quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

A ÉPOCA DOS PSICOPATAS e seus imitadores.

A responsabilidade pelas opiniões emitidas neste artigo é exclusivamente minha. TRUMP - BOLSONARO - PUTIN - Kin Jong Um - ORBÁM - ELON MUSK - LUKASHENKO - BARADAR - KHAMENEI - NASRALLAH - SINWAR - BEN GUIR - AKHUNDZADA - RAISI - FARAGE - J. D. VANCE - MILEI. => TODOS ÚTEIS AO NAZIFASCISMO E ÀS AUTOCRACIAS. CARACTERÍSTICAS São em geral pessoas com baixo nível de empatia pelos outros seres humanos, com pouco ou nenhum caráter, ou máu caráter, egocentristas, com pouca cultura, uma vez que seu verdadeiro interesse pelo conhecimento é muito baixo, ou não existe, ligadas a irrrealidades, ao que chamam erradamente de 'realidade paralela', neuróticas na maioria das vezes, criam narrativas falsas para justificar suas ideias, quase sempre envolvidas em conspirações e atividades secretas, sem princípios humanistas, sem escrúpulos, muitos sem noção do que estão a promover, outros a atender extamente aos interesses mais espúrios e miseráveis com os quais estão comprometidos. Todos com enorme ganância e desejo de poder e riquezas. Nunca foi tão fácil listar mais de uma dúzia de imbecís em altos postos pelo mundo fora! Vivemos uma época anormal. Em posição cimeira em seus países, o que significa que tiveram alargados apoios para conquistar o poder, evidenciando o grande número de estúpidos que há em toda parte. Além desses acima mencionados, há outras largas centenas que poderíamos destacar em postos de alta qualificação para onde foram alçados. Às vezes é difícil de acreditar que haja tanta gente maluca com poder, gente que vive a chicanear as instituições e a tentar destruir o estado de direito democrático, posto que se pensarmos só nos seguidores destes que listei, entre os quais há gente que se dispõe a morrer, ou a ir para cadeia para defender as ideias destes psicopatas, assim como se passou no Capitólio - Washingtos D.C., na depredação dos prédios dos três poderes - Brasília D.F., ou a apoiarem a matança na Ucrânia e em Gaza. Quem tem juízo fica pasmado com o número de imbecís dispostos a segui-los. Pobre gente. E estes imbecís formam a enchente de psicopatas que reflui, uma vez que todas essas ações são fruto de uma época de desordem e de desvios, onde um doido qualquer munido de uma faca, numa qualquer esquina, apunhala todos os que por ali passam nos quais consiga pôr a mão, até ser abatido, ou, noutro caso, se conseguir ter uma arma, a dispara enquanto houver balas. Esta desordem recorrente é a da época dos psicopatas. A psicopatia nestes infelizes, se manifesta por diversas maneiras, que vai desde apresentar comportamentos bizarros, até a assassinios curéis. O traço comum entre essas personagens é a falta de cultura, e um certo sentimento desiludido de realidades pretendidas. Posto que a falta de cultura é factor mister para que possam pensar os absurdos que pensam, e permitir a desfaçatez de afirmarem o que afirmam: "Que a Terra é plana." "Que as vacinas matam." "Que não houve o Holocausto.". Já quanto à desilusão, temos que suas distorções do que é o corpo social, criaram espectativas de um mundo desejado, em contraste com a realidade, contra a qual se revoltam ao verificarem a impossibilidade da existência de suas fantasias, fazendo manifesto seu outro traço comum, que é o ódio, e também os preconceitos que o geram, tudo partilhado na ideologia política a que chamamos de extrema direita, mor das vezes. São todos anti-democratas, empregam uma linguagem chula e violenta, pregam golpes ou os materializam, ou pelo menos tentam, no âmbito de suas ilusões mais convictas. Populistas até chegarem ao poder, fascistas e autocráticos depois de o alcançarem, arrastando outros psicopatas que realizam seus desígnios, grupos de seguidores que assim motivados fazem as suas almejadas ações. Quase sempre tendo um lider político, como no espaço mediático ha ainda outros grupos, hoje sobretudo nas redes sociais, onde empreendem ações que vão desde a pregação ao incitamento ao extermínio, tanto de outros grupos aos quais se opõem, como até de inocentes transeuntes ocasionais que tenham a infelicidade de estar no local quando eles empreendem suas ações, e ainda os