Hoje três de Dezembro de 2013 veio a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos acusar o Sr. Bashar Al Assad de Crimes Contra a Humanidade. Com três anos de atraso e sobre uma pilha de 150.000 mortos à conta destes crimes, afirmando ser necessário se estar absolutamente certo dos crimes para poder fazer tal acusação. Como é óbvio, e por outro lado incompreensível ser necessário tão longo período de tempo. E que os cadáveres seriam 125.000. Uma discrepância imperdoável. E que são crimes de Guerra. Não são. Guerra Civil, não é Guerra no sentido internacional do termo, é um ato de beligerância de Estado inadmissível, sobretudo contra civis desarmados. Até para mim que não disponho dos recursos da ONU, estava configurada a certeza, para além de qualquer dúvida razoável, e custou-me alguns telefonemas, destes Crimes Contra a Humanidade praticados pelo governo do Sr. Bashar Al Assad, conforme denunciava aqui neste blog, e em cartas à diferentes entidades. Recordemos minha acusação de então:
Como sabem as pessoas que acompanham o que se passa no mundo, é sempre arriscado, sobretudo quando temos as coisas que soem passar no mundo, acreditar seja em que informação for. Lembram-se do Iraque e as armas de destruição em massa, que nunca foram encontradas? Por isto, apesar de há vários dias termos a convicção de que este homem que detém o poder na Síria, por herança familiar, teve a desfaçatez de usar armas químicas contra seu próprio povo, nada dissemos. No entanto hoje tivemos acesso a informação privilegiada que não deixam dúvidas: assim como Sadan Hussein em 1980 usou armas químicas contra os Curdos, e em 1988 contra os Iranianos, neste segundo caso com ajuda americana, Bashar Al Assad usou armas químicas contra seus concidadãos. Civis inocentes, homens. mulheres e crianças, que têm por única culpa estarem no cenário de guerra civil em que se mantém o país desde a primavera árabe, desde Março de 2011, e cujos mortos ultrapassaram já os cem mil, e os deslocados os dois e meio milhões.
POR ISTO O ACUSO DE CRIMES CONTRA A HUMANIDADE !
Bashar Al Assad, um aprendiz de ditador reles, que herdou de seu pai a suprema magistratura de seu país, que este havia obtido através de um golpe de Estado em 1971. Filhote da ditadura, Bashar tinha cinco anos quando do golpe do pai, Hafez. Este criou-o no poder e para o poder, provavelmente ensinando-lhe, durante as três décadas de seu governo, que todos os meios são válidos para manter o poder à qualquer custo. Agora Bashar, encurralado por uma oposição generalizada na Síria, não hesita em valer-se de todos os meios a seu alcance para manter-se no poder que lhe foge das mãos.
O que não pode ser de maneira alguma tolerado, é que este assassino use armas que são universalmente condenadas, que só tiveram uso por terroristas (acredita-se em gás Sarin e Napalm) contra civis inocentes, como condenável seria, e o é, desde a primeira guerra mundial, o uso destas armas mesmo contra forças militares opositoras. Mesmo Hitler, em todo seu furor assassino, não teve coragem de usá-las.
POR ISTO O ACUSO DE CRIMES CONTAR A HUMANIDADE !
A segunda agravante no caso da Síria, do uso de armas químicas, é que além de ser contra civis desarmados e indefesos, É CONTRA SEU PRÓPRIO POVO ! O cidadão Bashar Hafez Al Assad desumanamente empregou armas químicas contra a sua própria população civil indefesa, matando milhares de pessoas e ferindo e intoxicando outras tantas. Para que haja respeito às instituições internacionais este cidadão deve ser preso e julgado por crimes contra a humanidade.
POR ISTO O ACUSO DE CRIMES CONTRA A HUMANIDADE !
Entretanto, diferentemente do que se passou no Iraque, onde a mentira imperou desde o início, e onde outros interesses de outras ordens estavam em jogo, na Síria deve-se ter por único objetivo, parar as ações criminosas praticadas contra civis inocentes e levar a tribunal o supremo responsável : Bashar Al Assad.
Diferentemente do que se passou com Sadan Hussein, em que um tribunal especial o julgou por crimes de guerra, Al Assad deve ser julgado em Haia por crimes contra a humanidade. O poderio militar instalado aquando de sua deposição, seja Sírio ou estrangeiro, que o retire do poder, deve entender que qualquer ação local seria odiosa e condenável, como o foi no caso de Sadan:
POR ISTO O ACUSO DE CRIMES CONTRA A HUMANIDADE !
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