quinta-feira, 27 de março de 2025

AVISOS.

Quem trata destas coisas nunca é bem visto, ninguém quer ouvir que as coisas vão correr mal. Mas o que eu posso fazer se as coisas vão correr mal? Ignorá-las, como agora fazem os políticos? Os da ciência não fazem assim. Temos de dispor do tempo que a antecedência com que percebemos as coisa nos dá, empregando-o em prevenir, transitiva ou pronominalmente, em todas suas acepções, é prevenir o que nos resta, porque o tempo de evitar já passou mor das vezes. Não tendo ainda dito do que se trata, e o meu caro leitor ponderado, calmo, senhor de si, aguarda tranquilamente pelo desenvolver do tema. Fato é que esta interpretação serve para muitas coisas que por aí andam a nos ameaçar. Primeiro vejamos o que é prevenir: 1.Dispor (se) de antemão, preparar, precaver (se), precatar (se).. Assim como evitar, prevenir é uma ação anterior a qualquer ocorrência adversa. Por exemplo no caso da imensamente danosa ocorrência global a que intitulam alterações climáticas, mas que, como demonstrei em vários outros textos, é muito mais que isto; foi oferecida há 20 anos a via de evitarmo-la, o que foi sistematicamente menosprezado por expresiva parte dos político (poder de fazer). No caso das Nações Unidas, onde é mister dar-lhe feição e poder efetivo, idem, nada foi feito. Há muitas e muitas situações em que deixaram passar o prazo de actuar para EVITAR, deixando logo passar também o prazo de prevenir, restando a possibilidade de remediar, mas, como veremos, há situações irremediáveis. 2.Avisar, informar, advertir. Foi e tem sido amplamente difundido avisos, advertências, quanto as muitas ocorrências danosas, desde as movimentações para a invasão da Ucrânia por parte da Rússia, até ao retorno da tuberculose. E as consequências da advertência feita por quem tem saber para fazê-la foram menosprezadas por quem tem poder para evitá-las. Vamos perder a guerra na Ucrânia, e uso o plural porque todos perdemos com a derrota da Ucrânia, o quanto, ver-se-á mais adiante quando se consumar. 3.Tentar evitar. Como ficou visto prevenir, a qualquer tempo, é tentar evitar o mal caminho. Quando complexas e dispendiosas as ações misteres para prevenir, estas não são operacionalizadas. Ninguém que enfrentar a realidade inconveniente, que exige maiores inconveniências para eliminá-la. 4. Acautelar-se, livrar-se. São tantas as vezes em que a cautela, mesmo a do comportamento mais banal, pode contribuir para nos livrarmos de situações piores, mais graves, comportamentos que vão desde separar o lixo, não consumir determinados produtos, não fazer determinadas coisas, criando hábitos que acautelem problemas que ocorrem em razão dos hábitos errados, até alterarmos nossos hábitos. Sendo verdade que há medidas em bem maior escala necessárias a coibir a queda no poço, no precipício, para onde tantas vezes caminhamos, como por exemplo ACABAR com 80% da industria do plástico. E não querem falar disso porque incomoda inúmeros interesses instalados, desde os empregados aos donos das fábricas. 5.Evitar, impedir. Nesta acepção, só pode impedir quem tem poder para tal. Evitar todos podem! Fato é que as populações em muitíssimos casos não se colocam para impedir as muitas desgraças que as ameaçam - QUE NOS AMEAÇAM - ação só possível com manifestações e com o uso do VOTO. 6. Predispor o ânimo de. É o que tento fazer aqui. Sabendo que sou desagradável, logo mal visto. Meu caro leitor, penso que sem excepção está muito, muitíssimo consciente que o prazo de evitar as desgraças que a resposta ambiental está, e continuará a dar a um nível cada vez nais violento, e não é só no clima, pensem um pouco: Onde nos irá levar a ingestão diária de microplástico a que estamos sujeitos? Em que medida as populações afetadas pelas alterações climáticas serão protegidas? O que está sendo feito? Todos os dias constroem-se muros! PIORES OS INVISÍVEIS, QUE OS EM MATERIAIS RESISTENTES! O que faz você, caro leitor, para PREVENIR situações que sabe serem negativas, destruivas?

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