de caríz religioso dos mais diversos matizes, intoxicados com a ideia da supremacia de sua "verdade". "Ditadores benevolentes" e o "bem comum". "Benignos" dizem outros. Não existe semelhante coisa, nem benignos, nem benevolentes, pois isto implicaria estarem ligados a ideia do bem, e, ainda que muitos ditadores tenham deixado a ideia de terem feito algum bem, como Salazar, os ditadores só semeiam o mal, e os que almejam este estatuto, ainda mais, porque tudo farão para o alcançar, não importa o que. Semeiam o mal porque eliminam a única verdade absoluta que reside no mundo, a DEMOCRACIA, que, mesmo quando se equivoca, está no caminho da verdade, porque representa um consenso, e todos temos de aceitar os consensos, quando fugimos a isso, nós erramos. A grande falácia é a de que tendo em vista as condições a que certas sociedaes chegaram, sería aconselhavel um regime ditatorial por um tempo, pelo menos, para restaurar as condições, restaurando o bem comum, que desmontasse a polarização, "fonte da desordem" e banisse a corrupção, restaurando os valores de decência e união, que fizesse que a nação desconjuntada se recompusesse, e voltasse ao bom caminho, como pudemos ouvir da boca de uma mulher instruída e preparada, como a dra. Manuela Ferreira Leite, a que recusei cumprimentar, deixando-a com a mão estendida. Neste caso de breve ditadura, PIOR A EMENDA QUE O SONETO, diz o brocado, que se aplica coadjuvado por todas as provas históricas existentes séculos fora, onde e quando se seguiu por este caminho, sempre se perdeu o rumo, e se lançou a nação em pior situação com o decorrer do tempo. É horrível para quem trabalha honestamente ter de lidar com a corrupção, e igualmente grave é vermos os países divididos por interesses diversos e conflitantes, ao sabor de interesses políticos, que os puxam em direções opostas, e que não permitem encontrarmos um rumo profícuo comum. É verdade, mas o engano de uma vontade forte única que una e limpe a nação, posta na mão de um indivíduo, é situação muito pior e destrutiva. É um mito que muitos povos assumem, cansados da instabilidade democrática que nos obriga ao grande esforço da eterna vigilância e à uma luta constante contra os interesses que pretendem se impor, usurpando os dos demais, retirando aos mais fracos seus direitos. Com o tempo este mito torna-se comum, criando a falsa expectativa de solução com a entrega do poder na mão de alguém que diga o que fazer, que aponte o rumo a seguir - ditadura - regime tão plausível quanto qualquer um outro, aliás mais antigo e mais frequente e difundido ao longo da história. A Democracia nos exige, a todos, um esforço maior, e uma particiapção a que muitos estarão dispostos a abdicar, em troca de sua comodidade diária, entregando o poder decisório. A velha e boa ideia grega que se opõe ao poder na mão de um, para o pôr na mão de todos, é frágil, requer empenho comum, e esforço assíduo, e atenção frequente, um trabalho ao qual, como afirmei, nem todos estão dispostos. ESPAÇO ABERTO AOS DEGENERADOS. Aquele que, vendo a oportunidade, corrompe de algum modo o sistema, e se lança na obtenção do poder, de todo o poder que possa alcançar para si. E lembrando o que dizia Marco Aurélio: "o objetivo da vida é escapar de estar na fileira dos loucos." Vamos olhar para alguns destes degenerados. YAHUA SINWAR, lider do Hamas. Mesmo os menos visíveis, uma hora dão as caras, e promovem grandes desgraças, porque contaminaram gente suficiente para as executar. ... Continua mais abaixo. Instrumentalização. A mentira é o instrumento máximo destes grupos, mistos de políticos e terroristas, é a forma absoluta de promover suas ideias que a realidade não acolhe, portanto a mentira deve ser instrumentalizada para responder às intenções daqueles que propagando o que não é, conseguem expandir horizontes que consigam incluir suas intenções, para as tornarem credíveis; e para isso não hesitam um momento sequer em enganar, falsear, inventar, mentir, criar supostas realidades e ilusões, para terem mais seguidores e instrumentalizarem o poder nos países onde atuam. Sinwar é hoje o exemplo mais expressivo deste tipo de lider vindo do limbo, que, entretanto, foi eliminado sem deixar substituto