terça-feira, 12 de julho de 2016

Canta Francisco: SOY LATINO-AMERICANO...








É a música de Francisco, Zé Rodrix a compôs com quarenta anos de antecedência, essa música onde indica que há outro ritmo para as coisas, um compositor brasileiro lembrava-se de que era latino-americano, coisa de que um argentino decerto não se esquecerá, e que tem que dar outro ritmo e outro rumo as cosas, Francisco não terá dúvidas, que corre perigo sempre soube que corre,  e que terá que saber como evita-lo, por isso diz como na música, e sabe como também diz a música " ... muita gente me censura e acha que eu estou errado . . ." porém sabe que deve prosseguir e dá de ombros afirmando:
Soy latino-americano y nunca me engaño, y nunca me engaño. . .
Soy latino americano y nunca me engaño, y nunca me engaño. . .

Nosso Papa Francisco não tem outra opção, há de cantar essa música sempre, e que nunca se engaña, não pode evitar com o dogma da infalibilidade papal, que é latino-americano também não,  tendo nascido argentino, logo essa é a sua música! Terminada a brincadeira musical, fica a responsabilidade, direi mesmo trágica de não poder falhar, e não pode falhar, não se pode engañar porque o nível de degradação da igreja que comanda atingiu o auge, imensa tarefa para um homem de oitenta anos, além disso tem em seu horizonte as realidades do tempo, onde a mais eloquente é a do clamor sexual. Cento e vinte mil padres deixaram a Igreja para contrair matrimônio, e sabe-se lá quantos vivem em pecado, escondendo um comportamento que é da natureza das pessoas, e quantos outros terão se perdido num desvio, na vontade de sublimar? Como é o caso dos pedófilos, e ainda há os que preferiram um igual sexo para se relacionar homossexualmente, são só problemas para Francisco que tem de dar solução a tudo isso, e aí surge a parte pior da música, que é a ação subliminar de criticar, maldizer, malbaratar a ação de Francisco, " . . . muita gente me censura e acha que eu estou errado . . ." que é por não quererem mudar, mas ficar como está é a destruição lenta da Igreja, essa mesma que Francisco tem de preservar, manter, e elevar, deixar como está é manter sua destruição, sua sucumbência. E ele luta contra o pior dos monstros, aquele de que ele mesmo faz parte, e que numa de suas faces combate a outra, um de seu braços guerreia o outro. E Francisco tem a missão de resistir, de manter e de reedificar, quando imensa e poderosa força atua no sentido e direção opostas, numa titânica e subliminar batalha que Francisco sabe que tem de travar em todas as frentes, em cada ato, em cada gesto, em cada palavra, em cada intenção.  Para os que crêem, repito o que tenho dito, e que ademais é sua própria súplica: Oremos por Francisco!

No meio dessas dificuldades seguem-se os longos dias lateranenses, pois o ritmo do Vaticano é lento, mito lento, e Francisco sabe que é preciso ter pressa para deixar obra, sabe de sua idade, sabe de seu dever, sabe que foi escolhido, sabe que carrega nos ombros todo o peso do inferno, esse mesmo que se instalou naquela que devia ser a casa de Deus na Terra, conspurcando-a, malbaratando-a, pondo em risco um passado duplamente milenar. . . Oremos por Francisco!

Quem tem noção das forças malignas que enfrenta esse Papa, quem tem noção da máscara que põem todos ao lidar com o poder, sobretudo um poder que traz mudanças incômodas para aqueles que se locupletam dele noutra modalidade, essa se traduzindo em dinheiro, gozos, e prazeres, numa situação estável e quereriam imutável no gáudio e na fruição de privilégios que uma poderosíssima instituição faculta. Por isto Francisco mudou tudo, precaveu-se, come  e dorme em Santa Marta, evitando o controle cerrado a que se permitem os aposentos papais. Limpou o banco vaticano de cima abaixo, retirando a principal fonte de poder do maligno 'intramurale', e cortando suas múltiplas conexões com o que há de mais baixo, e mais imundo nesse âmbito em todo o mundo. Criando imenso buraco com a limpeza, porque estabeleceu-se um vazio para estas forças poderosas do Mal pelo mundo fora que utilizavam o Vaticano como elemento de sua rede, o utilizavam como sua lavanderia, e como sua distribuidora com seus contactos em todas as partes do mundo. Mudou toda a Cúria, estabeleceu grupos de confiança, confiança que será sempre relativa, pois não sabe quando um de suas hostes irá ser cooptado. A Hercúlea tarefa que Francisco assumiu, e que desde o primeiro momento soube como a conduzir com seu sorriso franco apoiado numa transparência inaudita, e numa força que foi buscar fora do Vaticano na opinião pública, sabedor que dentro daqueles muros se encontravam seus verdadeiros oponentes, e que se se deixasse ficar, como outros tentaram, acabaria como os demais, ou dominado ou morto. Com as forças que soube atrair e recolher muito para além do perímetro da cidade-Estado vem travando sua batalha titânica e invisível num ritmo alucinado, em inúmeras e diversas frentes para pôr cobro à imundície que se alastrava tanto que escorria para o Tibre logo em frente, seria uma boa imagem essa, mas na verdade escorria para as almas de milhares de fiéis espalhados pelo mundo fora, destruindo um bem, o principal bem que Francisco deve preservar: a fé!

Oremos por Francisco!



  





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