quinta-feira, 11 de maio de 2017

Fatimah/Fátima











Na cova da Iría desde o tempo dos mouros que havia ali um santuário, local marcado pelo culto da entidade mística em que se havia transformado Fatimah Bint Muhamad,  فاطمة; a filha predileta do Profeta. E a presença na Cova se repetiu em tempos do catolicismo, conto-vos a história.

Este ser que existiu no planeta Terra entre 605 e 632 de nosso tempo, era a filha mais nova de Maomé, que apesar de ter vivido pouco tempo assegurou a descendência varonil do Profeta através de dois filhos homens, Hassan e Hussein, frutos de um casamento muito harmonioso com o Iman Ali ibn Abi Talib, e que foi desde logo vista como uma mulher de luz, com uma missão santa e escolhida.

Fatimah era destacada por seu pai o Mensageiro de Deus, o Profeta Maomé, como uma das mulheres mais santas que haviam, ao lado de Nossa Senhora, ela era dita a "Senhora de todas as Mulheres do Mundo" pelo Islão, na voz do próprio Maomé, seu pai, aparecendo várias vezes no Corão como exemplo de virtudes, Fatimah az Zahrá, Senhora dos habitantes do Paraíso, a Amiga, a Abençoada, a Pura, a Impecável, a Aceita, a Satisfatória, a Confidente, a Iluminada, os oito cognomes que Deus lhe dera (Poderá parecer mais com a virgem Maria?). Maomé afirmou ainda que Deus se irritava com sua ira e  se contentava diante de sua satisfação (Haverá alguma mulher mais eleita no Islão?).

Em Espanha teve largo culto, a Medina perto do Alhambra tem seu nome, Azzahrá, flor poderosa, a resplandecente, tendo existido muitos 'templos', algo como capelinhas em memória de Fatimah, que sempre teve enorme devoção popular, e mesmo uma linhagem de sultões xiitas ismaelitas diz ser seus descendentes, os fatímidas, suas mão são cultuadas desde tempos imemoriais como benignas, e formam amuletos, seu martírio é objeto de culto em todo o Islão, desde os persas aos xiitas. Confundida pelos judeus com Mariam a irmã de Moisés e Arão, no talismã Hamsá, uma de suas mãos, poderoso protetor contra as energias negativas é presença protetora. (Haverá entidade mais próxima de Maria?)

Na Cova da Iria onde existia uma 'capelinha' sua, desde tempos imemoriais aparecia sempre a várias pessoas, sendo conhecida como a Senhora de Luz, um ser iluminado que costumava desde os tempos mais remotos aparecer por ali, sendo depois identificada com Nossa Senhora e assumindo esse nome da filha do Profeta como tal, quando em 1917 apareceu a gente de fé cristã, que imediatamente a associou à mãe de Jesus.

Quem sou eu para julgar das coisas transcendentais de aparições, da fé, de energias antigas, de tudo isso que nos ultrapassa e define forças que eu não sei explicar? Não sou ninguém! Mas o fato é que se vai comemorar mais um século que naquele local uma energia mística e poderosa se manifesta, fazendo renascer a fé dos que a conhecem, tocando a alma dos muitos que a encontram, e logo a  veneram, mantendo acesa a chama mítica dessa presença.


Sem comentários:

Enviar um comentário