designado; no outro extremo temos Donald Trump, que valendo-se dos mesmos instrumentos, mas com imensos recursos, usa-os para vender a mesma peroração mista de política e terrorismo, criando horizontes ficcionais capazes de englobar suas pretenções, onde farão tudo e ainda mais para atingirem seus fins. Bolsonaro, o psicopata de plantão. Foi longo. Durante décadas manteve seu plantão na Câmara dos deputados, sendo reeleito pelos psicopatas seus seguidores, com o apoio dos oportunistas que aguardavam pelo momento em que tivessem chance, e assim foi mantido como uma forma larvar, aguardando pela metamorfose e pelo vôo, que em muitos casos não se verifica, mas neste foi uma sensação ocasionada por uma miséria que se chamou lava-jato, e o levou a presidência do Brasil. Como nada surge do nada, teve de haver longa fermentação para gerar esse composto nauseabundo. Por fim atentemos a seus eleitores, e vejamos que nós somos os culpados, enquanto sociedade, por eles existirem, pois não fizemos o necessário esforço para sua integração no espaço largo da Democracia. => Falsário, mentiroso, golpista, ladrão, agressor de mulheres, corrupto e corruptor, pertubador da ordem, incitador à desobediência civil e ao ódio, à violência, ao golpe de Estado e ao crime, temos nesta figura a mesma estrutura das células adormecidas dos grupos terroristas. Aquele a que chegou ao mais alto posto da hierarquia mundial. Trump, que é criatura de Putin, e serviu e serve bem a seus intentos, é uma realidade quase absurda. O bloqueio da ajuda à Ucrânia, patrocinado pelos Republicanos Trumpistas, dando tempo à Rúsia, tempo - esse bem precioso tão necessário às guerras, e assim temos que essa ação republicana é a consumada estupidez dos que não percebem a que interesses servem. Agora se irão assustar com o que se irá passar, mas será um pouco tarde. Agora ao sair dos Ac0rdos de Paris, sair da OMS tem de ser mais que psicopata. Raisi, o carniceiro de Teerão. Ebrahim, de seu prenome, desencarnou em maio deste 2024, o que não mudou nada no Irão, porque há fileiras de psicopatas prontos à substituição desse distorcido. Criminoso contra a Humanidade, expandiu muito os próxis iranianos. Indicado por Khomeini, nomeado por Montazeri, eliminou metodicamente toda oposição política ao regime teocrático, matando milhares, com o método suis-generis de os fazer desaparecer. Esta é a face sangrenta de quem atingiu o poder, e está empenhado em eliminar seus opositores. Assim foi com Franco em Espanha, assim é com Putin na Rússia, assim será com todos aqueles que detenham o poder fora da Democracia. Bandos e mais bandos, e ainda mais bandos. 1º Os que assaltam o poder. No Capitólio em Washington, nos 3 poderes em Brasília, os que com ou sem mandato agem, e podemos bem apreciar a ação de formação e atividades destes bandos, industriados por sua liderança psicopata (os Proud-boys é um dos muitíssimos exemplos). 2º Os que tomam o poder. Na eventualidade de consumarem o assalto, atingingindo o poder, desses bandos serão recrutados os que irão formar a nata do regime que se implante, vejam o Irão. 3º Os que se achegam ao poder. Instituido um regimem, não faltarão bandos e mais bandos para servirem-no. Sem nenhuma convicção ou ideologia esses novos bandos que se criam, são imitadores dos bandos geradores e institucionais, que somente almejam as benesses do poder, tudo fazendo por sua manutenção, vejam a Venezuela. Psicopatas, seus líderes, seus asseclas, seus imitadores, seus beneficiários, convictos ou não, pululam na camada superficial da sociedade que logo se forma na perspectiva geral de predileção do novo status quo que se implanta, servidores acefalos e subservientes que sempre surgem para seguir ideias e afirmações "convincentes" para os que se desejam convencer. Dentre os que ascendem, e sua possibilidade de ascende, só nos falta Incitatus. Com os neonazis por toda parte, os do 6 de Janeiro no Capitólio, e os do 8 nos Três Poderes, todos psicoparas ativos. vemos uma onda que se sente fortalecida para se espraiar. Vou escusar-me de continuar a dissecar a lista dos nomes apostos, uma vez que cada vez mais são bem conhecidos, e o artigo já vai longo, e não Vos quero cansar. Destes, Deus livrai-nos!

