São os três nomes dos membros do sector das finanças governamental, por enquanto, apontados como implicados de uma forma ou outra com os SWAPs, lindo trio.
Respeitando muito a forma de escrever e de se expressar de Daniel Oliveira e Miguel de Sousa Tavares, dois,entre outros, dos jornalistas que admiro pela contundência e frontalidade da fala e da escrita, nunca saberia ter a sua fina ironia em, aproveitando-me das notícias desastrosas que os diversos governos geram e valendo-me do caricato da situação, escrever qualquer coisa assim do gênero: « Três destacados membros da equipa governamental juntam-se nas finanças, tendo os três um passado de envolvimento comum com os fraudulentos negócios dos SWAPs, com enorme prejuizo para o país. Servi-lhes-ia de alcunha os cognomes: Malu, Quim e CLP, sendo este último o mais recente implicado no negócio dos SWAPs revelado, pois era o fiscalizador máximo na EGREP quando esta contratou alguns ruinosos SWAPs e foi agora encarregado de função idêntica na REFER, sendo lá o atual presidente do Conselho Fiscal.» Certamente mencionariam seu salário, fariam outras tais jocosidades e invectivas, etc...etc... Mas como aqui não é o Arrastão, nem o Expresso, claro está que eu, até por me faltar engenho e arte, certamente mais arte que engenho, não teria capacidade para tal, até porque nunca é minha motivação coisas banais do dia a dia, procuro sempre uma temática mais universal, mais abrangente,e, como é lógico, que dê mais que pensar.
Entretanto hoje, quando chegaram as notícias de que 5 dos 9 bancos com difícil renegociação dos contratos SWAPs, nomeadamente o Barclays, o Goldman Sachs,o Deutch Bank, o Morgan Stanley e a Sociéte Generale, ajudariam Portugal a negociar sua dívida em mercado, não pude deixar de pensar : «Que quintilha mais amiga!» E como o mesmo bloco notíciário dava conta de um outro implicado com os SWAPs estar agora no governo novamente, numa sua importante empresa, resolvi enfrentar o tema, sem medo da banalidade que ele contém e do comezinho da temática. Tudo só para dizer esta frase relativa à fraternidade das instituições bancárias. É mesmo lamentável a minha incúria.
Fica então banalizado este Olho do Ogre que tanto tem primado pela lucidez e pela altivez, por uma ambivalência insanável do escrevente. Outrossim neste tema revelou-se uma ignorância imperdoável a um escritor do calibre de Miguel de Sousa Tavares, quando afirmou, em pleno jornal das oito, ao referir-se às declarações do atual secretário de Estado do tesouro, que o verbo evidenciar não existe. Não só existe como é transitivo. O que não existe é a figura com a qual se quiz desembaraçar o secretário de Estado, no que foi prontamente contestado pelo jornalista Crespo, conforme escrevi no meu artigo anterior, razão única pela qual cedi a ambivalencia conflituosa de redigir semelhante peça, para dar seguimento a outra. Mais: recomenda-se ao Jornalista, no Algarve, Miguel de Sousa Tavares, a levar um dicionário para as férias.
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