------------------------------------------------------------------------------------------Tinha um amigo que já faleceu inflizmente e foi um homem muito rico, dono de uma das primeiras corretoras do Rio de Janeiro, a Pebb, Luis Afonso de Álvares Otero, que dizia sempre que dinheiro não aceita desaforo. Quanta sabedoria nesta frase! O dinheiro tem características singulares que, até, contradizem a sua própria natureza, vale dizer: Tendo sido feito para ser gasto, ou seja para gastar, quando o fazemos, perdêmo-lo. Porque o dinheiro só é uma mais valia quando o temos, e só o temos se não o gastamos. É uma contradição é verdade, mas é apenas uma da inúmeras que há quando o assunto é dinheiro.--------------------------------------------------------------------------------------------------As regras são gerais e se aplicam tanto a nivel individual, ou seja para uma pessoa, uma instituição, uma empresa, como para grupos de cada uma destas, ou para todas no seu conjunto, mas é tanto mais verdade quanto mais se sobe na escala de valores. Não só na quantidade de dinheiro envolvida como na quantidade de pessoas atingidas pela ação do dinheiro, no bom e no mal sentido. Portanto quando falamos do dinheiro de um país, atingimos o máximo que se pode ter na aplicação e visibilidade destas regras. Ou seja quando temos o dinheiro de um país, costumam ser imensas quantidades de dinheiro envolvidas e grandes quantidades de pessoas envolvidas, à nível do próprio país, quase sempre a maior quantidde de dinheiro conhecida e a totalidade das pessoas, já que o dinheiro do país envolve toda a sua população ( Só com esta afirmação podemos perceber o quanto está em jogo com esta coisa que na verdade não é nada e não vale nada.)----------------------------------------------------------------------------------------------------Assim dito que não é nada e não vale nada pode-se pensar que é tolice ou loucura, mas na verdade o dinheiro é um pedaço de papel, o dinheiro não é nada, atigamente havia o lastro ouro, ou seja era conversível em ouro, hoje nem isto, o dinheiro não é nada mesmo além de uma convenção em que todo mundo acredita, mas às vezes deixa-se de acreditar como aconteceu, por exemplo, com o marco alemão em princípios da década de vinte do século passado, quando a nota bancária chegou a ter tantos zeros e não comprava nada, não valia nada. Ou seja o dinheiro tem valor só se tem valor aqueles que o imprimem. Na África de hoje há tantas moedas que precisam de um carrinho de mão cheio para se ter uma quantia expresiva em milhares de euros por exemplo. E é assim porque o país, ou países que a imprimem e onde têm circulação( quase curso forçado) não têm riqueza que justifique um valor alto para aquela moeda. Sendo assim o uso do dinheiro está prisioneiro das condições que existam no local onde circula. Por isto temos que ter muita atenção como o fazemos circular, ou seja como o gastamos!------------------------------------------------------------Veja por exemplo o que se passa na Venezuela, um país que tem muita entrada de divisas graças à exportação de petróleo, parecendo ser um país rico, onde é possível,com este dinheiro, se fazer muitas coisas, não é verdade que o seja. Com o ingresso destas somas na economia o dinheiro roda e,logo, não vale nada.Porque? Por que dinheiro não foi feito para gastar, uma vez gasto, foi-se, perdeu-se, evaeceu-se, e já não pode mais... Porém o que fez a China com as fabulosas somas de dinheiro em que pôs a mão com o seu progresso industrial e uma enorme exportação? Guardou-o, em vez de por-se a construir coisas, a circular o dinheiro desenfreadamente, aplicou-o na compra de companhias em todo o mundo, na compra de dívida soberana de países ricos, e com isto seu dinheiro vale, seu dinheiro está lá visível fazendo da China a segunda e em breve a primeira economia do mundo. Se tivesse sido posto a circular esta riqueza teria devorado a China (economicamente, bem visto)pois que o dinheiro não foi feito para gastar.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Agora o Brasil vai ter imensas entradas de capitais com o pre-sal, porque já sendo uma economia forte, e só não é mais forte, porque NÃO SABE GUARDAR SEU DINHEIRO,vai ter esta entrada ( já disse imensa) de dinheiro que se for posta a circular como na Venezuela vai destruir o Brasil.O dinheiro não foi feito pra gastar. Tem-se que fazer como fez a China, aplicar em bons investimentos,e será rico. Assim, rico, o Brasil poderá ter riqueza para todos os brasileiros, todos. Parece incongruente , mas é assim. Sabemos que a enorme tentação de ter dinheiro leva a pensar que se pode fazer isto e aquilo,destribuí-lo etc...e tal. Poder,pode-se, mas ao fazê-lo ficamos todos mais pobres. Têm todos em mente o tempo em que tínhamos o FMI cá dentro do Brasil? E que andávamos a mendigar? Inclusive investimentos num país com incríveis recursos como o Brasil? Era porque eramos ricos-pobres, porque gastávamos. Foi só passarmos a ter dinheiro guardado, estas divisas que estão no FMI e Banco Mundial e passamos a interessar a toda gente. O dinheiro é assim.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Parece difícil de compreender? Não é ! Uma grande sabedoria dita sobre o dinheiro, deveria ter sido dita por um economista prêmio Nobel, mas foi dita por um compositor popular, Paulinho da Viola,"Dinheiro na mão é vendaval, é vendaval..." Arrasa tudo e passa, pra não voltar mais. Pois é assim, não sei se me fiz entender, mas é assim... Dinheiro não foi feito para gastar!