sábado, 25 de janeiro de 2025

XENOFOBIA, PORQUE?

Este sentimento de aversão, transformado em conceito, pode ser analisado de diferentes perspectivas, desde a sociológica, a antropológica, a psicológica, a política, até à jurídica, a jornalística, etcetera, etcetera. Quanto menos culta, e informada, é uma pessoa, mais ela mergulha e se isola em seus medos ancetrais, e em suas crenças, crendices e preconceitos. Esses últimos prevalecem como asserções por falta dos conceitos que se revelem científica e filosoficamente como certos, comprovados e comprováveis, ficando-se por um universo mais desfocado e primitivo, ligado a percepções não científicas, devido exactamente à falta de cultura da pessoa, encontrando as respostas a seus questionamentos, em seus próprios preconceitos. Incompatibilidade evolutiva. Nossa mente e hábitos comportamentais vêm de uma forma de ser e estar de há muito tempo atrás, transmitida por hereditariedade, uma vez que incorporada se tornou genética. Nossa programação psíquica, física e emocional ainda não absorveu a nova realidade que, com a ciência e a tecnologia, as sociedades que se desenvolveram, criaram, e que é a nossa nova realidade e entendimento. Continuamos todos, de certo modo, ligados a entendimentos de uma realidade que não mais existe. Fomos moldados e projetados para viver nesta outra, antiga, realidade, que a nova baniu, ultrapassou, e para a qual não estamos ainda interiormente preparados para lidar com ela, vale dizer, não digerímos, com os sentimentos e o entendimento, o novo, de sorte que formemos as capacidades e as habilidades que estabelecerão a forma de estar necessária para lidarmos com essa nova realidade, mantendo várias barreiras da nossa incompatibilidade evolutiva, ou seja, nos deslocando, nos afastando, e até mesmo nos restringindo, da convivência (aceitação e bom relacionamento) com a nova realidade cada vez mais mutável e dinâmica, que todo dia nos força a nova ótica. Dado o deslocamento humano a nível planetário, surge uma rejeição aos que chegam. A forma pelo conteudo e vice-versa. Tomamos a forma por conteúdos que não mais existem, ou, às vezes ao contrário, percebemos conteúdos em formas que não mais existem também, porque sempre buscamos fórmulas e formas reconhecíveis, que aparentemente significam valores, substância, elementos e materialidade já inexistentes, devido a evolução e à nova realidade que se instalou, mas que interpretamos ainda pelo que a forma nos sugere. Se é de fora é mau, é perigoso. Essa forma de entendimento projetou uma grande generalização, em razão de algumas ocorrências infelizes, criando esse entendimento, raiz da xenofobia. Vamos olhar para elas no contexto histórico quando as localidades, as vilas, as cidades, eram muito pequenas, com poucos habitantes, o que permitia um controle social muito grande, que muita vez degenerava em algum tipo de rejeição ou de exclusão social em virtude da língua, da religião, dos hábitos alimentares, etcetera, firmando a ideia de que o que é estrangeiro, o que não é nosso, é mau, pode ser perigoso, e quase sempre deve ser rejeitado. E mesmo um grupo relaivamente numeroso de estrangeiros em nossa cidade pode representar um potencial perigo, devido a sua força como núcleo de ação com objetivos específicos, diferentes dos da urbe, ainda que sejam apenas fortúitos. RACISMO. O prato do dia é preconceito regado ao molho racista. Um claro elemento fortemente mobilizador da exclusão é a cor da pele, o aspecto físico, bem como o comportamental, as vestimentas e linguagem corporal de um indivíduo, ou grupo, diferente dos demais, tornando-o reconhecível como estranho e, portanto, indesejável. Os buracos 'gaps' do entendimento, da integração, do reconhecimento, e da ambientação, vazios que pronto se estabelecem pela simples razão de ser diferente, sendo motivador de incompreensão, negação, rejeição, repulsa, raiva e mesmo ódio ao elemento, ou elementos diferentes que são classificados como estranhos, logo indesejáveis. Há que se perguntar: Indesejáveis porque? O vazio sentimental. Como todo vazio sentimental é angustiante, ele busca ser preenchido por alguma coisa para deixar de ser vazio, mesmo que essa coisa seja uma estupidez como a aversão, porque seja lá com o que for que preenchamos o vazio, isso irá lívrar-nos da angústia, que é o pior sentimento que há. Toda xenofobia está centrada neste vazio sentimental, ou seja, na falta de um sentimento positivo em relação aos indivíduos que desconhecemos, não os podendo apreciar, só por serem diferentes, causando um vácuo na sensibilidade de quem os aprecie, preenchendo este buraco com a estupidez da aversão denominada XENOFOBIA. Justiça é ação. Nenhuma resposta branda no campo da ordem poderá se estabelecer perante ideias consumadas em má percepção, que se expressam em sentimentos absolutamente primitivos, como o racismo e a xenofobia, nem qualquer entendimento filosófico, social, ou jurídico terá o condão de se contrapôr à incompreensão gerada pela irracionalidade da xenofobia, sendo ela mais forte por ser irracional(*). Só a força da lógica social expressa em norma de Lei, poderá, juntamente com a necessária ação que daí resulte, pela força da Lei manifesta, coibir a ação da estupidez que representam tanto a xenofobia como o racismo. Tudo orientado pelo sentimento avassalador que dirige os homens: a sua infinita estupidez, como nos alertava Einstein. Para a coibir e prevenir é mister forte ação da Lei e da Justiça em seus diversos intrumentos de civilização. Do deslocamento das pessoas. A par com tudo isso, vivemos um tempo em que as pessoas sentem-se insatisfeitas onde vivem, e buscam outros horizontes. O processo migratória reforça sentimentos alienígenas, quando de facto sentem repulsa aos que não são da terrinha, da localidade de onde provém os que formem certa comunidade, esquecendo que muitos desta comunidade também migraram. Imigrantes os que emigrantes são rejeitados, emigrantes os que os nacionais rejeitam, imigrantes os que buscam acolhimento, em qualquer caso condição equívoca do entendimento biunívoco, única realidade que satisfaz esses entrincheiramentos. Devemos aceitar o que não podemos mudar. (*)irracional, advinda do cérebro reptiliano que sempre opta pela violência e preconceito como meios de defesa contra o que desconfie.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

A Democracia na balança da Justiça.

