sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Confinamento de jumentos.

 


Na sequência das evidências da falta de juízo em ter sido liberado o Natal, estamos pagando o preço em vidas diárias que o SARS-Cov II cobra todos os dias. Com o alto número de infectados, o reflexo nos contágios foi imediato, e destes no número de mortos, seguindo uma sequência na lógica pandémica. Como foi dito, e é do conhecimento geral, se enfraquecer a pressão sobre a curva pandémica, pressão que é feita através de medidas restritivas muito amargas, as medidas à seguir terão de ser mais restritivas logo depois. Não há como evitar a sequência dos acontecimentos. A lei de causa e efeito é incontornável. Tudo o mais é tolice.

Muito é sabido que a Covid 19 é uma doença de ricos, doença que gente rica pode prevenir afastando-se de tudo e de todos, o pobre tem de pegar o transporte público para ir trabalhar. Doença de países ricos que podem encerrar suas atividades económicas e defender sua população. Os países pobres estão condenados ao trabalho porque o encerramento de suas atividades económicas resultaria numa quebradeira geral. Por isso pagam tributo em vidas todos os dias ao vírus, porque têm de favorecer o contágio mantendo muitas atividades económicas que deveriam estar suspensas.

Nesse grupo dos pobres está Portugal (indevidamente- mas isso é outra discussão). Portugal a 35ª economia entre as duzentas nações com a riqueza avaliada. E com essa 'característica' de país pobre, neste segundo confinamento geral, adotou medidas mais brandas, menos restritivas que vão desde logo cobrar vidas por serem como são, mais ligeiras, permitindo o contágio, medidas que não alcançarão seus objetivos no prazo de um mês. É isso que afirmo: AS MEDIDAS NÃO OBTERÃO O RESULTADO PRETENDIDO POR SEREM FRACAS! 

Com essa perda de tempo que não irá atingir a meta pretendida, os hospitais irão entrar em ruptura, as urgências não conseguirão atender a todos que a elas irão recorrer, os médicos terão de escolher entre os que irão morrer e os que não, a economia na mesma irá sofrer, e depois ainda mais, porque novas medidas restritivas terão que vir a ser adoptadas.  MAIS CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER!

Eu não sou mais sabido que ninguém, e todo mundo que tiver dois dedos de testa, com vontade de os empregar na previsão do que se irá passar, vai chegar a esta conclusão inevitável. É como o devedor que não quer pagar, pensa que pode contornar a dívida.  NÃO PODE! Irá paga-la acrescida em razão de a ter tentado evitar.

Lamento ter de alertar para isso. Mais digo que no Confinamento de jumentos, os jumentos não são os confinados, mas os que determinaram um confinamento insuficiente.



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