domingo, 23 de julho de 2017

A destruição do prestígio e da preeminência americana.



A obra do Sr. Trump se vai completando, esse somatório de estupidez e arrogância com falta de sentido de Estado e de direção na condução dos negócios, cria uma instabilidade e uma falta de confiança a seu redor, que destrói por completo a fiabilidade dos EEUU como líder do mundo ocidental e parceiro de confiança para manter a estabilidade e o equilíbrio mundiais, como vinham sendo por décadas após a segunda grande guerra quando se alçaram a este posto, e os EEUU conquistaram definitivamente este papel, atingindo agora o ponto do próprio Congresso norte americano, com maioria republicana, o atual partido da presidência, ter de limitar as capacidades presidenciais  para conter o Sr. Trump, para que ele não possa remover as sanções que irão aplicar contra a Rússia pela interferência nas eleições norte americanas, é o fundo do poço.

Fundo do poço porque é uma quebra na credibilidade da presidência da república norte americana, pedra de toque de um compromisso não escrito da ordem mundial, o homem, ou mulher, talvez fosse bem melhor, 'in the office' como eles dizem, tem de deter todos os seus poderes com pujança, pois apesar de os sabermos limitados, a crença de que seu povo e seu país, maior potência mundial sob vários ângulos, o irá seguir em força, cria a convicção indispensável para que a credibilidade do cargo irá manter essa preeminência, essa liderança, e o seu prestígio entre seus pares. O Sr. Trump a cada dia destrói tudo isso, com suas falácias, com suas mentiras, com sua instabilidade, com sua falta de sentido de Estado.

E não nos esqueçamos que a punição que o Congresso agora irá dar à Rússia pela interferência nas eleições, trata da eleição do Sr. Trump.

Um equívoco pelo qual os EEUU irão pagar muito caro, 'l'enfant gatée' que quiz acrescentar entre as suas conquistas, essa, a de ser presidente dos Estados Unidos da América, pelo brilho do cargo, pela glória do 'status', mas não pelo desejo de servir, essa compulsão magnânima de assumir uma liderança para ver suas ideias prosperarem com o intuito de fazer o bem aos demais, de levar progresso, grandeza e um futuro melhor àqueles que o elegem para tal finalidade, não o Sr. Trump é só vaidades e enganos.

Bazófias, fanfarronices, presunção, ostentação, gabarolices, não têm lugar numa relação que deve e tem de ser de confiança entre os cidadãos e o homem, ou mulher, que escolherem para os liderar, para os representar, e para, eles sabem bem, liderar o Ocidente, essa função em plus, que representa ser o presidente dos EEUU, função e estatuto que o Sr. Trump não tem a menor ideia do que seja, do que possa ser, do que representa, e essa incompreensão representa um perigo, uma ameaça, uma confusão inaceitável, que, ademais fundada na primazia dos negócios sobre a dignidade e os valores fundadores das relações internacionais, e que se encontra fundada em mentiras sucessivas, em contradições diárias, em equívocos que levarão os EEUU a perderem efetivamente sua posição, e que por fim resultará no grande vazio de liderança que vai exigir um substituto adequado, porque as coisas funcionam assim, e sempre há um líder, um cabeça para tudo, e essa acefalia que promove a falta de postura do Sr. Trump, agora definitivamente assinalada pela sua desautorização pelo próprio Congresso norte americano, é o fim do estatuto do país como líder do Ocidente, é o fim de uma Era.  


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