'Uma pulga na balança, deu um pulo e foi a França.' Parlenda folclórica brasileira. FALTOU O PULO. Desse ímpeto que faz mover todas as coisas, carecem os estamentos sociais e políticos de nosso tempo, pois, como que entanguidos pela estupidez imperiosa atualmente disseminada, soprados por um vento gélido, paralisassem, posto que atingidos pela falta de visão sócio-econômica, onde, prevalecendo só a parte econômica, pois apartam o social, entretanto razão única de existir do econômico, que isolado se permite as maiores crueldades e devaneios. Vivemos um tempo de falsidades e de máscaras. Dias de enganos, dias de agonia. Não se devera buscar o pulo. Onde o político afasta a civilidade, sua característica intrínseca, rui a civilização, assim como, com o maquiavelismo que impera, restam apenas suas espertezas, astúcias, e oportunismo, império da má-fé, onde a política, relegando sua estrutura nobre e acolhendo sua face prática, pura e dura, a dos interesses que a regem, que naturalmente esses interesses também fazem parte de seu todo, mas o todo a eles não se deve restringir, tem também de ter sua face social presente. Aí, neste estágio dos interesses tão somente, resta à Justiça o poder de atuar para manter um processo de equidade, cerne da Democracia. Porém quando a Democracia já se encontra no prato da balança da Justiça, é porque faltou, lhe foi retirado, o espaço civil ativo que lhe é mister, falindo seu exercício, uma vez que faltando civilidade não há Democracia. Eis quando temos desregulado, ou restrito, o espaço natural da Democracia, que, necessitando algum refúgio para manter-se, rompe-se e corrompe-se. E este refúgio, por mais nobre que seja, alcançado, faz-nos entrar numa anomalia, numa deformidade do tecido social, onde a Democracia, já sob ataque, fica a mercê de poderes que a querem eliminar. Como é evidente isto é feito à socapa, uma vez que se for dito às pessoas que estão atuando para lhes retirar o único poder que têm, estas, certamente, se oporiam, mas enganadas, alegando aqueles que querem defender seus Direitos, os quais, supostamente, a esse passo, teríam ficado diminuídos, ou não teriam sido sancionados, ou se supõem ameaçados por alguma contingência, de forma que os enganados alinhem-se com esses poderes, acreditando em redenção. Essa a raiz de todo golpe que busca no processo agregar poder para dar-se. Com a manipulação do econômico, vale dizer do social em reflexo, ficam criadas as condições para enfim agregarem as forças misteres. Nem a balança, ou não. Se esses interesses referidos, que se movimentam, alcançarem reunir forças efetivas suficientes para um golpe, então nada mais poderá ser feito, sendo que buscarão durante o proceso dispersar os elementos de civilidade, restando, se perdidos os poderes constituídos ativos, executivo e legislativo, o Judiciário como única possibilidade de resistência ao processo golpista instaurado, o da dita dura. Tempo e circunstância. A circunstância no tempo (num certo período temporal) bem como o tempo na circunstância (quando esta qualidade que causa ou acompanha um acontecimento num determinado período de tempo se manifesta) são determinantes da ocorrência ou não de determinado fenômeno, impossíveis de serem separadas do fenômeno. Quando o fenõmeno Democracia é submetido à circunstância de ser colocado no prato da balança da Justiça, seu último recurso, temos, nesse tempo, uma situação que só depende de sua própria eficácia, ou seja que os resultados que colha no sentido de restaurar-se, se operem, uma vez que a Democracia já estará corrompida no sentido de sua manutenção, ou, por oposição, no de afastar qualquer ameaça a sua existência já em franca desagregação. Por toda parte. Vivemos hoje, por toda parte, esse processo em diferentes estágios, com menor ou maior salvação, posto que o necessário resgate popular só pode se dar com um encaminhamento único, esse mesmo que lhe é negado por ser retorno à Democracia, esta mesma que pretendem suprimir.

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Países Estilhaçados.

