quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

A farsa do confinamento.

                                                                                             
SE NÃO CONFINAREM DE VERDADE, E MANTIVER-SE ESSA FARSA, MUITO MAIS GENTE VAI MORRER!

Ia essa crónica a meio quando a correr os fatos me vieram dar razão e muitas outras medidas restritivas foram adoptadas com o objetivo de que o confinamento seja mais efetivo, porém como essa não era uma peroração por medidas, mas um alerta pela falta ou incumprimento das mesmas, segue sendo de inteira oportunidade, e de rigorosa necessidade, de que todos os pontos aqui comentados devam ser apreciados e as medidas respeitadas em sua total incomodidade. 

Brandos costumes.


Desde há muito, em ocasiões diversas, tem sido ressaltado sobre o comportamento do povo português, a característica de calma em seu modo de ser, atribuindo-lhes esse epíteto. Não seria agora, à conta de um vírus, que mudariam sua forma de ser. A princípio foram muito cautelosos, em seu espírito atento e um pouco desconfiado, diversamente dos italianos e espanhóis que logo se viram a braços com números altíssimos em ocorrências infecciosas diárias, por incúria e pouca cautela. Os portugueses levaram tempo até perderem o medo do vírus.

'O hábito faz o monge.'


"Quem vive no convento é que sabe o que lá vai dentro." diz-se para ressaltar o vínculo que se estabelece com o meio como uma personalização do vínculo, o que na verdade é apenas uma restrição, porque tudo habitua, e deste hábito geram-se as coisas como são todos os dias, é o que chamamos cotidiano. É o modo como conseguimos relaxar da tensão de estarmos atentos, alertas, inevitável abrandamento do controle e da tensão deste. E como somos seres de hábitos, de tal forma que muitos deles se incorporam passando a ser uma segunda natureza, passando a ser nossa forma de ser (o que não é absolutamente verdade), mas com a habituação torna-se normal o que não é, até a dor.

Hígia.
https://hdocoutto.blogspot.com/2021/01/escroto-ate-o-fim-7-retrato-o-mau.htm

No nome da deusa da saúde, a própria filha de Esculápio, esconde-se a resposta, a única via de progresso possível (Água potável, saneamento, controle dos dejetos, fossas e latrinas, etc...) HIGIENE, o caminho que permitiu o avanço desejado pelo pai da deusa, a Medicina, e o avanço da civilização, não há como fugir.

Pandemia.


Tendo isso em mente fica claro que para além dos hábitos que contraímos, mais que tudo em criança, é muito difícil criar novos hábitos, sejam em que condição for. Os hábitos que não contraímos, não existem. E acostumarmo-nos com uma inconveniência é o caminho mais curto para voltarmos aos velhos hábitos. Novos monges são exigíveis para a nova situação pandêmica, mas tudo conspira para manter o velho convento do mesmo antigo modo, e mesmo o prior não quer ser impopular decretando medidas amargas. Só que elas são absolutamente necessárias para que não morramos, não fiquemos com sequelas irreversíveis que roubarão nossa qualidade de vida para o resto de nossas vidas. Por mais inconvenientes e pouco estimáveis que sejam essas medidas, devem ser o mais possível restritivas, porque monges desabituados cometem loucuras, e só Hígia nos pode salvar. 

Dito isso, e com uma maior restritividade já imposta, mesmo antes de eu ter terminado minha crônica, demito-me do dever de elencá-las, mas verão que antes de terminar essa terceira vaga, outras mais se virão impor, porque a "velocidade" do vírus está a aumentar. 


  

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