segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Mais que três é quadrilha.

Maria Luiz Albuquerque, Joaquim Pais Jorge e Carlos Lopes Pereira.
São os três  nomes dos membros do sector das finanças governamental, por enquanto, apontados como implicados de uma forma ou outra com os SWAPs, lindo trio.

Respeitando muito a forma de escrever e de se expressar de Daniel Oliveira e Miguel de Sousa Tavares, dois,entre outros, dos jornalistas que admiro pela contundência e frontalidade da fala e da escrita, nunca saberia ter a sua fina ironia em, aproveitando-me das notícias desastrosas que os diversos governos geram e valendo-me do caricato da situação, escrever  qualquer coisa assim do gênero: « Três destacados membros da equipa governamental juntam-se nas finanças, tendo os três um passado de envolvimento comum com os fraudulentos negócios dos SWAPs, com enorme prejuizo para o país. Servi-lhes-ia de alcunha os cognomes: Malu, Quim e CLP, sendo este último o mais recente implicado no negócio dos SWAPs revelado, pois era o fiscalizador máximo na EGREP quando esta contratou alguns ruinosos SWAPs e foi agora encarregado de função idêntica na REFER, sendo lá o atual presidente do Conselho Fiscal.» Certamente mencionariam seu salário, fariam outras tais jocosidades e invectivas, etc...etc... Mas como aqui não é o Arrastão, nem o Expresso, claro está que eu, até por me faltar engenho e arte, certamente mais arte que engenho, não teria capacidade para tal, até porque nunca é minha motivação coisas banais do dia a dia, procuro sempre uma temática mais universal, mais abrangente,e, como é lógico, que dê mais  que pensar.

Entretanto hoje, quando chegaram as notícias de que 5 dos 9 bancos com difícil renegociação dos contratos SWAPs, nomeadamente o Barclays, o Goldman Sachs,o Deutch Bank, o Morgan Stanley e a Sociéte Generale, ajudariam Portugal a negociar sua dívida em mercado, não pude deixar de pensar : «Que quintilha mais amiga!» E como o mesmo bloco notíciário  dava conta de um outro implicado com os SWAPs estar agora no governo novamente, numa sua importante empresa, resolvi enfrentar o tema, sem medo da banalidade que ele  contém e do comezinho da temática. Tudo só para dizer esta frase relativa à fraternidade das instituições bancárias. É mesmo lamentável a minha incúria.

Fica então banalizado este Olho do Ogre que tanto tem primado pela lucidez e pela altivez, por uma ambivalência insanável do escrevente. Outrossim neste tema revelou-se uma ignorância imperdoável a um escritor do calibre de Miguel de Sousa Tavares, quando afirmou, em pleno jornal das oito, ao referir-se às declarações do atual secretário de Estado do tesouro,  que o verbo evidenciar não existe. Não só existe como é transitivo. O que não existe é a figura com a qual se quiz desembaraçar o secretário de Estado, no que foi prontamente contestado pelo jornalista Crespo, conforme escrevi no meu artigo anterior, razão única pela qual cedi a ambivalencia conflituosa de redigir semelhante peça, para dar seguimento a outra. Mais: recomenda-se ao Jornalista, no Algarve, Miguel de Sousa Tavares, a levar um dicionário para as férias.











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