Temos um grande número de países aos pedaços, como resultado de várias ondas que fluíram e refluíram fraturando o todo social e as instituições, criando várias tendências, com ou sem representatividade partidária, mas ativas em semear antagonismos e beligerância, que se vão cada vez mais multiplicando, sem que nada as pacifique, procurando sempre assumir o poder, e desconjuntando-o. Estilhaçam-se ou por ação externa, quando existem pressões contra a normalidade do funcionamento das instituições destes países, como por exemplo ocorreu na Ucrânia, pressão que não atingindo seu intento de transformá-la num país fantoche, a invadiu e mantém uma guerra de conquista, decepando boa parte de seu território; ou, então, outras vezes por razões internas, quando os governos não aproveitam as potencialidades do país, ou pretendem instituir autocracias, em que temos multiplos exêmplos. Ou seja: ou são estilhaçados, ou se estilhaçam a si mesmos. Nas Conferências do Estoril, tive uma boa perspectiva de que o mundo ainda não se deu conta de que caminha para uma enorme tragédia ambiental, que vai desde as reações climáticas às agressões sofridas, até a destruição de inúmeros habitats, com a poluição disseminada, e o plástico em toda parte, passando pela libertação de muitíssimos micro-organismos, que estavam presos (no gelo, em partes dos oceanos, etcetera) e com as mudanças de temperatura que agora ocorrem, foram introduzidos, ou reintroduzem no nosso espaço de existêmcia, o que irá matar milhões, muitos milhões de pessoas, por toda o planeta. Enquanto se vão acumulando energia que subitamente se liberam, causando enorme destruição, bem como gerando uma nova estrutura social dilacerada que se vem verificando em muitos lugares ao abrigo da insuficiência, ou ao descaso, da ação governamental para dar resposta aos ampliados e diferentes problemas que vão surgindo, e também com fruto do aproveitamento político que passou a ser feito nesta situação, barganhando votos em cada caso. Sobre esse pano de fundo, o que deveria atrair as atenções de todos para o que é verdadeiramente importante, é esquecido e relegado, sendo onde movimentam-se as sociedades dos diversos países prioritariamente preocupadas com outras realidades, e não com a avassaladora realidade ambiental que as afeta, e cada vez mais intensamente as afetará nos diversos biomas, desestruturando-os, e criando tensões e desequilíbrios absolutos e irremediáveis, posto que a destruição que provocam só será superada com reconstrução física das desgraças ocorridas. O que demandará muito tempo e recursos. O ódio alimentado pela ignorância visando atender aos ímpetos da ganância, é a razão central destas fragmentações - dividir para governar, como se sabe - promovendo situações que demandarão anos para se recomporem, décadas para sararem, e muito mais para encontrarem bom caminho para conseguirem alguma normalidade democrática, a única possível à convivência. FRAGMENTAÇÃO. - Retalhados, estilhaçados, demolidos. Sem tomarmos em consideração a realidade material de destruição, decomposição social, e inexistência de recursos para algo parecido com recuperação, como no caso da Palestina e da Síria, por exemplo, as razões orgânicas que levaram à fragmentação destes inúmeros países não atingiram solução, apesar da intensa mortandade, do aniquilamento do território e do edificado (na Ucrânia, acredita-se, serão necessárias quatro década só para a desminagem)chegamos a conclusão da futilidade desse esforço, da miséria do realizado, para nada, porque nada resolveu, ao contrário, agravou o ódio e a desgraça desses povos. VÍCIOS E VIRTUDES - herança e realidade. Os colonizadores deixaram tudo que têm de pior enquanto tentaram implantar suas melhores capacidades - idioma bem falado, literacia, base cultural, estruturas administrativas, etc... - sendo o cerne de seu legado sua percepção das coisas, essa que distorce nossa própria reaqlidade, ainda mais a alheia. O legado de opressão e exercício da força em solos conquistados, por mais que traga consigo avanços culturais e civilizacionais, muitas vezes para povos em estado tribal, incapazes de assimilá-los em boa medida, e que se nos indagarmos: Será esta a sua expectativa de AVANÇO? Talvez nos assustemos com a resposta... Se, como na culinária, juntarmos os diversos ingredientes para fazermos uma só receita, em vez de obtermos um bom guisado, teremos como resultado uma mixórdia amarga e desconexa, como a de um vidro que partimos, donde só restaram os cacos.

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Chavões.

AS FORÇAS. As forças morais, as forças da Lei, as forças espirituais, as forças vivas, As forças armadas, as forças da Natureza... Os princípios. Os princípios morais, os princípios legais, os princípios éticos, os princípios filosóficos, os princípios científicos, os princípios naturais, os princípios espirituais, os princípios religiosos, os princípios legais, os princípios jurídicos... Aplicabilidade. Há mais teoría que prática, como se pode ver, ou seja, os princípios estão por toda parte, mas sua materialização em poder é muito mais eventual e exígua, assim como a relação direta entre o que se idealiza e o que acaba por existir. Também, como devem ter notado, não há princípios armados, o que significa que os princípios têm, pelo só efeito de sua força intrínseca, a manifestação de sua potência, de sua ação, desse modo os princípios são de per si a origem e a causa daquilo que regem, sem que se materializem como instituição. (As forças morais e as da Lei em Judiciário, as forças espirituais em igrejas e seitas, as armadas nos muitos ramos da defesa, etcetera) Por outro lado como Não há força da Lei sem a Lei da força que a sustenha, uma vez que a força de Lei por si só é o princípio enunciado na Lei. Quando falha a autoridade da Lei para que o princípio que defende seja suficiente como elemento de razão para sua aplicabilidade, falha todo o edifício legal, bem como o dos Princípios, podendo prevalecer o princípio jurídico sem sua aplicabilidade, mas que carecerá de outros elementos para que prevaleça como ordem, e esses elementos soem ser os da força, para que coercivamente possam fazer com que a Lei se aplique. Esta a aplicabilidade de qualquer princípio, ou seja a força que obriga sua aceitação, ainda que em abstrato. Lei e ordem são gêmeas siamesas. Pelo só efeito. A legislação portuguesa antiga costumava usar a fórmula: "Pelo só efeito dessa lei", o que significava que a autoridade poderosa do Princípio evocado pela Lei era suficiente para que a Lei fosse respeitada. O deboche do tempo, de sucessivos tempos, em que o respeito às Leis, sua obediência, sua aceitação mais que tudo, pudessem repercutir face a autoridade do que esta enunciava (demos como exemplo queimar a mata - será preciso outra razão, além da própria, para que se entenda que a mata não deve ser queimada?) e basta. CHAVÃO. Razão versus emoção. A materialização de um princípio tem duas partes: 1. o seu confronto com a sociedade, de onde resulta um realismo e 2. os meios de sua aplicabilidade, de onde resulta uma força operante. Ambas calcadas nas linhas das ideias filosóficas que as norteiam. Na verdade hoje, percorridos todos os caminhos dos princípios e das forças, muitos à exaustão, são todos banais. Mas, nem por isso acatados. Chavões banais, mas que devemos repetir e repetir sempre, porque seu entendimento, por mais generalizado que seja, e esteja, não alcançou compreensão e aceitação universal. E que só à força se fazem respeitar.

