terça-feira, 19 de julho de 2016

De como rifar um banco.





Juntem uma ministra da finanças neófita e incompetente,  apadrinhada por um primeiro ministro idem, um governador do banco central do país complacente, agora pegue o(s) banco(s) que apresentar(em) distorções graves, pela ganância desmedida de seu(s) administrador(es) e seus cúmplices, deixe-o de rastros até precisar de enorme inversão de capital, que só o Estado será capaz de fazer, faça-a, e depois retire tudo de supostamente imparitário, do que sobrar faça Novo(s) Banco(s), mexa bem até que esse(s) se torne(m) numa massa de aparente pouco interesse. Assim obterá uma massa flácida, suspeitosa, inconsistente, propícia a ser rifada. Rife-a aos bocadinhos.


Apresentada a fórmula acima que resultará em milhares de milhões em prejuízo para as vítimas de sempre, os contribuintes, se tiver suficiente desfaçatez quando deixar o governo acuse o seu sucessor da autoria de toda a sua receita, mais ainda, se puder, deixar tudo como bombas de efeito retardado,  para explodir durante o período do governo seguinte, e com essas acusações poder-se-á se ilibar e descredibilizar seu oponente, e relançar, desse modo, sua campanha e seu projeto para voltar a ser governo. Desta forma confundindo o eleitorado, com o que irá conseguir imensos votos. Destruirá a economia de seu país, mas não há receitas que não produzam efeitos secundários, são contingências colaterais necessárias a seu bom êxito.


Há, como possa imaginar, muitos e variados proveitos nessa receita, além de que, certamente, irá criar muitos milionários, esforce-se para ser um deles, ponha os amigos na parada, envolva gente de confiança, criando uma rede de atuação da(s) rifa(s) que possa ajudá-lo na preparação da receita, de modo a obter bom resultado com tudo isso.  


N.B. Recomenda-se deixar marinar antes de servir.

Sem comentários:

Enviar um comentário