quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Foi em Reis há um ano.

Foi neste dia 6/1/21 em que o sr. Donald Trump se tornou definitivamente um criminoso, com o incitamento da Invasão ao Capitólio que resultou na morte de 6 pessoas inocentes. Espancadas até a morte, tendo sofrido ataques (cardíacos ou cerebrais) ou sendo mesmo baleadas num clima de guerra civil. Estas terríveis consequências do incitamento, passado um ano, continuam sem punição. É evidente que a culpa do crime é de quem o comete, mas se alguém favorece, apoia, ou estimula à materialização do crime, cabe-lhe um bom pedaço da culpa, posto que sem essa ação a favorecer e estimular o crime, este poderia não se ter consumado, ou nunca se ter iniciado.
No caso em tela deu-se um libertar de energias violentas que atingiram seu clímax em diferentes circunstâncias. Uma em que os estimulados acolheram um segurança que, no cumprimento de seu dever, foi espancado até a morte pelos invasores que lá entraram motivados pelo sr. Trump. Outros que incitados viram-se envolvidos pelas próprias emoções e energias despoletadas, a tal ponto que sofreram comoção fatal. Outros foram esmagados durante a invasão, e outra ainda que nunca se chegou a saber-se a razão (causa mortis). Fato é que todos morreram num processo criminoso de invasão de um edifício governamental, ato criminoso, incitado pelo discurso que ouviram momentos antes a pouca distância do local da invasão, num outro ato criminoso. Logicamente nem um, nem outro dos crimes pode ficar sem punição. DECORRIDO UM ANO NÃO HOUVE IMPUTAÇÃO DO PRINCIPAL CRIMINOSO QUE TUDO GEROU. Agravantes: 1- Tratava-se de uma tentativa de GOLPE DE ESTADO. 2- Todos os envolvidos eram apoiantes de um candidato derrotado, e estavam a seu serviço. 3- A incitação final é o culminar de um longo processo de convencimento de uma invenção de um não facto, supostas alterações do resultado eleitoral, mesmo antes de haver eleições, o que a torna dolosa ademais. 4- Com muita antecedência, vendo que ia perder as eleições, o instigador, em sua epifania, foi preparando esse convencimento dos seus apoiantes/invasores, criando uma cortina de fumo propícia a uma tomada do poder, posto que o que estava em jogo era não terminar o processo eleitoral com o reconhecimento do eleito, e logo da cabal derrota do incitador. 5- O edifício fruto da invasão ser a sede do Congresso. 6- Tudo baseado em mentiras e invenções, onde nenhuma prova, ou mesmo indício foi encontrado, e estes fatos configuram também um ataque à Democracia. 7- Teria havido mais mortes, como, por exemplo, a da Sra. Pelosi (Mrs. Speaker) se não fora a ação rápida da segurança do Capitólio, que a retirou do edifício. 8- A posição do incitador que na condição de Presidente da República em exercício, tendo afirmado que estaria com os invasores (ainda que fosse em espírito, imaterialmente) pelo alto cargo que ocupava criava uma força, um impacto, uma segurança imensa aos criminosos invasores para perpetrarem os crimes que cometeram. 9- As gravações do discurso que promoveu a incitação não deixam dúvidas da única e exclusiva responsabilidade do sr. Trump. Assim como as ameaças e as intimidações que fez a muita gente, inclusive a vice-presidente, durante o processo. 10- A preparação do golpe também fica provada com os telefonemas que deu desde para deputados de seu partido que lhe são mais próximos, até a chefes de segurança envolvidos, tudo para certificar-se do bom êxito do golpe que tentou, revelando uma rede criminal implantada.
Estes 10 pontos provam à exaustão os crimes ocorridos, assim como os cadáveres mostram as mortes, não se pode escamotear os fatos, lá estão como rochas, como lápides, que não deixam esquecer que ,se houve crimes, há criminosos, e no topo dessa pirâmide criminosa está o ex-presidente que esperamos ver na cadeia, comprovando que na grande democracia do hemisfério Sul, ninguém está acima da Lei, por mais que isso divida o país, ou crie instabilidade.

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