domingo, 6 de outubro de 2024

Um ano de nada.

"Hoje é o dia do teu aniversário..." Um ano de tudo, onde tudo era impensável, impossível. Tomar um banho com aquele sabonete que me deixa com um cheirinho tão bom. Simplesmente tomar um banho. Lavar o rosto. Trocar de roupa. Molhar os lábios. Saber onde estou. Aquela camisa que gosto tanto, meu travesseiro; se faz frio aquela manta que minha mãe me deu. Ir à janela. Ver o Sol. Que Sol? O Sol no rosto. Que rosto? Um dia o vi nos cartazes na televisão. Eles viam o noticiário numa língua que não entendo, e estava lá nos cartazes na mão de uma manifestante, meu rosto. Será que eu ainda existo? No princípio a certeza que ia logo acabar, soubemos que uns outros quantos haviam sido trocados, logo sería nossa vez. Trocariam-me e tudo voltaria a ser como dantes, poder ir na cozinha e fazer uma omelete, tomar um sumo, não aquele que gosto tanto, qualquer um. Ir a privada sozinho, sem ninguém me ver. Mas não! É só essa espera na escuridão. Quanto tempo fará? Já não sei o que é tempo. Não sei se é dia, não sei se é noite. Se tenho fome, só me resta esperar. Se tenho dor, só esperar que passe. O pior de tudo é essa falta de noção. Não faço votos. O que é isso que vivo? Pra que é isso? E ninguém faz nada? Tudo que há é espera. Nada que seja esperança. Essa que perdemos no meio do caminho, esse caminho que fizemos, os que estamos vivos, mas que não nos levou a nenhum lugar. Outro dia vi um blusão como um que eu tinha. Onde estará meu blusão? Onde estará minha mãe? Meu pai, minha irmãzinha? Eu tinha um namorado. Uma amiga, onde estarão? O que é que eu sou agora? Testemunho o que? Vivo o que? Espero o que? Às vezes ele vem com a mão e toca-me, abre-me as pernas, antes, quando eu dava luta, me batiam, e outros vinham-me segurar. Já não luto mais. Já não sei o que sou. Sinto o cheiro de meu sabonete, aquele que não existe, que nunca existiu, e que mamãe comprava-me sempre. Onde andará meu sabonete? Onde andará minha mãe? O QUE TRANSFORMOU O RESPEITO E O SORRISO NESTA MISÉRIA ABSURDA? Às vezes penso num passeio que dava. Na praia. No banho... e essa imundice no corpo que não me deixa. Mudam-nos para outro lugar, que é o mesmo. Não há luz. Penso demasiado em coisas banais. Gostava de escrever qualquer coisa, mas não tenho como. Os poemas e a filosofia deixaram-me, penso em arroz, em dormir muito e sempre. Para sempre, talvez. Tínhamos muitas perespectivas daquilo que desejávamos, como não desejamos mais, nem entendemos o que será desejo, NÃO TEMOS PERSPECTIVA. Nada vemos que não seja o mesmo, e o mesmo é esse nada que é tudo. Não é vazio. São inexistências. Desde aquele dia em que estávamos no festival deixamos de existir. O que será existir? Ao menos ter vontade, poder dizer não. Querer dizer sim a tantas coisas, meu sabonete. Que sabonete? Água para lavar o rosto. Quando volto a ser eu? Nessa expectativa reside o vazio que enche tudo, é então o NADA, que não é a mesma coisa. Começo a entender subtilezas inimaginadas. Nesse dia fizeram uma festa. Era um ano de nada. E com ironia nos deram: PARABÉNS.

sábado, 21 de setembro de 2024

Os 75 anos do 1984.

O famoso livro de George Orwell, cujo título é um ano, o de 1984, completou três quartos de século de sua publicação neste oito de junho, último romance do controverso autor, traz à discussão a realidade desde sempre pretendida por algum poder que governe, controlar a sociedade em nome de uma suposta 'paz social', para a qual a única resposta possível é a ação guerrilheira (uma vez que a guerrilha é a derradeira forma de reação aos instrumentos pervertidos dos poderes instituídos) portanto uma ação como tentativa de se contrapôr, resistência ativa aos meios de manipulação em que se converteu, conformou, e se consusbatanciou o Estado e seus instrumentos, manipulação a muitos e diversos níveis para controlar as pessoas, intervindo e manipulando: A informação, a linguagem, o controle do passado, a promoção do negacionismo, a guerra, a alienação de largas franjas da população, a ação psicológica, o uso de tecnologias e legislação propícias, a vigilância - individual e em massa, a mistificação da verdade, fake news, "duplipensar", 2+2=5, "crime de pensamento" e, no topo, o totalitarismo. ONDE JÁ VIMOS TUDO ISTO? Hoje, em toda parte, com maior ou menor amplitude e incidências, onde se encontram infiltrados em todos os países estes diferentes meios de domínio da sociedade, mesmo a mais instruída. 1984. Esse ano bissexto e olímpico não teve grandes ocorrências políticas ou históricas, mas fica para a História por sua marca ficcional. Orwell escolheu uma data que se aproximava, não muito próxima, não muito distante, 35 anos adiante do tempo em que escrevia, visando demonstrar que nos encaminhavamos para uma instrumentalização social, que, com os novos e mais capazes meios tecnológicos, atingiria níveis de eficiência desconhecidos na Historia até então. E vimos isso acontecer, não em 1984, se não um pouco antes, e também depois, e sempre, e agora, em exercícios de subjugação e controle cada vez mais eficientes, até o absurdo.(Sugiro a leitura da crônica: A nota social, a cidadania e a liberdade - 31/03/2018.) 1949. Saídas da Segunda Guerra Mundial, as pessoas aterrorizadas por tudo que se passou com a tentativa nazi de instrumentalizar o mundo, e como fizeram com os alemães, pretendem fazer os diferentes grupos de poder, só não o fazem aqueles que, obstaculizados pelas forças sociais impeditivas a tais pretenções, vêem-se obrigados a refrear suas intenções, que, com raríssimas exceções, buscam um poder maior que a Democracia lhes concede. Expor à evidência essas intensões é a reação política primeira de uma imprensa, de partidos e de uma sociedade em regime democrático. Do confronto que então se estabelece vemos caminhos e descaminhos para atingirem seus fins, desde lutas intensas de opiniões, como as que vemos nos jornais e noticiários televisivos, até encarniçadas redes sociais defendendo e contrapondo pontos de vista, tanto normais e verdadeiros, quanto mentirosos (fakes) e inventados. Passa essa confrontação por ações mais vis, onde se estabelecem ações públicas ou nas sombras - Ataque ao Capitólio, Washington; Ataque aos Três poderes, Brasília; Watergate, Washington - bem como por inúmeros golpes palacianos, tudo pretendendo asumpção de poder que não corresponde aos conferidos pela situação vigente. Orwell terá pouco de oráculo, de Nostradamus, ou advinho, mas não deixará de ter seu que de profeta, ainda que suas previsões se assentem na observação da natureza humana e suas tendências desvirtuadas, e não em poderes ocultos. Seu livro é uma transcrição ficcional dos aparelhos que se formam visando alcançar poderes qwue não têm. "Big brother is watching you." Nada mais eficaz que o temor generalizado. Quanto a Gestapo terá alcançado pelo simples fato de existir? As pessoas temendo comportam-se como espiões de seus vizinhos, agentes do totalitarismo, fontes copiosas de informação e delação, estabelecendo uma rede de terror e vigilância, e em miseráveis denunciadores de comportamemntos supostamente contra o regime. Pela força, pelo medo implantado, pelas ações de inteligência e espionagem, os meios que se traduzem no que chamamos genericamente de Big brother, têm comprovado sua eficiência como ação autoritária, repressiva, fascista, ditatorial, numa tradução próxima de algum modo das ações para as quais Orwell nos alerta. 2024. O poder sempre busca uma forma de controlar, moldar e enganar a Sociedade, da forma mais restritiva que consiga, bem como da forma mais manipuladora possível, criando narrativas que induzam a crença nos valores que propagam, pouco importando se existem ou não as coisas que afirmam, buscando unicamente convencer tudo e todos de que sua ficção é a realidade. Vemos hoje essas fábulas narradas como recurso de instrumentalização por toda parte, com destaque para as redes sociais. Parece que voltamos aos tempos das quimeras mitológicas, com seus meios de assustar as crianças e controlar as populações. E tristemente verificamos que as fábulas resultam e alcançam seus propósitos, como sempre as pessoas gostam de crer em ilusões e invencionices. Tanto no livro como na realidade, tanto outrora como hoje, estamos e creio que estaremos sempre sujeitos a essas ambições de poder inevitáveis, posto que o poder corrompe. O alerta orwelliano é uma lembrança constante que faz-se sempre necessária para que deixemos de ficar pela rama na observação e análise das ações que nos afetam.